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sábado, 28 de setembro de 2024

INFLUENCIA, SINTONIA, ENVOLVIMENTO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Pensamentos que cruzam insistentemente nossa mente desviando-nos a atenção daquilo em que nos concentramos; sensações de mal-estar ou medo sem explicações; sintomas de problemas de saúde de origem desconhecida. Analisando os determinantes de um problema a ele apresentado, Allan Kardec na edição da REVISTA ESPIRITA de dezembro de 1862, oferece-nos, dentro da racionalidade que lhe era peculiar, importante elementos para entendermos as situações propostas no início deste texto. Destacamos alguns trechos do seu estudo para refletirmos. Diz ele: “-O primeiro ponto que importa bem se compenetrar, é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se, que o Espírito de um perverso de súbito se transforme. Do contrário seria desnecessário a retificação na vida futura. A experiência confirma esta teoria, ou melhor, a teoria é fruto da experiência. Mostram-nos as relações com o Mundo Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e de conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um homem de bem será um bom Espírito; reencarnado, um bom Espírito será um homem de bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso será um Espírito perverso no mundo invisível. Assim, enquanto o Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de se melhorar. Porque, entrando na via do progresso, pouco a pouco se despoja de seus maus instintos, eleva-se gradativamente na hierarquia dos Espíritos, até atingir a perfeição, acessível a todos, pois Deus não pode ter criado seres eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim, os mundos visível e invisível se penetram e alternam incessantemente; se assim podemos dizer, alimentam-se mutuamente; ou, melhor dito, esses dois mundos na realidade constituem um só, em dois estados diferentes(...). Sendo a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado de desencarnados, quanto encarnados, deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem(...). É, pois, necessário imaginar-se o mundo invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior(...). Assim como o ar das partes baixas da atmosfera é pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, porque corrompido pelas emanações do Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de grande vigor”. Servindo-se d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, explica: “Há no homem três coisas: a alma, ou Espírito, princípio inteligente; o corpo, envoltório material; o perispírito, envoltório fluídico semi-material, servindo de laço entre o Espírito e o corpo(...) Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim se pode dizer, como agente direto do Espírito, o períspirito é posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por eles, transmite o pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito. Sendo o períspirito o laço que une o Espírito ao corpo, é por seu intermédio que o Espírito transmite aos órgãos, não a vida vegetativa, mas os movimentos que exprimem sua vontade,; é também, por seu intermédio que as sensações do corpo são transmitidas ao Espírito(...). Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida por sua atmosfera espiritual (...). Esses fluidos põem-se em contato e se penetram. Se forem de natureza simpática, interpenetram-se; se de natureza antipática, repelem-se e os indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar, sem se darem conta; se, ao contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento de benevolência, que atrai (...). Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa, dela se aproxima, envolve-a com o seu períspirito, como num manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem (...). Se o Espírito for bom, sua ação será benéfica e só fará boas coisas; se for perverso e mau, o constrange, até paralisar sua vontade e razão, que abafa com seus fluidos (...). Fá-lo pensar, falar e agir por ele, leva-o contra a vontade a atos extravagantes ou ridículos; numa palavra o magnetiza e o cataleptiza moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação - geralmente chamada possessão -, que se mostram em diferentes graus de intensidade”.


Para nós, que estamos encarnados, morrer é ruim. Ninguém quer morrer e nem quer que seus entes queridos morram. Mas, a doutrina espírita diz que no plano espiritual é diferente, os Espíritos vêem de outra forma, porque não é a vida terrena que interessa, mas a vida do Espírito. Eu pergunto o seguinte: para o Espírito o que é melhor? Ter uma vida bem longa vida ou desencarnar antes? (anônimo)


O que é bom ou ruim para cada Espírito depende de seus antecedentes, de seu passado espiritual, de suas necessidades. É claro que, de um modo geral, quanto mais o individuo viver na Terra, mais experiências ele vai colher, mais vai aprender. Um Espírito, que desencarna ainda criança, não tem tempo suficiente para ter uma experiência rica na Terra; é como saísse da escola, logo no início do curso. Um, que desencarna em idade avançada, podemos dizer, completou seu curso natural, pôde aprender muito ao longo da vida e já tirou muitas conclusões importantes.


No entanto, cada Espírito tem a sua própria programação. A maioria vai viver muitos anos na Terra: alguns vão embora muito cedo, ainda jovens. Às vezes, não porque estava programado, mas porque abusaram, expuseram-se demasiado ao perigo, deixando de completar o curso que havia previsto. Outros, porém, podem partir cedo, porque assim foi planejado, de acordo com suas necessidades evolutivas. Cada caso é um caso. Como não sabemos o que está programado, cada um tem um dever para consigo mesmo, e deve se empenhar para ter uma vida mais duradoura possível.


O Ser humano, ao longo de sua evolução, tem prolongado cada vez mais sua vida em cada encarnação, por causa do progresso material e das condições de vida, que vão melhorando pouco a pouco – em relação à mudança de hábitos, conforto material, saneamento básico e assistência médica. Sabemos, por exemplo, que no início do século passado a média de vida humana era praticamente a metade do que é hoje. Desse modo, os Espíritos, que estão reencarnando agora, têm probabilidade de viver muito mais do que seus antepassados e aproveitar bem mais sua existência.


Sabemos, por outro lado, que tem aumentado significativamente o número de mortes por acidentes e por assassinato. Grande parte desses casos refere-se a desvios de comportamento, abusos e fácil exposição ao perigo por imprudência - o que, na verdade, constituem formas indiretas de suicídio. Desse modo, não é difícil concluir que muitos, que desencarnam ainda jovem, partem prematuramente da vida, perdendo sua encarnação e contraindo mais dívidas morais, quer para com os outros, quer para consigo mesmos, porquanto não souberam preservar a vida.




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