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terça-feira, 16 de abril de 2024

O QUE VOCE ACHA? EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Há pessoas que perguntam quais são as conquistas novas que devemos ao Espiritismo. Do fato de que não dotou o mundo de uma nova indústria produtiva,concluem que nada produziu. A maioria daqueles que fazem esta pergunta não se dando ao trabalho de estudá-lo, não conhece senão o Espiritismo de fantasia, criado pelas necessidades da crítica, e que nada tem de comum com o Espiritismo sério; não é, pois, espantoso que se pergunte o que pode dele ser o lado útil e prático. Teriam-no aprendido se tivessem ido procurá-lo em sua fonte, e não nas caricaturas que dele fizeram aqueles que têm interesse em denegri-lo. 


Numa outra ordem de ideias, alguns acham, ao contrário, a marcha do Espiritismo muito lenta para o gosto de sua impaciência; espantam-se de que não haja ainda sondado todos os mistérios da Natureza, nem abordado todas as questões que parecem ser de sua alçada; gostariam de vê-lo todos os dias ensinar novidade, ou se enriquecer de uma nova descoberta; e, do fato de que ainda não resolveu a questão da origem dos seres, do princípio e do fim de todas as coisas, da essência divina, e algumas outras da mesma importância, concluem que não saiu do alfabeto, e que não entrou no verdadeiro caminho filosófico, e que se arrasta nos lugares comuns, porque prega sem cessar a humildade e a caridade.


 "Até este dia, dizem eles, não nos ensinou nada de novo, porque a reencarnação, a negação das penas eternas, a imortalidade da alma, a gradação através dos períodos da vitalidade intelectual, o perispírito, não são descobertas espíritas propriamente ditas; é preciso, pois, caminhar para descobertas mais verdadeiras e mais sólidas." Cremos dever, a este respeito, apresentar algumas observações, que não serão nada de novo, mas há coisas que é útil repetir sob diversas formas. 

O Espiritismo, é verdade, nada inventou de tudo isto, porque não há de verdades absolutas senão aquelas que são Eternas, e que, por isto mesmo, deveram germinar em todas as épocas; mas não é nada de tê-las tirado, senão do nada, ao menos do esquecimento; de um germe haver feito uma planta vivaz; de uma ideia individual, perdida na noite dos tempos, ou abafada sob os preconceitos, haver feito uma crença geral; de ter provado o que estava no estado de hipótese; de ter demonstrado a existência de uma lei naquilo que parecia excepcional e fortuito; de uma teoria vaga ter feito uma coisa prática; de uma ideia improdutiva haver tirado aplicações úteis? 


Nada é mais verdadeiro do que o provérbio: "Não há nada de novo sob o Sol," e esta própria verdade não é nova; também não é uma descoberta das quais não se encontrem os vestígios e o princípio em algum lugar. Nessa conta Copérnico não teria o mérito de seu sistema, porque o movimento da Terra havia sido suspeitado antes da era cristã. Se fosse coisa tão simples, seria preciso, pois, encontrá-la. A história do ovo de Colombo será sempre uma eterna verdade. Além disso, é incontestável que o Espiritismo tem muito a nos ensinar; é o que nunca cessamos de repetir, porque jamais pretendemos que ele tenha dito sua última palavra. 

Mas do fato de que resta ainda a fazer segue-se que não tenha saído do alfabeto? Seu alfabeto foram as mesas girantes, e desde então deu, isto nos parece, alguns passos; parece-nos mesmo que tem a fazer bastante grandes em alguns anos, se o compararmos às outras ciências que aportaram séculos para chegar ao ponto onde estão. 

Nenhuma chegou ao seu apogeu do primeiro salto; elas avançam, não pela vontade dos homens, mas à medida que as circunstâncias colocam sob o caminho de novas descobertas; ora, não está no poder de ninguém comandar essas circunstâncias, e a prova disto é que, todas as vezes que uma ideia é prematura, ela aborta, para aparecer mais tarde em tempo oportuno. (RE/8/65)





Uma ouvinte veio comentar sobre o crime ocorrido em São Paulo contra a menina Izabela Nardoni, de 5 anos. Ela se diz muito chocada com o que aconteceu e acredita que todas as mães, principalmente as mães que têm filhas nessa idade, devem estar sentindo o mesmo... Mas ela tem medo de que não se faça justiça e que o criminoso saia impune.


Não há dúvida de que um fato dessa natureza causa uma grande comoção na sociedade. Crimes não deveriam existir; mas existem. Sempre existiram e, com toda certeza, esse também não será o último: infelizmente é a condição humana, ainda distante do elevado ideal de Jesus, que ensina o amor, até mesmo, pelos inimigos. Quanto mais para uma criança indefesa!... Uma criança deveria ser sempre um motivo de alegria e de esperança para todos.... E quem cometeu esse crime também já foi criança...


No entanto, precisamos reconhecer que a mídia explora em demasia e de maneira espetacular acontecimentos tão tristes como esse, dá-lhe uma dimensão assustadora, porque, de tanto insistir na cobertura dos fatos – a todo momento - mexe em demasia com o sentimento do povo, a ponto de torturá-lo com abusada insistência. Não estamos querendo diminuir a gravidade do fato, mas alertando (principalmente os pais) para não se deixarem envolver por uma comoção doentia, que pode embotar a razão e gerar revolta e, até mesmo, descrença no ser humano e na vida. A pior condição, que o homem pode chegar, é perder a esperança e desacreditar da vida e de Deus.


Os crimes bárbaros - crimes com requintes de crueldade ( os chamados crimes hediondos) sempre existiram e , no passado, muito mais do que hoje. Acontece que, no passado mais distante, não tínhamos os meios de comunicação de que hoje dispomos. Quando não tínhamos rádio nem televisão, a notícia caminhava muito devagar e, quando chegava, o fato já tinha ocorrido há tempos e não causava mais tanta comoção. Hoje, porém, com a facilidade de comunicação, ele é visto imediatamente e repetido a toda hora, nos mínimos detalhes, explorado de todos os ângulos possíveis, porque, para o jornalismo, a notícia que causa impacto e comoção é sempre a melhor notícia.


Precisamos estar atentos. Um crime é sempre uma ameaça para a sociedade e quando ele causa comoção social, então, adquire uma dimensão ainda maior. Entretanto, ele precisa ser apurado, com equilíbrio, com tranqüilidade, sem traumas e sem coações, que são as condições ideais para se chegar serenamente à verdade. Para isso, há necessidade de tempo: as coisas não se resolvem de uma hora para outra. O crime é grave, mas é grave também acusar e condenar um inocente. Daí a seriedade e a delicadeza da apuração. Um dos princípios do direito é de que é mais grave condenar um inocente do que absolver um criminoso.


É por isso que tudo dever ser feito com a máxima cautela, evitando o açodamento da imprensa e, mais que isso, a curiosidade popular, que mais prejudica que ajuda. Além do mais, sabemos que uma coisa é a justiça humana e outra a justiça divina. A verdade verdadeira, por melhor a investigação dos fatos, nunca se mostra clara e precisa. Mas a justiça divina é infalível. Pode o homem safar-se de responsabilidades, conseguir absolvição por meio de artifícios da própria lei, mas jamais conseguirá enganar-se a si próprio e muito menos a Deus.


Por isso, Jesus sempre se mostrou sereno e calmo. Sua condenação injusta e seu martírio foram uma vitória momentânea para os inimigos, e ele sabia disso. Todavia, não se exaltou; permaneceu confiante, sabendo que a verdadeira justiça não está nas mãos do homem, e que cada um de nós vai se encontrar consigo mesmo, diante de sua consciência, para dizer se é culpado ou inocente. Logo, prezada ouvinte, devemos aguardar, sem precipitação, sem ansiedade, confiando em Deus e orando pelos implicados, poupando-nos diante dessa avalanche de notícias e comentários que, as mais das vezes, só provocam desconforto e inquietação em nossa mente.


Certa ocasião, durante um programa de TV, o apresentador ouviu um grupo de artistas sobre pena de morte. A maioria, ainda sob grande comoção, porque uma atriz fora assassinada, disse que era a favor da pena de morte. Contudo, quando o apresentador voltou a perguntar a cada um deles, se o criminoso fosse um familiar querido (um irmão, por exemplo), se eles o defenderiam, mudaram imediatamente de opinião. Pense nisso.

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