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sábado, 24 de agosto de 2024

DOENÇAS CAUSADAS POR CONTAMINAÇÃO FLUÍDICA; EM BUSCA DA VERDADE COPM O PROFESSOR

 

Revelando que além de doenças típicas do corpo frágil em que vivemos (causadas por excessos, falta de higiene, etc, )existirem as originadas no corpo espiritual – ou períspirito - ou no próprio Espírito repercutindo reflexos de vidas passadas, o Espiritismo propõem também das enfermidades resultantes das influências fluídicas. No número de março de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec comenta o tema escrevendo: -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia. Sucede aqui como num relógio, em que todas as peças estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta expurgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar. Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos de que é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam seu curso. Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em todas as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode-se opor a matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina fluídica falha onde é preciso opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente triunfar nas afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos, mas que, até o presente, nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; donde se deve concluir que todos têm sua utilidade, e que o essencial é os aplicar adequadamente. Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento pode, por vezes, ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada. Esta diferença se prende à própria natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que, aparentemente, apresentam sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é preciso reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por moléculas sadias, operação que só pode ser feita gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos saudáveis, de um fluido mau, que lhe perturba as funções. Neste caso, não se trata de reparar, mas de expulsar. Esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes; no primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais adequado à expulsão do que à reparação; segundo a qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica. O doente, subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, sente-se aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma suas funções. (...) Esta teoria pode assim resumir-se: “Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea.”



As estatísticas mostram que espíritas são poucos - talvez uns 3 milhões no Brasil que é o maior país espírita do mundo. Pergunto: se o Espiritismo visa à transformação da humanidade e, até agora, só conseguiu fazer poucos adeptos, como que ele pretende atingir seu objetivo para mudar toda a humanidade?

A pergunta é interessante e nos remete à seguinte uma afirmação de Allan Kardec: "O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento”.

O que isso quer dizer? Quer dizer que não é uma doutrina, como o Espiritismo, que será responsável pela melhoria moral do homem e da sociedade. O Espiritismo veio trazer a sua contribuição através de um chamamento, mas não de um chamamento qualquer. Ele veio reviver o que Jesus ensinou há dois mil anos e que, até agora, não foi aprendido. Só que, desta vez, buscando na filosofia e na ciência o apoio necessário para essa mensagem possa ser mais bem assimilada pelo homem da atualidade.

Buscando atingir a compreensão do indivíduo, como Jesus fez o seu tempo – ensinando a existência de Deus, a imortalidade da alma e a reencarnação - o Espiritismo vem contribuir com uma nova ordem de ideias que, inicialmente, será assimilada por pessoas e depois, em novas e sucessivas fases, pelas comunidades, pelas nações e pela humanidade toda. Mas é bom que fique claro que não apenas o Espiritismo que se propõe à melhoria moral da humanidade, mas o Espiritismo se colocará ao lado de todo movimento que visar o mesmo objetivo.

Num segundo momento, podemos dizer que não sendo uma doutrina salvacionista e tampouco sectária – ou seja, não pregando uma salvação fácil e tampouco se esforçando por converter adeptos de outras doutrinas – o Espiritismo só está interessado em que o ser humano se torne melhor, escolhendo seu próprio caminho. Mas, a partir do momento em que seus argumentos são assimilados, suas ideias se propagam com mais facilidade e vão influindo outras doutrinas, ajudando-as a encontrar o caminho que Jesus apontou.

É justamente o que vem acontecendo. Desde de sua codificação suas ideias estão sendo divulgadas, as religiões e as doutrinas filosóficas estão ficando mais próximas de seus princípios que se difundem pelo mundo, fazendo com que o ser humano cada vez mais se convença de que a única forma de conquistar a paz no mundo é através da vivência do amor, que o Espiritismo proclama insistentemente.

Allan Kardec afirmou, em a GÊNESE, que é o amadurecimento espiritual da humanidade que vai promover a renovação social. Isso quer dizer que, a partir das ideias básicas e universais, o ser humano vai aos poucos se convencendo da forma pela qual o Espiritismo proclama a doutrina de Jesus. Veja que responsabilidade têm os espíritas neste sentido, pois a propagação de suas ideias depende da força moral que os espíritas devem impor através de sua conduta. Mudando o homem, muda a sociedade, e é nisso que o Espiritismo acredita.

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