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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

ALLAN KARDEC E OS SERVIÇOES DE CURA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Observa-se na atualidade, especialmente, na área da abrangência da cidade de São Paulo (SP), a eclosão de inúmeros trabalhos focados na cura de doentes de toda espécie. Embora a finalidade precípua do Espiritismo seja despertar a consciência da individualidade que, na verdade, é a verdadeira responsável pela manifestação das enfermidades, as quais funcionam como filtros ou freios para as tendências viciosas do Espírito ainda ignorante quanto à sua razão de existir, o fato é que tais mecanismos de auxílio podem levar a criatura a se aperceber que a vida não se resume ao tempo de permanência nesta Dimensão. Houve algo antes e haverá um depois. Desse modo os esforços nessa área cumprem um papel igualmente importante. Na REVISTA ESPÍRITA de novembro de 1866, Allan Kardec desenvolve interessante matéria sobre a questão, da qual destacamos alguns pontos para a reflexão de dirigentes, trabalhadores ou mesmo assistidos, para que os processos obsessivos não se constituam na verdade por traz dos “fenômenos” observados: 1- Há uma diferença radical entre os médiuns curadores e os que obtêm prescrições médicas da parte dos Espíritos. Estes em nada diferem dos médiuns escreventes ordinários, a não ser pela especialidade das comunicações. Os primeiros curam só pela ação fluídica, em mais ou menos tempo, às vezes, instantaneamente, sem o emprego de qualquer remédio. O poder curativo está todo, inteiro no fluido depurado a que servem de condutores. 2- A Teoria deste fenômeno foi suficientemente explicada para provar que entra na ordem das Leis Naturais e que nada há de miraculoso. É o produto de uma aptidão especial, tão independente da vontade quanto todas as outras faculdades mediúnicas; não é um talento que se possa adquirir; não se faz um médium curador como se faz um médico. 3- A aptidão para curar é inerente ao médium, mas o exercício da faculdade só tem lugar com o concurso dos Espíritos. De onde se segue que se os Espíritos não querem, ou não querem mais servir-se dele, é como um instrumento sem músico, e nada obtém. Pode, pois, perder instantaneamente a sua faculdade, o que exclui a possibilidade de transformá-la em profissão. 4- Um outro ponto a considerar é que sendo esta faculdade fundada em leis naturais, tem limites traçados pelas mesmas. Compreende-se que a ação fluídica possa dar a sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna um verdadeiro agente terapêutico; mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a destruição de um órgão, o que seria um verdadeiro milagre. Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade curadora vá livrar a Humanidade de todas as suas enfermidades. 5- Há que levar em conta a variedade de nuanças apresentadas por esta faculdade, que está longe de ser uniforme em todos os que a possuem. Ela se apresenta sob aspectos muito diversos. Em razão do grau de desenvolvimento do poder, a ação é mais ou menos rápida, extensa e ou circunscrita. Tal médium triunfa sobre certas moléstias em certas pessoas e, em dadas circunstâncias e falha completamente em casos aparentemente idênticos. 6- Opera-se neste fenômeno uma verdadeira reação química, análoga à produzida por certos medicamentos. Atuando o fluido como agente terapêutico, sua ação varia conforme as propriedades que recebe das qualidades do fluido pessoal do médium. Ora devido ao temperamento e à constituição deste último, o fluido está impregnado de elementos diversos, que lhe dão propriedades especiais. Daí resulta uma ação diferente, conforme a natureza da desordem orgânica; esta ação pode ser, pois, enérgica, muito poderosa em certos casos e nula em outros. 7- Só a experiência pode dar conhecer a especialidade e a extensão da aptidão; mas, em princípio, pode dizer-se que não há médiuns curadores universais. 8- A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estuda-las; que a natureza tem leis e recursos que eles ignoram; que o elemento espiritual, que eles desconhecem, não é uma quimera, e que quando o levarem em conta, abrirão novos horizontes à ciência e terão mais êxitos que agora. 9- Há, pois, para o médium curador a necessidade absoluta de se conciliar o concurso dos Espíritos Superiores, se quiser conservar e desenvolver sua faculdade, senão, em vez de crescer ela declina e desaparece pelo afastamento dos bons Espíritos. A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração, a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir”.





Eu sinto que a humanidade chegou ao limite com tanta violência e maldade que existem neste mundo. Os fatos, que estão acontecendo, causam pavor em todos nós. Parece que não há mais respeito e consideração pelo semelhante. A violência está aumentando ou invés de diminuir. Aonde vamos chegar?


Não temos dúvida de que este é um tema muito presente. Mas, ao contrário do que se pode pensar, ele não é nada novo, pois a violência sempre se fez presente de forma ostensiva na história da humanidade. Por mais que tenhamos progredido material e intelectualmente, ainda não superamos nossos impulsos agressivos, de modo que a violência está nos mais diferentes lugares: desde a violência doméstica, dentro de nossa casa, em nosso ambiente de trabalho ou na comunidade, até aquela que se verifica em nível internacional, como o terrorismo e as guerras.


Na Bíblia, livro sagrado dos judeus e cristãos, a violência está representada na figura de Caim que matou seu irmão Abel, indicando que, desde a antiguidade mais remota, já se tinha consciência de que jamais pudemos nos livrar dela. E isso não está apenas na Bíblia, mas nos livros sagrados de todos os povos e religiões do mundo. Afinal, o que é a história, senão o relato de guerras – invasões, conquistas, escravização e tantos problemas terríveis causados pela fome do poder e pela ambição humana?


N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, lemos que a guerra resulta da inferioridade moral do homem, do egoísmo, do orgulho, da fome do poder, da ignorância – tudo em relação aos bens materiais ou às vantagens imediatas que queremos ter, aqui e agora, mesmo que isso venha em prejuízos dos outros. É o que acontece dentro de casa, na relação entre as pessoas mais próximas e que, muitas vezes, dizem que se amam. Acontece em toda a vida social, pois a nossa visão é de que vale a lei do mais forte, de onde deriva todo sofrimento.


É claro que há mais violência agora do que no passado, pois no passado éramos bem poucos; hoje a população do globo aumentou significativamente . No tempo de Jesus a Terra devia ter no máximo uns 300 milhões de habitantes; hoje somos cerca de 8 bilhões, ou seja, mais de vezes aquela população; e, nós sabemos que, quanto maior a aglomeração humana, principalmente nas grandes cidades, mais conflitos de interesses, mais disputa e competição de espaço, mais conflitos e violência. Além do mais, sabemos muito pouco da violência real que existiu no passado, porque no passado mais distante não havia a facilidade de comunicação que temos hoje.


Um outro fator, que contribui para essa visão negativa do mundo, é o fato de valorizarmos demais os fatos violentos. Eles sempre aparecem mais do que o dia-a-dia pacífico e tranqüilo das pessoas e das coletividades. Sabemos que boa notícia não tem audiência, nem vende jornal, sendo que, na verdade, essa violência que nos assusta não é a regra do que está acontecendo agora, é a exceção. Contudo, não podemos ignorar o quanto ainda temos de caminhar individualmente para extirpar esse mal do mundo.


Apesar de estarmos num momento diferente, em que a legislação dos países,em geral, se manifestam contra a violência, na verdade ainda não superamos o egoísmo e por isso continuamos batendo uns nos outros. De fato, é para se preocupar. Contudo, Emmanuel nos lembra muito bem, apoiado nos ensinamentos de Jesus, que deveríamos começar a exercitar o amor ao semelhante, pois a mudança da humanidade deve começar através da mudança de cada um de nós. Ele chega a dizer que, se nós não estamos conseguimos resolver os problemas menores que existem dentro de nossa própria casa, onde convivem 4 ou 5 pessoas, como queremos resolver os problemas maiores e mais complicados do mundo.


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