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sexta-feira, 24 de maio de 2024

O OUTRO LADO DA HISTORIA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

A Historia das Civilizações construiu-se a partir do financiamento de governantes preocupados em serem lembrados pelas deliberações e ações que resultaram em muito sofrimentos para muitos. Mesmo a figura e historia de Jesus passou desapercebida pelos que registraram os fatos da época em que aqui esteve. No século XX, o erudito Hermínio Correia de Miranda comentou sobre o surgimento e a importância da chamada Arqueologia Espiritual. Os livros resultantes do trabalho do médium Chico Xavier, além dos clássicos chamados romances históricos de Emmanuel no acervo resultante das mensagens recebidas publicamente nas noites de sexta e sábado Centro em que trabalhava em Uberaba(MG), contem informações que afirmam a sobrevivência daqueles que se manifestaram nas décadas em que o trabalho que se realizou. Um dos Espíritos que deixaram as marcas de sua presença chama atenção por sua originalidade. Trata-se de um jovem nascido e desencarnado aos 27 nos em Sorocaba(SP), acometido de uma doença degenerativa chamada Lúpus Agudo. Primeiro filho de um casal , formou-se Engenheiro Eletrotécnico, conheceu o Espiritismo pelos pais que aproximaram-se da Doutrina dez anos antes da morte do filho. Jovem inteligente, três meses após escreveu sua primeira carta aos pais através do médium mineiro, demonstrando aceitação da mudança compulsória. Escreveria nos próximos anos mais 12 mensagens, revelando experiências incríveis nos mergulhos que fez no próprio inconscientes com a ajuda de Benfeitores Espirituais, demonstrando ter vivido nas épocas de onde extraiu imagens e detalhes. Vejamos algumas dessas reminicências: - Através de perquirições que venho efetuando em companhia de amigos, fiquei conhecendo a organização dos primeiros lares do Cristianismo Primitivo, que se transformavam em celeiros de recursos para os remanescentes das vítimas das grandes perseguições. Durante quase trezentos anos os seguidores de Jesus complementavam os seus cultos do Evangelho, com o trabalho manual na confecção de agasalhos para as viúvas e para as crianças que ficavam, após o sacrifício em massa dos companheiros o ensinamento do Cristo, sentenciados sem culpa por haverem abraçado a nova fé. Em verdade, hoje não temos feras nem espetáculos de arena, em que o sangue dos mártires jorrava em profusão, mas temos as feras da necessidade e do desequilíbrio gerando a violência e recordando os tempos de barbarismo em que os perseguidores do Cristo incentivavam a separação e o sofrimento para quantos não estivessem unidos ao poder. Tenho visto quadros magníficos do passado, nos quais moradias pobres se transfiguravam em refúgios para os familiares desvalidos de quantos tombavam nas grandes exibições, pela força de éditos desumanos que decretavam a morte para milhares de homens de bem. Essas demonstrações me enternecem e por isso creio que todas as casas ligadas ao nome de Jesus deveriam possuir o seu próprio recanto de trabalho para vestir os nus e alimentar os infelizes”. Comenta numa de suas cartas crer que devassar o pretérito será reencontrar-nos, tais quais éramos para saber tais quais somos. Muitos aqui estão satisfeitos naquilo que alcançaram e não almejam senão a continuidade ou, mais propriamente, a estagnação nos marcos evolutivos que lhes assinalam a parada. Alguns porém, e entre esses alguns me incluo, em não se contentarem com o que atingiram, querem saber por onde passaram, de modo a se complementarem como desejam. Fiz algumas incursões nas Ilhas Britânicas para observar o que teriam elas para nos doarem, no entanto, num sono hipnótico provocado por mim mesmo, caí na corte de Henrique VIII. Fui como que “atraído” por sua perversidade singular. Foram dias que me vi com todas as características de todos os que nascem nas margens do Avon. Conheci de perto o monarca. Não foi pouco tudo aquilo que presenciei. Sinto até medo em exprimir-me com referência a esses dias. Acrescento até que desejaria não ter visto coisa alguma. Porém necessário se fez e se faz, conforme já disse antes. Com temor assisti a decapitação de Ana Bolena. Fala-se hoje em violência, na defesa das esposas mortas. Porém tudo é muito pouco em relação à realidade vivida no clima de intenso terror dessa época, e da qual somos frutos. E lá estando, senti-me possuído de um misto de sentimentos que não sei definir. Só esmoreci, restituindo-me a tranquilidade quando vi o exemplo da rainha Maria Stuart. Sim, vi o exemplo de Maria Stuart em sua moradia da Escócia, quando, a soberana católica, por amor à união de seu povo que não devia se desagregar, entregou a cabeça ao machado do carrasco que lhe arrasou o corpo e a vida. Porque tudo isto aconteceu, ainda não sei. Penso que estaremos, alguns membros de nossa família, e eu mesmo, ligados à existência da rainha sacrificada. Desde essa hora terrível que a vi doando o próprio sangue sem reação, por dedicação aos outros, o choque me fez acordar da hipnose a que confiara. Os grandes vultos da história, com exceções, é claro, não escaparam à criminalidade, à ambição, à guerra por injustiças, ao ódio de família e de raça, e aos piores sentimentos que infelicitam a Humanidade”. Noutra oportunidade, Luiz Ricardo pondera: -“Somos hoje remanescentes de muitas épocas transcorridas. Inegavelmente condicionados à estrutura do cérebro físico, não nos será possível na Terra, reconstituir o passado integral. Não suportaríamos semelhante empreendimento. O pretérito ficará, em nós, na forma de tendências que nos advertem quanto à necessidade de aperfeiçoamento das qualidades positivas que trazemos inatas e que precisamos burilar. Tudo muito vagarosamente, sem afronta ao espírito de sequência à evolução. Somos aí no mundo compelidos a viver e conviver com os outros na base do respeito às ideias que os outros possam suportar. Tenho realmente efetuado reconhecimentos, em companhia de alguns poucos aprendizes, inclinados a essas explorações proveitosas, aliando o nosso campo inconsciente ou semiconsciente aos lugares e situações que precederam o hoje que estamos vivenciando. Circulando entre israelitas e romanos, durante muito tempo, tenho visitado regiões que de há muito tempo para cá aspirava reconhecer. Tudo isso, no terreno dos estudos, ocorre à base de revisão dos quadros que trazíamos na memória. Revendo as telas movimentadas que nos são desdobradas à vista por Instrutores eficientes, os fatos nos falam com tamanha eloquência que nos admiramos do mundo atual usufruir tantas vantagens e riquezas com uma quota de sofrimento que consideramos minimizada pela Misericórdia Divina, à face das causas delituosas que geraram ontem as dificuldades de agora. Quando me refiro a hoje, ontem e agora, reporto-me a tempos longos e por vezes tão distantes do nosso entendimento humano que seria descaridade enumerar. Consegui demorar-me por alguns dias em Israel e países limítrofes, quais a Síria, o Egito e a Jordânia e compreendi quanto progresso temos alcançado quanto às facilidades da civilização. As guerras antigas foram cruéis em demasia para com os vencidos, sempre argolados ou marcados na condição de escravos com seus próprios descendentes para o resto da vida e, por vezes, por várias gerações Vi batalhas civis no Egito dos faraós, durante as quais, por bagatelas, o Nilo se cobria de cadáveres insepultos, entregues à sanha de crocodilos vorazes. Babilônia era outro centro de iniquidade que o pensamento moderno não pode conceber. O devedor insolvível era entregue a fúria dos credores que os transformavam em alimárias. Muitas mulheres, que hoje consideramos por senhoras respeitáveis dos nossos grupos sociais, tinham os olhos vazados à ponta de ferro esbraseado para trabalharem a roda de moinhos de trigo, sem possibilidade de enxergar o que faziam e o que se passava. Na Grécia antiga, lobriguei quadros de cultura e devassidão de tal modo estranhos que não sei de que maneira seriam considerados em qualquer cidade do mundo atual. A beleza dos conceitos de Sócrates e Platão contrastava com uma licenciosidade que poderíamos classificar por demoníaca, especialmente quando os povos vizinhos entravam em conflito uns com os outros. Em Roma vi o direito nascer, inspirando leis que são preservadas até hoje, no entanto, ao mesmo tempo, os costumes da maioria das criaturas daquelas épocas recuadas, em que a adoração a Júpiter precedeu os éditos de Constantino, nos dias de agora seriam absurdos, credores das mais rigorosas punições. As perseguições contra os cristãos se caracterizavam pela mesma perversidade com que os soldados romanos humilhavam e espoliavam cidades indefesas, criando províncias à custa de sangue e lágrimas. Tal devassidão dos dias a que nos referimos que a chamada Capital do Mundo se transferiu para Constantinopla, onde os mesmos disparates se repetiriam. Em Jerusalém vi a força violenta do dogmatismo contra a mensagem do Cristo e o pavor tocar, mesmo espiritualmente, aqueles escombros da iniquidade que dominava em torno do Tempo de Salomão, até que Tito, em sua fúria, e de seus assessores, destruíssem a cidade reduzindo-a a um montão de cinzas. Que poderia fazer Jesus contra o peso esmagador das leis e princípios que comandavam a vida em seu tempo? Fala-se que o Divino Mestre tomou para companheiros pescadores e homens iletrados, de modo a tê-los por intérpretes de sua causa, mas isso aconteceu porque as inteligências privilegiadas da época repeliam qualquer sentimento de bondade e humildade, tolerância e perdão. A única saída para se livrarem de um rabi que ensinava a paz em meio de tantos ódios e exaltava o amor ao próximo onde o egoísmo era a atitude de todos, a única maneira de se libertarem dele não foi outra senão a cruz dos malfeitores Eu não sei com que sofrimento teria Jesus observado a ignorância dos homens e a ferocidade dos princípios que os moviam, quando penso nele isolando-se no deserto de Negueb a fim de meditar ou quando se entregou à oração ao pé das Oliveiras, decerto meditando na quantidade de seres humanos que tombariam no martírio, depois que ele desaparecesse da face daqueles que lhe odiavam as ideias de fraternidade e concórdia. Estamos nos melhores dias da Humanidade, conquanto se ignore, até mesmo aqui, o que farão os homens da atualidade da pletora de armamentos que eles criaram para a destruição de si mesmos. O Espírito Sublime dos Arautos do Cristo, numa espécie de diplomacia celeste, está influindo nas superpotências da atualidade para que as dívidas do passado terrestre não sejam pagas de modo brutal, como talvez queiram os mais afoitos, entretanto a realidade é que o mundo chegou a tal ponto de compromissos desprezados que nada se pode prever”.



Nós sabemos que os Espíritos não estão no cemitério, mas apenas os restos mortais das pessoas que viveram na Terra. No entanto, muita gente que visita com freqüência o cemitério, depois que perde seus entes queridos. Eu gostaria de saber se essas visitas fazem bem a elas e aos seus entes queridos desencarnados.


A homenagem aos mortos data do homem pré-histórico e sempre foi uma forma de demonstrar respeito ou de prestar cultos aos que se foram. No livro “Cidade Antiga”, o autor Fustél de Collange afirma que, nas eras remotas da humanidade, milênios antes da civilização, essa homenagem era uma forma de impedir que os familiares falecidos se transformassem almas penadas. Quando a pessoa morria, se fosse reverenciada, através da construção de um túmulo e de cerimoniais de adoração, ela passava a ser um anjo protetor da família.


Essa crença tinha um fundo de verdade, na medida em que fazia com que as pessoas sempre lembrassem de seus entes queridos falecidos. Quanto mais preces recebiam, mais se sentiam lembradas, mais se fortaleciam do outro lado da vida e havia mesmo aqueles que se transformavam em Espíritos protetores. Os cemitérios atuais são uma forma aperfeiçoada dos campos santos da antiguidade, onde se erguiam túmulos em homenagem aos mortos, com o objetivo de garantir-lhes a paz ou a felicidade na outra vida.


A Doutrina Espírita, conforme lemos em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, procura manter uma atitude sóbria diante da situação. Embora ela proclame que o Espírito não está no cemitério (embora, eventualmente, possa estar), respeita a necessidade daqueles que se sentem na obrigação de fazer visitas periódicas aos túmulos. Essas visitas, quando feitas com verdadeiro sentimento de amor pelo falecido, só lhe pode fazer bem – é claro! porque o que vale, na relação entre o encarnado e o desencarnado, é o sentimento de quem ora com sinceridade, não importa como.


Desse modo, as visitas podem ajudar tanto o que fica como o que foi desta vida, mas elas seriam preocupantes, se se transformassem numa compulsão irresistível por parte do visitante, porque, neste caso, ele poderia estar psiquicamente doente e necessitado de tratamento. Para o Espiritismo, o verdadeiro contato que fazemos com nossos entes caros desencarnados é através do pensamento, em qualquer lugar ou hora. Quando passamos a ter convicção na continuidade da vida, a morte pesa menos para nós, porque não perdemos esse contato com as almas amigas, quer em sonho, quer em estado de vigília, e, por isso, algumas vezes, até esquecemos que elas estão desencarnadas.

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