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sábado, 3 de fevereiro de 2024

VAMPIRISMO: MAIS REAL DO QUE SE IMAGINA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Você come exageradamente, tem um rápido cochilo despertando com a sensação de esgotamento e fome. Vai dormir ao final de um dia normal, atravessa uma noite aparentemente sem sonhos e, ao acordar, inicia o novo dia sentindo-se como se estivesse de ressaca. Adentra recintos repletos de pessoas e, afastando-se, sente-se exaurido, sem forças. O cinema partindo de literatura comercialmente consagrada, faturou muito nos últimos anos com uma fórmula bem sucedida: juventude, romance e vampirismo. O assunto acompanhando a evolução da invenção dos irmãos Lumière, transpôs em várias versões o celebre sucesso literário DRACULA, do autor irlandes Bram Stoker. O assunto, contudo, vem de muito mais longe, pois, o filosofo e teólogo católico Aurélius Agostinho, conhecido hoje como Santo Agostinho, já emitira seu parecer a respeito das entidades capazes de nos “sugar” energias através de entidades chamadas por ele Íncubus(masculinas) e Súcubus (femininas), associadas à sexualidade reprimida. Abrindo caminho para o conhecimento da realidade da continuidade da vida além da morte do corpo físico, o Espiritismo revela as interações entre os habitantes dos dois Mundos ou das duas Dimensões. Provando através de inúmeros depoimentos reproduzidos nos números da REVISTA ESPÍRITA durante o período em que a dirigiu, Allan Kardec ateve-se às influências mentais, individuais e coletivas, sustentadas por Espíritos desencarnados, através dos curiosos mecanismos da mediunidade, ignorada pela cultura prevalente do Plano em que vivemos esse curto período conhecido como existência física. O século 20, ampliou muito nosso raio de visão sobre a realidade em meio à qual nos movemos e existimos. Das fontes reconhecidamente confiáveis, o material produzido pelo médico desencarnado oculto no pseudônimo André Luiz, servindo-se do médium Chico Xavier, através do qual transmitiu a série de obras conhecida como NOSSO LAR (feb), perfazendo treze livros, nos quais descreve suas surpresas ante a realidade ignorada pela maioria das criaturas humanas. Reconhece em interessante diálogo com o Instrutor Alexandre em MISSIONÁRIOS DA LUZ(feb), que “a ideia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante”, indagando sobre a proteção das Esferas mais altas e ouvindo que “por não podermos “atirar a primeira pedra” em relação aos que nos são inferiores e que competiria proteger, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”. Aprende ainda que na dinâmica do processo de “roubo” de nossa energia vital, “bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital”; que “vampiro - espiritual – é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”. Em outro momento de sua narrativa, descobre que os que desencarnaram “em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, nele encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. Observa, espantado, “a satisfação das entidades congregadas ali, absorvendo gostosamente as emanações dos pratos fumegantes numa residência visitada à hora das refeições, colhendo a informação do Benfeitor que acompanhava que os que desencarnam viciados nas sensações fisiológicas, encontram nos elementos desintegrados – pelo cozimento -, o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal” (fenômenos típicos de vampirização já foram tratados na postagens DEPENDÊNCIAS QUIMICAS ALÉM DA VIDA (álcool,fumo e tóxicos), SEXO ALÉM DA VIDA e SONHOS:UMA VISÃO ORIGINAL). Numa operação socorrista em favor de um recém-desencarnado, acompanha uma equipe a um abatedouro bovino, percebendo um quadro estarrecedor: “grande número de desencarnados, atirando-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora (...), sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais”. Tentando entender o por que do Espírito buscado estar naquele ambiente, aprende que os infelizes que ali o retinham incluíam-se entre os que “abusam de recém-desencarnados sem qualquer defesa(...), nos primeiros dias que se sucedem à morte física, subtraindo-lhes as forças vitais, depois de lhes explorarem o corpo grosseiro”. N’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb), André acompanha equipe que assiste o desencarne de doente terminal acomodado em ala hospitalar, impressionando-se com o que vê: “-A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. Consultando o líder do grupo de trabalho, ouve “ser inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para as suas mazelas orgânicas, só competindo irradiar boa-vontade e praticar o Bem, tanto quanto possível, sem, contudo, violar as posições de cada um”. Inúmeras outras situações sobre o processo de dependência energética dos desencarnados em relação aos encarnados são alinhadas por André Luiz no conjunto de obras que materializou em nosso Plano. Numa delas, porém, analisa de forma minuciosa o problema do vampirismo espiritual. É no EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb), onde fala sobre a ação deliberada dos que se separaram do corpo pelo fenômeno da morte, comparando-os no fenômeno aqui tratado, com os parasitas que agem sobre os hospedeiros(encarnados). Alguns, “à semelhança dos mosquitos e ácaros, absorvem as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam”. Outros, “vivem no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas”. Há como se pode ver, muito material para estudo. A terapêutica, avalia André, “não se resume à palavra que ajude e a oração que ilumina. O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal, pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e ajustar”.




Uma coisa, que não concordo com os espíritas, é que eles querem aceitar algumas coisas da Bíblia Sagrada e não querem aceitar outras. Mas, se a Bíblia é a palavra de Deus, se tudo que está escrito lá foi inspiração divina, ou ela é aceita ou não é; não existe meio termo... (comentário de um anônimo)


O que é uma coisa sagrada? Do ponto de vista das religiões, sagrado é tudo o que provém de Deus e não do homem, portanto é divino e não humano. Sendo divino, não pode ser tocado, muito menos alterado ou sujeito a interpretações, porque tudo o que vem de Deus, como Ele, deve ser absoluto, entendido de uma única maneira e, portanto, deve ser aceito como está escrito. A maioria dos livros sagrados surgiram na antiguidade, há milênios, e são muitos. Não é só a Bíblia, que é considerada sagrada. Na verdade, cada povo da antiguidade tinha seus objetos sagrados, mas o que era sagrado para um não era para outro.


Cada povo, cada cultura diferente, tinha suas crenças, conforme seu entendimento da natureza, e sobre essas crenças criou sua religião, seus cultos, seus objetos sagrados, inclusive os livros – se bem que os livros da antiguidade, porque naquela época não havia papel e nem imprensa, nada tinham a ver com os livros de hoje. Por exemplo: para os antigos egípcios, o livro sagrado era “O Livro dos Mortos”, para os hindus o “Vedas”, para os mulçumanos o “Alcorão”, e assim por diante.


O caminhar da humanidade se deu através de milênios e na antiguidade os conhecimentos e a visão de vida eram muito diferentes de hoje. Basta dizer que, por milênios, a religião – fosse ela qual fosse, no oriente ou no ocidente – era quem determinava a verdade, que se fazia obedecer e não admitia ser contrariada, pois não havia outro campo de conhecimento que pudesse competir com ela. Ainda não existia a ciência. Foi a infância da humanidade, onde o mundo era visto de uma forma fantástica e as crenças e as superstições espalhavam com muita facilidade.


Os livros antigos, que nos trouxeram muitas informações dos fatos e das culturas antigas, misturam realidade com fantasia; não porque o homem quisesse mentir, mas porque era assim que ele via o mundo. Por isso, quando abrimos a Bíblia, vamos encontrar, principalmente nos primeiros livros, uma história fantástica, onde tudo acontecia de forma mágica ou miraculosa – coisas que, evidentemente, não mais verificamos em nossos dias. Não é que elas aconteceram e agora não acontecem mais, mas, sim, porque, naqueles tempos o homem interpretava os fenômenos da vida de uma forma ingênua, assim como uma criança vê os encantamentos do mundo.


A Doutrina Espírita tem um grande respeito por todos os livros considerados sagrados, mas especialmente pela Bíblia, pois admira o caminhar do povo hebreu, que abriu para o mundo uma grande perspectiva, do ponto de vista religioso. No entanto, a Bíblia é a reunião de textos muitos antigos que procuram passar para a posterioridade a história de um povo. Como os hebreus eram um povo muito religioso, não dá para separar a sua história social e política de sua história religiosa, porque elas acontecem simultaneamente. Mas é impossível estudar a Bíblia, sem encontrar inconsistência e contradições. Qualquer de bom senso, ao lê-la, deve separar a realidade do mito, que é o que procuramos fazer.


Para a Doutrina Espírita, o principal desses textos são os ensinamentos de Jesus, que veio depois de grande profetas. Jesus, que não foi aceito pelos judeus (embora ele próprio fosse judeu) rompeu com a tradição milenar para ensinar coisas novas, preocupando-se com a problemática da convivência, do respeito humano, do amor ao próximo e passando aos homens de seu tempo a idéia da imortalidade e uma nova concepção de Deus. Vemos na Bíblia, portanto, um caminhar de séculos e séculos, em que o pensamento daquele povo veio de modificando, principalmente pelas influências religiosas que sofreram de diversos povos.



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