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terça-feira, 30 de abril de 2024

MEMÓRIAS REMOTAS NO COMPORTAMENTO SOCIAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Atavismo segundo o dicionário é o reaparecimento numa pessoa das características de um antepassado que permaneceram escondidas por muitas gerações. No sentido figurado é sinônimo de hereditariedade ou o aparecimento de características biológicas, intelectuais ou comportamentais. Analisado o fenômeno do ponto de vista do Espiritismo, é o ressurgimento nas ações e reações do indivíduo de referências arquivadas na memória integral do Ser, da Individualidade, do Espírito. Conforme explicações possíveis de serem acessadas num estudo criterioso da questão da reencarnação explicada pela Doutrina Espírita, a hereditariedade biológica subordina-se à hereditariedade psicológica. O Psiquiatra Jorge Andreia que o fez concluiu que “o Espírito aproveita os potenciais genéticos dos pais, manipulando a dança dos cromossomos na destinação dos fatores hereditários”. Nas obras do Espírito - também médico - conhecido como André Luiz, recolhemos que “quanto mais vastos os recursos espirituais de quem retorna à carne, mais complexo é o mapa de trabalho a ser obedecido”. Historicamente sabe-se que as religiões institucionalizadas causaram grande prejuízo à evolução do pensamento científico da Humanidade da Terra. A sujeição da Ciência no lado Ocidental do Planeta não tem dois séculos. Associando a visão do atavismo com o desenvolvimento da ciência, da formação de pesquisadores, enfim daqueles que buscam a Verdade naturalmente conclui-se que a isenção certamente não garante que conceitos e preconceitos gravados na memória de profundidade dos diretamente envolvidos no meio que persegue respostas interfiram nos resultados. No século 20, por exemplo, inúmeras obras, algumas relatando trabalhos desenvolvidos dentro de critérios considerados científicos na visão acadêmica do termo, foram publicados, sem que tenham sido reconhecidos ou considerados pelo meio. Mais ou menos como aconteceu com as proposições do médico Franz Anton Mesmer sobre o magnetismo humano; com a hipnose de James Braid e do Abade Faria; da Homeopatia do médico Samuel Hannemman, superficialmente avaliados pela Comunidade Científica à época do seu surgimento. Sabe-se que à época, inicio do século 19, da França se irradiava a grande virada no campo da cultura que influenciaria o porvir, operando grandes mudanças na visão das coisas. A intolerância, filha preferida da ignorância limitou o aprofundamento das pesquisas sobre, por exemplo, reencarnação do Engenheiro Albert De Rochas descritas no livro VIDAS SUCESSIVAS (1905) que foi por causa das revelações contidas em seu livro foi afastado do cargo de dirigente da Escola Politécnica de Paris; não considerou o respeitável trabalho do Psiquiatra Ian Stevenson descrito na obra VINTE CASOS DE REENCARNAÇÃO (1966); não avaliou o resultado das experiências de Morey Bernstein apresentados no livro O CASO BRIDEY MURPHY; o fenômeno Edgard Cayce relatado em O PROFETA ADORMECIDO. No Brasil, as pioneiras experiências do Psiquiatra Inácio Ferreira contadas no livro NOVOS RUMOS À MEDICINA (1946) ou do Engenheiro Hernani Guimarães Andrade reunidos em A REENCARNAÇAO NO BRASIL; Hermínio Correia de Miranda com A MEMÓRIA E O TEMPO e EU SOU CAMILLE DEMOULIN ou mesmo dos profissionais da saúde mental e comportamental Hellen Wanbach; Edite Fiore ou Brian Weiss. Foram 16 séculos e milhares de gerações desde que o assunto foi proibido por decisão político-religiosa. Dependeremos de quantas gerações para que sejam franqueadas as portas do conhecimento para que as questões da saúde sejam avaliadas de uma forma mais ampla, considerada a condição integral do Ser Humano?





Por que existem pessoas que nunca estão satisfeitas com nada. Vivem reclamando o tempo todo e atormentando os outros. E não adiante falar com elas, porque elas ficam mais revoltadas ainda... ( Rosilene)


Um dos pontos essenciais da educação, que devemos dar aos nossos filhos, é ensinar-lhes a serem sempre agradecidos. A vida é uma bênção de Deus; por isso, devemos, todos os dias, reconhecer essa grande oportunidade de viver, de conviver, de ter amigos, de amar e sermos amados. Não existe vida sem problemas. Se os pais souberem criar seus filhos num clima de paz com a vida, ensinando-lhes a resolver problemas, com certeza, esses filhos tenderão a ser pessoas equilibradas, serenas e confiantes em si mesmas, além de reconhecidas a Deus pela dádiva da vida.


Esperar que tudo dê certo na vida, conforme a nossa vontade, é um absurdo; é uma pretensão que foge à realidade. Daí porque os pais não podem dar tudo o que os filhos querem, enquanto são crianças, mas se esforçar sempre para dar-lhes o necessário, nunca esquecendo de mostrar-lhes o limite do possível. Pessoas, que tiveram uma infância muito farta, onde receberam tudo o que exigiram dos pais, que nunca aprenderam a ter limites, depois vão deparar com a realidade da vida, onde sofrerão terríveis frustrações. Buscam metas que não podem atingir e, com isso, vivem constantemente revoltadas.


Quando a vida não nos dá o que queremos é porque, na verdade, não conseguimos dar o que a vida nos pede. Daí a necessidade de buscarmos a espiritualidade, ou seja, de entender que não podemos ter tudo o que queremos, mas podemos valorizar tudo aquilo que temos. As nossas maiores aspirações devem ser com relação ao bem-estar íntimo, à paz, ao amor, à fé e não em relação a bens materiais ou às condições passageiras da vida. Numa sociedade materialista e consumista como a nossa, precisamos aprender a nos voltar mais para a vida interior, valorizando as nossas relações com os outros, principalmente com a família.


Uma pessoa, que vive sempre insatisfeita com a vida, deve ser muito infeliz. Não deve se aceitar a si mesma, tampouco os outros. Por isso, deve ser orientada no sentido de mudar o seu referencial de vida, a fim de se descobrir um mundo diferente dentro de si própria. Quem está sempre reclamando acaba se depreciando, reduzindo a sua auto-estima, isolando-se dos outros e correndo o risco de acabar na solidão. Em determinadas pessoas esse tipo de comportamento pode chegar ao extremo, quando então se torna necessário a ajuda de um profissional de saúde mental.








segunda-feira, 29 de abril de 2024

A PRECE E O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Cada um é livre para encarar as coisas à sua maneira, e nós, que reclamamos essa liberdade para nós, não podemos recusá-la aos outros. Mas, do fato de que uma opinião seja livre, não se segue que não se possa discuti-la, examinar-lhe o forte e o fraco, pesar-lhe as vantagens ou os inconvenientes. Dizemos isto a propósito da negação da utilidade da prece, que algumas pessoas gostariam de erigir em sistema, para dela fazer a bandeira de uma escola dissidente. Essa opinião pode se resumir assim:

1- "Deus estabeleceu leis eternas, às quais todos os seres estão submetidos; não podemos nada lhe pedir e não lhe temos a agradecer nenhum favor especial, portanto, é inútil orar-lhe.

2-"A sorte dos Espíritos está traçada; é, pois, inútil orar por eles. Não podem mudar a ordem imutável das coisas, portanto, é inútil orar por eles.

3-"O Espiritismo é uma ciência puramente filosófica; não só não é uma religião, mas não deve ter nenhum caráter religioso. Toda prece dita nas reuniões tende a manter a superstição e a beatice."

A questão da prece foi, há muito tempo, discutida para que seja inútil repetir aqui o que se sabe a esse respeito. Se o Espiritismo proclama-lhe a utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar-lhe a eficácia e o modo de ação. Desde então que, pelas leis fluídicas, compreendemos o poder do pensamento, compreendemos também o da prece, que é, ela mesma, um pensamento dirigido para um objetivo determinado. Para algumas pessoas, a palavra prece não revela senão uma ideia de pedido; é um grave erro. Com relação à divindade é um ato de adoração, de humildade e de submissão ao qual não se pode recusar sem desconhecer o poder e a bondade do Criador. Negar a prece a Deus é reconhecer Deus como um fato, mas é recusar prestar-lhe homenagem; está ainda aí uma revolta do orgulho humano. Com relação aos Espíritos, que não são outros senão as almas de nossos irmãos, a prece é uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia; repeli-la, é repelir a lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente é em si mesma uma prece. Aliás, sabe-se que aqueles que sofrem a reclamam com instância como um alívio às suas penas; se a pedem, é, pois, que delatem necessidade; recusá-la é recusar o copo d'água ao infeliz que tem sede. Além da ação puramente moral, o Espiritismo nos mostra, na prece, um efeito de alguma sorte material, resultante da transmissão fluídica. Sua eficácia, em certas doenças, está constatada pela experiência, como é demonstrada pela teoria. Rejeitar a prece é, pois, privar-se de um poderoso auxiliar para o alívio dos males corpóreos. Vejamos agora qual seria o resultado dessa doutrina, e se ela teria alguma chance de prevalecer. Todos os povos oram, desde os selvagens aos homens civilizados; a isto são levados pelo instinto, e é o que os distingue dos animais. Sem dúvida, oram de uma maneira mais ou menos racional, mas, enfim, eles oram. Aqueles que, por ignorância ou presunção, não praticam a prece, formam, no mundo, uma ínfima minoria. A prece é, pois, uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades. Depois da prece, estando-se fraco, sente-se mais forte; estando-se triste, sente-se consolado; tirar a prece é privar o homem de seu mais poderoso sustento moral na adversidade. Pela prece ele eleva sua alma, entra em comunhão com Deus, se identifica com o mundo espiritual, desmaterializa-se, condição essencial de sua felicidade futura; sem a prece, seus pensamentos ficam sobre a Terra, se prendem cada vez mais às coisas materiais; daí um atraso em seu adiantamento.

Contestando um dogma, não se coloca em oposição senão com a seita que o professa; negando a eficácia da prece, melindra o sentimento íntimo da quase unanimidade dos homens. O Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do coração, e nas quais as consolações que se haurem na prece entram com uma grande parte. Uma seita que se fundasse sobre a negação da prece, privar-se-ia do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque em lugar de aquecer a alma, ela a gelaria; em lugar de elevá-la, a rebaixaria. Se o Espiritismo deve ganhar em influência, isto é aumentando a soma das satisfações morais que proporciona. Que todos aqueles que querem a todo preço novidade no Espiritismo, para ligar seu nome à sua bandeira, se esforcem para dar mais do que ele; jamais dando menos do que ele que o suplantarão. A árvore despojada de seus frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que aquela que deles está ornamentada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos adversários do Espiritismo: O único meio de matá-lo, é dar alguma coisa de melhor, de mais consolador, que explique mais e que satisfaça mais. E é o que ninguém ainda fez. ALLAN KARDEC (RE;1/1866)




Alguns dirigentes de sessões dizem que o médium, quando recebe o Espírito, está incorporado. É certo dizer isso? Será que o Espírito entra no corpo do médium para se comunicar?


Tradicionalmente, os dirigentes usam o termo “incorporação” para dizer que o médium está envolvido pelo Espírito. A palavra “incorporação” não exprime com precisão o que é a influência do Espírito, principalmente quando se trata de sessões mediúnicas, onde o papel do médium é transmitir a mensagem através da fala ou da escrita. Na verdade, o Espírito desencarnado não substitui o Espírito do médium naquele corpo, como à primeira vista se pode pensar. Sua ação sobre o médium é basicamente mental, ou seja, de mente para mente. A mente do Espírito atua sobre a mente do encarnado, e esta reage, falando ou escrevendo.


Contudo, há situações mais complicadas, como nos casos de obsessão violenta, também conhecida por “possessão”. Nestes casos, o Espírito de tal forma se identifica com o encarnado, que eles espiritualmente se confundem, dando a impressão de verdadeira possessão. Esse tipo de obsessão não acontece de forma instantânea; ele vem se configurando ao longo do tempo. É o que André Luiz descreve, por exemplo, no livro “SEXO E DESTINO”, quando o perispírito do vampirizador se confunde com o corpo de Cláudio, um personagem que se entregava compulsivamente à bebida.


Sabemos, no entanto, que a sede da individualidade não está no corpo, mas no espírito. O corpo é seu instrumento de ação e o controle do corpo se dá através do cérebro. São nos centros nervosos que os Espíritos atuam, através do pensamento, quando quer falar ou escrever. Convém saber, no entanto, que a simples aproximação de um Espírito depressivo, quando captada pelo inconsciente do médium, provoca-lhe uma sensação de depressão; ao contrário, a percepção de um Espírito alegre e feliz manifesta-se em impulsos de alegria.


Além do mais, devemos considerar que uma comunicação mediúnica não indica necessariamente a presença do comunicante no ambiente em que se encontra o médium. Um Espírito, dependendo de suas condições espirituais, pode se comunicar à distância, porque ele tem facilidade de localizar o médium e transmitir seu pensamento, mesmo não estando presente no local da manifestação



domingo, 28 de abril de 2024

A LEI DE QUE NINGUÉM CONSEGUE FUGIR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Na atualidade, multiplicam-se em toda sociedade humana casos de transtornos comportamentais, surgidos, por vezes, na experiência de indivíduos de vida aparentemente normal. Resgatando e adequando ao entendimento possível de muitas pessoas aspectos da Lei de Causa e Efeito, o Espiritismo vai colecionando exemplos capazes de explicar dramas inimaginados e inesperados na vida dos nele envolvidos. Apesar disso, profissionais da saúde mental, os maiores interessados no assunto, ignoram ou desdenham as possíveis possibilidades para entender as origens dos quadros por eles analisados. Naturalmente, quando a visão da interpretação espírita desses fenômenos, tiverem sido dissipadas pela força do raciocínio lógico, a comunidade científica contará com poderoso para terapias ou práticas que conduzam à solução definitiva das enfermidades. Para sua avaliação, destacamos quatro, exemplos do que falamos. CASO 1 - EFEITO - Mulher, casada, quatro filhos. Toda sua vida foi inimiga acirrada do pai, pessoa socialmente considerada simples, humilde e que sempre a tratou com carinho e bondade, tendo ele tudo feito para reverter tal situação. Ante a aproximação dos dois, notava-se o olhar carregado de ódio da mulher, transtornada pela repulsa e desprezo, com palavras incisivas e duras para o pai, comprazendo-se visivelmente com os tormentos morais estampados no rosto do mesmo. CAUSA - Ações praticadas 120 anos antes, em pequena vila de nome Pedra Grande, em Portugal. Na época, a senhora de hoje, estava encarnada na condição masculina, negociava vinhos, era casado e tinha filhos. Aventureiro, precipitou em quedas morais várias mulheres e jovens, chegando a ser pai de muitos filhos naturais não reconhecidos. Entretendo relações comerciais com um negociante, veio a seduzir a filha deste, a induzindo à prostituição e levando-a ao suicídio. Seu sogro que o auxiliava bastante, tendo sido quem o criara, sabedor dessa aventura, não desejando mais que sua filha suportasse os contínuos escândalos e sofresse mais desgostos, expulsou-o de casa. Fugiu, para nunca mais voltar. Agora, reencarnou como mulher. Seu pai atual era o antigo sogro. Seu marido, o noivo da moça que seduzira e levara ao suicídio e, esta, por sua vez, renasceu como uma de suas filhas. (NRM) CASO 2 - EFEITO - Jovem, treze anos, diagnosticado como portador de idiotia, caracterizada pela nulidade de faculdades intelectuais, alimentado com dificuldade pelos pais que não reconhecia, apresentando desenvolvimento físico reduzido. CAUSA - Encarnação duzentos anos antes, em que fez da “devassidão” seu estilo de vida, gerando desarmonias de toda ordem à sua essência espiritual, impondo-lhe as restrições observadas na existência presente, de curta duração para que alcance o equilíbrio de que se distanciou. Afirmou ver e sentir de forma lúcida o que se passa a seu redor, apesar dos impedimentos de se comunicar pelo corpo limitado a que se acha preso “como uma ave por uma pata”. (CI) CASO 3 EFEITO - Mulher que, 15 dias após o casamento, passou a sonhar com um vulto masculino que a amarrava totalmente, enrolando-a fortemente em cordas, dos ombros aos tornozelos. Impressionada pela repetência de tais sonhos, passou a experimentar terríveis angústias e crises de medo e, embora medicada por profissional especializado, o mal evoluir, passando a viver retesada, braços colados ao corpo endurecidos, como se cordas invisíveis lhe tolhessem os movimentos. Afirmava estar enrolada pelas ditas cordas; dificilmente se sentando; arrastando os pés ao caminhar, como se tivesse os tornozelos atados; necessitando que alguém lhe colocasse os alimentos à boca e três ou mais pessoas para higienizá-la. CAUSA - Obsessão exercida pela sugestão hipnótica por Espírito visto como jovem elegantemente trajado à moda do século 19, a ela ligada por vingança causada por ter sido vitima de adultério por ela praticado em existência anterior, o qual não soubera perdoar, interpretando o casamento atual como nova traição, submetendo-a à sua obstinada e dominadora influência que a levou a terminar seus dias em estabelecimento espírita dedicado à Saúde Mental. CASO 4 – EFEITO - Homem idade avançada, morador de rua, renitente em aceitar ou buscar acomodação que o poupasse do desconforto da friagem da noite ou a dureza dos pisos duros em que acomodava ao relento, em calçadas, bancos de jardim ou alpendres de construções que lhe permitisse se ajeitar. CAUSA - Ações em existência anterior em que na condição de cruel fazendeiro expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo, levando-o a enfrentar, após seu desencarne, perturbador complexo de culpa que não lhe permite alojar-se em lugar nenhum. (ICX)




É possível a gente saber o nome de nosso guia espiritual? (ouvinte anônima)


No Espiritismo, não damos o nome de guia, mas de Espírito Protetor, conforme lemos em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 489 em diante. É possível se obter um nome ( ou mais), dependendo se a pessoa protegida está integrada numa atividade mediúnica regular. Mas isso nem sempre acontece. Primeiro, porque os protetores não vêem nenhuma vantagem em declarar seus nomes, na maioria das vezes desconhecidos do próprio protegido. Depois, porque essa revelação seria apenas e tão somente para atender simples curiosidade. Em terceiro lugar, porque o que os protetores mais querem é nosso amadurecimento espiritual e, portanto, nos libertar de qualquer dependência deles.


Podemos ter um ou mais protetores, dependendo de cada um. Os protetores são Espíritos um pouco mais esclarecidos que nós ( mas, não muito mais elevados) que assumiram esse compromisso de nos ajudar. Sua atuação geralmente é muito discreta, velada, silenciosa, justamente para que não percebamos que, de certa forma, eles influem em nossa vida. Quando mais depressa nos elevamos espiritualmente, mais depressa eles nos deixam livres de sua influência, para aprendermos caminhar sozinhos, com as próprias pernas.


Os Espíritos protetores são como nossos pais. Acompanham-nos desde o nascimento, mas à medida que vamos crescendo espiritualmente, eles vão se afastando aos poucos, até nos deixarem por conta própria. Quanto mais elevado o Espírito, menos precisa de proteção e de protetores. Mas, em alguns casos, como nos compromissos e missões mais difíceis, existem Espíritos colaboradores e amigos, que nos ajudam a assumir as tarefas mais dificeis. Mas eles apenas nos ajudam; eles não fazem por nós o que nós temos de fazer para aprender.


Um Espírito familiar de boa conduta moral pode ser um protetor. Os Espíritos protetores, portanto, são como nossos pais ou professores,que estão preocupados conosco, mas só intervêm em caso de necessidade. Eles respeitam nosso livre-arbítrio, mas nem por isso deixam de nos aconselhar quando preciso. Não fazem nenhuma questão de serem reconhecidos por nomes, mas, se quisermos, podemos lhes dar qualquer nome.



sábado, 27 de abril de 2024

ENTENDENDO A TURBULENTA CONVULSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Se tentarmos conversar com uma criança de cinco anos sobre a Teoria da Relatividade será que obteremos sucesso? Se nos dirigirmos a um dos habitantes das diversas comunidades rurais da Papua-Nova Guiné para ouvi-lo sobre planejamento estratégico haveria reciprocidade? Se falássemos para um intolerante radical religioso que há inúmeras evidências confirmando a realidade da reencarnação, teríamos chance de prolongar o entendimento? Uma breve reflexão sobre tais questões resultariam numa óbvia resposta: não! As imagens se associadas a outra criada pelo Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na mensagem O GRANDE EDUCANDÁRIO no livro ROTEIRO (feb,1952) sobre a Terra ser uma das muitas escolas dedicadas à evolução espiritual abrigando “mais de vinte bilhões de almas conscientes desencarnadas”, permitem-nos entender o que acontece neste momento do Planeta em que vivemos. Na segunda mensagem selecionada por Allan Kardec para compor as Instruções dos Espíritos do Capítulo 3 – Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai, d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Santo Agostinho traça um perfil dos Mundos de Expiação e de Provas entre os quais se insere ainda a Terra. Diz, entre outras coisas, que “a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizarem certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral”, estando neste mundo como estrangeiros para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo feliz”, tendo “vivido em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tornava causa de perturbação para os bons”. Salienta, porém, que “não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens, constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados”. Acrescenta que “vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso, sendo de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos”. São Luiz na resposta à última pergunta d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, revela que o momento da “transformação predita para a Humanidade terrena” havia chegado, resultando não só “na remoção dos Espíritos maus mas também dos que tendem a deter a marcha das coisas”. Isto sugere a atuação de um comando a operar essas ações. Nos versículos 3 e 10 do Capítulo 1 do EVANGELHO de João, apresentado Jesus diz “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”, sugerindo não ser ele apenas mais que o Mestre reconhecido por todos os que estudam sua história. Obras mediúnicas recebidas por Chico Xavier como A CAMINHO DA LUZ de Emmanuel e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO assinada por Irmão X, revelam aspectos de planejamentos tecidos na Espiritualidade para encaminhar a evolução dos habitantes da Terra. Especialmente o segundo, prende-se à nova fase ou Ciclo – estimado recentemente pela ciência como de 2160 anos - em que iria começar entrar o planeta nos séculos seguintes. Para se ter uma ideia de como funcionam as coisas nos bastidores da evolução, em interessante questionamento sobre o fenômeno Joana D’Arc, a aldeã de Orleans, na França, que transformou-se em líder militar na vitória francesa sobre a ambição inglesa no século XIV, Chico Xavier explicou que “naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genitais, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século XIX que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos vivendo no século XX”.



Acho que felicidade, como a gente sonha, é ilusão. Quando a gente era criança, achava que ser feliz é crescer e se tornar gente grande. Quando a gente é adulto, acha que ser feliz é ser criança. Assim, a felicidade nunca está onde a gente procura; sempre está do lado contrário, e com isso todo mundo fica infeliz, sempre sonhando com a felicidade, que não chega. (Luciano)


Felicidade” é o tema de que mais falamos, cara ouvinte. Aliás, não tratamos de outra coisa. Em toda a história do homem foi assim. Os grandes mestres, como Jesus, tocaram diretamente no assunto, mas, ao que tudo indica, o ponto de partida é saber o que entendemos por felicidade.


A criança vive do imediato, do presente, do atual. Para ela, o que interessa é o que está acontecendo agora, é o prazer que está sentindo neste momento. O prazer constitui naquilo que lhe é agradável, principalmente aos sentidos, é o que ela pode desfrutar com liberdade. Neste sentido – ou seja, no sentido em que a criança entende ser felicidade – há momentos que passam, pois nenhum ser humano consegue estender tais momentos para sempre.


À medida que crescemos, vamos tendo uma visão mais ampla e mais profunda da vida, vamos deixando alguns interesses e adquirindo outros e também vamos mudando nosso ponto de vista e consequentemente nosso conceito de felicidade. Descobrimos que, na vida, não é muito difícil “estar feliz”, mas é bem difícil “ser feliz”. Estar é passageiro, ser é permanente. A felicidade, se concentrada nos interesses imediatos da vida material, realmente não pode permanecer além de alguns momentos, porque as coisas materiais estão sujeitas a mudanças e transformações constantes. De modo que, deveríamos buscar a felicidade nas coisas espirituais, aquelas que permanecem.


O ser humano é diferente do animal; ele vive apenas para o aqui e agora. Ele tem uma atividade mental, que percorre o universo e viaja pelo tempo. Desse modo, o que temos de mais elevado e sublime é a capacidade de pensar e sentir, que devemos cultivar, sabendo aproveitar o momento presente para viver melhor o futuro. Sabendo que nem sempre o que nos dá prazer imediato serve para nos fazer felizes de fato, precisamos aprender a cultivar no espírito valores espirituais, porque eles são duradouros e eternos. Quem só cultiva valores passageiros, sofre quando os perde, mas quem cultiva os valores do espírito, é sempre feliz.


Allan Kardec cuida bem desse tema, em O EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, quando fala da felicidade que não é deste mundo. Ele se refere a Jesus que dizia “meu reino não é deste mundo”. O mundo, a que se refere, é o mundo moral, o mundo das coisas passageiras, que só nos dão prazeres e vantagens imediatas, mas que se desfaz em pouco tempo, trazendo tristeza e decepções, ao passo que o mundo moral é da consciência tranqüila, da alegria perene, que consiste em querer amar e querer o bem de todos.


Os Espíritos afirmam que uma medida comum de felicidade para o ser humano, dentro de sua relatividade de seus conceitos, é contar com o necessário para viver, ter a consciencis moral tranquila e a fé no futuro.


sexta-feira, 26 de abril de 2024

ALLAN KARDEC E OS SERVIÇOS DE CURA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Observa-se na atualidade, especialmente, na área da abrangência da cidade de São Paulo (SP), a eclosão de inúmeros trabalhos focados na cura de doentes de toda espécie. Embora a finalidade precípua do Espiritismo seja despertar a consciência da individualidade que, na verdade, é a verdadeira responsável pela manifestação das enfermidades, as quais funcionam como filtros ou freios para as tendências viciosas do Espírito ainda ignorante quanto à sua razão de existir, o fato é que tais mecanismos de auxílio podem levar a criatura a se aperceber que a vida não se resume ao tempo de permanência nesta Dimensão. Houve algo antes e haverá um depois. Desse modo os esforços nessa área cumprem um papel igualmente importante. Na REVISTA ESPÍRITA de novembro de 1866, Allan Kardec desenvolve interessante matéria sobre a questão, da qual destacamos alguns pontos para a reflexão de dirigentes, trabalhadores ou mesmo assistidos, para que os processos obsessivos não se constituam na verdade por traz dos “fenômenos” observados: 1- Há uma diferença radical entre os médiuns curadores e os que obtêm prescrições médicas da parte dos Espíritos. Estes em nada diferem dos médiuns escreventes ordinários, a não ser pela especialidade das comunicações. Os primeiros curam só pela ação fluídica, em mais ou menos tempo, às vezes, instantaneamente, sem o emprego de qualquer remédio. O poder curativo está todo, inteiro no fluido depurado a que servem de condutores. 2- A Teoria deste fenômeno foi suficientemente explicada para provar que entra na ordem das Leis Naturais e que nada há de miraculoso. É o produto de uma aptidão especial, tão independente da vontade quanto todas as outras faculdades mediúnicas; não é um talento que se possa adquirir; não se faz um médium curador como se faz um médico. 3- A aptidão para curar é inerente ao médium, mas o exercício da faculdade só tem lugar com o concurso dos Espíritos. De onde se segue que se os Espíritos não querem, ou não querem mais servir-se dele, é como um instrumento sem músico, e nada obtém. Pode, pois, perder instantaneamente a sua faculdade, o que exclui a possibilidade de transformá-la em profissão. 4- Um outro ponto a considerar é que sendo esta faculdade fundada em leis naturais, tem limites traçados pelas mesmas. Compreende-se que a ação fluídica possa dar a sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna um verdadeiro agente terapêutico; mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a destruição de um órgão, o que seria um verdadeiro milagre. Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade curadora vá livrar a Humanidade de todas as suas enfermidades. 5- Há que levar em conta a variedade de nuanças apresentadas por esta faculdade, que está longe de ser uniforme em todos os que a possuem. Ela se apresenta sob aspectos muito diversos. Em razão do grau de desenvolvimento do poder, a ação é mais ou menos rápida, extensa e ou circunscrita. Tal médium triunfa sobre certas moléstias em certas pessoas e, em dadas circunstâncias e falha completamente em casos aparentemente idênticos. 6- Opera-se neste fenômeno uma verdadeira reação química, análoga à produzida por certos medicamentos. Atuando o fluido como agente terapêutico, sua ação varia conforme as propriedades que recebe das qualidades do fluido pessoal do médium. Ora devido ao temperamento e à constituição deste último, o fluido está impregnado de elementos diversos, que lhe dão propriedades especiais. Daí resulta uma ação diferente, conforme a natureza da desordem orgânica; esta ação pode ser, pois, enérgica, muito poderosa em certos casos e nula em outros. 7- Só a experiência pode dar conhecer a especialidade e a extensão da aptidão; mas, em princípio, pode dizer-se que não há médiuns curadores universais. 8- A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estuda-las; que a natureza tem leis e recursos que eles ignoram; que o elemento espiritual, que eles desconhecem, não é uma quimera, e que quando o levarem em conta, abrirão novos horizontes à ciência e terão mais êxitos que agora. 9- Há, pois, para o médium curador a necessidade absoluta de se conciliar o concurso dos Espíritos Superiores, se quiser conservar e desenvolver sua faculdade, senão, em vez de crescer ela declina e desaparece pelo afastamento dos bons Espíritos. A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração, a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir”.



Eu gostaria de saber por que têm pessoas que, logo que morrem, já dão comunicação, e outras que nunca se comunicam? Eu nunca recebi uma palavra de minha mãe, desde que ela morreu, faz 10 anos, e eu e ela sempre tivemos uma ligação muito grande. Depois que ela morreu, eu só pude vê-la em sonho uma vez, mas gostaria de receber uma mensagem, pois isso me daria muito conforto. ( M.C.S.O.)


As coisas nem sempre são como imaginamos. Entretanto, é bom que você saiba que as comunicações através de médiuns não são tão simples como é para nós pegar um telefone e ligar para outra pessoa à distância. É claro que, mesmo para telefonar para alguém, antes de tudo é preciso que eu tenha um telefone em condições de chamar e que a pessoa, do outro lado, também tenha um telefone para receber a ligação. As manifestações mediúnicas, também, dependem de várias condições.


Se você viu o filme “Ghost”, deve ter verificado como foi difícil para o rapaz desencarnado entrar em contato com a namorada; e o motivo era urgente!... As comunicações mediúnicas dependem de vários fatores como, por exemplo: a vontade do comunicante, a suas condições emocionais e espirituais ( às vezes, ele quer, mas não consegue), a disponibilidade de médium (nem todo médium serve para um determinado Espírito; é preciso haver sintonia mental entre ambos), a insegurança do comunicante ( que não quer decepcionar e que tem medo de não se fazer acreditado), a disponibilidade do familiar ( onde ele está, se pode ter acesso a um centro ou a um médium), e assim por diante.


A maior dificuldade de uma comunicação mediúnica reside, entretanto, no médium. Temendo que sua mensagem seja deturpada, o Espírito pode não se comunicar, porque não confia no médium. Entretanto, cara ouvinte, a comunicação com os entes queridos desencarnados não se dão apenas e tão somente através de médiuns. Elas ocorrem frequentemente durante o nosso sono, como foi o seu caso, que sonhou com sua mãe. Com certeza, embora você se lembre de um sonho, devem ter havido muitas outras ocasiões de que você não se lembra, razão pela qual sua mãe ficou tranqüila.


Mas, se você se preparar melhor interiormente, porque essa receptividade depende muito de nossas condições íntimas, é bem possível que, daqui em diante, você volte a se encontrar mais vezes com sua mãe. A receptividade é muito importante para isso, no sem tido de possibilitar que esse contato espiritual, gravado no inconsciente, venha para o consciente, e promova a lembrança. De resto, podemos lhe dizer que as comunicações mediúnicas não interessam a todos os Espíritos, da mesma forma que nós, os encarnados, sempre escolhemos um meio mais adequado de nos comunicar uns com os outros.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

AS REVELAÇÔES DE HUMBERTO DE CAMPOS, O IRMÃO X, EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Nas centenas de páginas psicografadas atraves do médium Chico Xavier – a maior parte enfeixadas em dezenas de livros -,, o escritor e jornalista Humberto de Campos, além de oferecer-nos ensinamentos de rara beleza literária/espiritual, repassou interessantes revelações evidenciando a realidade da reencarnação e sua interrelação com a Lei de Causa e Efeito. No livro CRÔNICAS DE ALÉM TUMULO (feb,1937), no texto em que relata visita a Jerusalém, dialogando com o próprio Espírito conhecido com Judas Iscariotes, por ocasião da Semana Santa de 1935, descobre ter ele resgatado suas dívidas em relação à prisão, julgamento, condenação e morte de Jesus, em “uma fogueira inquisitorial no século XV, onde, imitando o Mestre, foi traído, vendido e usurpado”, na personalidade de Joana D’Arc, a grande missionária que mudou a Historia da França, salvando-a das negociatas políticas que a transformariam em parte do território inglês, preservando as matrizes genéticas que permitiriam a reencarnação séculos depois de grandes pensadores que originaram o movimento conhecido hoje como Iluminismo. No BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO (feb, 1938), revela, entre outras coisas, que José Bonifácio de Andrada e Silva retornaria, posteriormente, como Rui Barbosa e José de Anchieta como o português João Barbosa, notabilizado como Frei Fabiano de Cristo. No PONTOS E CONTOS (feb, 1950), apresenta o exemplo de “um renomado advogado apelidado nos círculos de convivência comum, de “grande cabeça”. Talento privilegiado, não vacilava na defesa do mal, diante do dinheiro, torturando decretos, ladeando artigos, forçando interpretações, acabando sempre em triunfo espetacular. Sentindo-se a suprema cabeça em seu círculo, com a última palavra nos assuntos legais, encontrou um dia a morte, despertando além dela, envolto em extensa rede de compromissos que lhe deformaram de tal forma a cabeça que não conseguia colocar-se na posição de equilíbrio normal, atormentado pelas vítimas ignorantes e sofredoras”. A forma encontrada para re-harmonizar seus órgãos da ideia atacados pela hipertrofia do amor próprio, foi interná-lo num corpo físico na Dimensão mais material, reencarnado nos tristes quadros da hidrocefalia. No CONTOS E APÓLOGOS (feb, 1957), mostra a origem de um fenômeno teratológico de um único corpo sustentando duas cabeças, ambas unidas por débitos nascidos em encarnação anterior em que uma impediu o renascimento da outra através da infeliz opção do aborto. Na mesma obra, a história “registrada na ante-véspera do Natal de 1956, em que apagada mulher, ao tentar salvar dois filhos de inesperada inundação que lhe submergia o barraco que habitava em Passa Quatro (MG), acaba sendo tragada pelas águas do alagamento que se formara. A pobre infeliz de hoje, era a rica fazendeira que na ante-véspera do Natal de 1856, obrigara escrava de sua propriedade, se lançar nas águas transbordantes do Rio Paraiba, ao ouvir-lhe a confissão de que suas duas “crias”, eram também do filho da Sinhá que retornara de repousante estadia na Corte”. No CONTOS DESTA E DOUTRA VIDA ( feb, 1964), revela que “grande parte dos renascidos a partir de meados da década de 50, ostentando deformidades em braços, pernas, orelhas, mãos, lavraram tal sentença contra si mesmos, nas violentas ações usurpadoras nas áreas de confinamento reservadas para judeus, em países europeus, protegidos pela condição de soldados do exército nazista”. Por fim, no CARTAS E CRÔNICAS (feb, 1966), o esclarecimento sobre a origem da trágica morte coletiva de centenas de pessoas, crianças e adultos, na tarde de 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói (RJ), minutos antes do término do espetáculo de estreia do Grand Circo Americano: resultara das lamentáveis das ideias nascidas e implementadas por eles, no ano 177 DC na arena do circo, na cidade de Lião, antiga Gália – hoje, França -, no sentido de entreterem de forma original autoridade ligada ao Imperador Marco Aurélio, vendo queimar em desespero, cristãos, adultos e crianças, aprisionados na madrugada anterior.




Por que os espíritas não fazem também celebrações, como as outras religiões, que adotam rituais, cânticos e louvores? Não é essa uma forma respeitosa de adorar a Deus?


Não duvidamos de que as religiões, que adotam a ritualística, para prestar suas homenagens a Deus, estejam imbuídas das melhores intenções. Desde os primórdios da humanidade, as formas mais antigas de religião instituíram as cerimônias como forma de adoração. Para o Espiritismo, porém, essa é uma fase superada, pois o que vale mesmo é o sentimento - ou seja, aquilo que verdadeiramente estamos vivenciando em nosso coração, quando nos dirigimos a Deus. Não foi isso que Jesus ensinou, quando proferiu o sermão da montanha?


A Doutrina Espírita, em termos morais, decidiu adotar a moral e o procedimento de Jesus, e faz questão de seguir suas recomendações. Se você ler os quatro evangelhos, selecionados pela Igreja ( de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João), vai perceber que, em nenhum momento, Jesus usou de cerimônia para prestar culto a Deus. Pelo contrário, ele deixou bem claro que a verdadeira adoração parte do coração sincero e não se mede pelas manifestações exteriores, ou seja, por aquilo que aparece. Aliás, foi esse ponto que mais criticou nos fariseus.


As celebrações têm, de fato, seu valor, quando elas correspondem exatamente ao sentimento das pessoas que delas participam, mas quando, de sentimento, elas só têm a aparência, com certeza não tem valor algum. Foi, pelo menos, o que Jesus ensinou com estas palavras: “Quando quiserdes orar, entrai em vosso quarto e, fechada a porta, orai em silêncio e vosso Pai, que sabe o que se passa em silêncio, vos atenderá”.


E mais adiante, referindo-se aos fariseus, ele disse: “Não façais como os hipócritas que oram em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Na verdade, eles já receberam sua recompensa”. E mais: “ Não façais como os gentios que pensam que é pelo muito falar que sereis ouvidos; vosso Pai sabe do que necessitais, antes mesmos de fazeres o vosso pedido”. No evangelho de Marcos, lemos estas recomendações de Jesus: “Mas, quando puserdes em oração, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os pecados, porque se não perdoardes, também vosso Pai não vos perdoará”.


O caráter da prece, para Jesus, está no sentimento de quem ora. A prece é um ato espiritual, desprendido, que não precisa de manifestações exteriores; mas é desprovido de aparatos, de ornamentos ou de quaisquer outros apetrechos. Tanto assim que Jesus orava, com os discípulos, em qualquer momento e em qualquer lugar. Aliás, a sua vida já era uma oração em si, porque só falava o bem, só fazia o bem, só amava o próximo. Não vemos Jesus cantando ou mandando entoar hinos, embora a música seja uma coisa divina e maravilhosa.


Os cerimoniais foram introduzidos depois pelos movimentos cristãos, reproduzindo o que já se fazia no judaísmo. Jesus, porém, não queria confundir a aparência com a essência e só por isso se abstinha de ornamentar a prece com outra coisa que não fosse o bom sentimento. No Espiritismo também usamos a música, quando vamos orar, mas apenas como para auxiliar a concentração, para facilitar nosso equilíbrio emocional. É comum se utilizar músicas suaves orquestradas em volume bem baixo, que nos ajudam a elevar a alma. Outros tipos de música podem ser utilizadas no meio espírita, mas em outras situações, como em festividades e confraternizações.. 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

OS DOIS VOLTAIRE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Sagaz, oculto no pseudônimo Voltaire, Francois-Marie Arouet foi um escritor, historiador e filosofo, considerado um dos representantes do Iluminismo, ficou famoso por suas críticas ao Cristianismo e a escravidão. Tendo vivido entre 1694 e 1778, retornou em 1862 através de um grupo mediúnico que funcionava na Sociedade Espírita de Paris por um médium identificado como Sr E.Vézy, fato explicado através de Santo Agostinho em matéria com que Allan Kardec fecha a edição de abril da REVISTA ESPÍRITA, dizendo “deixei falar em meu lugar um dos vossos grandes filósofos, principal chefe do erro; quis que viesse vos dizer onde está a luz; que vos pareceu ele? Todos virão repetir-vos: Não há sabedoria sem amor nem caridade; e dizei-me, que doutrina mais suave para ensiná-lo que o Espiritismo? Não saberia muito vo-lo repetir: o amor e a caridade são as duas virtudes supremas que unem, como o disse Voltaire, a criatura ao Criador. SANTO AGOSTINHO. Escreveu o Filosofo: - Sou bem eu, mas não mais aquele Espírito zombador e cáustico de outrora; o pequeno reizinho do século dezoito, que comandava, pelo pensamento e o gênio, a tantos grandes soberanos, hoje não tem mais sobre os lábios aquele sorriso mordaz que fazia tremer inimigos, e mesmo amigos! Meu cinismo desapareceu diante da revelação das grandes coisas que eu queria tocar e que não as soube senão no além-túmulo! Pobres cérebros tão estreitos para conterem tanta maravilha! Humanos, calai-vos, humilhaivos, diante do poder supremo; admirai e contemplai, eis o que podeis fazer. Como quereis aprofundar Deus e seu grande trabalho? Apesar de todos esses recursos, vossa razão não se choca diante do átomo e o grão de areia que ela não pode definir? Usei minha vida, eu, a procurar e a conhecer Deus e seu princípio, minha razão nisso se enfraqueceu, e cheguei, não a negar Deus, mas sua glória, seu poder e sua grandeza. Eu me explicava esse desenvolvimento no tempo. Uma intuição celeste me dizia para rejeitar esse erro, mas não a escutava, e me fiz apóstolo de uma doutrina mentirosa... Sabeis por quê? Porque no tumulto e no fracasso de meus pensamentos, que se entrechocavam sem cessar, não via senão uma coisa: meu nome gravado no frontão do templo de memória das nações! Não via senão a glória que me prometia essa juventude universal que me cercava e parecia provar com suavidade e delícias o suco da doutrina que eu lhe ensinava. No entanto, impelido por não sabia quais remorsos de minha consciência, quis parar, mas era muito tarde; como uma utopia, todo o sistema que abraça vos arrasta; a torrente segue primeiro, depois vos leva e vos quebra, tanto sua queda é, às vezes, violenta e rápida. Crede-me, vós que estais aqui à procura da verdade, encontrá-la-eis quando tiverdes destacado de vosso coração o amor às lantejoulas, que fazem brilhar, aos vossos olhos, um tolo amor-próprio e um tolo orgulho. Não temais, no novo caminho que caminhais, combater o erro e abatê-lo quando se levantar diante de vós. Não é uma monstruosidade enaltecer uma mentira contra a qual não se ousa se defender, porque se fez discípulos que vos precederam em vossas crenças? Vós o vedes, meus amigos, o Voltaire de hoje não é mais aquele do século dezoito; sou mais cristão, porque venho aqui para vos fazer esquecer minha glória e vos lembrar o que eu era durante minha juventude, e o que eu amava durante minha infância. Oh! quanto gostava de me perder no mundo do pensamento! Minha imaginação, ardente e viva, corria os vales da Ásia em consequência daquele a quem chamais Redentor... Gostava de correr nos caminhos que ele percorrera; e como me parecia grande e sublime esse Cristo no meio da multidão! Acreditava ouvir sua voz poderosa, instruindo os povos da Galiléia, mas margens do lago de Tiberíades e da Judéia. Mais tarde, nas minhas noites de insônia, quantas vezes me levantei para abrir uma velha Bíblia e dela retirar as santas páginas! Então, minha cabeça se inclinava diante da cruz, esse sinal eterno da redenção que une a Terra ao céu, a criatura ao Criador!... Quantas vezes admirei esse poder de Deus, se subdividindo, por assim dizer, e do qual uma centelha se encarna para se fazer pequeno, vindo dar sua alma no Calvário para a expiação!... Vítima augusta, da qual neguei a divindade, e que me fiz dizer dela, no entanto: Teu Deus que traíste, teu Deus que blasfemas, Por ti, pelo universo, está morto nesses próprios lugares! Sofro, mas expio a resistência que opus a Deus. Tinha por missão instruir e esclarecer; primeiro o fiz, mas a minha luz se extinguiu em minhas mãos na hora marcada para a luz!... Felizes filhos dos séculos dezoito e dezenove, é a vós que está dado ver luzir a luz da verdade; fazei que vossos olhos vejam bem sua luz, porque para vós ela terá raios celestes e sua claridade será divina! VOLTAIRE.
– “Jesus disse: honrai pai e mãe.” Sobre isso,o ouvinte Cristiano Ricardo Alves, de Vera Cruz, faz a seguinte pergunta: o que dizer de um filho, que depende dos pais, que foi beneficiado por eles, e que os critica construtivamente de maneira enérgica? “ Disseram os Espíritos a Kardec que “o bem é sempre o bem e o mal é sempre o mal”. Nada impede que um filho critique seus pais, quando esses não estão pautando por uma conduta reta, principalmente se pode ajudá-los a não cometer erros e se comprometerem moralmente. Uma coisa é a dependência e a outra é o respeito. O fato de o filho ser dependente financeiramente dos pais não quer dizer que ele não possa falar em nome da verdade e da justiça, ainda que desagradando os pais. Além disso, é melhor ser repreendido pelo filho do que por estranhos. O que o filho não deveria fazer é faltar com respeito e muito menos fazer algo que possa prejudicá-los. Honrar pai e mãe não é simplesmente agradá-los, mas é fazer de tudo para dignificá-los e defendê-los moralmente. Assim como os pais devem agir com energia em relação aos filhos, sempre que esses estiverem errados, também os filhos ( que podem ser Espíritos até mais esclarecidos que os pais) podem ajudá-los no caminho do bem, da verdade e da justiça.

terça-feira, 23 de abril de 2024

O INCRÍVEL CHICO XAVIER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Ramiro Gama, o autor do memorável LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER e CHICO XAVIER NA INTIMIDADE com ele trabalhou e registrou que ao seus mais intimos o poeta Hermes Fontes, dizia: -Pedi a Deus para vir aqui, feio, magro, pobre, baxo e poeta para falir menos.. As circunstâncias da vida o elevaram a condição de secretário particular de um Ministro de Estado, vendo-se rodeado de prestígio, caindo nas armadilhas do dinheiro e da glória, das tentações e das ilusões da matéria, que venceram sua feiura,sua gagueira e sua magreza. E a traição no casamento levaram-no ao suicídio. Sua história ligar-se ia a de Chico Xavier num daqueles fenômenos extraordinários envolvendo o incomparável médium. Num relato do jornalista, escritor e poeta e professor,Gilberto Campista Guarino, reconstui-se este momento incrível. |Acompanhemos sua narrativa:Centro Espírita Luiz Gonzaga. Cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Chico apressava-se para a reunião da noite, dentro em pouco. Nesse ínterim, já haviam chegado a Belo Horizonte duas senhoras muito distintas, travando relacionamento na classe médica da capital. Um médico havia que, por seu lindo caráter, seu conhecimento e sua cultura, chamava a atenção de todos. Era o Dr. Melo Teixeira. Ele, as duas senhoras e um terceiro médico resolveram excursionar por Belo Horizonte. Conversando animadamente, o automóvel rodou até Pedro Leopoldo. Uma das senhoras, ouvindo pronunciado o nome da cidade, perguntou se não era, porventura, a terra de Chico Xavier… O interpelado disse que, naqueles mesmos minutos iria ter início a sessão, no Luiz Gonzaga. Para lá se foram. Chegaram, entraram e o Dr. Melo Teixeira dirigiu-se a Chico, que não o conhecia. Apresentaram-se, em termos gerais, só declinando o nome o conhecido médico, os demais referidos como amigos. Chico, como de costume, após dizer-se honrado pela visita ilustre (o Dr. Melo declinara sua condição de catedrático de Psiquiatria, crítico literário), indicou os lugares para todos, lugares esses que se constituíam em vários bancos e toscos caixotes, sob um teto de palha e sobre um chão de tijolos, faceando grande mesa, coberta por toalha branca, trazendo o nome “Luiz Gonzaga”. O Dr. Melo Teixeira tomou assento à esquerda de Chico; referiu-se, para a direita, mostrando um lugar para a esposa do médico (Chico desconhecia inteiramente os lances do episódio); mais adiante, fulano e beltrano; cicrano, ainda à frente. Após o receituário, o médium grafou inúmeras mensagens, sob o desconfiado olhar do visitante, que se traía surpreso, diante de tal velocidade. O papel era de padaria, havendo diversos lápis com ponta muito bem feita. Chico pegava um lápis… deixava-o; pegava outro… deixava-o… enquanto alguém ia virando as folhas já psicografadas. Terminada a reunião, após a leitura de mensagens e receitas, Chico parou, virou-se, e disse, timidamente, ao Dr..— Dr. Melo, o senhor vai me perdoar, mas houve uma confusão muito grande, que eu não pude compreender…”“— Eu tenho aqui um soneto de Hermes Fontes, dirigido à sua viúva, que ele diz estar presente aqui, e ser aquela senhora.” (Apontou para aquela que ele, Chico, dissera ser a esposa do Dr. Melo).Tinha-se a impressão que uma pedra havia caído num imenso reservatório de água: as lágrimas jorraram dos olhos da infeliz senhora, comovendo a todos, e enchendo de espanto o recinto singelo e desataviado. O Dr. Melo, atônito, quase desconcertado, olhou para todos os lados e disse:Deixe-me ver o soneto, Chico…Leu-o, primeiramente, em silêncio. À medida que o fazia, todos pressentíamos em seu semblante indescritíveis emoções. A testa vincada, tinha lívido o rosto… Súbito, ele, que era um homem honesto e leal ao extremo, vira-se para o público, que era reduzido, e confessa, fortemente chocado, o que se segue:— Meus amigos… Se eu andasse atrás de uma prova definitiva, comprobatória mesmo do mediunismo, jamais a encontraria como a encontrei aqui, neste instante. Ela veio às minhas mãos, sem esforço algum. Eu não conhecia Chico Xavier; Chico Xavier não me conhecia, e muito menos sabia que a ilustre senhora que aqui se encontra é viúva do grande poeta Hermes Fontes. Vou ler o soneto, e quero dizer ainda aos amigos que, neste soneto, Hermes fontes faz referências ao seu autoextermínio, motivado por inúmeros problemas, envolvendo o desalento familiar. Preciso notar ainda: EU CONHEÇO TODA A OBRA DE HERMES FONTES, e a conheço muito bem. O estilo é cem por cento o do poeta inesquecível. Todas as características poéticas estão profundamente assinaladas na peça. Este soneto só poderia ter sido produzido pelo Espírito do nosso querido Hermes. Vou lê-lo, para cumprir um dever de honra.”E a voz ecoou, comovida, no pequeno recinto:( — Para X, que está na sala — )


Não condeno o teu dia de ventura,

Dessa ventura que eu antegozei

Em meus sonhos lindíssimos de rei,

Que em prazeres as mágoas transfigura.



 Eras a luz suave, terna e pura,

A encantadora estrela que eu amei,

Sonho divino, que idealizei

Em meu mundo de sombra e de amargura.



 A teu lado busquei amparo e um ninho,

Tomando, ávido, a mão que me estendeste,

Num grande e abençoado afeto irmão.



 E deixaste-me, só, no meu caminho…

Mas há nest’alma, que não compreendeste,

Uma fonte sublime de perdão.”

Hermes Fontes