ACOMPANHE DIARIAMENTE AS ATUALIZAÇÕES DE luizarmandoff NO INSTAGRAM
Na questão 350 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS Allan Kardec ao indagar se “o Espírito, uma vez unido ao corpo da criança, e não podendo mais retroceder, lamenta algumas vezes a escolha feita”, obteve o seguinte esclarecimento: - Queres perguntar se, como homem, ele se queixa da vida que tem? Se desejaria outra? Sim, Se lamenta a escolha feita? Não, porque não sabe que a escolheu. O Espírito, uma vez encarnado, não pode lamentar uma escolha de que não tem consciência, mas pode achar muito pesada a carga. Pesquisando e estudando há mais de uma década as chamadas Cartas de Chico Xavier, ou seja, o extraordinário acervo construído com o resultado do trabalho continuado de atendimento a Espíritos encarnados e desencarnados que buscaram nele ou nas reuniões públicas na cidade de Uberaba, Minas Gerais, nos deparamos com duas situações interessantes sobre aqueles que reencarnaram para cumprir uma passagem de curta duração no corpo físico, ou seja, que sabiam que morreriam como se diz “precocemente”, para reabilitarem-se de atitudes equivocadas em vidas passadas, tipo suicídios ou homicídios. Alguns imprimiram a suas existências um ritmo intenso de aprendizados ou realizações, enquanto outros mantiveram-se como que desinteressados de qualquer comprometimento nas oportunidades a eles oferecidas. Analisando um caso sobre o qual refletimos recentemente, cremos enquadrado no segundo grupo. Já no renascimento, um erro de avaliação sobre a data provável do nascimento, quase lhe impõem a morte ou possíveis lesões cerebrais; os últimos anos de vida física, consumiu em obsessiva preocupação a respeito da morte, provavelmente traído pelo inconsciente, que trazia o registro da informação sobre a volta mais cedo. Muitos, pelo que vimos, exercendo seu livre arbítrio, desistem da vida e de si mesmos, frustrando projetos cuidadosamente elaborados em seu favor. A questão da morte precoce de muitos reencarnados, encontrou em mensagem psicografada seis meses após sua desencarnação em acidente automobilístico a explicação obtida pelo comunicante com um tio desencarnado anos antes dele. Comentou que “por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiraram da Terra, compulsoriamente; das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Surge, naturalmente, a pergunta sobre os pais e os sofrimentos derivados das perdas. No livro AÇÃO E REAÇÃO (1957,Feb), do Espírito André Luiz pelo médium Chico Xavier, no final do capítulo RESGATES COLETIVOS, a questão é apresentada ao Instrutor Druso. Com argumentos lógicos, explica: - “As entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família”.
Não existe uma fórmula mais rápida e direta de resolver problemas de obsessão. Uma pessoa, que tem esse problema há muitos anos e que já foi muitas vezes ao médico, a igrejas e ao centro espírita, ainda continua com o mesmo problema. Será que ela nunca mais ter cura? Pergunta formulada pela ouvinte Aparecida Ceres Rodrigues.
No Espiritismo, como na medicina, cada caso é um caso, Aparecida. Podemos começar um tratamento, mas não podemos garantir nenhum resultado. Isso depende de muitos fatores, mas depende primeiramente do próprio paciente e de sua família: às vezes depende mais da família, às vezes mais do paciente. Depende mais da família quando o caso é crônico, mais complicado, em que o paciente pouco ou nada pode fazer por si mesmo. Mas, se depender dele, do paciente, é dele que deve partir o maior esforço, com certeza.
Há várias causas para obsessão e há vários níveis de obsessão. Em primeiro lugar, o problema está na pessoa do obsidiado, que precisa ser tratado para obter seu próprio equilíbrio: é o que chamamos de auto-obsessão, distúrbio emocional grave. Mas há a obsessão causada ou agravada por Espíritos adversários ou inimigos, que estão ligados ao paciente por laços do passado. Esta ligação é difícil de se romper, se não houver esforço de parte a parte. Às vezes, é o Espírito que insiste na ação; noutras, é o obsidiado que não ajuda.
Em muitos casos, seria muito fácil afastar o obsessor, se só isso resolvesse o problema. É o que acontece na medicina, quando o tratamento médico consegue debelar o vírus causador do mal. Entretanto, se, depois da recuperação, o paciente não se cuidar, certamente, poderá readquirir o vírus e sofrer uma recaída. Um individuo pode viver a vida toda doente, simplesmente porque não se cuida. As leis da natureza funcionam assim. A obsessão, igualmente, é uma questão de sintonia: há obsessão quando o obsidiado e o obsessor se identificam por uma mesma faixa de pensamento. É o mesmo que acontece, quando o paciente não sabe seguir as recomendações médicas e pensa que, somente tomando remédio, ficará curado.
Entretanto, nem todos os casos são complicados: depende de sua complexidade, como dissemos. Há casos em que a superação de um problema é uma questão espiritual tão simples de resolver, que o paciente se lamenta não ter buscado solução antes. Outros, porém, existem e persistem a vida toda, quando não há o necessário cuidado e o necessário esforço para ir superando as suas diversas fases.
Nenhum comentário:
Postar um comentário