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terça-feira, 18 de junho de 2024

ESTAR É DIFERENTE DE SER ESPÍRITA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

O rótulo de Espírita, a exemplo de qualquer outro, significa quase nada do ponto de vista do aproveitamento da individualidade na sua passagem pela nossa Dimensão. Uma matéria reproduzida na edição de setembro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA confirma essa conclusão. O caso foi relatado a Allan Kardec em 10 de janeiro daquele ano por correspondente da cidade de Lyon. Envolvia um indivíduo espírita que sob o domínio dessa crença se melhorou, embora não a tivesse aproveitado tanto quanto poderia tê-lo feito, devido à sua inteligência. Vivia com uma velha tia, que o amava como filho, e que não poupava trabalhos nem sacrifícios por seu caro sobrinho. Por economia era a boa mulher que cuidava da casa. Até aí tudo muito natural; o que o era menos é que o sobrinho, jovem e em boa forma, a deixava fazer trabalhos acima de sua força, sem que jamais lhe acudisse à ideia poupar-lhe marchas penosas para a sua idade, o transporte de fardos e coisas semelhantes. Na casa não mudava um móvel de lugar, como se tivesse criados às suas ordens; e mesmo que previsse algum penoso serviço excepcional, arranjava um pretexto para se abster, temeroso de que lhe pedissem um auxílio, que não poderia recusar. Entretanto, havia recebido várias lições a respeito, poder-se-ia dizer afrontas, capazes de fazer refletir um homem de coração; mas era insensível (...). Era estimado como um homem decente e de boa conduta, (...). Em consequência dos esforços que fazia, a velha senhora foi acometida por uma hérnia muito grave, que a fazia sofrer muito, mas que ela tinha coragem para não se lamentar. Um dia, provavelmente querendo esquivar-se a um trabalho penoso, o sobrinho saiu cedo e não voltou. Ao atravessar uma ponte, foi vitima da queda da viatura em que estava e arrastado por uma encosta, morreu duas horas depois. Informados do fato, quisemos evocá-lo, e ouvimos de um dos nossos guias: “Não poderá comunicar-se antes de algum tempo. Neste momento ele está muito perturbado pelos pensamentos que o agitam. Vê a tia e a doença que ela contraiu em consequência das fadigas corporais e da qual ela morrerá. É isto que o atormenta, pois se considera como o seu assassino. E o é, com efeito, já que lhe podia poupar o trabalho que será a causa de sua morte. Para ele é um remorso pungente que o perseguirá por muito tempo, até que tenha reparado a sua falta. Ele queria fazê-lo; não deixa a tia, mas seus esforços são inúteis e, então, se desespera. É preciso, para o seu castigo, que a veja morrer devido à sua negligência egoísta, porque sua conduta é uma variedade do egoísmo. Orai por ele, a fim de que possa manter o arrependimento, que mais tarde o salvará”. Dirigiram ao Benfeitor Espiritual a seguinte pergunta: - Poderia dizer-nos se não lhe serão levados em conta outros defeitos de que se corrigiu por causa do Espiritismo e se sua posição não se abrandou? Explicou o seguinte: – Sem nenhuma dúvida, essa melhora lhe é levada em conta, pois nada escapa ao olhar perscrutador da Divina Providência. Mas eis de que maneira cada boa ou má ação tem suas consequências naturais, inevitáveis, conforme estas palavras do Cristo: “A cada um segundo as suas obras”. Aquele que se corrigiu de algumas faltas se poupa da punição que elas teriam acarretado e, ao contrário, recebe o prêmio das qualidades que as substituíram; mas não pode escapar às consequências dos defeitos que ainda ficaram. Assim, não é punido senão na proporção e conforme a gravidade destes últimos; quanto menos os tiver, melhor a sua posição.



Há pouco tempo tivemos uma pandemia, que atingiu todo o mundo e fez milhões de vítimas. Agora, a dengue está ameaçando o Brasil, deixando um clima de insegurança. Desse modo, é possível que outras surpresas desagradáveis apareçam complicando mais a nossa vida. Vocês não acham que isso é carma?

Para o Espiritismo nada acontece por acaso. Portanto, por trás dessas enfermidades existem causas naturais, que estão querendo dizer alguma coisa para nós. Podemos dizer, sem medo de errar, que a natureza está nos alertando contra os males que estamos criando para nós mesmos.

No fundo, todos sabemos do que se trata. Não é possível que, hoje, com tantos meios de comunicação, principalmente a televisão, que ocupa várias horas do dia com o tema saúde, não saibamos como viver de acordo com as leis naturais. Os últimos anos vêm nos lembrando que precisamos cuidar da saúde com responsabilidade, até porque essas doenças dependem muito de nossos maus hábitos de vida.

Já estamos no século XXI, em plena era tecnológica. Hoje estamos discutindo até mesmo a Inteligência Artificial, mas a grande parte da população, apesar de todos os avanços da ciência e da tecnologia, não desenvolveu hábitos novos para poder conviver com as novas invenções.

Um exemplo típico dessa situação é a grave situação do clima. Apesar das enchentes e dos problemas delas advindos, continuamos poluindo o meio urbano com muito lixo, por exemplo, e não despertamos para o fato de que o acúmulo dos detritos é um dos fatores das enchentes e das doenças.

O homem inventou o papel, o plástico, toda espécie de recipiente e ferramenta para o nosso uso e consumo diário. Usamos esse excesso de conforto, sem nos preocupar que estamos agredindo a natureza, poluindo o ar, os rios, os mares e o meio urbano em geral sem respeitar limites, transformando tudo em lixo e material nocivo aos vegetais, aos animais e a nós próprios.

O que podemos esperar dessa revolução, onde estamos voltados para a utilização inadequadas dos bens e esquecidos de tudo, absolutamente tudo, depende da natureza. Quando a natureza é agredida ela responde e das mais diferentes formas. E uma delas é a doença. Eis o carma. Eis a lei de causa e efeito.

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