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terça-feira, 4 de junho de 2024

REENCARNAÇÃO - A LÓGICA DOS ARGUMENTOS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 “A pluralidade das existências, da qual o Cristo colocou o princípio no Evangelho, sem, contudo, defini-lo mais do que muitos outros, é uma das Leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, no sentido que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso. Por esta Lei, o homem explica todas as anomalias aparentes que a vida humana apresenta; as diferenças de posições sociais; as mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis para a alma as vidas precocemente interrompidas; a desigualdade das aptidões intelectuais e morais, explicadas pela antiguidade do Espírito, que mais ou menos viveu, mais ou menos aprendeu e progrediu, e que traz, em renascendo, a aquisição de suas existências anteriores”. Vejamos outros dos argumentos levantados por Allan Kardec no número de setembro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA: 1- Com a doutrina da criação da alma em cada existência, cai-se no sistema das criações privilegiadas; os homens são estranhos uns aos outros, nada os religa, os laços de família são puramente carnais; não são solidários de um passado em que não existiam; com a do nada depois da morte, toda relação cessa com a vida; eles não são solidários do futuro. 2- Pela reencarnação, são solidários do passado e no futuro; suas relações se perpetuam no Mundo Espiritual e no Mundo Corpóreo, a fraternidade tem por base as próprias leis da Natureza; o Bem tem um objetivo, o mal as suas consequências inevitáveis. 3- Com a reencarnação caem os preconceitos de raças e de castas, uma vez que o próprio Espírito pode renascer rico ou pobre, grande senhor ou proletário, senhor ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, não há nenhuma que prepondere em lógica o fato material da reencarnação se, pois, a reencarnação funda-se sobre uma lei da Natureza, o princípio da Fraternidade Universal, funda-se sobre a mesma lei no da igualdade dos Direitos Sociais, e, consequentemente no da Liberdade. Os homens não nascem inferiores e subordinados senão pelo corpo; pelo Espírito, eles são iguais e livres. 4- Tirai ao homem o Espírito livre, independente, sobrevivente à matéria, dele fareis uma máquina organizada, sem objetivo, sem responsabilidade, sem outro freio que o da lei civil, e bom para explorar como um animal inteligente. Nada esperando depois da morte, nada nos detém para aumentar os gozos do presente; se sofre, não tem em perspectiva senão o desespero e o nada por refúgio. Com a certeza do futuro, a de reencontrar com aqueles a quem amou, o medo de rever aqueles a quem ofendeu, todas as suas ideias mudam. (...) 5- Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não é somente irreconciliável com a Justiça de Deus, que torna todos os homens responsáveis pela falta de um único, ela seria um contra senso, e tanto menos justificável quanto a alma não existia na época em que se pretende fazer remontar a sua responsabilidade. Com a preexistência e a reencarnação, o homem traz, em renascendo, o germe de suas imperfeições passadas, as faltas das quais não pôde se corrigir e que se traduzem por seus instintos natos, suas propensões a tal ou tal vício. Está aí o seu verdadeiro pecado original, do qual sofre muito naturalmente as consequências.


Vamos responder à Luiza Teodoro, que faz a seguinte colocação: por que existem baixo e alto Espiritismo?

Na verdade, Luiza, quando as pessoas estão mal informadas ou não procuram conhecer a doutrina espírita nos seus verdadeiros fundamentos, elas podem ser facilmente levadas a praticar a mediunidade de uma forma diferente daquela que o Espiritismo recomenda.

Não sabemos se isso pode se chamar baixo espiritismo, porque, para nós, o Espiritismo é um só; o que existem são variações na prática mediúnica que, de uma maneira equivocada, chamam de espiritismo.

A doutrina espírita, codificada por Allan Kardec, tem seus próprios princípios –porque se trata de uma doutrina que, antes de tudo, procura educar o ser humano para a vida, seguindo a moral de Jesus.

Eis porque não deve ser confundida com atos isolados de pessoas que se põem a praticar a mediunidade à sua maneira sem conhecimento espírita e sem a observância dos princípios do Espiritismo.

Desse modo, não devemos confundir Espiritismo com mediunidade, pois nem todo médium ou grupo mediúnico que se dedica à mediunidade é espírita. Chamamos isso de mediunismo.

O Espiritismo é uma doutrina filosófica, de bases morais, que procura caminhar ao lado da ciência. Seus serviços não se restringem à mediunidade. Vão muito além disso.

Na sua prática mediúnica, no entanto, não há rituais e não se usa velas ou qualquer outro apetrecho material em suas sessões.

A prática mediúnica espírita é toda espiritual, nada se cobra e nada se exige pelos serviços que presta, seguindo a recomendação de Jesus: “dai de graça o que de graça recebestes”.

Sem o conhecimento das obras básicas - O LIVRO DOS ESPÍRITOS, O LIVRO DOS MÉDIUNS e O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, pelo menos – não tem como se conhecer e praticar o Espiritismo.


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