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terça-feira, 6 de agosto de 2024

LUMEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Camille Flammarion tinha 18 anos quando conheceu Allan Kardec, em 1860. Menino precoce, começou aos 16 de idade, a trabalhar no Observatório de Paris, aos 20 teve publicado A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS, o primeiro de mais de três dezenas de livros de sua autoria entre os abordando Astronomia e os sobre Espiritismo. Participante das reuniões da Sociedade Espírita de Paris, entre os anos de 1862 e 1863, psicografou nelas uma série de mensagens intituladas ESTUDOS URANOGRÁFICOS, assinados pelo Espírito Galileu, incluídos pelo Codificador na obra A GÊNESE sob o título URANOGRAFIA GERAL. Há quem diga que ele seria a reencarnação de Galileu e se ocultado no pseudônimo Lucius, com que prefacia através de Chico Xavier, a obra IMAGENS DO ALÉM (ide), de Heigorina Cunha. Na REVISTA ESPÍRITA de março de 1867, a seção NOTÍCIAS BIBLIOGRÁFICA comenta um artigo de Camille, publicado na REVISTA DO SÉCULO 19, edição de fevereiro, que, segundo a apreciação, “poderia se constituir um livro interessante, e sobretudo, instrutivo, porque seus dados são fornecidos pela ciência positiva e tratados com a clareza e elegância que o jovem sábio põe em todos os seus escritos”. No trabalho, o autor supõe uma dialogo entre um indivíduo encarnado, chamado Sitiens, e o Espírito de um de seus amigos, chamado Lumen, que lhe descreveu seus últimos pensamentos terrenos, as primeiras sensações da Vida Espiritual e as que acompanham o fenômeno da separação. Esse quadro avalia Kardec, está perfeitamente de acordo com o que os Espíritos ensinam a respeito; é o mais exato Espiritismo, menos a palavra, que não é pronunciada. Alguns trechos destacados demonstram isso: 1- A primeira sensação de identidade que se experimenta depois da morte, assemelha-se à que se sente ao despertar durante a vida, quando, voltando pouco a pouco à consciência da manhã, ainda se é atravessado por visões da noite”. Observa Kardec que “nesta situação do Espírito, nada há de admirável que alguns não se julguem mortos”. 2- Não há morte. O fato que designais sob tal nome, a separação entre corpo e alma, a bem dizer, não se efetua sob uma forma material comparável às separações químicas dos elementos dissociados, observadas no mundo físico. Quase não se percebe esta separação definitiva, que nos aparece tão cruel, quando o recém-nascido não percebe o seu nascimento.; nascemos para a vida futura como nascemos para a vida terrena. Apenas a alma, não mais adquire prontamente a noção de seu estado e de sua personalidade. Contudo, essa faculdade de percepção varia essencialmente de alma para alma. Umas há que, durante a vida do corpo, jamais se elevaram para o céu e jamais se sentiram ansiosas por penetrar as Leis da Criação. Estas, ainda dominadas pelos apetites corporais, ficam muito tempo num estado de perturbação inconsciente”. Flammarion relata que “logo depois da libertação o Espírito Lumen transportou-se com a velocidade do pensamento para o grupo de Mundos componentes do sistema da estrela designada em Astronomia sob o nome de Capella ou Cabra”. Dando-nos uma ideia da ampliação de suas percepções após ter abandonado o corpo físico, Lumen diz que “a visão de minha alma tinha um poder incomparavelmente superior ao dos olhos do organismo terrestre, que acabava de deixar; e, observação surpreendente, seu poder me parecia submetido à vontade”. Mais à frente, revela que “no mundo à margem do qual eu acabava de chegar, os seres, não encarnados num invólucro grosseiro como aqui - refere-se à Terra -, mas livres e dotados de faculdades de percepção elevadas a eminente grau de poder, podem perceber distintamente detalhes que, a essa distância, seriam absolutamente subtraídos aos olhos das organizações terrestres”. Explicando melhor acrescenta que tal capacidade “não é exterior a esses seres, pertencem ao próprio organismo de sua vista. Tal construção ótica e poder de visão são naturais nesses mundos e não sobrenaturais. Pensai um pouco nos insetos que gozam da propriedade de contrair ou alongar os olhos, como tubos de uma luneta, encher ou achatar o cristalino para dele fazer uma lente em diferentes graus, ou ainda concentrar no mesmo foco uma porção de olhos assestados como outros tantos microscópios, para captar o infinitamente pequeno, e podeis mais legitimamente admitir a faculdade desses seres extraterrenos”. Enaltecendo o valor do artigo, Kardec considera que “é a primeira vez que o Espiritismo verdadeiro e sério é associado à ciência positiva, e isto por um homem capaz de apreciar uma e outra, e de captar o traço de união que um dia os deverá ligar”.


Quando a gente se reúne no Centro para fazer um trabalho mediúnico e não acontece nenhuma comunicação espiritual durante esse trabalho, como podemos saber se esse trabalho serviu para ajudar os Espíritos necessitados?


Toda reunião mediúnica, realizada num centro espírita, com duas ou mais pessoas, que falam em nome de Jesus, sempre ajuda. Os próprios integrantes do grupo sentirão a presença dos benfeitores. Não importa se há comunicação ou não. O que vale, de verdade, é a sinceridade no coração e a vontade de ser útil. Às vezes, é preferível que não haja comunicação, quando os médiuns não estão bem preparados. É preferível que as pessoas se detenham numa prece bem feita a uma reunião tumultuada, em que os médiuns não estão devidamente educados para atuar e ninguém consegue se concentrar.


O espírita deve saber que, se há boas condições mentais no ambiente dos trabalhos, os Espírito Benfeitores executam normalmente seus serviços, mesmo sem comunicação mediúnica. Os benfeitores aproveitam a oportunidade, em que os participantes se oferecem para ajudar, usando dos recursos fluídos, que eles espontaneamente liberam, para socorrer encarnados e desencarnados em estado de necessidade, conforme a programação do dia.


Ao contrário do que muitos podem pensar, as atividades de assistência espiritual não acontecem tão somente em sessões mediúnicas. Os Espíritos, que se prestam ao socorro dos necessitados, aproveitam toda oportunidade, em que se forma um clima espiritual favorável , para desenvolverem suas tarefas. Assim, eles se valem de reuniões de estudo, de palestras, conversações edificantes e preces – que ocorrem no centro – para estenderem suas atividades. E isso acontece com freqüência, pois os benfeitores, nessas oportunidades, contam com recursos fluídicos que só os encarnados podem oferecer.


Essas atividades, no entanto, não ocorrem somente no centro espírita, mas em qualquer lugar onde há uma reta consciência e um sentimento elevado de religiosidade. Certa vez, Jesus disse, “Onde estiver duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, aí eu estarei”, no sentido de que as boas ações podem ocorrer em qualquer momento e em qualquer lugar, desde que as condições espirituais favoreçam a presença de Espíritos imbuídos de elevados propósitos. Logo, o socorro espiritual pode ocorrer numa igreja ou, até mesmo, num lar, onde as pessoas, com pensamento elevado, liberam suas energias vitais para o trabalho da Espiritualidade.


Numa de suas obras, André Luiz narra um episódio em que uma senhora orava pela mãe agonizante, com tanto fervor e desprendimento, que vários Espíritos entraram na casa para se valer do conteúdo mental da prece que estava sendo proferida. Os orientadores explicaram a André Luiz que isso se devia à fé e ao devotamento daquela senhora, cujas orações sempre estavam impregnadas de elevados sentimentos.



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