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segunda-feira, 3 de junho de 2024

EXISTE MAL OLHADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Sensação de mal estar ao cruzarmos com alguém ou recebermos uma visita. Existe isso de alguém atingir alguém com vibrações negativas? Se afirmativo como explicar. No número de dezembro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, encontramos argumentos de Allan Kardec para esse tema interpretado como superstição. Diz ele: “- Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim nos podemos exprimir, como agente direto do Espírito, o perispírito é posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por esses raios ele serve à transmissão do pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito. Sendo o perispírito o laço que une o Espírito ao corpo, é por seu intermédio que o Espírito transmite aos órgãos, não a vida vegetativa, mas os movimentos que exprimem a sua vontade; é, também, por seu intermédio que as sensações do corpo são transmitidas ao Espírito. Destruído o corpo sólido pela morte, o Espírito não age mais e não percebe senão pelo seu corpo fluídico, ou perispírito, razão por que age mais facilmente e percebe melhor, já que o corpo é um entrave. Tudo isto é ainda resultado da observação. Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida – que nos permitam o neologismo – por sua atmosfera perispiritual. Esses dois fluidos põem-se em contato e se interpenetram; se forem de natureza antipática, repelem-se e os dois indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar ao se aproximarem um do outro, sem disso se darem conta; se, ao contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento benevolente, que atrai. Tal a causa pela qual duas pessoas se compreendem e se adivinham sem se falarem. Um certo não sei quê por vezes nos diz que a pessoa com a qual nos defrontamos deve ser animada por tal ou qual sentimento. Ora, esse não ‘sei quê’ é a expansão do fluido perispiritual da pessoa em contato com o nosso, espécie de fio elétrico condutor do pensamento. Desde logo se compreende que os Espíritos, cujo envoltório fluídico é muito mais livre do que no estado de encarnação, já não necessitam de sons articulados para se entenderem. O fluido perispiritual do encarnado é, pois, acionado pelo Espírito. Se, por sua vontade, o Espírito, por assim dizer, dardeja raios sobre outro indivíduo, os raios o penetram. Daí a ação magnética mais ou menos poderosa, conforme a vontade; mais ou menos benfazeja, conforme sejam os raios de natureza melhor ou pior, mais ou menos vivificante. Porque podem, por sua ação, penetrar os órgãos e, em certos casos, restabelecer o estado normal. Sabe-se da importância das qualidades morais do magnetizador. Aquilo que pode fazer o Espírito encarnado, dardejando seu próprio fluido sobre uma pessoa, um Espírito desencarnado também o pode, visto ter o mesmo fluido, ou seja, pode magnetizar. Conforme seja bom ou mau o fluido, sua ação será benéfica ou prejudicial. Assim, facilmente nos damos conta da natureza das impressões que recebemos, de acordo com o meio onde nos encontramos. Se uma assembleia for composta de pessoas animadas de maus sentimentos, o ar ambiente será saturado com o fluido impregnado de seus sentimentos. Daí, para as almas boas, um mal-estar moral análogo ao mal-estar físico causado pelas emanações mefíticas: a alma fica asfixiada. Se, ao contrário, as pessoas tiverem intenções puras, encontramo-nos em sua atmosfera como se estivéssemos num ar vivificante e salubre. Naturalmente o efeito será o mesmo num ambiente repleto de Espíritos, conforme sejam bons ou maus”



Por que alguns Espíritos, quando se comunicam no centro, parece que ainda estão no seu corpo, sofrendo a situação que os levou à morte, agindo como se ainda estivessem encarnados?


Essa situação é até comum. Em geral, ela ocorre com Espíritos ainda muito presos à matéria; ou seja, aquelas pessoas que não conseguiram desenvolver valores espirituais e que se fecharam à ação de seus protetores. A morte, quase sempre, é um trauma para o Espírito – e para essas pessoas, mais ainda - devido à mudança que provoca, principalmente quando a morte se dá de maneira brusca, inesperada, como no caso de acidentes ou mesmo numa morte repentina.


Assim, é comum haver comunicação de Espíritos que ainda estão experimentando as emoções dos últimos momentos de sua vida, momentos sofridos, que ficam gravados mais fundo em sua memória. Como todos têm medo da morte, é natural que inconscientemente esses Espíritos resistam à idéia de desencarnar, e essa negação faz com que se agarrem aos momentos finais da existência terrena, como tábua de salvação. O medo da morte leva-os a prolongarem as sensações mais desconfortáveis. Para alguns, superar esse momento é muito complicado; para outros, basta uma presença de um familiar desencarnado ou de um amigo espiritual.


Entretanto, as pessoas mais espiritualizadas conseguem vencer com relativa facilidade os obstáculos dessa passagem, até porque, devido às suas vibrações mentais, estão mais próximas de Espíritos amigos ou familiares, que vêm ao seu encontro, ajudando-as a aceitar a grande mudança e a tomar consciência de que devem iniciar uma nova vida. Daí a importância de vivermos uma vida voltada para o seu sentido mais elevado, cultivando valores do espírito, agindo com responsabilidade, procurando ser útil ao semelhante, confiando em si mesmo e, sobretudo, em Deus. Quem vive uma vida reta e elevada cria em torno de si uma psicosfera luminosa.


Contudo, o desenvolvimento da religiosidade numa pessoa não quer dizer, necessariamente, que ela precise ter uma religião, mas, sim, que ela alimente um espírito solidário em relação àqueles que a cercam, que tenha uma participação positiva no meio em que vive – seja no âmbito da família ou da sociedade. Aqueles que só pensam em si mesmos, que nada fazem pelos outros, que só buscam as próprias vantagens – principalmente, vantagens de ordem material, em prejuízo do semelhante – estão mais sujeitos a situações traumáticas depois da morte, e por culpa deles mesmos.


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