faça sua pesquisa

quinta-feira, 11 de abril de 2024

PARADOS NO TEMPO, EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 ACOMPANHE DIARIAMENTE AS DAS ATUALIZAÇÕES DE luizarmandoff NO INSTAGRAM

Que a descoberta da reencarnação e do perispírito não pertencem, pois, ao Espiritismo, é coisa convencionada; mas, até ele, que proveito a ciência, a moral, a religião tinham retirado desses dois princípios, ignorados das massas, e permanecidos no estado de letras mortas? A pergunta e a resposta pertencem a Allan Kardec. Acrescenta que “não só os clareou, os provou e fez reconhecer como leis da Natureza, mas as desenvolveu e fez frutificar; deles já fez sair inumeráveis e fecundos resultados, sem os quais estariam ainda para se compreender uma infinidade de coisas; cada dia nos fazem compreender coisas novas, e se está longe de ter esgotado essa mina. Uma vez que esses dois princípios eram conhecidos, por que ficaram por tanto tempo improdutivos? Por que, durante tantos séculos, todas as filosofias se chocaram contra tantos problemas insolúveis? É que eram diamantes brutos que seria preciso colocar em obra: foi o que o Espiritismo fez. Ele abriu um novo caminho à filosofia, ou, dizendo melhor, criou uma nova filosofia que toma cada dia seu lugar no mundo. Estão, pois, aí resultados de tal modo nulos que é preciso se apressar em caminhar para descobertas mais verdadeiras e mais sólidas? Em resumo, de um certo número de verdades fundamentais, esboçadas por alguns cérebros de elite, e permanecidas na maioria num estado por assim dizer latente, uma vez que elas foram estudadas, elaboradas e provadas, de estéreis que eram, se tornaram uma mina fecunda de onde saiu uma multidão de princípios secundários e aplicações, e abriram um vasto campo à exploração, novos horizontes às ciências, à filosofia, à moral, à religião e à economia social. Tais são, até este dia, as principais conquistas devidas ao Espiritismo, e não fizemos senão indicar os pontos culminantes. Supondo que devessem se limitar a isso, poder-se-ia já dar-se por satisfeito, e dizer que uma ciência nova que dá tais resultados em menos de dez anos, não pode ser maculada de nulidade, porque toca a todas as questões vitais da Humanidade, e traz aos conhecimentos humanos um contingente que não é de se desdenhar. Até que esses únicos pontos tenham recebido todas as aplicações das quais são suscetíveis, e que os homens deles tenham tirado proveito, se passará ainda por muito tempo, e os espíritas que quiserem pô-los em prática por si mesmos e para o bem de todos, não deixarão de ter ocupação. Esses pontos são tantos focos de onde se irradiam inumeráveis verdades secundárias que se trata de desenvolver e de aplicar, o que se faz cada dia; porque a cada dia se revelam fatos que levantam um novo canto do véu. O Espiritismo deu sucessivamente e em alguns anos todas as bases fundamentais do novo edifício; aos seus adeptos agora cabe colocar esses materiais em obra, antes de pedir outros novos; Deus saberá bem lhos fornecer quando tiverem rematado sua tarefa. Os espíritas, diz-se, não sabem senão o alfabeto do Espiritismo; seja; aprendamos, pois, primeiro a soletrar esse alfabeto, o que não é um negócio de um dia, porque, mesmo reduzido às suas únicas proporções, escoará tempo antes de lhe ter esgotado todas as combinações e recolhido todos os frutos. Não restam mais fatos a explicar? Os espíritas não têm, aliás, a ensinar esse alfabeto àqueles que não o sabem? lançaram a semente por toda a parte onde poderiam fazê-lo? não resta mais incrédulos a converter, obsidiados a curar, consolações a dar, lágrimas a secar? É fundado dizer-se que não se tem nada mais a fazer quando não se acabou a sua necessidade, quando resta ainda tantas feridas a fechar? Aí estão nobres ocupações que valem muito a vã satisfação de dele saber um pouco mais e um pouco mais cedo que os outros. Saibamos, pois, soletrar nosso alfabeto antes de querer ler correntemente no grande livro da Natureza; Deus saberá bem nos abri-lo à medida em que avançarmos, mas não depende de nenhum mortal forçara sua vontade antecipando o tempo para cada coisa. Se a árvore da ciência é muito alta para que não possamos alcançá-la, esperemos para ali voar, que nossas asas estejam crescidas e solidamente presas, sem medo de ter a sorte de Icaro. (RE/8/65)



Vocês acham que a ciência, um dia, vai provar a existência de Deus? (Tatiane Vieira)


Difícil a resposta. Se o que nós chamamos de Deus fosse uma pessoa como nós, de carne e osso, não seria difícil localizá-lo em algum lugar do universo. Até mesmo se ele tivesse um corpo espiritual, energético, poderia ser detectável no tempo e no espaço. Entretanto, o que podemos dizer que é Deus? Não sabemos nem mesmo o que é a matéria.!... Deus é algo que escapa à nossa compreensão – o início e o fim de tudo que buscamos compreender. Não podemos atingir a compreensão do que seja perfeito, nossos sentidos e nossos aparelhos jamais poderiam detectar o transcende a natureza, pois o que transcende a natureza é a causa eficiente e o fim de tudo.


Se só a ideia de Deus já foge à nossa acanhada capacidade de entendimento, chegando às raias do absurdo por causa de nossa limitada inteligência, imagine como detectar esse absurdo pelos caminhos do raciocínio. Concepções como de onipresença (estar em tudo), onisciência (saber tudo), onipotência ( poder tudo), não são das raias da ciência, mas da filosofia. Para você entender melhor, vamos dizer que Deus seja o infinito. Ora, o infinito não tem começo nem fim. Como poderemos comprovar algo invisível e imponderável, que não sabemos onde começa e muito menos onde termina, tampouco onde está?


A ciência só trabalha com o ponderável, o palpável, o perceptível, o imediato – e nada disso é Deus, ou melhor – Deus não é nada disso. O que o cientista pode descobrir são as leis do universo e seus efeitos, que são obras de Deus. Não vendo o artista, podemos concebê-lo apenas pela sua obra. Como o cientista está sempre descobrindo novas e leis, e descobrindo novos efeitos, consequentemente, não é dificil concluir que o conhecimento do universo é inesgotável, o que nos leva a deduzir que a causa do universo é inesgotável e, portanto, só pode ser a perfeição.


Quando Kardec perguntou aos Espíritos o que é Deus, eles responderam: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. Definição curta, mas diz tudo. Inteligência suprema por causa da leis da vida que são perfeitas. Causa primária, porque deve haver um princípio e um fim para tudo. No seu livro “Uma Breve História do Tempo”, o físico britânico Steven Hawking, que não é um religioso, afirma: “Se chegarmos a uma teoria completa (sobre o universo) com o tempo ela deveria ser compreensível para todos e não só para um pequeno grupo de cientistas. Então, qualquer pessoa poderia tomar parte na discussão sobre o por que da nossa existência e da existência do universo... Nesse momento, conclui Hawking, conheceríamos a mente de Deus”.


Por outro lado, o físico e matemático inglês, Paul Davies, na sua obra “A Mente de Deus”, afirma: “ Acredito que as leis naturais são engenhosas e criativas, facilitando o desenvolvimento de riqueza e diversidade na natureza. A vida é apenas um aspecto disso. A consciência é outro. Um ateu pode aceitar essas leis como um fato bruto, mas para mim elas sugerem algo mais profundo e intencional”. O que Paul Davies está dizendo em 1992 é o que Kardec já dizia em 1857, quando lançou O LIVRO DOS ESPÍRITOS.


A expressiva maioria das pessoas ainda concebe Deus como uma pessoa: daí a idéia de que o homem foi criado à semelhança de Deus. Na verdade, dizem os antropólogos, é o contrário: Deus é sempre concebido à imagem e semelhança do homem, como podemos verificar pela história religiosa de todos os povos ocidentais. Não conseguimos imaginar algo que não tenha forma, que não tenha começo nem fim. Para o Espiritismo, Deus é a inteligência suprema, um princípio criador.


Aliás, um outro físico britânico, Frank Tipler, na sua obra, “A Física da Imortalidade”, de 1994, vê Deus como esse princípio criador, organizador, com todos os atributos da perfeição. Para ele, o modo como o caos gera ordem e como todo o cosmo conspira a favor da existência do fenômeno da vida revelam atributos divinos como consciência e intenção. A vida, assim, deve ser vista como um milagre e a vida consciente – como é o caso da vida humana - o maior dos milagres da vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário