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domingo, 5 de maio de 2024

O MUNDO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

- “É preciso poder encarar a morte sob o seu verdadeiro ponto de vista, quer dizer, penetrar, pelo pensamento, no Mundo Espiritual, e dele fazer uma ideia tão exata quanto possível, o que denota, no Espírito encarnado, um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desligar da matéria. Entre os que não estão suficientemente avançados, a vida material domina, ainda sobre a Vida Espiritual”. A afirmação é de Allan Kardec e das escolas religiosas existentes não há nenhuma que forneça maiores elementos para reflexão do que a derivada do Espiritismo. Na continuidade algumas contribuições para reflexões dos interessados. Estruturalmente, o que compõem as chamadas Esferas Espirituais reveladas no livro NOSSO LAR ? Sua área de abrangência se inicia no Centro do Planeta, a primeira, comportando o Umbral “Grosso” (Núcleo Interno ou Abismo), mais materializado, de regiões purgatoriais mais dolorosas e de cujas organizações comunitárias, conquanto estejam tão próximas, temos poucas notícias; a segunda abriga o Umbral mais ameno (Núcleo Externo ou Trevas), onde os Espíritos do Bem localizam, com mais amplitude, sua assistência, referida por André Luiz como Trevas ou regiões sub-Crostais; a terceira é nossa morada provisória, chamada Crosta Terrestre; a quarta começa na Crosta, constituindo-se em zona obscura chamada Umbral destinada ao esgotamento dos resíduos mentais. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham com as criaturas terrenas as condições de habitabilidade da Crosta do Mundo; a quinta é habitada por Espíritos que têm como escopo unicamente o Bem, as Artes e as Ciências, após várias existências sacrificiais na Crosta; a sexta; destaca-se pelos que já vivem o Amor Fraterno Universal, sendo região das mais elevadas da Zona Espiritual da Terra, muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação de vida, habitada por comunidades redimidas dos Planos Espirituais; e, por fim, a sétima é de onde emanam as Diretrizes do Planeta.. Essas Esferas coexistem integradas? As camadas espirituais não tem fronteiras, sendo seus limites regulados pelo teor vibratório dos seus habitantes, indo das mais grosseiras às mais sutis, liberando os Espíritos a migrarem de uma para outra conforme sua ascensão moral. Cada uma dessas divisões compreende outras, conforme asseguram os Espíritos, distinguindo-se por vibrações distintas que se apuram à medida que se afastam do núcleo. Os que estão acima podem transitar pelas Esferas que lhe estão abaixo; os que estão nas Esferas Inferiores não podem sozinhos passar para as Esferas Superiores. Há vastas Colônias representativas de Civilizações há muito tempo extintas para a observação terrestre. Costumes, artes e fenômenos linguísticos podem ser estudados, com admiráveis minudências nas raízes que os produziram no Tempo. Cada individualidade vive no mundo que lhe é peculiar, isto é, cada mente vive o tipo de vida compatível com seu estado, avançado ou atrasado, na marcha evolutivaAs inteligências se agrupam segundo os impositivos da afinidade consoante à onda ou frequência vibratória em que se encontram. Espacialmente como se organizaria, por exemplo, a Esfera compreendida pela Crosta e seu Plano Espiritual? Um Espírito chamado Efigênio Victor que conviveu e exerceu a mediunidade na encarnação concluída em 1953, retornou através de Chico Xavier para repassar para os que, como ele, demonstram curiosidade sobre essa realidade ainda não percebida queacima da Crosta terrestre comum, temos uma cinta atmosférica que classificamos por cinta densa, com a profundidade aproximada de 50 quilômetros, e, além dela, possuímos a cinta leve, com a profundidade aproximada de 950 quilômetros, somando 1000 quilômetros acima da Esfera em que respiramos. Nesse grande mundo aéreo, encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas espécies de criaturas sub-humanas, em desenvolvimento mental rumo à Humanidade.



A nossa gentil e habitual colaboradora, Professora Cida Possati, do Jardim Frei Aurélio, a propósito do livro “O que é o Fenômeno Mediúnico”, que sorteamos domingo passado, pediu um comentário sobre a mediunidade na Bíblia e no Alcorão.


Em primeiro lugar, professora, precisamos esclarecer que a Bíblia é o livro sagrado dos judeus e dos cristãos ( dos judeus – apenas o Velho Testamento da Bíblia; e dos cristãos – tanto o velho quanto o Novo Testamento).

O Alcorão é o livro sagrado dos mulçumanos ou islâmicos. A Bíblia, no antigo testamento, narra a história do povo hebreu, desde cerca de 1.800 anos antes de Cristo, as revelações divinas recebidas através de Moisés e dos profetas que vieram depois dele. No novo testamento, encontramos a revelação através de Jesus de Nazaré e de seus apóstolos.


Na antiguidade (isto é, nos períodos históricos de mais ou menos mil e trezentos anos para trás), a religião ocupava o ponto máximo do saber humano e tudo, que acontecia na vida das pessoas, das comunidades e de cada povo, girava em torno de suas crenças religiosas. Todos os povos, de todas as partes do mundo, assim como os índios brasileiros, tiveram alguma religião. Como diz Kardec, “nunca houve um povo ateu”. Neste lado ocidental do planeta Terra, das grandes religiões tivemos o judaísmo, que deu origem ao cristianismo. No Oriente tivemos o hinduísmo, o bramanismo, o xintoísmo e, depois, o budismo. Em geral, as grandes religiões do mundo tiveram seus mestres e seus livros sagrados.


A Bíblia reúne escritos e depoimentos sobre a história milenar dos hebreus e foi escrita por inúmeros autores em momentos e lugares diferentes. Nela, como em outros livros sagrados ( assim como o Alcorão da religião islâmica, cujo chefe maior é o profeta Maomé) encontramos narrativas de fatos maravilhosos, levados a conta de milagres. Assim, são relatadas aparições de anjos ou entidades celestiais, manifestações do próprio Deus ou Iavé, voz direta, fenômenos de pirogenia (fogo espontâneo), fenômenos luminosos, materializações ( hoje conhecidas por ectoplasmia), curas, premonições ou profecias, e muitos outros.


É claro que, naquela época, por se saber muito pouco da natureza, tudo que não pudesse ser explicado pelas leis conhecidas era tido como sobrenatural. Com o tempo, a partir do desenvolvimento da ciência (depois do século XVI, portanto) é que se verificou que muito do que se atribuía ao sobrenatural pode ser perfeitamente explicado por leis descobertas pelos cientistas.


Entretanto, mesmo com o apogeu da ciência e com o extraordinário desenvolvimento tecnológico do século XX, muita coisa ainda continua, sob o ponto de vista científico, sem explicação. Contudo, o Espiritismo, a partir da metade do século XIX (1857), já vinha mostrar que, de fato, existem fenômenos além das leis conhecidas pela ciência e que o universo é muito mais amplo e complexo do que se imagina. Há uma ordem de fenômenos que têm origem numa dimensão ainda desconhecida, que chamamos de mundo espiritual. A vida, no seu sentido amplo de manifestação inteligente, transcende à matéria, mas esse é um capítulo ainda desconhecido da ciência.


É o que acontece, por exemplo, com os fenômenos mediúnicos. Chamamos de mediúnicos os fenômenos, que não se explicam apenas pelas leis físicas conhecidas, e que requerem a participação de uma ou mais pessoas, a quem damos o nome de médiuns. Médium quer dizer intermediário. Logo, o médium é aquele que serve de mediador para os Espíritos desencarnados. Nem mesmo os fenômenos mediúnicos são considerados sobrenaturais pelo Espiritismo. Para a Doutrina Espírita, a não ser Deus, tudo o mais é criação e, portanto, tudo é natural (inclusive o Espírito) e tudo está submetido a lei de causa e efeito: logo, os fenômenos mediúnicos são naturais e passíveis de explicação.



Os fenômenos mediúnicos se manifestam das mais variadas formas – pela fala, pela clarividência, pela clariaudiência, pela premonição, por fatos físicos aparentemente inexplicáveis. Na Bíblia – como dissemos – encontramos inúmeras aparições inesperadas de entidades espirituais ( a que se deu o nome de anjos), manifestações psicofônicas como a de Samuel para Saul, materializações como a de Moisés e Elias para Jesus e o próprio Jesus se manifestando várias vezes após sua morte ( no episodio conhecido por ressurreição), os sonhos premonitórios de José para o Faraó do Egito, a transfiguração de Jesus no Monte Tabor, a visão que Saulo teve de Jesus na Estrada de Damasco, as diversas curas realizadas por Jesus e seus seguidores, as várias manifestações de Espíritos perversos ou obsessores.


No Alcorão, também percebemos diversos fenômenos, aparentemente inexplicáveis, mas a principal delas é a manifestação do anjo Gabriel ao profeta Maomé, cuja revelação deu origem ao livro, ponto máximo do Islamismo. Há algumas obras que abordam com detalhes este assunto, professora Cida Possati, dentre elas A GÊNESE de Allan Kardec, na parte referente aos milagres.


A GENESE OU OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO A DOUTRINA ESPÍRITA” é uma obra lançada por Kardec no ano de 1868, portanto. Ela mostra como a mediunidade está na origem de todas as religiões, uma vez que, através da mediunidade, é que cada povo, em algum momento de sua história, pôde receber alguma revelação por meio de manifestações estranhas ou por fenômenos que os deixaram deslumbrados e que serviram de elementos de convicção sobre os quais assentaram suas religiões.


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