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sexta-feira, 10 de maio de 2024

ATUALÍSSIMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Aproximadamente mil e duzentas pessoas, oitenta por cento dos quais encarnados presentes em função da liberação natural do sono físico. Conforme explicações, não guardariam plena recordação do que ouviriam em retomando o corpo carnal, em virtude da deficiência do cérebro, incapaz de suportar a carga de duas vidas simultâneas, persistindo, contudo, a lembrança no fundo do Ser, orientando as tendências pessoais para o terreno da elevação e abrindo a porta intuitiva para serem assistidos no pensamento. O encontro, desdobrado durante a madrugada da Terra, reunia trabalhadores de várias frentes espiritualistas, necessitados de orientação e fortalecimento em suas lutas. A prédica, a cargo de um Instrutor de nome Eusébio que, no diagnóstico apresentado delineia a situação da Humanidade no estágio atual. Pode se dizer atualíssimo. De suas palavras, destacamos algumas que bem demonstram a razão de dessa avaliação. “Somos, no palco da Crosta Planetária, os mesmos atores do drama evolutivo. Cada milênio é um ato breve, cada século um cenário veloz. Utilizando corpos sagrados, perdemos, entretanto, quais despreocupadas crianças, entretidas apenas em jogos infantis, o ensejo santificante da existência (...). Falamos de todos nós, viajores que extravagamos no deserto da própria negação (...). O vendaval das paixões fulminantes de homens e de povos passa ululante, de um a outro polo, a semear maus presságios. (...) Contraímos pesados débitos e nos escravizamos aos tristes resultados de nossas obras (...). Foi assim que atingimos a época moderna, em que loucura se generaliza e a harmonia mental do homem está a pique de soçobro. De cérebro evolvido e coração imaturo, requintamo-nos, presentemente, na arte de esfacelar o progresso espiritual. (...). Hoje, as coletividades humanas ainda sofrem o assédio da espada homicida, e chuvas de bombas arremetem contra populações indefesas (...). Existe, porém, nova ameaça ao domicílio terrestre; o profundo desequilíbrio, a desarmonia generalizada, as moléstias da alma que se inserem, sutis, solapando-vos a estabilidade. Como fruto de eras sombrias, caracterizadas pela opressão e pela maldade reciprocas, em que temos vivido, odiando-nos uns aos outros, vemos a Terra convertida em campo de quase intérminas hostilidades. Homens e nações perseguem o mito do ouro fácil; criaturas sensíveis abandonam-se aos distúrbios das paixões, cérebros vigorosos perdem a visão interior, enceguecidos pelos enganos, enceguecidos pelos enganos de personalidade e do autoritarismo. Empenhados em disputas intermináveis, em duelos formidandos de opinião, conduzidos por desvairadas ambições inferiores, os filhos da Terra abeiram-se de novo abismo, que o olhar conturbado não lhes deixa perceber (...).Não basta crer na imortalidade da alma. Inadiável a iluminação de nós mesmos, a fim de que sejamos claridade sublime (...). Admitireis, porventura, vossa permanência na Crosta Planetária, sem finalidades específicas? (...) Abandonais a ilusão, antes que a ilusão vos abandone. (...) Deixai plantado o Bem na esteira de vossos passos. O desequilíbrio generalizado e crescente invade os departamentos da mente humana. Combatem-se, desesperadamente, as nações e as ideologias, os sistemas e os princípios (...). Encarnados e desencarnados de tendências inferiores colidem ferozmente, aos milhões. Inúmeros lares transformam-se em ambientes de inconformação e desarmonia. Duela o homem consigo mesmo no atual processo acelerado de transição. Equilibrai-vos, pois, na edificação necessária, convictos de que é impossível confundir a Lei ou trair-lhe os ditames universais”.



Os católicos rezam para pedir proteção aos santos, os crentes para Jesus, os umbandistas para os orixás, os espíritas para os Espíritos. Afinal quem recebe essas orações? Não é tudo a mesma coisa?


Sim, é tudo a mesma coisa; o que vale não é a forma como você faz a prece, nem o lugar onde você ora, nem a língua que você fala e tampouco a igreja que você freqüenta. A prece, quando feita de coração, é a mais elevada manifestação da alma, capaz de mobilizar forças espirituais – e todas as forças do universo dependem de Deus. Deus está em tudo e tudo está em Deus. Por isso, Jesus recomendou a oração silenciosa como forma de externarmos os nossos sentimentos com pureza, pois a oração é um ato pessoal: cada um faz a sua. E, embora a oração de um não seja igual a oração de outro, todas elas traduzem o mesmo anseio , a mesma fé e a mesma reverência ao Bem Supremo, que é Deus.


Contudo, não devemos restringir a nossa religiosidade apenas ao ato de orar e de pedir. Orar, sem dúvida, é um ato elevado ( podemos orar para pedir, agradecer e louvar, segundo os Espíritos), mas o mais sublime em nossa vida são os atos que praticamos, o que fazemos no dia-a-dia, uns diante dos outros. Foi esse o ponto que mais preocupou Jesus. Ele estava vendo o fervor com quem os fariseus se dedicavam às suas orações nas sinagogas ou em praça pública, mas criticou veementemente a conduta desses fariseus diante do próximo. Chegou a dizer que o que vale não é a religião que as pessoas têm nos lábios, mas aquela que elas trazem de fato no coração.


O amor, de que Jesus tanto falou, é o sentimento que nos deve unir uns aos outros, como irmãos, filhos do mesmo Pai, mas não apenas como sentimento, mas como atitudes, como atos ( de respeito, de fraternidade, de solidariedade) perante aqueles com quem convivemos. Assim, se pudermos orar, é bom; mas, se pudermos praticar boas ações, será melhor ainda. Logo, a verdadeira religião ( ou seja, o verdadeiro sentimento que nos liga a Deus) não está apenas na prece, mas na forma como nos conduzimos na vida, diante do próximo e diante da sociedade. Jesus criticou os fariseus, não porque eles eram bons religiosos, mas porque eles eram maus cidadãos.


A verdadeira religião está no caráter e, de acordo com o caráter, será a nossa prece. Há uma parábola no evangelho, que conta como um fariseu e um publicano oravam no templo. O fariseu, cheio de orgulho, criticava intimamente o publicano, que estava ao seu lado. Enquanto isso, o publicano, sentindo-se envergonhado, não ousava sequer pedir alguma coisa a Deus, porque não se sentia merecedor. Concluindo, a parábola, Jesus disse que a oração válida foi a do publicano (que era visto como um herege) e não a do fariseu, que era tido como um religioso. Assim devemos entender a prece, nunca deixando de considerar que só os nossos atos é que nos ligam verdadeiramente a Deus.

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