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segunda-feira, 25 de março de 2024

UMA ANÁLISE SOBRE A REENCARNAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 ACOMPANHE AS ATUALIZAÇÕES DIARIAS DE luizarmandoff NO INTAGRAM

Distante por 16 séculos da cultura entorpecida pelas sombras impostas pelo dominante pensamento religioso, a sociedade humana resiste a ceder à logica e evidências da reencarnação e visão evolucionista derivada dela. No número de outubro de 1860, um Espírito identificado como Zénon, através de mensagem psicografada em reunião da Sociedade Espírita de Paris, incluída por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA faz uma análise interessante sobre o tema. Escreve ele: - Há na doutrina da reencarnação uma economia moral que não escapa à tua inteligência. Sendo a corporeidade compatível somente com os atos de virtude, e sendo esses atos necessários ao melhoramento do Espírito, raramente encontrará este, numa única existência, as circunstâncias necessárias ao seu progresso acima da Humanidade. Sendo admitido que a justiça de Deus não pode harmonizar-se com as penas eternas, deve a razão concluir pela necessidade: 1o - de um período de tempo durante o qual o Espírito examina o seu passado e toma suas resoluções para o futuro; 2o - de uma existência nova em harmonia com o avanço atual desse Espírito. Não falo dos suplícios, por vezes terríveis, a que são condenados certos Espíritos, durante o período da erraticidade; por um lado eles correspondem à enormidade da falta e, por outro, à justiça de Deus. Isto diz bastante para dispensar detalhes que, aliás, encontrarás no estudo das evocações. Voltando às reencarnações, haverás de compreender a sua necessidade por uma comparação vulgar, mas de impressionante verdade. Após um ano de estudos, o que acontece ao jovem colegial? Se progrediu, passa para a classe superior; se ficou imobilizado em sua ignorância, repete o ano. Vai mais longe; comete faltas graves e é expulso. Pode vagar de colégio em colégio; pode ser afastado da Universidade e pode ir da casa de educação à casa de correção. Tal a imagem fiel da sorte dos Espíritos e nada satisfaz mais completamente à razão. Quer-se cavar mais profundamente a doutrina? Ver-se-á, nessas ideias, o quanto a justiça de Deus parece mais perfeita e mais conforme às grandes verdades que dominam a nossa inteligência. No conjunto, como nos detalhes, há nisso algo de tão surpreendente que o Espírito que começa a iniciar-se fica como que iluminado. E as censuras murmuradas contra a Providência, e as maldições contra a dor, e o escândalo do vício feliz em face da virtude que sofre, e a morte prematura da criança; e, numa mesma família, de encantadoras qualidades, dando, por assim dizer, a mão a uma perversidade precoce; e as enfermidades que datam do berço; e a infinita diversidade de destinos, tanto nos indivíduos, quanto nos povos, problemas até hoje insolúveis, enigmas que fazem duvidar da bondade, e quase da existência de Deus, tudo isto se explica ao mesmo tempo. Um puro raio de luz se estende no horizonte da filosofia nova e, no seu quadro imenso, agrupam-se harmoniosamente todas as condições da existência humana. As dificuldades se aplainam, os problemas se resolvem, e mistérios até hoje impenetráveis se explicam numa única palavra: reencarnação. Leio em teu pensamento, prezado cristão. Tu dizes: eis, desta vez, uma verdadeira heresia. (...) No dia marcado por Deus os filósofos cristãos não terão nenhuma dificuldade para dizer que a vida é múltipla. Isso não acrescenta nem muda nada nos vossos deveres. A moral cristã fica de pé e a lembrança da missão de Jesus paira sempre sobre a Humanidade. A religião nada tem a temer deste ensino, e não está longe o dia em que seus ministros abrirão os olhos à luz; por fim reconhecerão, na revelação nova, os socorros que, imploram do céu. Eles creem que a sociedade vai perecer: será salva.



Por que certas pessoas morrem tão cedo, na flor da juventude, sem que tenham oportunidade de conhecer a vida? Essas encarnações são válidas? (da ouvinte, F.B.L.)


Todos os acontecimentos de nossa vida, assim como todos os fenômenos da natureza, são regidos por leis perfeitas. No Espiritismo, damos a essas leis o nome de “Leis Naturais” ou “Leis de Deus”. Nada, absolutamente nada, acontece por acaso. Jesus se referiu a essas leis, quando disse: “Não cai uma folha de uma árvore, sem que Deus o saiba”, o que nos leva a concluir que uma folha não cai por acaso; existe sempre causas que a fizeram cair. No entanto, devemos considerar que, no plano moral de nossa vida, são as nossas ações que acionam os mecanismos dessas leis.


O que queremos dizer com isso? Queremos dizer que todo ato, assim como toda ação que deixamos de praticar, pode causar um ou mais efeitos, inclusive sobre a duração da nossa vida. Por exemplo, uma pessoa que, por negligência (falta de cuidado), não cuida da saúde, indiretamente está buscando a morte. As leis não podem suprir nossas omissões, mas elas respondem à maneira como vivemos, ao nosso estilo de vida. Desse modo, aquele que se mata (suicida) está encurtando a vida e antecipando a morte.


Observando o panorama espiritual de nossa existência como Espíritos imortais, vamos perceber que a duração da vida na Terra, portanto, depende de várias causas: causas que podem ter origem nesta mesma vida (como essa que citamos) e causas que decorrem de vidas anteriores.Desse modo, o fato de uma vida ser curta pode ter causa nesta mesma encarnação ou pode ter causas em vidas passadas, dependendo de cada caso em particular.


A morte de crianças, por exemplo, pode ter causas anteriores. Muitas vezes, é um tempo que faltava ao Espírito – e que ele próprio escolheu - para completar uma experiência. De outras, pode ser conseqüência de comprometimento do perispírito, tendo em vista os erros ou abusos que cometeu no passado. De outras vezes, ainda, pode ser necessidade que aquele espírito tem de reviver um período de infância para aprender coisas, que ele não aprendeu em existências anteriores. Portanto, são inúmeras as causas.


Mas há os que morrem jovem, na flor da idade, deixando profundas marcas de sofrimento nos pais e familiares. Pode ocorrer, por exemplo, que a morte prematura de um jovem, na flor da idade, seja conseqüência dos mais variados tipos de abusos que cometeu nesta mesma vida, comprometendo as forças vitais do organismo e acarretando a desencarnação precoce. Mas, quando esse jovem, ele ou ela mesma, não deu causa à sua morte, a sua desencarnação tão cedo pode estar em seu plano de vida, nesta encarnação.


De qualquer forma, nas Leis de Deus, nenhuma encarnação, por mais curta que seja ( até mesmo de fetos que morrem antes de nascer, ou de bebês que nem atingem o primeiro ano de vida), nenhuma delas deixa de ter sentido . Todas elas têm um papel na evolução espiritual de cada um. Há Espíritos – principalmente suicidas – que reencarnam apenas e tão somente para aprender a desencarnar – e nisso já vemos uma causa providencial para seu retorno à vida terrena quase imediatamente após a desencarnação. É por isso que os Espíritos disseram a Kardec que nada existe de inútil nas leis de Deus.

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