COISAS QUE TODOS DEVERIAM SABER
1: PREPARO DOS PASSISTAS: “-Um cavalheiro maduro e uma senhora respeitável recolhiam apontamentos em pequeno livro de notas (CADERNO DE VIBRAÇÕES), ladeados por entidades evidentemente vinculadas aos serviços de cura. (...). Pouco depois, em prece, nimbavam-se de luz. Dir-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque se mostravam espiritualmente mais livres, em pleno contato com os benfeitores presentes, embora por si mesmos não no pudessem avaliar. Calmos e seguros, pareciam haurir forças revigorantes na intimidade de suas almas. Guardavam a ideia de que a oração lhes mantinha o Espírito em comunicação com invisível e profundo manancial de energia silenciosa. Afiguravam-se nos espiritualmente distantes. (...) O efeito deve-se ao fato de que a oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, os trabalhadores expulsavam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do Plano Espiritual as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente ajudados”. (NDM;)
2- O AMBIENTE ESPIRITUAL DE UMA CASA DE ORAÇÃO: “-Todas as expressões de matéria física assumiam diferente aspecto, destacando-se a matéria de nosso Plano. Teto, paredes e objetos de uso corriqueiro revelavam-se formados de correntes de força, a emitirem baça claridade. Detive-me na contemplação dos companheiros encarnados que agora apareciam mais estreitamente associados entre si, pelos vastos círculos radiantes que lhes nimbavam as cabeças de opalino esplendor”. Apurei tratar-se de pessoas comuns que comem, bebem, vestem-se e apresentam-se na Terra sob o aspecto vulgar de outras criaturas trazendo, no entanto, a mente voltada para os ideais superiores da fé ativa, a expressar-se pelo amor aos semelhantes, procurando disciplinar-se, exercitam a renúncia, cultivam a bondade constante e, por intermédio do esforço próprio no Bem e no estudo nobremente conduzido, adquiriram elevado teor de radiação mental. Quanto à luz observada na transfiguração da matéria conhecida no mundo, lembrou o Instrutor que acompanhávamos que “o homem encarnado é um gerador de força eletromagnética, com uma oscilação por segundo, registrada pelo coração; que todas as substâncias vivas da Terra emitem energias, enquadradas nos domínios das radiações ultravioletas; que a sincera devoção ao Bem, com esquecimento de seus próprios desejos característica das almas regularmente evoluídas, permite a elas projetar raios mentais, em vias de sublimação, assimilando correntes superiores e enriquecendo os raios vitais de que são dínamos comuns; raios vitais que podem também ser chamados raios ectoplásmicos, peculiares a todos os seres vivos.(NDM;)
3- SOBRE OS FREQUENTADORES: “-Leve chamamento à porta provocou a saída de um dos companheiros da atitude de meditação, para atender. Dois enfermos, uma senhora e um cavalheiro idoso, custodiados por dois familiares, transpuseram o umbral, localizando-se num dos ângulos da sala, fora do círculo magnético. (...). Logo após, um colaborador de nosso Plano franqueou acesso a numerosas entidades sofredoras e perturbadas, que se postaram, diante da assembleia, formando legião. (...). Dir-se-ia que se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas inconscientes, rodeando grande luz. Vinham bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações menos edificantes. (...). Tratava-se de almas em turvação mental, que acompanhavam parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário”. (NDM)
Uma ouvinte pediu que tratássemos este caso com muita discrição. Ela disse o seguinte: “Tenho dois casos extremos na minha família e dos dois de pessoas idosas. Ainda bem que elas não moram na mesma casa. Uma delas pessoa só vive se lamentando com pena de si mesma; para ela nada está bom. A outra que vive revoltada dizendo que não merecia viver, que Deus bem poderia tirá-la deste mundo. Difícil conviver com pessoas assim, porque elas transmitem muita angustia pra gente.”
Você tem razão; é muito difícil, conviver com pessoas que se rejeitam e com pessoas que sentem piedade de si mesmas. Mas é preciso entender, prezada ouvinte, que elas não estão na sua família por acaso: alguma coisa você tem de fazer por elas. É claro que as duas são doentes, doentes da alma. Se elas forem examinadas por um psiquiatra, com certeza, serão consideradas como portadoras de transtornos emocionais, que requerem tratamento.
A autorrejeição – que é o fato de a pessoa rejeitar a si mesma - é um problema grave, que tira o prazer de viver e, às vezes, pode levá-la a desistir da vida. É uma dor amarga e desconfortável, própria de quem atingiu uma idade avançada e teve muitas decepções na vida. As enfermidades da alma costumam se instalar com o passar dos anos, decorrentes de vícios de comportamento. Muitas vezes, ela decorre de uma série de situações, em que a pessoa deveria ter tomado uma atitude e não tomou; e agora ela se sente culpada por isso.
Por outro lado, a família – que hoje atura sua revolta – o que faz para ajudá-la? Na mais das vezes, só critica seu comportamento e a também a rejeita, o que complica mais ainda esse quadro. Você sabe que não é assim que ajudamos uma pessoa a recuperar sua autoestima. É bem provável que a família também não esteja preparada. Mas é por isso que precisamos procurar ajuda.
Não queremos dizer que toda a culpa está na família. Não é isso. Estamos afirmando, apenas, que a família sempre pode fazer algo para ajudar, como buscar o amparo da religião ou mesmo de um profissional. Todos nós precisamos de ajuda para preservar nossa saúde espiritual. É o que Espiritismo oferece, quando a família busca suas orientações. Uma coisa é certa: quando um doente dessa natureza surge e a família procura ajuda, todo mundo aprende.
Autopiedade, cara ouvinte, também é um sintoma de enfermidade da alma. Há Espíritos que se sentem derrotados, porque não sabem ou nunca souberam reagir às situações desconfortáveis. Acham que são fracos e impotentes, que estão abandonados por Deus, nada lhes restando senão entregar-se à própria sorte, como se nada restasse a fazer senão lamentar. Elas precisam saber que nada acontece por acaso e que não injustiça na Lei de Deus. A sua situação, na maioria das vezes, decorre sua acomodação, de sua inoperância, aliadas às culpas do passado.
Nesses casos, os membros da família deveriam mudar a postura diante dessas pessoas enfermas. Se continuarem mantendo a mesma atitude de rejeitar o doente, não ajudarão, mas complicarão mais ainda a sua situação Podem buscar orientação na Doutrina Espírita que tem para elas algumas recomendações muito oportunas, até porque essas pessoas não estão nessa família por acaso e, se elas estão dando trabalho, é porque a família deve ter um compromisso muito sério com elas e precisa ajudá-las.
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