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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

PROFUNDA BELEZA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Na prodigiosa contribuição do Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier, existem textos que revelam superior inspiração. Um deles, ao que tudo indica, constituiu-se em mensagem dirigida a um grande trabalhador da Doutrina Espírita, desencarnado em acidente automobilístico em 1978, aos 65 anos de idade. Seu nome Rubens Romanelli, cujo histórico de vida revela um Espírito que cumpriu um programa reencarnatorio marcado por extremas dificuldades, mas que certamente cumpriu a maioria dos desafiantes itens previstos. Tendo iniciado sua vida profissional aos onze anos o que impossibilitou continuar os estudos, aos 21 anos, em seis meses fez o chamado curso de madureza, aos 26, ingressou por vocação na Faculdade de Filosofia, ingressando, posteriormente no magistério onde lecionou durante alguns anos, para, posteriormente, dedicar-se a professor na mesma Faculdade em que se formara, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais. A suposição baseia-se no fato de que o texto pode ser encontrado em duas obras. A primeira, em PRIMADO DO ESPÍRITO (2000;Lachâtre), próprio Romanelli, publicada inicialmente pelos fins da década de 50. A segunda, no livro PAZ E LIBERTAÇÃO, (1966; CEU), de Autores Diversos. A suposição prende-se ao início da primeira transcrição onde o autor dirige-se ao destinatário “Meu filho”. Na segunda, o tratamento é omitido. Excetuando-se o título – na primeira QUANDO e na segunda MEDITAÇÃO e, o final da primeira em que se observa um paragrafo a mais, todo o resto é de profunda beleza. O teor da carta é o seguinte: MUDAR MÚSICA Orchidea dobrar e editar final ao final da leitura Faixa

- “Quando, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: "eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas”.

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: "eu sou a luz, sob cujos raios te aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!"

Quando se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: "eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobrepôrte às adversidades do mundo!"

Quando inclementemente te açoitarem os vendavais da sorte e se já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: "eu sou o refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!..."

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: "eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis."

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por mim: "eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!"

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: "eu sou a sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à excelsitude de teus ideais!"

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!"

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim: "eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!"

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: "eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!"

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim: "eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!"

Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim: "eu sou a renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!"

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

"Chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito! Eu, sou JESUS!"




Maria de Lourdes Meirelles nos passou a seguinte situação. Quando tinha apenas 12 anos, sua neta foi acidentalmente alvejada por um tiro disparado pelo irmão de 9 anos e veio a falecer. Não é preciso dizer que isso aconteceu quando o menino brincava com uma arma que achou em casa. Os anos passaram, o garoto cresceu e, quando tinha 18 anos, foi alvejado por uma bala perdida na rua e também veio a falecer. Lourdes fica intrigada com essa situação, por achar muita coincidência ocorrerem dois fatos semelhantes na mesma família e, particularmente, porque o rapaz teve o mesmo tipo de morte acidental que causou para a irmã.

Lourdes, nós não dispomos de meios para levantar as causas específicas que provocaram esses dois fatos lamentáveis na sua família. Isso quer dizer que não temos uma revelação detalhada a fazer, identificando quem são seus netos como Espíritos, quem eles foram em encarnação passada e que causas determinaram suas desencarnações tão cedo, de maneira equivocada e tão violenta.

Mas sabemos, pelo que a Doutrina Espírita nos mostra, que esses fatos não aconteceram por acaso e que, portanto, atrás desses acontecimentos, deve haver uma explicação racional e justa dentro das leis divinas. Se tivéssemos uma única vida, não teríamos como explicar. Por outro lado, absurdo seria conceber que Deus tivesse provocado tais tragédias ou, como se diz vulgarmente, que elas aconteceram porque estavam na vontade de Deus. Seria uma grande injustiça Deus fazer os pais passarem por situações tão sofridas e até desesperadoras, por mero capricho de uma vontade.

Como nada acontece por acaso, tanto a garota – que desencarnou aos 12 anos -, quando o rapaz aos 18, deviam trazer de vidas passadas as causas que determinaram perdessem a vida tão cedo e os dois de forma tão trágica. Os dois fatos aconteceram de maneiras muito parecidas, tendo em comum que a garota morreu por um tiro disparado acidentalmente pelo irmão mais novo e este, depois de 9 anos, veio a sofrer a mesma consequência em decorrência de um tiro que não era endereçado a ele.

Analisando tais situações do ponto de vista lógico, não é difícil estabelecer um vínculo de causas entre elas. Não falamos das causas atuais, mas, sim, das que tiveram origem em vida anterior, quando certamente os dois se envolveram em situações de violência e morte. Por serem muito novos nesta vida, os dois irmãos não tiveram tempo suficiente para assumirem responsabilidades e compromissos perante si mesmos e perante os outros, pois não chegaram à idade adulta. Desse modo, as causas motivadas por erros morais não devem se estar nesta encarnação, mas no passado desses Espíritos.

Desse modo, podemos perceber que, numa situação tão difícil e sofrida como esta que você nos relata, só a reencarnação pode dar uma explicação plausível, racional e justa. Outra explicação, que não esta, nos levaria a uma concepção errônea da Justiça Divina ou, então, ao materialismo, pois para os materialistas todas as causas e consequências acontecem aqui e agora, porque não existe vida antes e muito menos depois desta, razão pela qual eles atribuem o sofrimento humano ao acaso ou à sorte de cada um. A vida seria tremendamente injusta e sem sentido, se tudo se devesse ao acaso.

Por serem esses dois irmãos apenas vítimas dessas situações, para as quais eles não concorreram de vontade própria, tudo leva a crer que se trata de expiação ou prova para esses Espíritos. Expiação, Lourdes, é quando o indivíduo apenas sofre as consequências de erros que ele cometeu; já a prova, é quando o Espírito, ele próprio, quer se submeter a uma situação difícil nesta encarnação, ciente de que o sacrifício o ajudará no seu progresso espiritual e, por isso, ele mesmo vale a pena escolhê-la.

Mas, quando se trata de morte violenta, como neste caso, é possível que eles mesmos tenham feito tal escolha, por se sentirem culpados de alguma violência que praticaram no passado. Muitas vezes, já alcançaram um certo nível de consciência moral, os Espíritos não conseguem conviver com um perturbador sentimento de culpa na espiritualidade, e então pedem para retornar à vida terrena e se submeter a uma situação semelhante a que provocaram no passado. Neste caso dos dois irmãos não é difícil concluir que os dois estiveram envolvidos num mesmo problema em vida passada.

Quanto aos seus pais, não resta dúvida, trata-se de uma prova para eles. Os pais têm uma missão especial. Eles vêm com um compromisso sério, de acolher, criar e encaminhar os filhos e, algumas vezes, até de perdê-los muito cedo e, neste caso, tendo sido escolhidos para uma missão mais curta. A tarefa dos pais é sublime e, por isso mesmo, difícil, mas eles devem se conduzir como verdadeiros anjos guardiães dos Espíritos que lhes foram confiados nesta vida.





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