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domingo, 11 de fevereiro de 2024

DOENÇAS E CURA SEGUNDO O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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O Espiritismo seja através das chamadas obras básicas, seja através de manifestações posteriores reunidas em livros, oferece importantes elementos para reflexão sobre o tema doenças/cura. Compulsando, por exemplo, O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, encontramos que “as doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições malsãs, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade”. A respeito das “doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, são efeitos que devem ter uma causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito e, desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente”.  Já através do médium Chico Xavier, o Benfeitor Espiritual Emmanuel no livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS diz que “a criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações”. Mais tarde, em mensagem inserida no livro AMOR E SABEDORIA DE EMMANUEL, explica que “os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibrações mais íntimas (...). Essas DOENÇAS-AVISO se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas (...). As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a loucura, o câncer são escoadouros das imperfeições. A epidemia é uma provação coletiva (...)”. Já na obra PENSAMENTO E VIDA, comentando a relação mente/doença, diz que “toda emoção violenta sobre o corpo é semelhante a martelada forte sobre a engrenagem da máquina sensível, e toda aflição amimalhada é como ferrugem destruidora, prejudicando lhe o funcionamento. Sabe hoje a Medicina que toda tensão mental acarreta distúrbios de importância no corpo físico. Estabelecido o conflito espiritual, quase sempre as glândulas salivares paralisam suas secreções, e o estomago, entrando em espasmo, nega-se à produção do ácido clorídrico, provocando perturbações digestivas a se expressarem na chamada colite mucosa. Atingido esse fenômeno primário que, muita vez, abre a porta a temíveis calamidades orgânicas, os desajustamentos gastrintestinais repetidos acabam arruinando os processos de nutrição que interessam o estímulo nervoso, determinando variados sintomas, desde a mais leve irritação da membrana gástrica até a loucura de abordagem complexa. O pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo”. Lá também poderá ser lido que “se não ultrapassássemos os limites do necessário, na satisfação das nossas exigências vitais, não sofreríamos as doenças que são provocadas pelos excessos, e as vicissitudes decorrentes dessas doenças”. Noutra oportunidade, escreveu que “se não é aconselhável envenenar o aparelho fisiológico pela ingestão de substâncias que o aprisionem ao vício, é imperioso evitar os desregramentos da alma que lhe impõem desequilíbrios aviltantes, quais sejam aqueles hauridos nas decepções e nos dissabores que adotamos por flagelo constante do campo íntimo. Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, consequentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que a Providência Divina nos concede entre os homens, com vistas ao desenvolvimento de nossas faculdades para a Vida Eterna”. Por fim, o Espírito André Luiz, considera que “as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular. Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana (...). Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastásicas, compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias”.





O Flávio Pereira da Silva faz a seguinte colocação. “Lendo o jornal “Folha de S. Paulo”, vejo um artigo científico sobre a chamada energia escura. Segundo esse artigo, essa energia foi descoberta faz pouco mais de 20 anos e foi uma das maiores descobertas da astronomia. Mas ninguém ainda conseguiu explicar o que é essa energia. Sabe-se que ela existe porque o Universo está se expandindo cada vez mais rápido e isso não se explica somente pelo impulso inicial do Big Bang”. O Flávio quer saber se essa energia não seria a Fluído Cósmico Universal de que fala Kardec em O LIVRO DOS ESPÍRITOS.


Flávio, os fatos relacionados com o Universo físico (ou com o mundo extraordinariamente grande, a que chamamos de macrocosmos), por mais que a ciência tenha progredido, ainda estão longe da nossa compreensão. A cada fenômeno novo, que os aparelhos mais sofisticados registram – sobretudo os telescópios e radiotelescópios, instalados em satélites artificiais - procura-se uma explicação, aventando-se uma nova teoria. Mas a ciência não tem uma explicação pronta e definitiva para nada. Desse modo, uma teoria acaba sendo válida até o momento em que outra teoria mais ampla venha substituí-la, dando outra explicação ou ampliando a explicação.


Os Espíritos, quando propuseram o Espiritismo, há mais de 160 anos atrás, cuidaram desse assunto de uma maneira muito ampla e despretensiosa; eles não entraram em detalhes, pois eles mesmos disseram , em O LIVRO DOS MÉDIUNS, que essa questão é da alçada da ciência e, com o tempo, a ciência iria desvendar novas verdades. Eles se referiram ao Fluido Cósmico Universal como matéria primitiva, ou seja, como uma matéria inicial do universo, a partir da qual surgiram todas as outras que atualmente existem. Disseram também, contrariando as verdades científicas da época, que no Universo existem muitos tipos de matéria de que o homem do século XIX nem desconfiava. Naquela época, ainda não existia o conceito de energia; por isso, os Espíritos usavam a idéia de fluido.


E hoje podemos dizer que eles estavam no caminho certo; pelo menos o caminho que a ciência veio trilhando depois. Após Kardec, a ciência se desenvolveu ainda mais depressa. Fez inúmeras novas descobertas, ampliando enormemente o conceito de matéria no século XX com o surgimento da Física Quântica. Através dessa ciência, ficamos sabendo que, na verdade, não há uma diferença substancial entre matéria e energia, conforme Einstein propôs e, se formos mais fundo ainda, como propõe os físicos quânticos, nem matéria existe: tudo é energia. Mas, quanto ao que os Espíritos chamaram de Fluído Cósmico, não há dúvida de que, se tudo que existe deriva dele, essa “energia escura” pode ter algo a ver; apenas ainda está fora do alcance de nossa análise.


Contudo, não podemos afirmar que essa “energia escura” seja o próprio Fluido Universal, mas, com certeza, deriva dele, segundo a concepção espírita. Alguns cientistas interessados numa verdade mais profunda, como o físico-teórico francês, Jean-Emile Charron, chega a ventilar uma hipótese de que o espaço é o princípio de tudo que existe. No livro “O ESPIRITO, ESSE DESCONHECIDO”, ele teoriza que os corpos se originam da curvatura do espaço e, se for assim como ele diz, é possível que o Fluído Cósmico seja o que a Física atualmente chama de espaço. De qualquer forma, tudo ainda não passa de teoria, e ficamos no aguardo dos estudos que, certamente, vão desvendar importantes verdades neste século XXI.

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