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segunda-feira, 15 de julho de 2024

O MAL INVISÍVEL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Obsessão é uma das mais importantes revelações do Espiritismo. Atinge níveis maiores do que se supõem. Na sequência Allan Kardec esclarece algumas das dúvidas mais comuns. Qual a diferença entre loucura patológica e loucura obsessional? A primeira é produzida por uma desordem nos órgãos da manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco: ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para se manifestar, o pensamento ou, melhor dito, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessional não há lesão orgânica. É o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho que o domina e comanda. No primeiro caso é preciso curar o órgão doente; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede inoportuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito frequentes e comumente tomam como loucura o que não se passa de obsessão, para a qual deveriam empregar-se meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico, e, sobretudo, pelo contato dos verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. (RE;5/1862) Existe uma forma mais eficaz para afastar o Espírito causador do processo obsessivo? Só uma força moral pode opor-se a outra força moral e, esta não pode vir senão do acometido pelo processo obsessivo. É preciso esforçar-se por adquirir a maior soma possível de superioridade pela vontade, pela energia e pelas qualidades morais. Não será com a espada de coronel que vencereis, mas com a espada do Anjo, isto é, a virtude e a prece. A espécie de terror e angústia que experimentais nesses momentos é um sinal de fraqueza que o Espírito aproveita. Dominai o medo e com a vontade triunfareis. Tomai a iniciativa resolutamente, como fazeis ante qualquer inimigo. (RE; 12/1862) Um Espírito bom pode obsediar alguém? A obsessão não pode jamais ser o efeito causado por um bom Espírito. A questão essencial é saber reconhecer a natureza daqueles que se apresentam. O conhecimento prévio dos meios de distinção dos bons Espíritos e dos maus é, portanto, indispensável. É importante para o simples observador que pode, por esse meio, apreciar o valor do que vê, lê ou escuta. (OQE; 77) A morte livra a pessoa da obsessão ? A morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos: é a figura dos demônios, atormentando as almas sofredoras. Sim, esses Espíritos os perseguem após a morte e lhes causam sofrimentos horríveis, porque o Espírito atormentado se sente num abraço de que não se pode libertar. Ao contrário, o que se libertou da obsessão em vida é forte, e os maus Espíritos o encaram com medo e respeito: encontraram o seu superior. (RE;6/1860) Procede a ideia de que todas as perturbações são oriundas da influência espiritual? A gente, muitas vezes, responsabiliza os Espíritos estranhos por maldades de que não são responsáveis. Certos estados mórbidos e certas aberrações, que são atribuídas a uma causa oculta, são, por vezes, devidas exclusivamente ao Espírito do indivíduo. As contrariedades, frequentemente, concentradas em si próprio, os sofrimentos amorosos, principalmente, tem levado ao cometimento de muitos atos excêntricos, que erradamente são levados à conta de obsessão. Muitas vezes a criatura é seu próprio obsessor. (RE;12/1862) Obsessão depende de mediunidade? A obsessão de qualquer natureza que seja, independe da mediunidade e é encontrada em todos os graus, numa multidão de indivíduos, os quais jamais ouviram falar de Espiritismo. Como os Espíritos sempre existiram, sempre exerceram a mesma influência; a mediunidade não é uma causa, é apenas uma forma de manifestação dessa influência.(...). Aqueles que nada admitem fora da Natureza não podem admitir causas ocultas. Mas quando a Ciência tiver saído da rotina materialista reconhecerá na ação do Mundo Invisível que nos rodeia, e no meio do qual vivemos, uma potência que tanto age sobre as coisas físicas quanto sobre as condições morais. E este será um novo caminho aberto ao progresso. A chave de uma quantidade de fenômenos mal compreendidos. (OQE; 76)



Cristiano Alves, da cidade de Vera Cruz, mandou-nos por whatsapp a seguinte pergunta sobre o Evangelho: “Jesus disse que devemos perdoar setenta vezes sete vezes. Eu pergunto: no caso de roubo perdoar seria não denunciar o ladrão? “

Logo nas primeiras páginas do livro “Os Miseráveis”, obra prima da literatura universal de autoria do escritor francês Victor Hugo, o autor do romance narra um fato que teria ocorrido nas primeiras décadas do século XIX na França; portanto, há cerca de 200 anos, quando aquele pais passava por uma grande crise social e política.

O autor fala sobre o personagem chamado Jean Vojan, um homem que tinha sido solto após quase 20 anos de prisão e trabalho forçado (porque tinha roubado um pão) , e que trazia por escrito um apelo da própria prisão para que lhe dessem comida e até emprego, já que era um ex-presidiário e precisava se readaptar à sociedade.

Contudo, na pequena cidade francesa de Digne (Dinhi), aparentemente abandonado, todo mundo o rejeitava, principalmente ao ficar sabendo que se tratava de um ex-prisioneiro, até que ele bateu na casa do bispo da cidade, um homem religioso e caridoso que atendia aos necessitados.

O generoso bispo não só o atendeu sorridente, como o levou para dentro de sua própria casa, sede da diocese da região, onde lhe foi fornecida um caldo grosso e reconfortante e, além disso, foi dormir num dos melhores aposentos do prédio.

De madrugada – Vojan um homem rude e sempre maltratado na prisão, não acreditava que estava recebendo tamanha consideração. Lembrou, todavia, que a sopa fora servida em baixelas de prata na mesa do bispo, e resolveu roubá-las de madrugada.

Pela manhã, qual não foi a surpresa do bispo quando dois policiais truculentos lhe trouxeram o homem, que havia roubado parte de sua prataria.

O bispo não hesitou diante da denúncia dos policiais e lhes disse “Os senhores estão enganados. Fui eu mesmo que dei essas peças para esse pobre homem, para que pudesse vendê-las, agora que está em liberdade, e recomeçar sua vida. Podem soltá-lo e que fique com a prataria”.



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