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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

COMO PREVISTO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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O número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA,foi quase uma edição especial. Grande parte de suas páginas foram ocupados por uma matéria intitulada OS TEMPOS SÃO CHEGADOS, compreendendo uma extensa reflexão de Allan Kardec sobre um grande número de comunicações transmitidas por vários Espíritos, a ele endereçadas, bem como a outras pessoas sobre o mesmo assunto, conforme nota por ele adicionada ao final do seu texto. Na sequência, incluiu mensagens recebidas em abril daquele ano, em Paris, através de dois médiuns identificados apenas pelas iniciais M. e T., concluindo o material com outra a ele dirigida em 1 de setembro, por um dos seus protetores invisíveis. Ante a evolução dos acontecimentos observados no Planeta recentemente, destacamos alguns pontos para reflexão, demonstrando que muitas do que se vê, esta previsto e predito por aqueles que, nos bastidores da invisibilidade coordenam as mudanças profetizadas há vários séculos, especialmente, por Jesus, como provam os escritos dos Apóstolos que preservaram as palavras do Mestre. 1 - Os acontecimentos se precipitam com rapidez, de modo que não vos dizemos mais, como outrora: “Os tempos estão próximos”; agora dizemos: “Os tempos são chegados.” Por estas palavras não entendais um novo dilúvio, nem um cataclismo, nem uma perturbação geral. Convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e ainda se produzem, porque inerentes à sua constituição, mas são sinais dos tempos. Entretanto, tudo quanto está predito no Evangelho deve realizar-se e se cumpre neste momento, como reconhecereis mais tarde. 2- Não tomeis os sinais anunciados senão como figuras, dos quais é preciso captar o espírito, e não a letra. Todas as Escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria, e é porque os exegetas se apegaram à letra que se extraviaram. Faltou-lhes a chave para a compreensão de seu verdadeiro sentido. Esta chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo invisível, que o Espiritismo vos vem revelar. 4- Sendo chegado esse tempo, uma grande emigração se realiza neste momento entre os que a habitam; os que fazem o mal pelo mal e não são tocados pelo sentimento do bem por não serem dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso. Irão expiar seu endurecimento nos Mundos Inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos e terão por missão fazê-los progredir. Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz e a fraternidade. 5 - A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem. 6- A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhes são próprios. As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Devendo fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior. 7 - Por esta emigração de Espíritos não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Muitos, ao contrário, a ela voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que a essência. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos.




Vamos responder à pergunta do ouvinte da Rua Prudente de Moraes, Bairro Rebelo, Antonio Carlos Ioppe. Ele conta que perdeu recentemente um cachorro de estimação. Quer saber o que acontece com os animais quando desencarnam.

Nos últimos anos, Antonio Carlos, vem aumentando significativamente o interesse pelos animais e também a curiosidade em se saber se os animais têm alma e que lhes acontece depois da morte. Não é para menos. Apesar de ainda estarmos distante de uma postura mais positiva em relação aos animais e à natureza em geral, vimos sentindo progresso nesse sentido. O ser humano está descobrindo, aos poucos, que animais são nossos companheiros de jornada aqui na Terra e que merecem respeito e amor. O Espiritismo, porém, já tratava dos animais com outros olhos desde sua primeira obra, há 158 anos.

Naquela ocasião, os Espíritos afirmavam que os animais têm um princípio espiritual, semelhante ao Espírito humano – uma alma, portanto - num nível abaixo de evolução. Diziam também que, morrendo o animal, ele retorna ao mundo espiritual, mas sua permanência nesse novo estágio é rápida, razão pela qual eles reencarnam imediatamente. Esse “imediatamente”, no entanto, significa o tempo necessário para a ocorrência de uma fecundação, bem como para todo o período de gestação, pois a reencarnação ocorre a partir da concepção.

Dias atrás, respondendo a questão de uma ouvinte neste mesmo sentido, dissemos que, pela lei da evolução e pelo princípio da atração, o animal sempre reencarna na mesma espécie e é possível que o animal doméstico volte a viver no mesmo lar. Não sabemos dizer, até que ponto, isso teria que ocorrer dentro de uma mesma raça, como no caso do cão, do gato ou do cavalo, por exemplo. Como a reencarnação é uma lei biológica – e, portanto, uma lei da natureza – o processo reencarnatório dos animais segue o padrão evolutivo de cada espécie viva.

É claro que, entre a desencarnação de um ser humano e a desencarnação de um animal, há uma grande diferença. André Luiz, no livro, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS ( que seria interessante você consultar), ao descrever a desencarnação humana, afirma que, no desprendimento, o períspirito sofre uma espécie de involução – como se ele fosse desencarnar também. A esse processo, que pôde constatar, ele dá o nome de “histólise”. Mas, depois de algum tempo conforme a condição de cada Espírito, esse períspirito passa por uma recomposição – fenômeno que ele chama de “histogênese” – e com isso retoma a forma adequada à condição de desencarnado.

Segundo André Luiz, isso acontece por um processo natural e automático, acionado pela mente inconsciente do Espírito que, em seguida, já se acha em condições de atuar no plano espiritual. No animal, no entanto, ocorre a histólise, mas a histogênese não acontece de forma automática, pois, por uma questão evolutiva, a mente do animais ainda não consegue fazer com que o períspirito retome sua forma. É por isso que geralmente o animal não consegue atuar no mundo espiritual e acaba entrando em processo de reencarnação logo em seguida, para assumir um novo corpo.

Todavia, explica André Luiz, existem serviços especializados no mundo espiritual para recuperar o períspirito de animais. São Espíritos que se dedicam à assistência e proteção dos animais. Assim sendo, é possível que o animal seja aproveitado no mundo espiritual e volte a entrar em contato com os Espíritos, mas apenas nesses casos. Logo, é possível que o animalzinho, contando com assistência de Espíritos dedicados à causa animal, venham ajudá-los na desencarnação e os recupere logo após a morte do corpo. Chico Xavier contava um episódio de um cãozinho desencarnado que costumava aparecer para ele.


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