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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

VAMPIRISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Você come exageradamente, tem um rápido cochilo despertando com a sensação de esgotamento e fome. Vai dormir ao final de um dia normal, atravessa uma noite aparentemente sem sonhos e, ao acordar, inicia o novo dia sentindo-se como se estivesse de ressaca. Adentra recintos repletos de pessoas e, afastando-se, sente-se exaurido, sem forças. O cinema partindo de literatura comercialmente consagrada, faturou muito nos últimos anos com uma fórmula bem sucedida: juventude, romance e vampirismo. transpôs em várias versões o celebre sucesso literário DRACULA, do autor irlandes Bram Stoker. O assunto, contudo, vem de muito mais longe, pois, o filosofo e teólogo católico Aurélius Agostinho, conhecido hoje como Santo Agostinho, já emitira seu parecer a respeito das entidades capazes de nos “sugar” energias através de entidades chamadas por ele Íncubus(masculinas) e Súcubus (femininas), associadas à sexualidade reprimida. Abrindo caminho para o conhecimento da realidade da continuidade da vida além da morte do corpo físico, o Espiritismo revela as interações entre os habitantes dos dois Mundos ou das duas Dimensões. Das fontes reconhecidamente confiáveis, o material produzido pelo médico desencarnado oculto no pseudônimo André Luiz, servindo-se do médium Chico Xavier, através do qual transmitiu a série de obras conhecida como NOSSO LAR (feb), perfazendo treze livros, nos quais descreve suas surpresas ante a realidade ignorada pela maioria das criaturas humanas. Reconhece em interessante diálogo com o Instrutor Alexandre em MISSIONÁRIOS DA LUZ(feb), que “a ideia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante”, indagando sobre a proteção das Esferas mais altas e ouvindo que “por não podermos “atirar a primeira pedra” em relação aos que nos são inferiores e que competiria proteger, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”. Aprende ainda que na dinâmica do processo de “roubo” de nossa energia vital, “bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital”; que “vampiro - espiritual – é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”. Em outro momento de sua narrativa, descobre que os que desencarnaram “em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, nele encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. Observa, espantado, “a satisfação das entidades congregadas ali, absorvendo gostosamente as emanações dos pratos fumegantes numa residência visitada à hora das refeições, colhendo a informação do Benfeitor que acompanhava que os que desencarnam viciados nas sensações fisiológicas, encontram nos elementos desintegrados – pelo cozimento -, o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal” Numa operação socorrista em favor de um recém-desencarnado, acompanha uma equipe a um abatedouro bovino, percebendo um quadro estarrecedor: “grande número de desencarnados, atirando-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora (...), sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais”. N’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb), André acompanha equipe que assiste o desencarne de doente terminal acomodado em ala hospitalar, impressionando-se com o que vê: “-A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. Consultando o líder do grupo de trabalho, ouve “ser inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para as suas mazelas orgânicas, só competindo irradiar boa-vontade e praticar o Bem, tanto quanto possível, sem, contudo, violar as posições de cada um”. Inúmeras outras situações sobre o processo de dependência energética dos desencarnados em relação aos encarnados são alinhadas por André Luiz no conjunto de obras que materializou em nosso Plano.




Vocês não acham que essa busca desesperada pela beleza faz a mulher cada vez mais vaidosa e distante de Deus? ( Anônimo)


Deus nos deu o bom senso para usá-lo em nosso próprio benefício. E é isso que devemos fazer em toda e qualquer situação. A beleza faz parte da vida e devemos utilizá-la com critério, com equilíbrio, até porque a beleza tem um papel importante na vida de todos nós. Critério e equilíbrio, no sentido de que tudo deve ter limites, até mesmo para se enfeitar.


Tanto erra a mulher que despreza e não valoriza sua aparência de acordo com as convenções sociais - aquela que não cuida de seu corpo e de sua maneira de se apresentar - quanto aquela que exagera em tudo e que vive exclusivamente em função da necessidade de se embelezar, menosprezando todos os outros valores da vida, principalmente os valores espirituais, responsáveis pela sua beleza interior. Esta, sim, é a beleza que realmente realça em qualquer pessoa, pois nenhum de nós gosta de alguém só porque é fisicamente bonito, mas porque nos transmite amor e bem-estar.


Evidentemente, nos dias de hoje, a aparência física ganhou uma condição importante na sociedade. Tanto o homem quanto a mulher devem saber se apresentar num lugar público, e isso depende também da função que ocupam, do trabalho que realizam, de papel social que desempenham. No seio da própria família ou no circulo de relações, cada um de nós tem por dever saber se apresentar. A boa aparência não é apenas um direito; é um dever que a própria sociedade impõe, uma vez que o desleixo e principalmente a falta de limpeza e higiene são fatores que ofendem e até agridem.


O que não convém acontecer é o exagero, como dissemos. Até porque o exagero pode ser sintoma de um transtorno psicológico obsessivo, que implica tem repercussão negativa tanto na saúde como no aspecto financeiro pessoal e da família. A indústria da beleza, hoje em dia, é uma das mais lucrativas na maioria dos países, principalmente com o advento da televisão, onde o visual é o que mais chama a atenção. Precisamos estar atentos para tudo aquilo que extrapola o equilíbrio e o bom senso.


Do ponto de vista do bem-estar, que todos buscamos, devemos entender que o aspecto exterior não pode ser e não é o mais importante. Ele não pode superar o nosso anseio de encontrar paz de consciência, e a paz de consciência reside principalmente em nossas idéias, sentimentos e em ideais de vida. O que nos aproxima de Deus, na verdade, é um conjunto de fatores que nos faz com que nos sintamos satisfeitos com o nosso próprio desempenho diante daqueles com quem convivemos.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

LUCIDEZ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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As questões de ordem mental não estavam entre as prioridades da Medicina em meados do século 19. Os portadores de distúrbios nesta área eram tratados de forma desumana. N’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questões 371 a 374, Allan Kardec argui a Espiritualidade sobre o assunto, obtendo informações interessantes a respeito da chamada idiotia, hoje classificada pela Psiquiatria como tríade oligofrênica que é caracterizada pelo menor grau de desenvolvimento intelectual, sendo incapaz de articular palavras; assimilar noções de higiene ou mesmo desenvolver pudor. O século 20 abriu campo para evoluções no conhecimento e tratamento dos portadores do chamado durante bom tempo excepcional, substituído pelo termo especial. Mas, por traz do corpo limitado por várias restrições, nem sempre somente mentais, como se encontra o Espírito dele prisioneiro. Na REVISTA ESPÍRITA de junho de 1860, seu editor incluiu interessante material em torno de uma abordagem a respeito da questão havida na reunião da Sociedade Espírita de Paris, de 25 de maio passado. Como campo de estudo, Charles de Saint-G..., um jovem idiota de treze anos, encarnado, e cujas faculdades intelectuais eram tais que nem conhecia os pais e apenas podia alimentar-se. Havia nele uma parada completa do desenvolvimento em todo o sistema orgânico. Pensou-se que poderia ser assunto interessante de estudo psicológico. Consultado, o Espírito São Luiz, responsável pelas atividades da Sociedade Espírita de Paris, respondeu afirmativamente, explicando que isso poderia ser feito a qualquer momento, pelo fato de sua alma se ligar ao corpo por laços materiais, mas não espirituais, podendo sempre desprender-se”. Cumpridos os procedimentos habituais, o comunicante começou iniciou sua manifestação dizendo ser “um pobre Espírito ligado a Terra, como uma ave por um pé”. Indagado se tinha consciência de sua nulidade no mundo, responde: -“Certamente: sinto bem meu cativeiro”. Perguntado se quando seu corpo dormia e seu Espírito se desprendia, tinha ideias tão lúcidas quanto se estivesse em estado normal, informou que “estava um pouco mais livre para se elevar ao Céu a que aspirava”. Questionado se como Espírito experimentava um sentimento penoso quanto ao seu estado corporal, respondeu que sim, “por se tratar de uma punição”. Quanto a se lembrar de sua existência anterior, disse que “sim, por ser ela a causa de seu exílio atual. Revelou na entrevista conduzida por Allan Kardec que a encarnação onde se desencadeou sua desventura na presente existência, ocorreu ao tempo em que reinava Henrique III; que a forma como se processava seu reajuste não resultara de uma decisão sua, mas uma imposição como forma de punição; que embora parecesse nula pelas limitações em que vivia, tal existência perante as Leis de Deus tem sua utilidade; que não viveria muitos anos mais; que da existência em que gerou a desarmonia atual trezentos anos antes até a reencarnação recém-terminada, permaneceu no Plano Espiritual. Sobre se no estado de vigília tinha consciência do que se passava ao seu redor, a despeito da imperfeição dos órgãos de seu corpo físico, disse: -“Vejo, entendo, mas o corpo não compreende nem vê”. Se algo de útil poderia ser-lhe feito, afirmou que “nada”. Finalizando a entrevista, Kardec procurou ouvir de São Luiz se as preces poderiam ter a mesma eficácia que por um Espírito errante, que explicou: -“As preces são sempre boas e agradáveis a Deus. Na posição deste pobre Espírito, elas não lhe podem servir; servirão mais tarde”. Comentando a experiência daquela reunião, Kardec acrescentou: -“Ninguém desconhecerá o alto ensinamento moral que decorre desta evocação. Além disso, ela confirma o que sempre foi dito sobre os idiotas. Sua nulidade moral não significa nulidade do Espírito, que, abstração feita dos órgãos, goza de todas as faculdades. A imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades; não as aniquila. É o caso de um homem vigoroso, cujos membros fossem comprimidos por laços. Sabe-se que, em certas regiões, longe de serem objeto de desprezo, os cretinos são cercados de cuidados benevolentes. Este sentimento não brotaria de uma intuição do verdadeiro estado desses infelizes.





Se nós, pessoas humanas, sofremos porque pecamos em outras vidas, causamos sofrimentos e prejuízos aos outros, por que os animais sofrem, como é o caso do meu cachorrinho, que teve uma paralisia das pernas? Ou os animais também têm pecados? (Cyntia)


Em primeiro lugar, Cyntia, há um ponto importante que devemos deixar bem claro para você: ao contrário do que muita gente pensa, nós não sofremos apenas e tão somente porque erramos ou porque temos dívidas morais. A lei natural não é tão simples assim. Esse sofrimento, que decorre de erros do passado, é o que chamamos de expiação. No meio espírita, dá-se muita ênfase à expiação, até por que nós poderíamos evitar muitos sofrimentos, se soubéssemos viver melhor – ou seja, se cometêssemos menos erros ou soubéssemos corrigir de imediato os erros que cometemos. Entretanto, que fique bem claro: não sofremos apenas porque erramos.


Sofremos por causas anteriores a esta vida e por causas da vida atual ( cap. 5 d’OEVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO), mas há um tipo de sofrimento que é comum a todos os seres vivos – tanto ao homem quanto aos animais e – até mesmo – aos vegetais: é o que conhecemos por dor-evolução. Que é a dor-evolução? André Luiz explica isso em suas obras. Dor-evolução, na verdade, é o custo inicial do nosso aprendizado, é o que causa a nossa transformação física e espiritual. Evolução é aperfeiçoamento, é progresso: por isso, sofremos porque estamos evoluindo, pois aprendizado pressupõe transformação e aperfeiçoamento.


Vamos dar um exemplo bem simples: a gestação e o parto. Não há dúvida de que se trata de grande desconforto para a mulher ter um filho, mas esse desconforto é necessário porque faz parte de seu plano evolutivo. O fato de a mulher ser a condutora da vida, de poder proporcionar oportunidade de reencarnação aos Espíritos, tem um custo, que é o sacrifício a que se submete e, ao mesmo tempo, lhe serve de promoção na longa escalada evolutiva. Portanto, gestação e parto não são formas de expiação, mas oportunidade de crescimento. Para os Espíritos em geral, tanto a reencarnação como a desencarnação são oportunidades de crescimento e, portanto, podem ser classificados como dores-evolução.


Um exemplo típico de dor-evolução é a dor do crescimento - do nosso crescimento, do nosso desenvolvimento enquanto ser humano, ap ássar pelas diversas fases da vida. Sofremos para aprender a andar, para aprender a falar, sofremos para aprender a ler, para aprender a dirigir um veículo ou manejar uma máquina – enfim, para aprendermos a nos integrar na vida e a lutar pela subsistência e pelas nossas metas e objetivos. Tudo isso faz parte da evolução e tudo implica em desconforto, em dificuldades e em sofrimento. A dor-evolução é um processo natural da vida, mas, quando se trata do ser humano – que somos nós - ela é agravada pelos abusos, pelos erros que cometemos – porque é ai que começa a dor-expiação.


Os animais não têm dor-expiação (que são as mais penosas, é claro!...); eles têm apenas e tão somente a dor-evolução, porque os animais não têm consciência moral e, portanto, não têm senso de responsabilidade. As doenças, as deformações, os acidentes, a luta pela sobrevivência que eles experimentam no estado natural – tudo isso faz parte de suas necessidades de transformação: é assim que evoluem. É por isso que os animais sofrem. Entretanto, Cyntia, o sofrimento do animal está muito longe de ter as implicações e as dificuldades do sofrimento humano, pois os animais não têm dor-moral; eles não nem mesmo consciência do papel que a dor representa em suas vidas.


Nós, seres humanos, sofremos bem mais que eles , sofremos até mesmo antes do problema chegar e continuamos sofrendo ininterruptamente com as nossas frustrações, nossos desejos insatisfeitos, nossas angústias, nossas decepções, etc. Sofremos mais moralmente do que fisicamente. Nesse sentido, podemos dizer que o sofrimento dos animais quase que se restringe à dor física, enquanto no ser humano ele tem muitas outras implicações, que vão do simples desconforto físico às mais desastrosas e prolongadas dores da alma.










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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

O FASCINANTE MUNDO DOS FLUIDOS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 –“Emmanuel me disse que aquela senhora teve uma discussão forte com o marido, chegando quase a ser agredida fisicamente por ele. O marido desejou dar-lhe uma bofetada, não o fazendo por um recato natural. Contudo, agrediu-a vibracionalmente, provocando uma concentração de fluidos deletérios que lhe invadiram o aparelho auditivo, causando a dor de cabeça. Tão logo começou a reunião, Dr Bezerra colocou a mão sobre sua cabeça e vi sair de dentro do seu ouvido um cordão fluidico escuro, negro, que produzia a dor. Estava psicografando, mas, orientado por Emmanuel, pude acompanhar todo o fenômeno”. O comentário de Chico Xavier se refere a uma vivência quando ainda trabalhava no Centro Espírita Luiz Gonzaga, envolvendo cooperadora do grupo a que pertencia que compareceu para o trabalho em determinada noite, reclamando de forte for de cabeça num dos lados do rosto. Ainda sobre a relação fluidos/palavra, o médium lembra que certa vez, tendo saído atrasado para o trabalho por ter perdido a hora, caminhava apressadamente quando uma vizinha gritou-lhe o nome, e, tentando esquivar-se dizendo que a atenderia na hora do almoço, foi impedido por Emmanuel que lhe determinou voltasse e se inteirasse do problema. A senhora solicitava explicações sobre orientação dada por escrito pelo Dr. Bezerra de Menezes. Esclarecida a dúvida, retomou o caminho, percebendo que a mulher, alegre, despedindo-se, diz: - Obrigada,Chico!.Deus lhe pague!Vá com Deus!.. Neste instante, ouve o Benfeitor Espiritual sugerir: - Pare um pouco e olhe para trás. Surpreso, observa uma massa branca de fluidos luminosos saindo da boca da irmã atendida, encaminhando-se para ele, entrando-lhe no corpo. Ouve ainda Emmanuel observar-lhe - “-Imagine se, ao invés de “Vá com Deus !”, dissesse magoada, “-Vá com o diabo”. De seus lábios estariam saindo coisas diferentes”. A questão dos fluidos foi substancialmente ampliada pelas observações e conclusões de Allan Kardec, sobretudo através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, fundada e editada de janeiro de 1858 até sua desencarnação em 1869. Em artigo publicado em 1867, por exemplo, afirma que “o ar é saturado de fluidos conforme a natureza dos Espíritos (ou dos pensamentos dominantes)”. Consequentemente, “ambiente carregado de fluidos salutares ou malsãos exerce influência tanto sobre a saúde física como sobre a saúde moral”. Sendo assim, “em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a influência desta atmosfera, viciada ou vivificante”. Acrescenta que “pensamentos colhidos na fonte das más paixões - ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, malevolência, etc -, espalham em torno de si eflúvios fluidicos malsãos que reagem sobre os que o cercam”. Comenta ainda que assim como o “ar viciado é saneado com correntes de ar saudável, atmosfera com maus fluidos o é como fluidos bons. Como se percebe, o pensamento mais uma vez está por trás dos fenômenos do mundo dos efeitos. Kardec considera que “o pensamento age sobre os fluidos ambientes como o som age sobre o ar; esses Fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som”. Afirma que “os fluidos que emanam dos Espíritos (encarnados ou desencarnados) são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração. As qualidades do fluido estão na razão direta das qualidades do Espírito encarnado ou desencarnado. Quanto mais elevados os sentimentos e desprendidos das influências da matéria mais depurado será seu fluido”. Já n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na questão 70, alertara que “a quantidade de fluido vital se esgota; se transmite de um indivíduo para outro; que os órgãos do corpo estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital, o qual dá a todas as partes do organismo uma atividade que as une em certas lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas; a quantidade de fluido vital não é fator absoluto para todos os seres orgânicos, variando segundo as espécies não sendo fator constante, seja no mesmo indivíduo, seja nos indivíduos da mesma espécie, e , por fim, quando os seres orgânicos morrem, o fluido vital remanescente retorna à massa”. Estudos posteriores, revelaram também que “a matéria inanimada absorve potencialmente fluidos humanos, retendo toda espécie de vibrações e emanações físicas, psíquicas e vitais”. Convertem-se assim em agentes evocadores das impressões psicométricas, como Ernesto Bozzano mostra na obra ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb). Sendo assim, da mesma forma que a influência deixada num objeto por pessoa viva tem a virtude de por o sensitivo em relação com a subconsciência dessa pessoa, assim também a mesma influência, deixada nos objetos por uma pessoa desencarnada tem o poder de por o sensitivo em relação com esses registros fluídicos ou mesmo, até com o Espírito que as deixou neles gravadas. Dai o fato de roupas de uma pessoa desencarnada poder causar sensações desconfortáveis naquela outra que a passa a usar. A água e a exposição ao Sol, desimpregnam tais peças dessa energia chamada remanente. Os alimentos também sofrem a influência dos fluidos de quem os manipula ou consome. A propósito da água fluidificada, o Espírito Emmanuel esclarece que “a água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra (...). Alerta “que a água como fluido criador, absorve em cada lar, as características mentais dos seus moradores”. Confirma que “a água pode ser fluidificada de modo geral em benefício de todos e, se em caráter particular para determinado enfermo, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo”. Recomenda que “se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais na solução de tuas necessidades fisio-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido com raios de amor em forma de bênçãos”.




Eu tenho uma curiosidade sobre como o Espiritismo vê essa questão do sexo. Se os Espíritos não têm sexo e podem reencarnar como homem ou como mulher, por que é que existe tanta diferença entre o homem e a mulher. Eles têm personalidades diferentes, modo de viver e de enxergar as coisas bem diversos. Como que um Espírito, que foi de um sexo numa encarnação anterior, pode vir agora no outro sexo, e mudar tanto? Será que essa diferença acontece por causa da educação que o menino e a menina recebem de seus pais ou é apenas influência do corpo? (Cyntia – e-mail)


Os Espíritos têm sexo? pergunta Kardec (questão nº de LIVRO DOS ESPÍRITOS). “Não como o entendeis, respondem os mentores”. Isso quer dizer que eles têm sexo, mas que o sexo se manifesta nos Espíritos de outra forma que não a forma que conhecemos. Essa questão é cuidadosamente tratada por André Luiz em variadas obras e, mais especificamente, é ela retomada pelo Dr. Jorge André no livro “AS FORÇAS SEXUAIS DA ALMA”, livro que pode lhe muitos esclarecimentos a esse respeito.


Na prática mediúnica, estamos acostumados a lidar com Espíritos de homens e mulheres e verificar que, após a desencarnação, eles levam consigo os reflexos do que foram nesta última existência, reflexos esses que se manifestam através de sua personalidade, de homem ou de mulher. Os homens tendem a continuar sendo homens, com a mesma virilidade que aqui demonstravam na vida corpora; assim como as mulheres prosseguem manifestando sua feminilidade. Este é um fato que constatamos na prática.


No entanto, basta observar e verificar que as crianças, por exemplo, nos primeiros anos da infância, ainda não desenvolveram de forma definitiva a sexualidade em nível físiológico e, por isso, meninos e meninas são bem parecidos. Essa diferenciação vai ocorrendo paulatinamente, na medida em que eles crescem e se desenvolvem, mas só vai se consolidar na adolescência, depois do período de amadurecimento sexual, a que damos o nome de puberdade. É neste momento, então, que os sexos se definem e se mostram como são.


O Dr. Jorge Andréa, na obra citada, afirma que, na essência, todo Espírito traz as duas polaridades: a masculina e a feminina, cada qual com sua potencialidade própria. Desse modo, todos nós – sendo homens e mulheres – ao reencarnamos, trazemos conosco essas duas tendências, as quais se manifestam diferentemente, conforme a encarnação se dê num corpo masculino ou num corpo feminino. Homens e mulheres, quase sempre, têm papéis diferentes no meio social. Quando a encarnação se dá num corpo masculino, o que entra em funcionamento é a polaridade masculina do Espírito; se for num corpo de mulher, é a sua polaridade feminina.


Ao longo das encarnações, os Espíritos podem nascer como homem ou mulher, portanto. Nos mundos inferiores ou nas etapas de desenvolvimento pelas quais estamos passando, o sexo se define praticamente com o corpo físico, através dos órgãos sexuais, mas à medida que o Espírito progride na sua escalada evolutiva, em planos superiores de vida, as polaridades vão se aproximando uma da outra, e deixam de se manifestar com tantas diferenças como as vemos em nosso planeta.


As diferenças sexuais em nosso mundo são bem definidas. Mas os Espíritos, ao contrário do que você pode pensar, não encarnam alternativamente num sexo e no outro. A tendência é reencarnar muitas vezes no mesmo sexo, pois a experiência de uma só vida é muita curta para lhe proporcionar o necessário aprendizado. Desse modo, reencarnado repetidas vezes como homem, por exemplo, o Espírito se fortalece na polaridade masculina e mais fácil se torna voltar na mesma condição. Quando muda de polaridade, geralmente ele ressente dessa mudança e apresenta alguma dificuldade para se ajustar à nova condição, agora num corpo feminino.


Entretanto, essa questão de mudança de sexo entre uma encarnação e outra, a princípio, pode não está ligada à transexualidade, seguramente, tem outras causas, conforme vemos no livro do Dr. Jorge Andréa. Mas o fato de existirem homens que, sem serem homossexuais, apresentam certos maneirismos femininos, ou mulheres com atitudes viris, muitas vezes, pode revelar recentes experiências reencarnatórias no sexo oposto. Contudo, não podem os deixar de considerar que a educação do lar e da sociedade tem uma influência muito grande na personalidade da criança e reforça as tendências que os pais querem que desenvolvam.













segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

NÃO DEVE SER IMPOSTO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Fazia pouco mais de quatro anos que O LIVRO DOS ESPÍRITOS havia sido publicado e se multiplicavam por vários países europeus os interessados no seu conhecimento e prática. Allan Kardec já havia reunido material suficiente para publicar O LIVRO DOS MÉDIUNS fornecendo diretrizes para o entendimento da percepção que coloca nossa Dimensão em contato com a dos Planos Espirituais. No número de dezembro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, encontramos interessante estudo dividido em 25 tópicos em que ele apresenta argumentos interessantes sobre a ORGANIZAÇÃO DO ESPIRITISMO. Dele destacamos alguns, para nossas reflexões: 1- EVOLUÇÃO DA IDEIA - O Espiritismo não deve ser imposto; vem-se a ele porque dele se necessita, e porque dá o que não dão as outras filosofias. Convém mesmo não entrar em nenhuma explicação com os incrédulos obstinados: seria dar-lhes muita importância e leva-los a pensar que dependemos deles. Os esforços feitos para os atrair os afastam e, por amor-próprio, obstinam-se na sua oposição. Eis por que é inútil perder tempo com eles; quando a necessidade se fizer sentir, virão por si mesmos. Enquanto esperamos, é preciso deixá-los tranquilos, satisfeitos no seu cepticismo que, acreditai, muitas vezes lhes pesa mais do que dão a parecer; porque, por mais que digam, a ideia do nada após a morte tem algo de mais assustador, de mais doloroso que a própria morte. 2 - CARÁTER DAS PRINCIPAIS VARIEDADES DE ESPÍRITAS. Pode-se pôr em primeira linha os que creem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles o Espiritismo não passa de uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia e a moral são acessórios de que pouco se ocupam e de cujo alcance nem mesmo desconfiam. Nós os chamamos espíritas experimentadores. Vêm a seguir os que veem no Espiritismo algo mais que simples fatos; compreendem o seu alcance filosófico; admiram a moral dele decorrente, mas não a praticam; extasiam-se ante as belas comunicações, como diante de um sermão eloquente, que ouvem mas não aproveitam. A influência sobre o seu caráter é insignificante ou nula; em nada mudam seus hábitos e não se privariam de um único prazer: o avarento é sempre avarento, o orgulhoso sempre cheio de si mesmo, o invejoso e o ciumento, sempre hostis. Para eles a caridade cristã é apenas uma bela máxima e os bens deste mundo os arrastam na sua estima sobre os do futuro. São os espíritas imperfeitos. Ao lado destes há outros, mais numerosos do que se pensa, que não se limitam a admirar a moral espírita, mas que a praticam e a aceitam em todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar estes curtos instantes para marchar na via do progresso, esforçando-se por fazer o bem e reprimir as más inclinações; suas relações são sempre seguras, porque sua convicção os afasta de todo mau pensamento. Em tudo a caridade é sua regra de conduta. São os verdadeiros espíritas, ou, melhor, os espíritas cristãos. 3 - O VERDADEIRO ESPÍRITA - Tendo como objetivo a melhoria dos homens, o Espiritismo não vem recrutar os que são perfeitos, mas os que se esforçam em o ser, pondo em prática o ensino dos Espíritos. O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que deseja seriamente atingí-la. Sejam quais forem os seus antecedentes, será bom espírita desde que reconheça suas imperfeições e seja sincero e perseverante no propósito de emendar-se. Para ele o Espiritismo é uma verdadeira regeneração, porque rompe com o passado; indulgente para com os outros, como gostaria que fossem para consigo, de sua boca não sairá nenhuma palavra malevolente nem ofensiva contra ninguém. Aquele que, numa reunião, se afastasse das conveniências, não só provaria falta de civilidade e de urbanidade, mas falta de caridade; aquele que se melindrasse com a contradição e pretendesse impor a sua pessoa ou as suas ideias, daria prova de orgulho. Ora, nem um nem outro estariam no caminho do verdadeiro Espiritismo cristão. Aquele que pensa ter uma opinião mais justa fará que os outros a aceitem melhor pela persuasão e pela doçura; o azedume, de sua parte, seria um péssimo negócio.




Eu gostaria de saber por que há pessoas, que não são boas, que até prejudicam os outros, e não sofrem tanto, ao passo que pessoas boas e caridosas sofrem muito. Vendo isso é que muita gente se revolta e acha que é melhor ser mau do que ser bom. ( Analuíza)


Na verdade, fazendo uma rápida observação da vida, vamos perceber que nem sempre aquelas pessoas que usam de maldade e violência contra os outros são os que mais sofrem, assim como nem sempre os que se mostram humildes e benevolentes têm uma vida mais tranqüila. Em primeiro lugar, Analuíza, precisamos questionar se estamos interpretando bem o que vemos: muitas vezes, podemos não saber analisar a vida de uma pessoa, mesmo porque o estado de sofrimento depende muito de cada um, e nem sempre pode ser notado.


Cada um tem sua própria maneira de enfrentar seus problemas e, portanto, seu próprio sofrimento. Tanto assim que aquilo que pode ser sofrimento para um pode não ser para outro. De qualquer forma, nós analisamos as pessoas pela aparência. Por exemplo: pelas condições de saúde, pela vida financeira, pelos problemas familiares, e assim por diante. Julgamos que sofrem mais aqueles cujos problemas mais aparecem, mas é possível que julgamos que uma pessoa sofra pouco, porque não sabemos, de fato, dos problemas que ela está vivendo.


Entretanto, mesmo considerando a hipótese que você coloca, Analuíza, segundo a qual pode uma pessoa de mau caráter sofrer menos ou ter uma vida bem menos atribulada do que uma de bom caráter, há uma explicação para isso. Essa aparente injustiça, que se descortina à nossa frente, ocorre porque vemos esta vida como se fosse a única. Se assim fosse, de fato, nós não poderíamos sequer conceber a existência de Deus, porque a vida não teria sentido, uma vez que não haveria justiça e muito menos misericórdia. Aliás, não poderíamos nem mesmo explicar por que as crianças sofrem, por que muitos nascem enfermos, deficientes e terminam seus dias na Terra em meio a grandes aflições.


Somente a idéia da reencarnação e, principalmente, da evolução é que nos vão conscientizar de que não há injustiça na Lei de Deus. Uma vida difícil e sofrida tem sua razão de ser, seja porque o Espírito precisa passar por aquilo para aprender, seja por um compromisso que ele assumiu. Para compreender a passagem de um Espírito por esta vida, teríamos de saber o que vem acontecendo com ele ao longo das diversas encarnações. Espíritos bondosos, muitas vezes, escolhem missões difíceis e por isso vivem grandes problemas, mas essas dificuldades representam um desafio que lhes será de grande utilidade no futuro.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

CENTRO ESPÍRITA – O OUTRO LADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Indiscutivelmente todos gostariamos de ter a capacidade de enxergar o que se opera no lado invisível dos Centros Espíritas.

Costumam afirmar os que nos antecederam na transferência para o Plano Espiritual que “para o espírita a surpresa da desencarnação pode ser muito grande”.

Baseados em algumas dessas informações reunimos algumas notas que ampliam um pouco nossa compreensão.

Além túmulo continuamos nas criações mentais que nos inspiravam a existência do mundo.

O Espiritismo é uma concessão nova do Senhor à nossa evolução multimilenária.

Opera-se nos Núcleos Espirituais em bases de matéria noutra modalidade vibratória.

Assim como existe, por exemplo, para o serviço humano o solo formado de argila, areia, calcário e elementos orgânicos, tem-se para as atividades espirituais o solo etéreo, em Esfera mais elevada, com as suas propriedades químicas especiais obedecendo a Leis de Plasticidade e Densidade características.


De lá, de onde se erguem organizações mais nobres para a sublimação do Espírito e onde a Natureza estua em manifestações mais amplas de sabedoria e grandeza, vem ao convívio dos irmãos encarnados para a continuação da tarefa que abraçam no mundo. um pequeno mas expressivo posto de auxílio, erigido à feição de pronto-socorro.

Geralmente, as Casas Espíritas possuem sede de trabalho em cidade espiritual que se localiza nas regiões superiores da Terra.

A casa, consagrada à Espiritualidade, é um pequeno mas expressivo posto de auxílio, erigido à feição de pronto socorro.

O nucleo de serviços esta todo envolto por um halo de luz protetor correspondendo as vibrações do ambiente nele cristalizadas.

Uma casa espírita será, inevitavelmente, de modo permanente um pouso acolhedor, abrigando, Amigos desencarnados, enfermos e sofredores, a se desvairarem na sombra. Para que se recuperem, é indispensável recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a que se recolhem.

No ambiente do Centro Espírita há outro ambiente “interexistente”.

O salão de reuniões amplia-se para além das paredes de alvenaria. Um outro auditório ali se acopla, destinado a receber os Espíritos desencarnados que serão assistidos.

Em toda parte onde tenhamos uma agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, de todos comungam as tarefas gerais. Esse centro abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os trabalhadores a que nos referimos, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de formas pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer.

É assim que as forças mento-neuro-psíquicas do agrupamento são manipuladas por desenhistas, na organização de fenômenos que possam revitalizar a visão, a memória, a audição e o tato dos Espíritos sofredores, ainda em trevas mentais. Espelhos ectoplásmicos e recursos diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos nossos amigos encarnados, que operam na fraseologia assistencial, dentro do Evangelho de Jesus, a fim de que se estabeleça perfeito serviço de sintonia, entre o necessitado e nós outros. Para isso, porém, para que a nossa ação se caracterize pela eficiência, é necessário oferecer-lhes o melhor material de nossos pensamentos, palavras, atitudes e concepções. Toda a cautela é recomendável no esforço preparatório da reunião de intercâmbio com os desencarnados menos felizes, porque a elas comparecemos, na condição de enfermeiros e instrutores, ainda mesmo quando não tenhamos, em nosso campo de possibilidades individuais, o remédio ou o esclarecimento indispensáveis.


Em verdade, contudo, através da oração, convertemo-nos em canais do socorro divino, apesar da precariedade de nossos recursos, e, em vista disso, é preciso haja de nossa parte muita tranquilidade, carinho, compreensão e amor, a fim de que a colaboração dos nossos companheiros arquitetos encontre em nós base segura para a formação dos quadros de que nos utilizamos na obra assistencial. Nossa palavra é simplesmente a palavra de um aprendiz

Nas reuniões de tratamento espiritual, os Servidores operam desde a manipulação de fluidos e substancias medicamentosas, desempenhando ainda tarefas durante as aplicações ou transfusões de energias, cabendo lhes auscultar os pacientes e acompanhar o serviço dos médiuns passistas, analisando cada questão dentro da LEI DE CAUSA E EFEITO, considerando atenuantes e méritos adquiridos. Atuam diretamente no corpo espiritual ou perispírito, corpo fluidico, semi-material, alterando lhe algumas disposições, como consequencia natural erradicando diversas enfermidades físicas, visto que tais processos tem genese no Perispírito devido a lesões que a consciência de culpa lhe impos mediante os erros perpretados no passado, como consequência de uma vivencia em desarmonia com os Códigos Divinos.

Para esse gênero de colaboração especializada são trazidos os Arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência , consultando as reminiscências dos comunicantes que devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos psicológicos, a fim de que sejam criados, temporariamente embora, os painéis movimentados e vivos, capazes de conduzi-los à metamorfose mental, imprescindível à vitória do bem. Dentro, dos horários de ação, formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que tornando à realidade pregressa, através da qual se põem mais facilmente ao encontro de nossas palavras, sensibilizando-se nas fibras mais íntimas e favorecendo-nos, assim, a interferência que deve ser eficaz e proveitosa. Delitos, dificuldades, problemas e tragédias que ficaram a distância, requisitam dos nossos companheiros da ilustração espiritual muito trabalho para que sejam devidamente revisados, objetivando-se o amparo a todos assistidos, em obediência aos planos traçados de mais alto.

Com a supervisão e cooperação de vasto corpo de colaboradores em que se integram médicos e religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns espíritas já desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de natureza permanente.

Atendimento fraterno através da Orientação se dá com entidade auxiliada por dois assistentes que atuam por harmonico fenômeno de intuição.realizam uma catarse no extravasamento verbal e emocional de seus conflitos intimos, complexos problemas de saude, graves enfermidades, etc

A fluidificação das aguas ocorre atraves de servidores em estado de concentração e perfeita harmonia que após prece estendem as mãos sobre os vasilhames os quais recebem efluvios balsâmicos e revigorantes que atuarão nas organizações somáticas dos que fizerem uso da água.

O serviço de passes alia os recursos dos médiuns com a colaboração de Espíritos que alcançaram a condição de equilíbrio mental aliado a nobre disposição de servir e profundo conhecimento acerca da manipulação de fluidos e grandes possibilidades de irradiação e exteriorização das próprias energias.

Durante a reunião muitos servidores são destacados para alguns serviços exteriores vizando socorrer espíritos necessitados ou fazendo visitas domiciliares aos encarnados para intercessões urgentes.



As reuniões nas Casas Espíritas estão garantidas por três faixas magnéticas protetoras.

A primeira guarda a assembleia constituída e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à tarefa da noite.

A segunda faixa encerra um círculo maior, no qual se aglomeram algumas dezenas de companheiros desencarnados, ainda em posição de necessidade, à cata de socorro e esclarecimento.

A terceira, mais vasta, circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além dela, temos uma turba compacta — a turba dos irmãos que ainda não podem partilhar, de maneira mais íntima, o esforço no aprendizado evangélico. Essa multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de participação no culto da fé.

Bem junto à direção das atividades, está reunida grande parte da equipe de funcionários espirituais que preservam as linhas magnéticas defensivas.

Entre os dois, instala-se grande rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos desencarnados rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das muitas que, da vida espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento pelo electrochoque.

E assim organiza-se uma Casa para desenvolver a obra fraterna em que se empenha, a favor dos companheiros que não encontraram, depois da morte, senão as suas próprias perturbações.




Uma ouvinte, que prefere não ser identificada, escreveu para MOMENTO ESPÍRITA, relatando seu drama com a morte do pai, quando ela era ainda muito jovem. Depois que leu um livro, recentemente, onde identificou um personagem com o mesmo nome de seu pai, ela teve um sonho em que ele pai lhe aparecia como três personagens diferentes. O último desses personagens, que era seu pai, disse que tinha uma mensagem para lhe passar. Ela diz que o sonho lhe pareceu muito real e quer saber se o sonho que teve foi por causa do livro que leu.


Na verdade, cara ouvinte, pelas boas lembranças que você traz de seu pai, com certeza você deve ter conversado mesmo com ele. O livro que você leu, de fato, deve ter tido influência em seu sonho, mas apenas como um fator que ajudou você a fixar nele a sua mente. Geralmente, todos nós lembramos muito pouco ou quase nada do que sonhamos. Há pessoas que quase não se lembram dos sonhos. Isso porque, muitas vezes, não lhes é conveniente lembrar. Além do que, o sonho é uma atividade do inconsciente, e o inconsciente é o compartimento mais profundo e desconhecido da mente.


Entretanto, a linguagem do sonho é diferente da linguagem habitual. Quase sempre ela é representada por símbolos e é desses símbolos que lembramos. Assim, o fato de você ter visto seu pai em três personagens diferentes deve ter um significado na mensagem que ele quer lhe passar. Acreditamos que o problema agora é decodificar essa mensagem: é isso que ele quer dizer. Para ajudá-la nessa busca, nós lhe indicamos a leitura do capítulo de um livro.


Anote aí: o livro é de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Chama-se “Os Mensageiros”. Você deve ler, com muita atenção ( e reler se for preciso) o capítulo 38. Leia, portanto, “Os Mensageiros” de André Luiz, capítulo 38, onde você vai entender melhor o papel dos sonhos como porta de contato com familiares desencarnados. Essa leitura pode ajudá-la a decodificar a mensagem que seu pai quis lhe dar através do sonho,. E se tiver mais alguma dúvida a respeito, volte a se comunicar conosco.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

UM FENÔMENO RARO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Seria possível uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo? Allan Kardec o denomina bicorporeidade o enquadrando entre os fenômenos mediúnicos, citando fatos e testemunhos preservados pela História como os envolvendo o Imperador Vespasiano, Santo Antonio de Liguori, Santo Antonio de Pádua e Emile Sagie. No Brasil situações semelhantes fazem parte da biografia de Euripides Barsanulfo e do próprio Chico Xavier. Fechando a edição de novembro de 1860, da REVISTA ESPÍRITA, encontramos interessante matéria sobre religiosa espanhola. Explica Allan Kardec: - “Num compêndio histórico que acaba de ser publicado sobre a vida de Maria de Jesus de Agreda, encontramos um fato extraordinário de bicorporeidade, que prova que tais fenômenos são perfeitamente aceitos pela religião. É verdade que, para certas pessoas, as crenças religiosas não têm mais autoridades do que as crenças espíritas. Mas quando essas crenças se apoiarem sobre as demonstrações dadas pelo Espiritismo, sobre as provas patentes que ele fornece, por uma teoria pessoal, de sua possibilidade, sem derrogar as leis da Natureza, e de sua realidade por exemplos análogos e autênticos, será forçoso render-se à evidência e reconhecer, fora das leis conhecidas, a existência de outras que ainda pertencem aos segredos de Deus. Maria de Jesus nasceu em Agreda, cidade da Castela, em 2 de abril de 1602, de pais nobres e de virtude exemplar. Muito jovem ainda tornou-se superiora do mosteiro da Imaculada Conceição de Maria, onde morreu em estado de perfeição espiritual. Eis o relato que se acha em sua biografia: “Por maior que seja a nossa vontade de resumir, não podemos deixar de falar aqui do papel absolutamente excepcional de missionária e do apostolado que Maria de Agreda exerceu no Novo México. O fato que vamos narrar, cujas provas incontestáveis provariam, por si só, quão elevados eram os dons sobrenaturais com que Deus havia enriquecido sua humilde serva, e quão ardente o zelo que ela nutria no coração pela salvação do próximo. Nas suas relações íntimas e extraordinárias com Deus, ela recebia uma viva luz, com a ajuda da qual descobria o mundo inteiro, a multidão dos homens que o habitavam, (...) Maria de Agreda sentia o coração partido e, em sua dor, multiplicava preces fervorosas. Deus a fez saber que os povos do Novo México apresentavam menos obstáculos para a sua conversão que o resto dos homens (...)Certo dia, tendo-a o Senhor arrebatado em êxtase, (...) Maria de Agreda sentiu-se de repente transportada para uma região longínqua e desconhecida, sem saber como. Achou-se, então, num ambiente que não era o da Castela e experimentou raios de um sol mais ardente que de costume. Homens de uma raça que jamais tinha encontrado estavam diante dela, e Deus lhe ordenava que satisfizesse seus caridosos desejos e pregasse a lei e a fé santa àquele povo. A extática de Agreda obedecia à ordem. Pregava a esses índios em sua língua espanhola, e os infiéis entendiam como se ela lhes falasse em sua língua materna. Seguiram-se conversões em grande número. Voltando do êxtase, esta santa mulher se achava no mesmo lugar em que estava no começo do arrebatamento. Não foi apenas uma vez que Maria de Jesus desempenhou esse maravilhoso papel de missionária e de apóstolo, junto aos habitantes do Novo México. O primeiro êxtase do gênero ocorreu em 1622; mas foi seguido de mais cinco êxtases do mesmo tipo, durante cerca de oito anos. Maria de Agreda encontrava-se frequentemente nessa mesma região para continuar o seu apostolado. (..) Ela via ao mesmo tempo, mas a grande distância, os franciscanos espanhóis que trabalhavam pela conversão desse novo mundo, mas que ainda ignoravam a existência desse povo que ela havia convertido. Tal consideração levou-a a aconselhar aos índios que mandassem alguns dentre eles àqueles missionários, pedir que viessem ministrar-lhes o batismo”.







O que Jesus queria dizer quando falava “veja quem tem olhos de ver e ouça que tem ouvidos de ouvir”? (MARISTELA)


Esta expressão de Jesus pode parecer absurda à primeira vista: é claro que os olhos só servem para ver e que os ouvidos só servem para ouvir. Por que, então, ele dizia “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. Na verdade, Jesus usava uma linguagem figurada, que serve para evidenciar ou reforçar uma idéia moral. Aqui ele está falando da compreensão que devemos ter sobre as coisas e as pessoas. Ver e ouvir significam mais do que usar apenas os sentidos da visão e da audição: significa estar atento, querer aprender e se esforçar para isso.


Quantas coisas passam pela nossa frente todos os dias? e quantas nós, de fato, percebemos? Quantas palavras ouvimos diariamente? e quantas, de verdade, entendemos? O povo de seu tempo estava acostumado, desde muitos séculos, a ouvir e obedecer, simplesmente acreditar na palavra da autoridade: mas não sabia usar o raciocínio para discernir, a razão para diferenciar o que realmente é válido e o que não é. Veja, por exemplo, o episódio da mulher, que ia ser apedrejada por adultério. Esse costume existia há séculos. Todo mundo achava normal um assassinato daquela natureza em plena praça pública. Ninguém contestava.


E o que era pior: ninguém tinha coragem de contestar. A lapidação da mulher era lei de Deus. Moisés a tinha sacramentado desde o Monte Sinai: na fé do povo, não existia outra verdade e nem poderia existir. A lei era severa e ai de quem se voltasse contra ela!... Jesus, no entanto, interveio naquele momento com a habilidade que lhe era peculiar. Não para dizer que a lei de Moisés estava errada e que, portando, dever-se-ia adotar outra lei; mas, sim, para fazer a multidão pensar sobre a gravidade do erro que ela vinha cometendo e que já era tempo de aperfeiçoar a lei.


Atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”. Essa frase de Jesus, como nunca acontecera durante séculos, ecoou na alma daquelas pessoas como uma bomba. Elas todas, cada qual com uma pedra na mão, jamais viram a questão desse ângulo. Jamais lhes passou pela cabeça que julgar exige responsabilidade e compromisso com o bem e com a verdade. Por isso, num primeiro momento, a multidão – que, antes, estava inflamada – se calou. Houve um breve intervalo de silêncio. E, então, um a um dos julgadores (ou melhor, dos executores) foi saindo com a cabeça baixa ( envergonhados de si mesmos), sendo os mais velhos em primeiro lugar, pois certamente os mais velhos devem ter mais pecados.


Esse episódio exemplifica muito bem, caro ouvinte, o que é ter “olhos de ver e ouvidos de ouvir”. Naquele momento – e, pelo menos, por alguns instantes, aquelas pessoas tiveram olhos de ver e ouvidos de ouvir. Elas compreenderam que atrás de cada ato que cometemos na vida há uma consciência que nos julga, há um sentido de responsabilidade e compromisso que cada um assume perante a vida para prestar suas próprias contas. Como dizem os Espíritos, “a lei de Deus está em nossa consciência”. Esse exemplo deveria servir para todos nós na hora de julgar ou de fazer comentário sobre a vida de alguém.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

O JUIZ POETA E A LEI DE CAUSA E EFEITO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Sobre ele pouco se tem sabe, a não ser que era do Ceará, onde, em diferentes localidades, teria exercido o cargo de Juiz; publicado, em 1924, um livro com suas criações poéticas, intitulado ESCADA DE JACÓ, não se tendo notícia que tenha conhecido o Espiritismo enquanto encarnado. De volta ao Plano Espiritual, nos processos de aprendizado possíveis ao seu nível evolutivo, aprofundou-se no estudo da Justiça Divina, mais especificamente a Lei de Causa e Efeito. Nas décadas de 60 e 70, serviu-se do médium Chico Xavier para oferecer-nos em doze poesias, os resultados de suas pesquisas, revelando em versos belíssimos a situação de muitos Espíritos com os quais se envolveu em múltiplas encarnações anteriores à terminada no século 20. Seu nome Epiphanio Leite e, atendendo às limitações de espaço, exporemos parte de seu trabalho apresentando os Efeitos de agora, seguido da Causa determinante de outrora. O primeiro deles, por sinal, sobre um Espírito que lhe fora filho em vida passada. CASO 1 – Efeito: homem cego e surdo vivendo de esmolas obtidas na mendicância Causa: Existência em que, embora exortado a amar, construir e ensinar, armou-se de ouro e lança, transformando o mando em presença assassina, deixando uma trilha de fogo nas vidas e regiões por onde passou (Meu Filho) CASO 2Efeito: mulher, vivendo em extrema penúria entre humildes choupanas, trazendo nos braços um filhinho sem fala, mutilado ao nascer Causa: Existência em que, mulher ligada à nobreza, induz jovem por ela apaixonado ao suicídio durante festa que promovia em sala de seu castelo (Santa Maternidade) CASO 3Efeito: Homem confinado a hospício em função da insanidade mental Causa: Soberano que, em excursões bizarras, ordena invasões, ferindo, vencendo, dominando e deixando um rastro de dor, castelos em ruínas, agonia e pavor (Renascença da Alma) CASO 4 - Efeito: Mulher insana mentalmente vivendo na mendicância, carregando um boneco nos braços, o que lhe valeu a alcunha de Maria Boneca Causa: Dama da nobreza que na ânsia de continuar a desfrutar dos prazeres da vida, três séculos antes, livra-se do filho consanguíneo, atira-o à fossa do castelo em que vivia (Maria Boneca) CASO 5 Efeito: Mulher, anônima e solitária, presa à prova da hanseníase, confinada em Hospital/Colônia para Leprosos Causa: Existência em que na condição de conhecida rainha europeia, quatrocentos anos antes, cria dominações, ordena, expandindo penúria e lágrimas, enquanto suas arcas repletavam-se. ( Fim de Prova) CASO 6Efeito: menino morador de aldeia remota, em corpo limitado pela idiotia e a mudez. Causa: intelectual que, pela palavra falada e escrita, na última década do século 18, espalhou ateísmo e violência, suscitando rebeldia e delinquência (Gênio Enfermo) CASO 7Efeito: Morador de rua, vivendo da caridade alheia, preso ao estigma da hanseníase Causa: Existência há quatro séculos, em que, à custa de mortes, destruição, violência, conquista o poder, tornando-se, por fim, chefe e Rei, pouco antes de morrer (Dor Bendita) CASO 8Efeito: Mulher carregando a dura prova da cegueira, obcecada por encontrar a origem de sua limitação nos estudos reencarnacionistas. Causa: Soberana feudal que, seiscentos anos antes, através de hordas assassinas espalhou fogo e lama, oprimindo o povo dominado (Cegueira) CASO 9Efeito: Mulher cumprindo o papel da maternidade, triste, entre penúria e pó, chagas, sombras, ruínas Causa: Existência em que, há quatro séculos, exercendo o poder, amada e desumana, destrói lares, gasta a vida insana, humilhando os homens que avassalava (Prova e Libertação) CASO 10Efeito: Homem, morador de rua, enfermo, relegado à via pública, sobrevivendo da caridade alheia Causa: Existência seiscentos anos antes em que, de conquista em conquista, abusa do amor, arrastando filhas, esposas, mães, seduzidas egoisticamente (Mendigo) CASO 11Efeito: Mulher enferma, vivendo da mendicância em praça pública Causa: Existência no século 19, em que exibindo riqueza e beleza perturbadora, por ciúmes de alguém, mata a própria filha preservando os domínios do prazer em que se comprazia. Os livros em que podem ser consultados os documentos aqui citados, são respectivamente LUZ NO LAR (feb,1968); POETAS REDIVIVOS (feb,1969); CAMINHOS DE VOLTA (geem, 1975) e ALGO MAIS (ideal, 1979).


Eu gostaria de saber o seguinte: um cara como John Lennon, o mais conhecido dos Beatles, foi um artista famoso e influenciou toda a juventude de seu tempo. Ele foi rebelde, protestou pelado diante da imprensa, incentivou o uso de drogas, mas, ao mesmo tempo, compôs lindas canções, deixou uma mensagem de paz e amor em suas músicas, criou movimentos de combate à violência e à guerra, e é lembrado como um herói. Como o Espiritismo vê um individuo como ele, que fez o mal e o bem e que, até hoje, é adorado? (Éderson)


Interessante sua pergunta, Éderson. Aqui entra uma questão sobre a qual pouca gente reflete, que é a diferença entre os heróis do passado e os heróis da atualidade. Na verdade, todos precisamos de pessoas, que tenham um papel especial no mundo e que se esforcem para melhorar as condições da humanidade, para nos incentivar a crescer, tanto individual como coletivamente. Essas pessoas são conhecidas como ídolos ou heróis. No passado os heróis eram sempre tidos como pessoas perfeitas, isto é, pessoas que só tinham virtudes e que, portanto, não tinham defeitos.


Na realidade, os defeitos dos ídolos nunca eram mostrados e, por isso, nunca apareciam, porque se acreditava que o herói tinha que ser puro, não podia estar manchado por qualquer fraqueza, por menor que fosse. Essa imagem do herói, na maioria das vezes, não era uma imagem real, mas uma imagem ideal. Foi justamente contra esse estado de coisas que a juventude dos anos 60 se levantou. John Lennon, um dos líderes desse movimento, pertenceu a uma geração ousada e irreverente, que não se importava em desagradar a sociedade, nem mesmo com suas fraquezas e imperfeições. Aliás, foi a geração de John Lennon que mais combateu a hipocrisia da sociedade, que mascara os heróis, fazendo com que eles aparecessem sempre perfeitos e intocáveis.


John Lennon, sem dúvida, cometeu muitos erros e todos nós temos consciência disso, ainda que seja difícil fazer um julgamento sobre ele. Esses deslizes ele cometeu principalmente na sua juventude, pois o que caracteriza o jovem são duas coisas: a imaturidade para enfrentar os problemas da vida e, ao mesmo tempo, o desejo de reformar o mundo, corrigindo seus erros. Neste particular, Lennon foi como qualquer outro jovem do mundo, mas, certamente, foram sua inteligência e seus dons artísticos que lhe deram proeminência e o ajudaram no compromisso que assumiu perante o mundo. Ele tentou mostrar verdades que o mundo se recusa a ver.


Não temos nenhuma notícia do plano espiritual sobre Lennon, mas acreditamos, pelo papel que desempenhou, principalmente nos últimos anos de sua vida, que ele tinha missão que nos ajudou muito. É bem provável que ele não tenha feito exatamente o que se propôs a fazer antes de reencarnar, mas não resta dúvida de que a mensagem que deixou – apesar de todos os tropeços e erros cometidos - está no ideal que pregou, contra a desigualdade, contra a pobre, contra a violência, pela paz e pela união dos povos – o que podemos perceber pela letra de sua inesquecível canção, “Imagine”. Tem gente que acredita que seu assassinato, de maneira tão inesperada e estranha, foi resultado de alguma conspiração arquitetada pelas regiões inferiores da espiritualidade, para evitar que ele avançasse mais em suas pretensões.