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domingo, 9 de junho de 2024

O JUIZ POETA E A LEI DE CAUSA E EFEITO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Sobre ele pouco se tem sabe, a não ser que era do Ceará, onde, em diferentes localidades, teria exercido o cargo de Juiz; publicado, em 1924, um livro com suas criações poéticas, intitulado ESCADA DE JACÓ, não se tendo notícia que tenha conhecido o Espiritismo enquanto encarnado. De volta ao Plano Espiritual, nos processos de aprendizado possíveis ao seu nível evolutivo, aprofundou-se no estudo da Justiça Divina, mais especificamente a Lei de Causa e Efeito. Nas décadas de 60 e 70, serviu-se do médium Chico Xavier para oferecer-nos em doze poesias, os resultados de suas pesquisas, revelando em versos belíssimos a situação de muitos Espíritos com os quais se envolveu em múltiplas encarnações anteriores à terminada no século 20. Seu nome Epiphanio Leite e, atendendo às limitações de espaço, exporemos parte de seu trabalho apresentando os Efeitos de agora, seguido da Causa determinante de outrora. O primeiro deles, por sinal, sobre um Espírito que lhe fora filho em vida passada. CASO 1 – Efeito: homem cego e surdo vivendo de esmolas obtidas na mendicância Causa: Existência em que, embora exortado a amar, construir e ensinar, armou-se de ouro e lança, transformando o mando em presença assassina, deixando uma trilha de fogo nas vidas e regiões por onde passou (Meu Filho) CASO 2Efeito: mulher, vivendo em extrema penúria entre humildes choupanas, trazendo nos braços um filhinho sem fala, mutilado ao nascer Causa: Existência em que, mulher ligada à nobreza, induz jovem por ela apaixonado ao suicídio durante festa que promovia em sala de seu castelo (Santa Maternidade) CASO 3Efeito: Homem confinado a hospício em função da insanidade mental Causa: Soberano que, em excursões bizarras, ordena invasões, ferindo, vencendo, dominando e deixando um rastro de dor, castelos em ruínas, agonia e pavor (Renascença da Alma) CASO 4 - Efeito: Mulher insana mentalmente vivendo na mendicância, carregando um boneco nos braços, o que lhe valeu a alcunha de Maria Boneca Causa: Dama da nobreza que na ânsia de continuar a desfrutar dos prazeres da vida, três séculos antes, livra-se do filho consanguíneo, atira-o à fossa do castelo em que vivia (Maria Boneca) CASO 5 Efeito: Mulher, anônima e solitária, presa à prova da hanseníase, confinada em Hospital/Colônia para Leprosos Causa: Existência em que na condição de conhecida rainha europeia, quatrocentos anos antes, cria dominações, ordena, expandindo penúria e lágrimas, enquanto suas arcas repletavam-se. ( Fim de Prova) CASO 6Efeito: menino morador de aldeia remota, em corpo limitado pela idiotia e a mudez. Causa: intelectual que, pela palavra falada e escrita, na última década do século 18, espalhou ateísmo e violência, suscitando rebeldia e delinquência (Gênio Enfermo) CASO 7Efeito: Morador de rua, vivendo da caridade alheia, preso ao estigma da hanseníase Causa: Existência há quatro séculos, em que, à custa de mortes, destruição, violência, conquista o poder, tornando-se, por fim, chefe e Rei, pouco antes de morrer (Dor Bendita) CASO 8Efeito: Mulher carregando a dura prova da cegueira, obcecada por encontrar a origem de sua limitação nos estudos reencarnacionistas. Causa: Soberana feudal que, seiscentos anos antes, através de hordas assassinas espalhou fogo e lama, oprimindo o povo dominado (Cegueira) CASO 9Efeito: Mulher cumprindo o papel da maternidade, triste, entre penúria e pó, chagas, sombras, ruínas Causa: Existência em que, há quatro séculos, exercendo o poder, amada e desumana, destrói lares, gasta a vida insana, humilhando os homens que avassalava (Prova e Libertação) CASO 10Efeito: Homem, morador de rua, enfermo, relegado à via pública, sobrevivendo da caridade alheia Causa: Existência seiscentos anos antes em que, de conquista em conquista, abusa do amor, arrastando filhas, esposas, mães, seduzidas egoisticamente (Mendigo) CASO 11Efeito: Mulher enferma, vivendo da mendicância em praça pública Causa: Existência no século 19, em que exibindo riqueza e beleza perturbadora, por ciúmes de alguém, mata a própria filha preservando os domínios do prazer em que se comprazia. Os livros em que podem ser consultados os documentos aqui citados, são respectivamente LUZ NO LAR (feb,1968); POETAS REDIVIVOS (feb,1969); CAMINHOS DE VOLTA (geem, 1975) e ALGO MAIS (ideal, 1979).


Gostaria de saber o que vocês entendem por esta afirmativa de Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim?” Muitos grupos religiosos se consideram como se eles fossem o único caminho de Jesus e que, se não for por meio deles, não haverá salvação para ninguém”.

Não basta ler ou decorar o Evangelho, restringindo-se tão somente ao sentido restrito das palavras. A mensagem de Jesus vai muito além do que comumente se propala. Aliás, Jesus tinha pelo menos duas formas de ensinar: pelo discurso puro e simples e por parábolas.

Tanto os discursos, quanto as parábolas, constituíam num elemento muito utilizado na época, que é linguagem cheia de alegorias e comparações. Assim, falar que “é o caminho, a verdade e a vida” tinha um sentido profundo e, ao mesmo tempo, fácil de entender.

O que é um caminho? Na enciclopédia do Google, caminho é uma porção mais ou menos estreita de terreno entre dois lugares por onde alguém pode seguir.

Assim, o caminho a que Jesus se referia é a prática dos seus ensinamentos. E em que consistem seus ensinamentos? Em fazer o bem, pois é fazendo o bem ao próximo e vivendo com dignidade (como ele mesmo deu exemplo, contando a história do bom samaritano) que chegamos a Deus, que é a meta da vida.

Esse é o caminho a que Jesus se referiu. Ele não disse que o caminho seria frequentar o templo, orar em praça pública, fazer ofertas diante do altar, praticar o jejum ou cantar louvores a Deus. Não. O caminho para redenção humana é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

E como podemos amar a Deus, a quem não vemos? Aprendendo a amar o próximo a quem vemos – isso respondendo à grande questão colocada por João em sua epístola, que não podia entender que pessoas, que não demonstram amor pelo próximo, afirmam que amam a Deus.

Eu amo meu próximo, seja ele familiar ou estranho – afirma uma pessoa. Mas o que você tem feito por ele? Qual sua atitude diante da necessidade ou do sofrimento de alguém? Que contribuição em atitudes e em serviços você tem dado ao bem comum?

Voltando... “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. E a verdade? Você sabe o que é a verdade? Jesus não respondeu à pergunta de Pilatos. Por quê?

Para Jesus a verdade não pode estar desvinculada do amor. Uma verdade, dita com severidade e arrogância, pode até matar. Portanto, Jesus não se referia a essa verdade que, ao invés de ajudar, prejudica; que, ao invés de levar conforto, produz desespero e aflição.

Sobre isso, Chico Xavier, certa ocasião, afirmou: “Sou adepto da verdade, mas acho que a verdade não deve ser lançada na cara de ninguém. Jesus silenciou diante de Pilatos... A verdade só deve ser dita quando possa servir de alavanca para reerguer quem se acha no chão. Eu fugiria de quem só tivesse verdades para me dizer”...

E a Vida? O que é vida para Jesus? Certamente não é apenas esta vida que levamos aqui na Terra. É muito mais que isso. A vida pressupõe amor e paz, sem o que ficará com o sabor de morte. Jesus falava de vida no sentido espiritual da palavra, principalmente da vida que continua indefinidamente além da morte.


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