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segunda-feira, 17 de junho de 2024

CIDADES NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Sacerdote inglês, George Vale Owen levou 25 anos para se convencer de que a comunicação dos Espíritos era um fato verdadeiro e bom, construindo no período de um mês – entre 23 de setembro e 31 de outubro de 1913, uma incrível obra falando do Mundo Espiritual de forma objetiva e rica em detalhes. O processo a escrita automática por inspiração psicográfica, calculando que as 29 comunicações vertidas para nosso Plano tenham surgido na base de 24 palavras por minuto. Conta que o início se deu a partir de orientação recebida por sua esposa em comunicação através da prancheta de que “deveria sentar-se, calmamente, com o lápis na mão e receber todos os pensamentos que viessem à sua mente, projetados por uma personalidade externa e não originados do exercício do seu próprio Espírito”. Relutando por longo tempo, convenceu-se, por fim, de que amigos que estavam próximos, desejavam ardentemente falar-lhe. Na última mensagem recebida, soube ter sido variável o número de entidades espirituais que o assistiam em seu trabalho mediúnico, que acabou resultando no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb, 1921), compilação das mensagens publicadas pelo magnata da comunicação inglês Lord Northcliffe, em um dos seu jornais. A princípio acionado por sua mãe que havia desencarnado quatro anos antes, foi consecutivamente utilizado por ASTRIEL (Regiões Inferiores do Céu), ZABDIEL (Altas Regiões do Céu), LEADER (Os Mistérios do Céu), cada um deles dando oferecendo informações sobre as áreas em que viviam. Destacamos alguns desses informes que expressam as surpreendentes revelações contidas no livro: 1- “É a Terra aperfeiçoada. (...) O que chamais quarta dimensão, até certo ponto existe aqui, mas não podemos descrevê-la claramente. Nós temos montes, rios, belas florestas e muitas casas; tudo foi preparado pelos que nos precederam”. 2- “Avistamos a cidade e descemos em frente à porta principal, pela qual penetramos na principal rua. Esta cortava toda a cidade e saía em outra porta do lado oposto. De cada lado desta rua larga havia grandes casas ou palácios, em terrenos espaçosos. Quando vínhamos em direção à cidade notamos diversas pessoas trabalhando nos campos e, também, muitos edifícios que não eram evidentemente residências, mas tinham algum fim útil. Agora que estávamos dentro dos seus muros, vimos a perfeição, tanto das construções como da horticultura. Cada casa tinha um jardim típico, em harmonia com ele, tanto na cor quanto no formato”. 3-A ponte sobre o abismo, entre as esferas de luz e de trevas, foi construída e ela é toda da mesma cor. Na parte mais afastada, está envolta em trevas e ao emergir gradualmente em direção à região de luz, toma uma cor cada vez mais brilhante”. 4- “Estas regiões são muito extensas e a ponte é mais um trecho de terreno do que uma ponte, e esta é a melhor comparação que me ocorre. Como vi, apenas, pequena parte destas esferas, só me refiro ao que sei. Provavelmente há outros precipícios e pontes; grande número deles”. 5- (A casa) é muito bem acabada, interna e externamente. Dentro possui banheiros, um salão de música e aparelhos registradores do nosso trabalho. É um edifício amplo. (...) Tudo é de tal forma extraordinário que, não sei não se acreditaria como não se compreenderia (...). As árvores, são verdadeiras árvores, e crescem como na Terra, porém estão de acordo com os edifícios”. 



Existem na Bíblia dois homens que não morreram como os demais homens, mas, por graça divina, eles foram arrebatados para o céu em corpo e alma, que foram os casos de Enoque e Elias. Está lá na Bíblia. Quer dizer que eles foram de corpo e alma para o céu. Foi o mesmo que aconteceu com Jesus?

É um tanto complicado acreditar que esse fato realmente tenha acontecido. Na verdade, séculos atrás os judeus – embora fosse um povo monoteísta, pois adoravam a um só Deus – eles faziam uma ideia muito imperfeita do que fosse o céu e não conseguiam conceber a alma sem o corpo.

É possível que o céu para eles - um lugar de bem-aventuranças - fosse algo também material, físico assim como o nosso mundo, pois, como dissemos, eles não sabiam conceber o Espírito como nós o concebemos hoje. Por isso, acreditavam que seria possível uma pessoa ir para céu com o mesmo corpo com que viveu aqui na Terra.

Na verdade, lendo os textos bíblicos, nada fica claro a esse respeito, principalmente nos tempos mais recuados da história desse povo, porque, ao tempo de Moisés, por exemplo, não se falava de vida após a morte.

A vida, para eles, é esta aqui que estamos vivendo agora. Castigo e recompensa acontecem enquanto estamos vivos e não depois. É por isso que um dos mandamentos recebidos por Moisés diz: “Honrai vosso pai e vossa mãe para que seus dias sejam longos sobre a Terra”.

Isso queria dizer que a vida longa é uma graça de Deus e que a vida curta é um castigo. Nós ficamos por que morriam tantas crianças tão cedo, se elas não tinham compreensão do que seja honrar pai e mãe. Para os hebreus morte era para os desobedientes. Deus mandava apedrejar quem desobedecesse: os adúlteros, os filhos problemáticos, os que violassem o dia do sábado, etc., como vemos vários casos relatados no antigo testamento.

Segundo o conceito espírita, a vida espiritual é de uma natureza bem diferente da vida física. Nada que é físico, material, passa para o mundo espiritual, pois eles estão em planos ou dimensões diferentes. Os Espíritos desencarnados, por exemplo, não tocam o mundo físico e tampouco nós, os encarnados, podemos interferir no mundo dos Espíritos.

Por outro lado, o que aconteceu com Jesus foi diferente. Jesus retornou ao convívio de seus apóstolos, mas na condição de Espírito. Tratava-se do que chamamos Espírito materializado; é o perispírito, o corpo espiritual que reveste o corpo que pode se manifestar depois da morte e até aparecer para os encarnados.

Foi nisso que consistiu o que chamamos de “ressurreição”. Evidentemente não foi a ressurreição da carne, mas a ressurreição espiritual de que trata Paulo de Tarso na sua primeira carta aos Coríntios, quando diz “morremos num corpo material e ressuscitamos num corpo espiritual”. O próprio Paulo teve uma visão de Jesus nesse corpo espiritual na estrada de Damasco e soube compreender melhor a questão.


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