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domingo, 18 de fevereiro de 2024

PORQUE E COMO OS ESPÍRITOS BUSCAM ENGANAR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

As dificuldades enfrentadas pelo Espiritismo para romper a muralha de preconceitos e atavismos carregados pelas criaturas humanas que poderiam se beneficiar de sua compreensão no entendimento dos sofrimentos que enfrentam, passa pela ação da intencionalmente maliciosa e determinada legião de Espíritos desencarnados que não tentam dificultar e retardar a transposição do ciclo evolutivo ainda característico do Planeta Terra. No número de setembro de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec auxilia-nos a raciocinar sobre o assunto em artigo de onde destacamos os tópicos seguintes: 1- A ingerência dos Espíritos enganadores nas comunicações escritas é uma das maiores dificuldades do Espiritismo. Sabe-se, por experiência, que eles não têm nenhum escrúpulo de tomar nomes supostos e até mesmo respeitáveis. 2- Haverá meios de os afastar? Eis a questão.. 3- É preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um mundo, toda uma população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se a tudo quanto fazemos. 4- Considerando-se que os Espíritos nada mais são que os próprios homens despojados de sua indumentária grosseira, ou almas que sobrevivem aos corpos, segue-se que há Espíritos desde que há seres humanos no Universo. São uma das potências da Natureza, e não esperam que haja médiuns escreventes para agir; a prova disso é que, em todos os tempos, os homens hão cometido inconsequências. 5- A ingerência dos Espíritos maus nas comunicações escritas não constitui, pois, um perigo ao Espiritismo, porque, se perigo há, continuará havendo e em caráter permanente. 6- Entre as causas que os atraem, é preciso colocar em primeira linha as imperfeições morais de qualquer natureza, porque o mal simpatiza sempre com o mal; em segundo lugar, a excessiva confiança com que são acolhidas suas palavras. 7- Quando uma pessoa honesta é enganada por eles, isso pode decorrer de duas causas: a primeira é uma confiança absoluta, que a leva a desistir de todo exame; a segunda é que as melhores qualidades não excluem certos lados fracos que dão guarida aos Espíritos maus, ávidos por se agarrarem às menores falhas da couraça. Não nos referimos ao orgulho e à ambição, que são mais do que entraves, mas a uma certa fraqueza de caráter e, sobretudo, aos preconceitos que esses Espíritos sabem explorar com habilidade, lisonjeando-os; com vistas a isso, eles usam de todas as máscaras, a fim de inspirar mais confiança. As comunicações francamente grosseiras são as menos perigosas, visto a ninguém poderem enganar. As que mais enganam são as que têm uma falsa aparência de sabedoria ou de seriedade: numa palavra, as dos Espíritos hipócritas e pseudo-sábios. Uns podem enganar-se de boa-fé, por ignorância ou presunção; os outros não agem senão pela astúcia. 8- Entre as causas que influem poderosamente sobre a qualidade dos Espíritos que frequentam as casas espíritas, não se deve omitir a natureza das coisas que ali são tratadas. Aquelas que se propõem um fim sério e útil atraem, por isso mesmo, os Espíritos sérios; as que somente visam satisfazer a vã curiosidade ou seus interesses pessoais expõem-se pelo menos a mistificações, quando não a coisas piores. Em resumo, podemos extrair das comunicações espíritas os mais sublimes e os mais úteis ensinamentos, desde que os saibamos dirigir. Toda a questão se resume em não nos deixarmos levar pela astúcia dos Espíritos zombeteiros ou malévolos. Ora, para isso o essencial é saber com quem tratamos. 9- Ouçamos a propósito os conselhos que foram dados pelo Espírito São Luís à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas através do Sr. R..., um de seus bons médiuns.: “Por maior que seja a legítima confiança que inspira os Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca será por demais repetida e que deveis tê-la sempre presente em vossa mente, quando vos entregardes aos vossos estudos: pesai e amadurecei; submetei ao controle da mais severa razão a totalidade das comunicações que receberdes; não hesiteis, desde que uma resposta vos pareça duvidosa ou obscura.



(Leninha) A Terra está entrando em uma fase de transição para mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais da evolução? Como podemos perceber isso? Onde encontrar isso no evangelho?


Quem fala diretamente da regeneração do planeta é o Espiritismo. É o que vamos encontrar em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Mas podemos encontrar referência ao novo céu e à nova Terra também nos evangelhos de Jesus, principalmente no Sermão da Montanha, quando Jesus afirma que “os mansos herdarão a Terra”. Isso significa que ele tinha uma expectativa positiva sobre o futuro da humanidade, deixando claro que só ficariam neste planeta aqueles que, segundo ele, fizesse a vontade do Pai, ou seja - os homens de boa vontade.


A propósito, Allan Kardec, informado pela espiritualidade, diz que a Terra não é o único planeta habitado, que existem muitos outros no universo, desde os mais primitivos aos mais avançados moral e intelectualmente. Nesse contexto universal, Kardec ousou apresentar uma classificação desses mundos e dividiu-os em quatro grandes grupos. Os primeiros são os mundos primitivos, coisa que a Terra já foi, quando não existiam leis compatíveis com a moral e o bom senso. O segundo grupo é dos mundos de provas e expiação, que é o nosso caso; o terceiro grupo, o dos mundos de regeneração, que pretendemos alcançar e, por último, o que ele chamou de mundos felizes.


Essa classificação, explica Kardec, não tem nada de absoluto; é apenas para nos dar uma idéia de como ocorre o processo evolutivo dos mundos. A Terra já foi mundo primitivo, onde predominaram a ignorância e a violência ao mesmo tempo; hoje é de provas e expiações, um mundo em que seus habitantes ( que somos nós), já tem consciência do bem e do mal, anseia pelo bem, mas ainda está mais propenso ao mal. Nos mundos de regeneração ( que seria a nossa próxima etapa), o bem começa a prevalecer e, nos mundos felizes, ele prevalece.


Quando Jesus discursou sobre “o fim dos tempos” - discurso que geralmente é interpretado ao pé da letra como “fim do mundo”, ele estava se referindo de forma simbólica às grandes e profundas mudanças que iriam ocorrer no planeta. “Não ficará pedra sobre pedra que seja derrubada”, ou seja, o edifício que o homem veio construindo no passado ( sobre o egoísmo e o orgulho) deverá passar por uma ampla e profunda reforma, e sobre ele se erguerá um novo edifício ( o do amor), com idéias e ideais superiores, onde os sentimentos mesquinhos tenderão a desaparecer.


Mas, para chegarmos até lá, temos muito que trabalhar, sofrer e aprender. Podemos perceber que estamos a caminho, pelas mudanças de mentalidade que vêm ocorrendo ultimamente. E, embora ainda haja violência e corrupção entre nós, os ideais do bem, da justiça e da verdade, aos poucos, vão impondo, como podemos perceber pelas leis dos diversos países, pela ordem política internacional e pelos movimentos crescentes que lutam pela justiça e pela paz. Até as guerras, hoje, estão sendo regulamentadas por leis e, sempre que possível, evitadas. Os povos de todo o mundo estão tomando consciência de que precisamos de paz e solidariedade. Movimentos surgem em todos os lugares do planeta na defesa da natureza, de valores humanos e espirituais que, no passado, eram ignorados.


Estamos entrando numa fase de busca da liberdade como nunca; basta observar o panorama internacional. Tudo converge para isso. Entretanto, a mudança é ampla e profunda. Toda mudança provoca uma reação contrária. Ela mexe em muitos interesses, causando agitações e violência, que deveremos vencer pela força dos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, anunciados desde a Revolução Francesa, no final do século XVIII. As religiões deverão se unir por objetivos comuns em busca da paz e pelo amor. A verdade é que, aos poucos, esse anseio cresce no seio dos povos, ao mesmo tempo em que podemos perceber que uma onda de solidariedade começa a se agigantar no planeta.

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