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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

POUCOS SABEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Corria o ano de 1962, a densidade demográfica do Planeta aumentava vertiginosamente e na mesma intensidade os problemas existências enfrentados pelos seres humanos. Na cidade de São Paulo, uma das mais atuantes instituições inspiradas pelo Espiritismo, localizada na região central da capital paulista recebia diariamente centenas de criaturas sequiosas de orientação. A mão de obra qualificada para atendê-las consistia num dos desafios aos dirigentes da casa. Voluntários dedicados à tal responsabilidade precisavam deter informações seguras e, por essa razão, dirigiram ao Espírito Emmanuel uma série de perguntas que englobavam a média das necessidades comuns. Este por sua vez, solicitou aos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, à época uma parceria promissora, servissem de veículo para que o Instrutor Espiritual filtrasse para nossa Dimensão suas opiniões sobre os temas. Assim nasceu o opúsculo LEIS DE AMOR (feesp, 1963). Pela atualidade de seu conteúdo, reproduzimos a seguir algumas das respostas para reflexões:O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? - A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiÊncia evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido. Qual a relação existente entre doenças e a Justiça? - No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos. - O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria? - Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos. Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma? - Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual. Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra? - Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial. -Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo? - Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores. Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer? - Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios. Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina? - Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinqüiram. - A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária? - A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.




Angelina Benatti Amarante pergunta: só existem santos católicos? Por que o Espiritismo não tem santos? Os Espíritos superiores não são santos?

Esta é uma questão delicada, Angelina, pois não queremos entrar entrando num terreno que não é nosso. Ao que nos parece, o título de santo é conferido pela Igreja a católicos que deram demonstração de completa entrega à causa religiosa, agindo no caminho do bem e do amor ao próximo, conforme recomendação de Jesus. Existem, é claro, outros quesitos básicos exigidos pelos cânones da Igreja, mas o fundamento do título é o exemplo de vida.

O Espiritismo, por sua vez, não está voltado apenas para os seus seguidores, mas para toda a humanidade. Não vê nenhum privilégio especial apenas pelo fato de a pessoa se dizer espírita. A doutrina reconhece como verdadeiros vencedores aqueles que trilharam o caminho do bem, não importando a religião, mas apenas sua conduta; enfim, suas obras, baseando na feliz afirmação de Tiago, quando disse “ a fé sem obras é morta”.

É claro que existem pessoas que se destacam no panorama geral da humanidade pelas suas notáveis realizações e são as mais lembradas e talvez as poucas reconhecidas, como Francisco de Assis e Vicente de Paulo, que receberam o título de santo. Mas sabemos que existem milhares, talvez milhões abnegados anônimos, que já passaram por este mundo, mas que não conhecidos. Nem por isso, deixaram de ter seu mérito; pelo contrário: segundo os parâmetros de Jesus, talvez os menos considerados são os maiores no reino dos céus.

Mas foi a tradição religiosa, ao longo de muitos séculos, que levou o povo a pedir a intercessão dos santos e a pensar que, pelo fato de terem recebido esse título, somente eles foram direto para o céu e estão em condições de nos ajudar. Se a santidade for a principal virtude da alma, muitos outros, como dissemos, mereceriam tal reconhecimento. Mas não é o reconhecimento dos homens que vale. Angelina. O que vale mesmo é o reconhecimento de Deus, e o reconhecimento de Deus não depende do julgamento humano, mas do julgamento de cada um sobre si mesmo. A nossa consciência moral é o nosso juiz mais implacável, é Deus se manifestando em nós.

Por outro lado, aqueles Espíritos que se elevam pelos próprios méritos ( que chamamos de Espíritos Benfeitores) são os santos em nosso caminho, quer estejam ainda entre nós (os encarnados), quer estejam partido desta vida (os desencarnados), porque serão sempre o elo espiritual entre nós e Deus, ajudando-nos a trilhar o bom caminho, para que aprendamos a fazer o bem e a evitar o mal. Os títulos em si, Angelina, não dizem nada, o que vale mesmo na vida de cada um são os méritos espirituais que conseguiu reunir ao longo de sua caminhada evolutiva.


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