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DE luizarmandoff no INSTAGRAM
O dia 8 de junho de 1982 é uma data que marca a história da aviação comercial no Brasil e no mundo. Isso porque, nas imediações de Fortaleza, capital do Ceará, ocorreu um acidente de grandes proporções a poucos minutos da aterrisagem. Passava das duas e meia da madrugada e envolveu o voo 168 da Varig, interrompendo a vida de 137 passageiros, inclusive a de Olimar Feder Agosti, então com 29 anos. Advogada, casada três meses antes, seguia para a capital cearense onde seu marido a encontraria no dia seguinte, a fim de desfrutarem alguns dias de férias ao lado dos padrinhos de sua união. Meses depois, contudo, Olimar restabeleceria a conexão mais objetiva com seus familiares mais próximos através da prodigiosa mediunidade de Chico Xavier, testemunhando sua sobrevivência. Em sua carta, descreve minúcias de suas percepções antes, durante e depois da queda do avião. Os detalhes são surpreendentes, confirmando a presença de Equipes de Espíritos desencarnados operando o resgate das vitimas nos minutos que se seguiram a dolorosa ocorrência. Na mensagem, testemunha a necessária adaptação à situação inesperadamente vivida, evidenciando sua condição evolutiva diferenciada em relação ao predominante na Humanidade de nosso tempo, em sua quase totalidade impulsionada pelo egoísmo ancestral. Escreve: -“Estou ainda sob a impressão difícil de descrever – a impressão dos que passaram pela ocorrência de que compartilhei. Ainda assim, estou na condição da filha reconhecida que lhes pede a bênção. Venho trazida, porque, por mim própria, a iniciativa da visita a que me entrego, seria quase impraticável. A vovó Marieta considerou, porém, que seria justo endereçar-lhes alguma notícia e estou pronta a isso. Mesmo assim, como não poderia deixar de ser, me sinto amparada a fim de articular as minhas palavras escritas. Lembro-me perfeitamente de nossa despedida natural antes da decolagem do avião, tudo alegria e certeza de paz com a promessa do reencontro com o nosso querido Geraldo em fortaleza para que a minha alegria fosse complementada. A viagem começou sem novidades que mereçam menção especial. Alguns passageiros, creio que veteranos nas travessias aéreas, se punham a dormir, tentei fazer o mesmo, no entanto, não conseguia perder-me no repouso desejado. Refletia na vida e montava mentalmente os meus projetos para a excursão iniciada. Guardava a ideia de que alguém velava comigo, sem que eu pudesse identificar qualquer presença espiritual. Mais tarde é que soube que a vovó Marieta estava ao meu lado. Tudo seguia sem sobressaltos, máquina estável e segurança em tudo. A aeromoça ia e vinha de quando em quando, oferecendo brindes para nosso reconforto e irradiando o sorriso com que parecia desejosa de nos tranquilizar. Consultei o horário e pensava na mãezinha Helena a esperar-me na alta madrugada, quando o estrondo nos reuniu a todos na mesma ideia horrível. Num relâmpago de segundo ainda consegui mentalizá-los em companhia do GE, mas o raciocínio desapareceu como por encanto. Dores, não senti. Creio hoje que nas calamidades imprevistas qual aquela em que me vi, não há tempo para registro de sofrimento pessoal. Se isso aconteceu deve ter sido um pesadelo que o assombro empalideceu. Nada mais vi nem ouvi. Não sei fazer qualquer comparação para transmitir-lhes essa ou aquela ideia do sucedido. Quanto tempo estive largada ao esquecimento de mim, ainda ignoro. Primeiramente a amnésia me dominou totalmente, em seguida me vi colada a uma apatia sem nome. (...) Passaram-se dias sobre dias, até que pude interpelar minha querida avó que se identificou para minha tranquilidade. Iniciei os meus contatos e, com espanto, vim saber que já não mais pertencia ao nosso mundo familiar, segundo os vínculos físicos. Aturdia-me saber que me achava num corpo absolutamente igual ao meu e a meio custo aceitei a realidade de que o outro, aquele que eu deixara no avião sinistrado, era uma veste que me fizera inútil. A transição era violenta demais para que me conformasse sem rebeldia, sentia sim uma certa mágoa contra a vida, porque efetivamente não poderia dizer contra a morte, já que a morte passara a ser inexistente em meu modo de pensar e sentir
O ouvinte de iniciais A.C.I., da Rua Prudente de Moraes, Vila Rebelo, nos telefonou domingo passado e perguntou o que acontece com os animais quando desencarnam e se eles voltam a encarnar.
Assim como os seres humanos, os animais também desencarnam e reencarnam, Antonio Carlos. Esta questão, que tem sido estudada pelo Espiritismo, ainda tem muitos pontos a serem desvendados, pois estamos apenas começando. Imagine que ela foi levantada por Allan Kardec, há quase 160 anos atrás, que as considerou importante para compreensão das leis universais. Tanto assim que Kardec dedicou um dos capítulos de O LIVRO DOS ESPÍRITOS para cuidar do assunto.
Assim, da questão 592 à questão 610, vemos Kardec questionando os Espíritos sobre o tema, “Os animais e o homem”. Se você se interessar por um esclarecimento mais elaborado a respeito, deve consultar O LIVRO DOS ESPÍRITOS. O que falamos aqui é apenas uma resenha sobre esta complexa questão: se a vida na Terra surgiu das espécies inferiores (caso dos micróbios, como vírus e bactérias) e, depois de bilhões de anos, chegou à espécie humana, isso significa que entre nós (seres humanos) e todos os seres vivos existe algo em comum além do corpo.
Ora, o homem – do qual só conhecemos o corpo - tem uma alma; ou melhor, o homem é um Espírito, momentaneamente fazendo uso de um corpo para poder agir sobre o mundo físico. O corpo, portanto, é um instrumento de ação. Quando o corpo morre – o que deve necessariamente acontecer um dia – ele mesmo, o Espírito, deixa esse corpo e retorna ao plano espiritual. Posteriormente, ele vai voltar a reencarnar, perfazendo ciclos de vidas sucessivas que vão lhe garantir o progresso espiritual.
Lendo as obras de Kardec – especialmente A GÊNESE – mas lendo também André Luiz ( no seu livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS), podemos perceber que o fenômeno da evolução não se dá apenas em relação ao corpo, mas o espírito também evolui através do corpo. Todos os seres vivos, da ameba ao homem, evoluem, mas evoluem justamente porque neles existem um princípio espiritual que busca aperfeiçoar-se. Desse modo, nós , seres humanos, vimos evoluindo desde épocas remotas, quando ainda nos encontrávamos nas primeiras espécies vivas.
Por isso, quando Kardec perguntou aos mentores espirituais se os animais têm alma, eles responderam que os animais têm um princípio espiritual, que podemos chamar de alma. Esse princípio espiritual é mais evoluído no ser humano, uma vez que o ser humano já caminhou milhões de anos à frente das outras espécies vivas. Logo, há uma diferença significativa entre a alma animal e a alma humana, mas o princípio é o mesmo.
As leis da natureza, embora venham sendo estudadas há milênios pelo homem, ainda estão distantes de serem conhecidas. A Doutrina Espírita veio justamente para desvendar um aspecto dessas leis ainda não conhecido e, ainda hoje, fora do âmbito da ciência. No século 20, com o surgimento da Física Quântica, a cabeça de eminentes cientistas sofreram uma reviravolta, face a novas perspectivas de conhecimento para elucidar os fenômenos da natureza. Mesmo assim, a jornada humana para desvendar os mistérios do universo ainda está no início.
É que só será possível uma compreensão ampla das leis universais quando se levar em conta o espírito, até porque toda a estrutura física e energética que constitui a realidade do mundo está assentada sobre bases espirituais, conforme podemos ler no cap. 2 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “Elementos Gerais do Universo”. E se isso acontece em relação a fenômenos puramente físicos, que ocorrem no interior do átomo, quanto mais em relação aos seres vivos – vegetais, animais e o homem - que são muitíssimo mais complexos do que matéria que se conhece.
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