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sábado, 6 de julho de 2024

O MECANISMO REGULADOR DO PROGRESSO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o Arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”, afirmaram os Espíritos a Allan Kardec na resposta à questão 540 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Disseram ainda que “a finalidade da reencarnação é o melhoramento progressivo da Humanidade’, que ‘a cada nova existência o Espírito dá um passo na senda do progresso’, que ‘a consciência de si mesmo constitui o atributo principal do Espírito’ e que a culpabilidade está na razão do conhecimento que se possui’. Para controlar todo esse processo existe um mecanismo normatizado pelos artigos do CODIGO PENAL DA VIDA FUTURA ou a LEI DE CAUSA E EFEITO. A fim de refletirmos sobre ela, destacamos do trabalho incluído na série AS RESPOSTAS QUE O ESPÍRITISMO DÁ, algumas das questões ali apresentadas: 1- Recorrente em palestras espíritas, artigos e livros, a palavra “Carma” é associada aos graves problemas enfrentados pelas criaturas humanas. Qual sua relação com a visão do Espiritismo sobre a Lei de Causa e Efeito? O “carma”, expressão vulgarizada entre os hindus, em sânscrito quer dizer “ação”. A rigor, designa “causa e efeito”, de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. Há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições. Para melhor entender o “carma” ou “conta do destino criada por nós mesmos”, convém lembrar que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável, dispondo de sábios departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida Nas sublimadas regiões de cada Orbe entregue à inteligência e à razão, ao trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos, encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias, créditos especiais e recursos extraordinários a todos os Espíritos encarnados ou desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem Eterno. Nas regiões atormentadas, varridas por ciclones de dor regenerativa, temos os poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quantos se fazem devedores complicados ante a Divina Justiça, 2- Existindo esses Departamentos de Justiça, como interpretar o argumento de que somos os arquitetos do nosso próprio destino? A morte funciona como juiz inexorável, transferindo os bens de certas mãos para outras e marcando com inequívoca exatidão o proveito que cada Espírito extrai das vantagens e concessões que lhe foram entregues pelos Agentes da Infinita Bondade. Aí, vemos os princípios de causa e efeito, em toda a força de sua manifestação, porque, no uso ou no abuso das reservas da vida que representam a eterna Propriedade de Deus, cada alma cria na própria consciência os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e as dores, as facilidades e os obstáculos do caminho. Quanto mais amplitude em nossos conhecimentos, mais responsabilidade em nossas ações. Através de nossos pensamentos, palavras e atos, que fluem, invariáveis, do coração, gastamos e transformamos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva, nos setores da experiência, e, do quilate de nossas intenções e aplicações, nos sentimentos e práticas da marcha, a vida organiza, em nós mesmos, a nossa conta agradável ou desagradável ante as Leis do Destino.


Gostaria de saber como o Espiritismo vê o uso de palavrões e xingamentos do dia a dia que sai da boa da gente muitas vezes, sem que a gente perceba. O uso do palavrão pode ser considerado pecado? Isso compromete o espírito?

Na doutrina espírita não existe essa conotação religiosa de “pecado” e nem tampouco o Espiritismo tem alguma orientação específica quanto ao uso da linguagem. No entanto, como Espiritismo é bom senso, educação, boas maneiras, é claro que ele recomenda que todos sejamos caridosos também ao falar com as pessoas, até porque a fala é o nosso mais eficaz instrumento de comunicação no dia a dia.

Palavrões, palavras de baixo calão, termos chulos, depreciativos, dentro dos conceitos morais que Jesus ensinou, não deveriam ser usados contra ninguém. Jesus chega a afirmar que “não é o que entra no homem, que contamina o homem, mas o que sai de seu coração”.

No evangelho de Mateus, Jesus faz referência à palavra “raca”, que era uma expressão de menosprezo contra as pessoas e que se pronunciava cuspindo de lado. “O que chamar seu irmão de ‘raca’ – ele disse – será levado ao conselho, e o que o chamar de ‘louco” será condenado ao fogo da geena” – o que significa que Jesus era contra essas formas de se expressar uns contra os outros, o chamado xingamento.

Dentro do entendimento espírita – segundo alguns autores espirituais como Emmanuel e André Luiz – a palavra pronunciada por nossa boca não é apenas um conjunto de sons. Ela transmite um magnetismo próprio – uma energia produzida pelo sentimento de quem está falando – e, se ela for negativa, no sentido de depreciar, de menosprezar, com certeza transmitirá fluidos negativos para quem ouve e isso, de alguma forma, acabará repercutindo também em nós.

Quem não se sente bem ao conversar com uma pessoa respeitosa no falar, alguém que sabe estender um cumprimento, uma palavra amiga de apoio e orientação, deixando uma mensagem de alegria e, muitas vezes, de paz e conforto quando mais precisamos?

Devemos evitar evidentemente, o palavrão-xingamento, aquele que tem por objetivo transmitir algo de ruim contra alguém, contra alguma coisa ou mesmo contra uma situação, até porque o palavrão, infelizmente, é costume social e, muitas vezes, ainda que não percebamos, podemos utilizá-lo em várias circunstâncias.

Os Espíritos afirmam que, além de nos alimentarmos do ar que entra e sai de nosso corpo pelas vias respiratórias, espiritualmente respiramos o clima mental ou espiritual do ambiente em que vivemos e, nesse caso, as forças negativas do pensamento ( incluindo, é claro, os palavrões) podem ser um elemento poluidor, que pode nos comprometer a paz íntima.

Por isso, é recomendável - não só em nome da boa educação, mas também em razão de nossas necessidades espirituais – que aprimoremos nossa linguagem, evitando termos carregados de negativismo e más intenções, para nos acharmos espiritualmente protegidos.

Tudo, porém, é uma questão de hábito – e um bom hábito que todos deveríamos cultivar na vida é tornar nossa fala respeitosa e agradável. Isso vai depender muito do ambiente em que vivemos e daqueles que frequentamos certamente, mas independente da fala dos outros, a nossa deve ser salutar e construtiva.


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