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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

REENCARNAÇÃO - A LÓGICA DOS ARGUMENTOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 



A pluralidade das existências, da qual o Cristo colocou o princípio no Evangelho, sem, contudo, defini-lo mais do que muitos outros, é uma das Leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, no sentido que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso. Por esta Lei, o homem explica todas as anomalias aparentes que a vida humana apresenta; as diferenças de posições sociais; as mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis para a alma as vidas precocemente interrompidas; a desigualdade das aptidões intelectuais e morais, explicadas pela antiguidade do Espírito, que mais ou menos viveu, mais ou menos aprendeu e progrediu, e que traz, em renascendo, a aquisição de suas existências anteriores”. Vejamos outros dos argumentos levantados por Allan Kardec no número de setembro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA: 1- Com a doutrina da criação da alma em cada existência, cai-se no sistema das criações privilegiadas; os homens são estranhos uns aos outros, nada os religa, os laços de família são puramente carnais; não são solidários de um passado em que não existiam; com a do nada depois da morte, toda relação cessa com a vida; eles não são solidários do futuro. 2- Pela reencarnação, são solidários do passado e no futuro; suas relações se perpetuam no Mundo Espiritual e no Mundo Corpóreo, a fraternidade tem por base as próprias leis da Natureza; o Bem tem um objetivo, o mal as suas consequências inevitáveis. 3- Com a reencarnação caem os preconceitos de raças e de castas, uma vez que o próprio Espírito pode renascer rico ou pobre, grande senhor ou proletário, senhor ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, não há nenhuma que prepondere em lógica o fato material da reencarnação se, pois, a reencarnação funda-se sobre uma lei da Natureza, o princípio da Fraternidade Universal, funda-se sobre a mesma lei no da igualdade dos Direitos Sociais, e, consequentemente no da Liberdade. Os homens não nascem inferiores e subordinados senão pelo corpo; pelo Espírito, eles são iguais e livres. 4- Tirai ao homem o Espírito livre, independente, sobrevivente à matéria, dele fareis uma máquina organizada, sem objetivo, sem responsabilidade, sem outro freio que o da lei civil, e bom para explorar como um animal inteligente. Nada esperando depois da morte, nada nos detém para aumentar os gozos do presente; se sofre, não tem em perspectiva senão o desespero e o nada por refúgio. Com a certeza do futuro, a de reencontrar com aqueles a quem amou, o medo de rever aqueles a quem ofendeu, todas as suas ideias mudam. (...) 5- Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não é somente irreconciliável com a Justiça de Deus, que torna todos os homens responsáveis pela falta de um único, ela seria um contra-senso, e tanto menos justificável quanto a alma não existia na época em que se pretende fazer remontar a sua responsabilidade. Com a preexistência e a reencarnação, o homem traz, em renascendo, o germe de suas imperfeições passadas, as faltas das quais não pôde se corrigir e que se traduzem por seus instintos natos, suas propensões a tal ou tal vício. Está aí o seu verdadeiro pecado original, do qual sofre muito naturalmente as consequências.



Não existe uma fórmula mais rápida e direta de resolver problemas de obsessão. Uma pessoa, que tem esse problema há muitos anos e que já foi muitas vezes ao médico, a igrejas e ao centro espírita, ainda continua com o mesmo problema. Será que ela nunca mais ter cura? Pergunta formulada pela ouvinte Aparecida Ceres Rodrigues.


No Espiritismo, como na medicina, cada caso é um caso, Aparecida. Podemos começar um tratamento, mas não podemos garantir nenhum resultado. Isso depende de muitos fatores, mas depende primeiramente do próprio paciente e de sua família: às vezes depende mais da família, às vezes mais do paciente. Depende mais da família quando o caso é crônico, mais complicado, em que o paciente pouco ou nada pode fazer por si mesmo. Mas, se depender dele, do paciente, é dele que deve partir o maior esforço, com certeza.


Há várias causas para obsessão e há vários níveis de obsessão. Em primeiro lugar, o problema está na pessoa do obsidiado, que precisa ser tratado para obter seu próprio equilíbrio: é o que chamamos de auto-obsessão, distúrbio emocional grave. Mas há a obsessão causada ou agravada por Espíritos adversários ou inimigos, que estão ligados ao paciente por laços do passado. Esta ligação é difícil de se romper, se não houver esforço de parte a parte. Às vezes, é o Espírito que insiste na ação; noutras, é o obsidiado que não ajuda.


Em muitos casos, seria muito fácil afastar o obsessor, se só isso resolvesse o problema. É o que acontece na medicina, quando o tratamento médico consegue debelar o vírus causador do mal. Entretanto, se, depois da recuperação, o paciente não se cuidar, certamente, poderá readquirir o vírus e sofrer uma recaída. Um individuo pode viver a vida toda doente, simplesmente porque não se cuida. As leis da natureza funcionam assim. A obsessão, igualmente, é uma questão de sintonia: há obsessão quando o obsidiado e o obsessor se identificam por uma mesma faixa de pensamento. É o mesmo que acontece, quando o paciente não sabe seguir as recomendações médicas e pensa que, somente tomando remédio, ficará curado.


Entretanto, nem todos os casos são complicados: depende de sua complexidade, como dissemos. Há casos em que a superação de um problema é uma questão espiritual tão simples de resolver, que o paciente se lamenta não ter buscado solução antes. Outros, porém, existem e persistem a vida toda, quando não há o necessário cuidado e o necessário esforço para ir superando as suas diversas fases.

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