A evolução no século 20 do conhecimento sobre o corpo humano, seus distúrbios e comportamento deles derivados, abriu campo para a grande ampliação e aprofundamento das chamadas doenças mentais bem como diagnósticos e terapias observadas na atualidade. Novas nomenclaturas baseadas nas especificidades de cada caso ante o adensamento demográfico do Planeta. Um dos tipos foi descoberto pelo médico Eugen Broiler que a denominou esquizofrenia já na primeira década do século passado mantinha intensos debates com Freud e Jung. Estima-se atingir hoje algo em torno de 24 milhões de pessoas, sendo que a doença caracteriza-se pela chamada demência precoce, atingindo com uma deterioração mental em jovens recém entrando na vida adulta. Apesar das conquistas desde os debates citados há muito a pesquisar no que tange às origens do problema. Nesse sentido, a visão oferecida pelo Espiritismo tem algo a dizer. Afirmando o Ser humano na verdade é a resultante do complexo mente (Espírito)/ corpo espiritual/ corpo físico integrado num processo denominado reencarnação que objetiva a evolução da individualidade e que tem a regulá-lo a chamada Lei de Causa e Efeito, oferece elementos importantes para a compreensão das origens da doença até porque o problema atinge faixas etárias compreendidas pela infância e juventude. Solicitado algumas vezes a se manifestar sobre a questão, o médium Chico Xavier explicou: SOBRE A ORIGEM: -Muitas vezes, nascemos com processos alusivos a moléstias chamadas incuráveis, como resultados de complexos de culpas adquiridos por nós mesmos em existências passadas. Por exemplo: um homem extermina a vida de outro homem e parte para o Além; a vítima perdoou ao verdugo, mas a consciência do verdugo não concordou com esse perdão, e ele continua com o remorso, com o problema da culpa a lhe estragar a tranquilidade íntima. Dessa forma, os pensamentos de remorso repercurtem sobre o corpo espiritual e determinam o desequilíbrio da distribuição dos agentes químicas do organismo, já que, em verdade, cada um de nós tem determinada farmácia na sua própria vida íntima e as substâncias químicas errem o seu nível ideal, particularmente no cérebro, a cabine por onde o espírito se manifesta. Adquirindo culpas intensas e profundas, é muito natural que e criatura renasça com problemas de esquizofrenia. SOBRE A INCIDÊNCIA NA INFÂNCIA: - A esquizofrenia, na essência, decorre de transformações de caráter negativo do quimismo da vida cerebral. Esse problema, no entanto, procede da Vida Espiritual, antes do processo reencarnatório, de vez que o problema da culpa, instalando em nós, por nós mesmos, na experiência terrestre, se transfere conosco, pela desencarnação, no rumo do mais Além. Muitas vezes, atravessamos condições de vida purgatorial, no Outro Mundo, mas somos devolvidos à Terra mesmo, aos núcleos habitacionais em que as nossas culpas foram adquiridas, e, frequentemente, carreamos conosco as telas da esquizofrenia. Quando o processo da esquizofrenização se patenteia violento, eis que as pertubações consequentes se manifestam na criatura em período de desenvolvimento infantil, mas na maioria dos caso a esquizofrenia aparece depois da puberdade ou logo após a maioridade física. Os Instrutores Espirituais são unânimes em afirmar que esse desequilíbrio decorre de nossos próprios débitos, nas áreas das forças espirituais de que dispomos no campo da própria consciência. SOBRE O FATOR PREPONDERANTE: -A esquizofrenia pode, muitas vezes, indicar homicida que se fez suicida, porque o complexo de culpa é tão grande, o remorso é tão terrível que aquilo se reflete na própria vida física da criatura durante algum tempo ou muito tempo.
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Gostaria de saber o que o Espírito fica fazendo depois da morte. Aqui na Terra, as pessoas trabalham, se divertem, produzem, descobrem, inventam. E lá, como é? Por que existem Espíritos que ficam atormentando os outros? Será que eles não têm o que fazer ou não sabem fazer nada a não ser perturbar a vida dos encarnados? (Roberto Silva)
Até antes do Espiritismo – ou seja, antes do século XIX – havia muita curiosidade sobre como é a outra vida. Acontece que a religião nunca permitia que as pessoas fizessem qualquer investigação nesse sentido. Quem se aventurasse a falar da vida após a morte ou da comunicação de Espíritos, logo era taxado de louco ou de parte com o demônio, e corria o risco de ser excomungado e até de ir para a fogueira, como aconteceu com milhares de pessoas durante vários séculos de Inquisição Religiosa.
Foi a Doutrina Espírita que, nos meados do século XIX – há pouco mais de 150 anos - teve a audácia de romper com esse silêncio e dizer: existe vida depois da morte, os Espíritos são os seres humanos desencarnados, eles podem se comunicar conosco, eles participam de nossa vida, eles já existiam antes de nascer na Terra e voltarão a reencarnar futuramente. Allan Kardec foi o primeiro homem que investigou essa questão com base em procedimentos científicos. Desse estudo é que nasceu o Espiritismo, através de suas obras.
Em todas as suas obras portanto, mas principalmente em O CÉU E O INFERNO, encontramos inúmeras manifestações de Espíritos nas mais variadas condições no plano espiritual, desde aqueles que vivem atormentados pela revolta ou pelo sentimento de culpa aos que se encontram em regiões de elevada espiritualidade. O que Kardec divisou, ouvindo e entrevistando esses Espíritos, é que a vida espiritual é muito parecida com a nossa em termos de ocupação, chegando a afirmar que, na verdade, a nossa é que é parecida com a vida espiritual.
Os Espíritos, na sua grande maioria, são como a grande maioria dos seres humanos: têm seus hábitos e ocupações, vivem em comunidades, trabalham, divertem-se, estudam e realizam progressos científicos e tecnológicos, além de se dedicarem à arte e contribuírem significativamente para o progresso da humanidade. Os grandes gênios, que contribuíram para o desenvolvimento da civilização, vieram de lá (como ainda vêm), prontos para colocar em prática muito do que aprenderam ou descobriram.
No entanto, como aqui, na Espiritualidade também há os enfermos, os indivíduos desocupados, os perturbadores, os criminosos, etc. que tem influência sobre aqueles encarnados que a eles se ligam pelo padrão de pensamento e de interesse. Espíritos sérios, que se encontram dentro da área espiritual de nosso planeta, contudo, dedicam-se a coisas sérias e, como são superiores, sua ação não é quase notada, porque não causam perturbação ou desconforto. Na condição espiritual em que nos encontramos, percebemos facilmente o mal e com muita dificuldade percebemos o bem.
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