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quarta-feira, 3 de julho de 2024

TEMPOS DE QUESTIONAMENTOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Vivemos uma época prodigiosa pela liberdade que oferece ao pensamento humano. Claro que há países onde a intolerância religiosa ou política não concedem esse direito básico aos seus seguidores ou governados. A questão da origem da espécie humana estar assentada no mito de Adão, hoje não se sustenta mais. No número de janeiro de 1862 da REVISTA ESPÍRTA, Allan Kardec desenvolve interessantes raciocínios sobre a questão. Diz ele: -“Do presente, como ponto conhecido, procuremos deduzir o desconhecido, ao menos por analogia, se não tivermos a certeza de uma demonstração matemática. A questão de Adão, como tronco único da espécie humana na Terra é, como se sabe, muito controvertida, porque as leis antropológicas lhe demonstram a impossibilidade, sem falar dos documentos autênticos da história chinesa, que provam que a população do globo remonta a uma época muito anterior à atribuída a Adão pela cronologia bíblica. Então a história de Adão é pura invencionice? Não é provável; é uma imagem que, como todas as alegorias, deve encerrar uma grande verdade, cuja chave só poderá ser dada pelo Espiritismo. Em nossa opinião, a questão principal não é saber se a personagem de Adão realmente existiu, nem em que época viveu, mas se a raça humana, designada como sua posteridade, é uma raça decaída. A solução dessa questão não é destituída de conteúdo moral, porque, esclarecendo-nos quanto ao passado, pode orientar a nossa conduta para o futuro. Antes de mais, notemos que, aplicada ao homem, a ideia da queda, sem a reencarnação, é um contra-senso, assim como a responsabilidade que carregássemos pela falta de nosso primeiro pai. Se a alma de cada homem é criada ao nascer, é que não existia antes; não terá, desse modo, nenhuma relação, nem direta, nem indireta, com a que cometeu a primeira falta, o que nos leva a indagar como poderia ser responsável por sua própria queda. A dúvida sobre este ponto conduz naturalmente à dúvida ou, mesmo, à incredulidade sobre muitos outros, porquanto, se falso o ponto de partida, igualmente falsas devem ser as consequências. Tal o raciocínio de muita gente. Pois bem! esse raciocínio cairá se considerarmos o espírito, e não a letra do texto bíblico, e se nos reportarmos aos princípios mesmos da Doutrina Espírita, destinados, conforme já foi dito, a reavivar a fé que se extingue. Notemos, ainda, que a ideia dos anjos rebeldes, dos anjos decaídos e do paraíso perdido se acha em quase todas as religiões e, como tradição, entre quase todos os povos. Deve, pois, fundamentar-se numa verdade. Para compreender o verdadeiro sentido que se deve ligar à qualificação de anjos rebeldes, não é necessário supor uma luta real entre Deus e os anjos, ou Espíritos, desde que o vocábulo anjo é aqui tomado numa acepção geral. Admitindo-se sejam os homens Espíritos encarnados, o que são os materialistas e os ateus senão anjos ou Espíritos em revolta contra a Divindade, pois que negam a sua existência e não reconhecem seu poder, nem suas leis? Não é por orgulho que pretendem que tudo aquilo de que são capazes vem deles mesmos, e não de Deus? Não é o cúmulo da rebelião pregar o nada depois da morte? Não são muito culpados os que se servem da inteligência, de que se ufanam, para arrastar os semelhantes ao precipício da incredulidade? Até certo ponto não praticam também um ato de revolta os que, sem negar a Divindade, desconhecem os verdadeiros atributos de sua essência? Os que se cobrem com a máscara da piedade para cometer más ações? Os que a fé no futuro não os desliga dos bens deste mundo? Os que em nome de um Deus de paz violentam a primeira de suas leis: a lei de caridade? Os que semeiam perturbação e ódio pela calúnia e pela maledicência? Enfim aqueles, cuja vida, voluntariamente inútil, se escoa na ociosidade, sem proveito para si próprios, nem para os seus semelhantes? A todos serão pedidas contas, não só do mal que tiverem feito, mas do bem que tiverem deixado de fazer





O que tenho observado, com muita cautela - comentou um ouvinte - é a busca de adeptos das religiões que usam o nome de Deus para prometer prosperidade financeira às pessoas, dizendo que é a vontade de Deus que eles se tornem ricos.

Infelizmente há quem use a religião, de forma escancarada, como fonte de riqueza, afirmando que Deus quer a nossa prosperidade material, ferindo assim um princípio evangélico por demais conhecido.

Posturas como essa sempre existiram na história das religiões, certamente cultivada pelos que rendem culto ao dinheiro, explorando os menos esclarecidos.

Numa interessante entrevista com, um historiador israelense no programa de Pedro Bial, ele afirmou que a religião que mais adeptos tem no mundo não é cristianismo, o islamismo ou o budismo.

A maior religião é dinheiro – respondeu Yuval Noah Harari – referindo-se ao fascínio que o dinheiro exerce sobre o ser humano em geral.

Todavia, acreditamos, que a maioria das religiões, que afirmam seguir Jesus, não concordam com os cultores da prosperidade e até combatem essa crença.

Hoje, mais do que em qualquer época da humanidade, já não dá para esconder certas intenções, pois estamos num momento de intensa comunicação, quando a verdade vem à tona com mais facilidade.

Para as religiões cristãs – ou seja, para aquelas que dizem seguir os ensinamentos do Cristo – a riqueza é quase sempre uma das maiores provas que o cristão pode enfrentar.

Isso quer dizer que ser rico (ou ter muitos bens materiais) é um compromisso que o indivíduo assume perante seus irmãos de humanidade.

Você deve se lembrar daquela passagem do evangelho, em que um jovem procurou Jesus para indagar-lhe o que deveria fazer para ter a vida eterna, ou seja, para fazer a vontade do Pai.

Naquela ocasião, vendo que o moço era rico e que segundo ele já cumprira os principais mandamentos – Jesus lhe disse:

Se queres ser perfeito, venda tudo o que tens e dê o dinheiro aos pobres”.

Mas o moço não estava preparado para isso, pois seus bens significavam tudo aquilo que ele julgava possuir. Por isso, foi embora. Acreditamos que a maioria de nós, que nos dizemos seguidores do Cristo, não agiríamos de forma diferente ao do moço rico.

Foi nessa ocasião que Jesus falou que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”.

Nada contra os ricos. Nessa afirmação Jesus se referia aos egoístas, aos gananciosos, aos avarentos que querem ter tudo para si.

Mas há nos evangelhos, uma parábola em Jesus conta de um homem muito rico, cuja fazenda lhe dava boas colheitas.

Com isso – disse Jesus – seus celeiros ficaram cheios e ele não tinha mais onde colocar sua colheita”.

O homem pensou no seu problema. ‘Que devo fazer?’ “Finalmente exclamou: ‘Já sei o que vou fazer. Derrubarei os meus celeiros e construirei outros maiores!

Assim terei espaço suficiente para guardar tudo. Depois eu vou descansar e dizer para mim mesmo:

Amigo, você guardou o suficiente para os anos futuros. Agora, sim! Descanse, coma, beba e alegre-se’.

Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Você morrerá esta noite. E então, quem ficará com tudo que você preparou?’

Sim, concluiu Jesus - assim acontece com todo aquele que junta riquezas para si mesmo, mas não é rico para com Deus”. 


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