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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

SERA POSSIVEL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Conhecido orador em entrevista a publicação espírita dos anos 90 comentou que a reencarnação de Hitler teria sido planejada pelos Planos Espirituais inferiores do Planeta Terra. A surpreendente e incomoda informação é lembrada diante dos recentes acontecimentos da cidade de Charlottesville, Virgínia (EUA) em que um conflito extremamente violento foi protagonizado por centenas de pessoas autodenominadas nacionalistas, fundamentalistas cristãos, neonazista, etc, e opositores, dos quais resultaram dezenas de feridos e a morte de uma jovem, bem como de Barcelona, Espanha, no dia 17 de agosto. Mundo de Expiação e Provas em processo de avaliação e reforma segundo o Espiritismo, nossa Dimensão recebeu desde a metade do século 20, expressivo numero de Espíritos estacionários nos processos e programas evolutivos adensando a densidade demográfica do Planeta. Mesmo a visão de progresso apresentada pela Doutrina Espírita aprofunda-se e amplia-se na medida em que os conceitos iniciais vão sendo assimilados. Na importante obra AÇÃO E REAÇÃO (1957, feb) do Espiritismo André Luiz/FCXavier; encontramos interessante diálogo que repercute o comentário com que abrimos esse texto. Para reflexões, reproduzimos um trecho: -“Se existem reencarnações ligadas aos Planos Superiores, temos aquelas que se enraízam diretamente nos Planos Inferiores. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui também os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. – Quer dizer que, em boa lógica terrena, e utilizando-me de uma linguagem de que usaria um homem na experiência física, há reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais... – Sim. Como não? Valem como preciosas oportunidades de libertação dos círculos tenebrosos. E como tais renascimentos na carne não possuem senão característicos de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados daqui mesmo, por Benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor. – E, nesses casos, o Instrutor Druso (dirigente da Mansão da Paz) dispõe da necessária delegação de competência para resolver os problemas dessa espécie? – Nosso dirigente como é razoável, não goza de faculdades ilimitadas e esta instituição é suficientemente ampla para absorver-lhe os maiores cuidados. Entretanto, nos processos reencarnatórios, funciona como autoridade intermediária. – De que modo? – Duas vezes por semana reunimo-nos no Cenáculo da Mansão da Paz e os Mensageiros da Luz, por instrumentos adequados, deliberam quanto ao assunto, apreciando os processos que a nossa casa lhes apresenta. – Mensageiros da luz? – Sim, são prepostos das Inteligências angélicas que não perdem de vista as plagas infernais, porque, ainda que os gênios da sombra não o admitam, as forças do Céu velam pelo inferno que, a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiritual, a fim de que nos habilitemos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela convenientemente. A respeito da presença crescente de inteligências interessadas no caos, em outro momento da narrativa surge uma pergunta/resposta importante para pensarmos: Não disporia a Espiritualidade Superior de elementos para encarcerá-los, a distância da carne? – Sim, isso não é impossível. Entretanto, se temos enxovias pungentes para a expiação dos crimes que entenebrecem a mente humana, muitas delas a se expressarem por vales de miséria e de horror, é preciso considerar que os delinquentes aí segregados atraem-se uns aos outros, contagiando-se mutuamente das chagas morais de que são portadores, gerando o inferno em que passam transitoriamente a viver. Por outro lado, contamos com muitas instituições, funcionando à semelhança de estufas, nas quais criaturas desencarnadas dormem pacificamente largos sonos, mergulhadas nos pesadelos que merecem até certo ponto, depois de efetuada a travessia do sepulcro...



Gostaria que vocês me explicassem como o Espiritismo vê a questão genética diante da reencarnação. A gente percebe facilmente que os filhos, em geral, herdam várias características dos pais e se parecem com eles, até mesmo em idéias, gestos e atitudes; isso quando não seguem o mesmo caminho dos pais. Se o Espírito não herda características morais dos pais, como é que isso acontece? (Anônima)


De fato, a Doutrina Espírita afirma que o corpo provém do corpo e o Espírito do Espírito. Desse modo, o aspecto físico dos filhos tendem a ser semelhante ao dos pais e, na maioria das vezes, isso acontece. Mas o aspecto espiritual dos filhos não provém do dos pais. Embora se possa verificar alguns traços comuns entre eles. André Luiz., na obra ENTRE A TERRA E O CÉU, trata da reencarnação de Júlio, um menino que desencarnou aos 9 anos e que tem um passado comprometedor. Falando sobre os limites da hereditariedade no processo de reencarnação, ele afirma o seguinte:


A hereditariedade, qual é aceita nos conhecimentos científicos do mundo, tem os seus limites. Filhos e pais, indubitavelmente, ainda mesmo quando se cataloguem distantes uns dos outros, sob o ponto de vista moral, guardam sempre afinidade magnética entre si. Desse modo, os pais fornecem determinados recursos ao Espírito reencarnante, mas esses recursos estão condicionados às necessidades da alma que lhes aproveita a cooperação, porque, no fundo, somos herdeiros de nós mesmos. Assimilamos as energias de nossos pais terrestres, na medida de nossas qualidades boas ou más, para o destino enobrecido ou torturado, a que fazemos jus, pelas nossas conquistas ou débitos que voltam à Terra conosco, emergindo de nossas experiências anteriores”.


O processo reencarnatório não é tão simples. Para começar, é preciso haver certas condições psíquicas que favoreçam a aproximação do futuro filho em relação aos pais. Fisicamente, o pai e a mãe oferecem suas cargas genéticas, que vão se combinar para dar origem ao novo ser. Antes, porém que isso aconteça – ou seja, antes da fecundação – o Espírito reencarnante já está em contato com os pais, principalmente com a mãe, onde começa a haver a troca de recursos psíquicos ou magnéticos entre eles. Durante a concepção, a escolha dos genes ( que vão se combinar para dar origem ao novo ser) não ocorre aleatoriamente, como se pensa. Ela obedece à ação de um campo magnético ou mental criado pelo Espírito, que busca adequar os genes às suas necessidades evolutivas.


No campo da ciência, os mais recentes estudos da Biologia levaram pesquisadores a criar uma área de estudo chamada Epigenética, que vem demonstrando que a carga genética do filho não é pura e simplesmente a combinação das cargas genéticas dos pais. Há alguma coisa a mais. É bem possível que, durante o processo conceptivo, se verifique uma intervenção externa que acaba por alterar certas características dos genes a serem combinados. No livro BIOLOGIA DA CRENÇA , o médico e pesquisador americano, Bruce Lipton, que participou da execução do Projeto Genoma, expõe essa teoria que, na verdade, é a confirmação do que André Luiz já dizia há mais de 50 anos.


É o próprio André Luiz, Espírito que foi médico na Terra, que confirma a grande influencia da hereditariedade em nossa vida, mas ele defende a tese de que essa influência é tanto maior quanto mais inferior é o Espírito. Por exemplo: ela é total nos animais; no entanto, à medida que o Espírito evolui, a ação da genética tende a diminuir no seu processo reencarnatório, por sua própria intervenção. Além do mais, não podemos desconsiderar a influência dos pais nos filhos - o ambiente educativo do lar – onde a proximidade física e a convivência, durante vários anos de contato, criam uma profunda interação entre eles, favorecendo o aprendizado inconsciente de atitudes e comportamentos. Tal situação explica em parte porque as pessoas, que moram numa mesma casa, numa mesma comunidade ou participam de uma mesma cultura, tendem a apresentar reações semelhantes. Daí a importância da educação para o Espírito que, a cada encarnação, deveria aprender boa conduta.





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