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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O MAL INVISÍVEL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Obsessão é uma das mais importantes revelações do Espiritismo. Atinge níveis maiores do que se supõem. Na sequência Allan Kardec esclarece algumas das dúvidas mais comuns. Qual a diferença entre loucura patológica e loucura obsessional? A primeira é produzida por uma desordem nos órgãos da manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco: ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para se manifestar, o pensamento ou, melhor dito, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessional não há lesão orgânica. É o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho que o domina e comanda. No primeiro caso é preciso curar o órgão doente; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede inoportuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito frequentes e comumente tomam como loucura o que não se passa de obsessão, para a qual deveriam empregar-se meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico, e, sobretudo, pelo contato dos verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. (RE;5/1862) Existe uma forma mais eficaz para afastar o Espírito causador do processo obsessivo? Só uma força moral pode opor-se a outra força moral e, esta não pode vir senão do acometido pelo processo obsessivo. É preciso esforçar-se por adquirir a maior soma possível de superioridade pela vontade, pela energia e pelas qualidades morais. Não será com a espada de coronel que vencereis, mas com a espada do Anjo, isto é, a virtude e a prece. A espécie de terror e angústia que experimentais nesses momentos é um sinal de fraqueza que o Espírito aproveita. Dominai o medo e com a vontade triunfareis. Tomai a iniciativa resolutamente, como fazeis ante qualquer inimigo. (RE; 12/1862) Um Espírito bom pode obsediar alguém? A obsessão não pode jamais ser o efeito causado por um bom Espírito. A questão essencial é saber reconhecer a natureza daqueles que se apresentam. O conhecimento prévio dos meios de distinção dos bons Espíritos e dos maus é, portanto, indispensável. É importante para o simples observador que pode, por esse meio, apreciar o valor do que vê, lê ou escuta. (OQE; 77) A morte livra a pessoa da obsessão ? A morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos: é a figura dos demônios, atormentando as almas sofredoras. Sim, esses Espíritos os perseguem após a morte e lhes causam sofrimentos horríveis, porque o Espírito atormentado se sente num abraço de que não se pode libertar. Ao contrário, o que se libertou da obsessão em vida é forte, e os maus Espíritos o encaram com medo e respeito: encontraram o seu superior. (RE;6/1860) Procede a ideia de que todas as perturbações são oriundas da influência espiritual? A gente, muitas vezes, responsabiliza os Espíritos estranhos por maldades de que não são responsáveis. Certos estados mórbidos e certas aberrações, que são atribuídas a uma causa oculta, são, por vezes, devidas exclusivamente ao Espírito do indivíduo. As contrariedades, frequentemente, concentradas em si próprio, os sofrimentos amorosos, principalmente, tem levado ao cometimento de muitos atos excêntricos, que erradamente são levados à conta de obsessão. Muitas vezes a criatura é seu próprio obsessor. (RE;12/1862) Obsessão depende de mediunidade? A obsessão de qualquer natureza que seja, independe da mediunidade e é encontrada em todos os graus, numa multidão de indivíduos, os quais jamais ouviram falar de Espiritismo. Como os Espíritos sempre existiram, sempre exerceram a mesma influência; a mediunidade não é uma causa, é apenas uma forma de manifestação dessa influência.(...). Aqueles que nada admitem fora da Natureza não podem admitir causas ocultas. Mas quando a Ciência tiver saído da rotina materialista reconhecerá na ação do Mundo Invisível que nos rodeia, e no meio do qual vivemos, uma potência que tanto age sobre as coisas físicas quanto sobre as condições morais. E este será um novo caminho aberto ao progresso. A chave de uma quantidade de fenômenos mal compreendidos. (OQE; 76)



De uma ouvinte, que nos telefonou e não quis se identificar: Ela disse, mais ou menos, o seguinte: “Sou mãe de uma jovem de 24 anos, que hoje age como minha rival. Ela não se dá comigo e por isso tenho dificuldade de amá-la como uma mãe deve amar a filha. Fiquei grávida muito jovem, tive vários relacionamentos e nunca soube quem é o seu pai. Precisei trabalhar muito cedo para sobreviver, de modo que foi minha mãe quem teve mais contato com ela. Hoje minha filha me odeia e acho que é por causa de sua condição e de não saber quem é o seu pai. Mas o Espiritismo diz que nada acontece por acaso, de modo que minha história de vida tem uma razão de ser. Será que um dia eu vou contar com o amor de minha filha”?

Acreditamos que devem existir muitos casos como o seu nesta época de grande transição social. Dentro do conceito espírita nada acontece por acaso, pois tudo está submetido à lei de causa e efeito. Como você não tem apenas uma vida, mas veio de experiências em vidas anteriores, o relacionamento com sua filha pode ter causas tanto nesta vida como em vidas passadas – ou melhor, deve ter causas anteriores e causas atuais.

Nós todos estamos passando por uma jornada de alguns anos na Terra, que não é a única, portanto. Mas é, sem dúvida, mais uma oportunidade de nos reajustar às leis da vida, para que não venhamos a cometer mais erros e a sofrer mais. Não sabemos o que você sabe de Espiritismo, mas seria recomendável se aproximasse de um centro e se informasse.

O Caminho de Damasco, que fica na Rua Gabriela, Garça(SP) tem um serviço diário de atendimento fraterno, onde você poderia conversar pessoalmente com alguém que vai tentar ajudá-la com uma orientação espírita. A partir de então você poderá perceber se quer realmente dar uma solução ao problema e por onde começar. Uma coisa é certa: não há solução mágica para os problemas humanos, mas há sempre um melhor caminho que pode levar à solução.

Em poucos minutos, o que lhe podemos dizer é que a solução de todo e qualquer problema começa quando mudamos a nossa maneira de pensar e de agir. De pensar primeiramente, porque, mais emocionais que racionais, não percebemos que somos vítimas do nosso orgulho, quando não queremos arredar pé de nosso ponto de vista e achamos sempre que o erro é dos outros e não nosso. A partir daí, se conseguimos pensar diferente, algo tende a mudar em nossa maneira de agir. Ninguém vai resolver um problema, esperando que o problema se resolva por si e, tampouco, pensando que mudar vai ser fácil.

É possível que sua filha seja a adversária com quem você disputou alguma paixão amorosa em vida anterior (talvez seja isso que você está querendo ouvir), mas é possível também que o problema tenha começado agora nesta mesma vida, em forma de revolta por causa da ausência do pai ou da forma como você a tem tratado. Pode ser, ainda, que aconteceram todas as situações e que agora se somam para agravar o problema, porque vocês não estão sabendo se comportar como mãe e filha. Não sabemos. Por isso mesmo, em razão dessas supostas causas, a mudança teria que começar em você.

O que vai ajudá-la na solução do problema de relacionamento com sua filha - se você nos permite dizer - não é propriamente o que você vai dizer a ela, mas as suas atitudes, a sua conduta daqui pra frente. Se você ama de verdade sua filha e algo está errado entre vocês, a causa pode estar em você, ou pode estar nela - e, o mais provável é que esteja em ambas. E para tanto é necessário, em primeiro lugar, que você comece por fazer um autoexame para verificar em que está falhando, o que está faltando, o que precisa ser corrigido e isso, evidentemente, não se dá de um dia para outro, mas ao longo do tempo.

Talvez, se ouvíssemos sua filha, teríamos melhores condições de saber o que realmente está passando, até porque, numa situação de conflito, cada um tem seu ponto de vista e sua percepção sobre o outro. Em todo caso, acreditamos que, a partir da nossa fala, você já pode tomar uma decisão, assumir outra postura e buscar uma solução mais adequada por outro caminho.





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