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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

KARDEC, A FATALIDADE E A NUMEROLOGIA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Questionado sobre o numero sete e sua recorrência no ensino das tradições sagradas do Cristianismo, o Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier disse na resposta à pergunta 142 do livro O CONSOLADOR (1940, feb), “uma opinião isolada nos conduzirá a muitas análises nos domínios da chamada numerologia, fugindo ao escopo de nossas cogitações espirituais. Os números, como as vibrações, possuem a sua mística natural, mas, em face de nossos imperativos de educação, temos de convir que todos os números, como todas as vibrações, serão sagrados para nós, quando houvermos santificado o coração para Deus, sendo justo, nesse particular, copiarmos a antiga observação do Cristo sobre o sábado, esclarecendo que os números foram feitos para os homens, porém, os homens não foram criados para os números”. A propósito, Allan Kardec já havia se pronunciado a respeito, em longo artigo incluído na REVISTA ESPÍRITA, edição de julho de 1868, intitulado A CIÊNCIA DA CONCORDÂNCIA DOS NÚMEROS E A FATALIDADE. Dizendo não ter ainda se dedicado mais demoradamente sobre o assunto, reconhecendo existirem casos sugestivos sobre concordâncias singulares e as datas de certos acontecimentos, não ver razão para tal coincidência e que, “porque não se compreende uma coisa, não é motivo para que ela não exista”, visto “o que hoje é utopia, poderá ser verdade amanhã”. Considerando a proporcionalidade da Lei das Probabilidades, em suas considerações finais, acrescenta: “-Tendo o homem o livre arbítrio, em nada entra a fatalidade em suas ações individuais; quanto aos acontecimentos da vida privada, que por vezes parecem atingi-lo fatalmente, tem duas fontes bem distintas: uns são consequência direta de sua conduta na existência presente; muitas pessoas são infelizes, doentes, enfermas por sua falta; muitos acidentes são resultado da imprevidência; ele não pode queixar-se senão de si mesmo e não da fatalidade ou, como se diz, de sua má estrela. Os outros são inteiramente independentes da vida presente e parecem, por isto mesmo, devidos a uma certa fatalidade. Mas, ainda aqui o Espiritismo nos demonstra que essa fatalidade é apenas aparente, e que certas posições penosas da vida tem sua razão de ser na pluralidade das existências. O Espírito as escolheu voluntariamente na erraticidade, antes de sua encarnação, como provações para o seu adiantamento. Elas são, pois, produto do livre arbítrio, e não da fatalidade. Se algumas vezes são impostas, como expiação, por uma vontade superior, é ainda por força das más ações voluntariamente cometidas pelo homem em existência precedente, e não como consequência de uma lei fatal, pois que ele poderia ter evitado, agindo de outro modo. A fatalidade é o freio imposto por uma vontade superior à sua, e mais sábia que ele, em tudo o que não é deixado à sua iniciativa. Mas ela jamais é um entrave no exercício de seu livre arbítrio, no que toca as suas ações pessoais. Ela não pode impor-lhe nem o mal, nem bem; desculpar uma ação má qualquer pela fatalidade ou, como se diz muitas vezes, pelo destino, seria abdicar o julgamento de Deus, que lhe deu, para pesar o pró e o contra, a oportunidade ou inoportunidade, as vantagens e os inconvenientes de cada coisa. Se um acontecimento está no destino de um homem, realizar-se-á a despeito de sua vontade, e será sempre para o seu bem; mas as circunstâncias da realização, dependem do emprego que ele faça de seu livre arbítrio, e muitas vezes ele pode voltar em seu prejuízo o que poderia ser um bem, se agir com imprevidência, e se se deixar arrastar por suas paixões. Ele se engana mais ainda se toma o seu desejo ou os desvios de sua imaginação por seu destino”.





Uma pessoa pode ter uma vida longa apenas porque ela quer assim. No caso de Dercy Gonçalves, que chegou aos 101 anos, ela sempre foi de opinião de que não deveria se entregar, e assim foi sempre determinada, corajosa, capaz de enfrentar problemas. Isso, com certeza, a ajudou muito, não é?


Sem dúvida. Há pessoas que demonstram extraordinária disposição para viver e isso certamente vai ajudá-las a viver mais e, mais importante que isso, a viver melhor. A vontade, a determinação, a coragem são fatores que favorecem uma vida longa, mas isso não quer dizer que vamos viver quanto tempo queremos, mesmo porque existem outros fatores ou circunstâncias da vida que podem nos surpreender. Contudo, sem dúvida alguma, quem encara a vida com fé, disposição, coragem e alegria têm mais probabilidade de viver mais tempo.


Pessoas amargas, que estão sempre reclamando da vida, que vivem se queixando de tudo e de todos, não andam - elas arrastam-se. Elas podem até viver muitos anos na Terra, mas a sua vida será de péssima qualidade (uma tortura, um martírio constante!...) , pois, além de se desvalorizarem diante de si mesmas, acabam contagiando e causando mal estar aos outros com suas lamúrias e reclamações. Não sabem o que estão perdendo. Ao contrário, aqueles que acreditam na vida, que acreditam em Deus e em si mesmos, não têm tempo para se queixar e, enquanto outros se param para se lamentar, eles vão em frente em busca de suas metas, o que lhes reforça o ânimo e os torna cada vez mais alegres e comunicativos.


Na verdade, como dizia o escritor Humberto de Campos, que só viveu 45 anos, a vida não se mede pela sua extensão, mas pela profundidade com que é vivida. Há pessoas que podem viver 90 anos, mas que na realidade não viveram 20; outros, que morrem aos 40, viveram 400. Basta olhar para a História. Grande parte dos homens, que nos deixaram expressivas lições de vida e grande contribuição para a humanidade, viveram pouco, mas suas vidas foram tão profundas e movimentadas, tanto contribuíram para o bem de todos, que parece que eles viveram séculos. Jesus Cristo foi um deles.



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