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sábado, 5 de outubro de 2024

COISAS QUE TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O Espiritismo fundamentando-se no princípio da lógica tem revelado elementos extremamente interessantes sobre temas como a sobrevivência após a morte, as vidas sucessivas, o papel e a organização da família no processo evolutivo, a origem e cura das doenças, entre outros. O último aspecto citado racionaliza a questão da influência e interferência da mente e seu principal efeito que é o pensamento quanto aos seus aspectos causais. Destacaremos a seguir alguns deles para sua avaliação: 1- “Se dividirmos os males da vida em duas categorias, sendo UMA a dos males que o homem não pode evitar, e OUTRA a das atribulações que ele mesmo provoca, por sua incúria e seus excessos, veremos que esta última é muito mais numerosa que a primeira”. 2 - As doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade”. 3 -“Doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, etc. (...), são efeitos que devem ter uma causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito, e, desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente”. 4 - “Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos corporais, em certos casos, não teria colocado meios curativos à nossa disposição. 5 - Ao lado da medicação comum elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação fluídica, e, depois o Espiritismo veio revelar-nos outra força, através da mediunidade curadora e da influência da prece”. 6 - Da mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a individualidade, partem as forças que asseguram o equilíbrio orgânico, por intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição humana, raios esses que vitalizam os centros perispiríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular. 7 - Nas criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos que atuam sobre todos os órgãos do corpo físico, através do sangue. 8 - A criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações. Rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida. 9 - Exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que nos conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no domínio de enfermidades – fantasmas que os esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência. 10 - Há grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, contra o que a medicação comum é inoperante. 11 - O perispírito por sua natureza FLUÍDICA, essencialmente móvel e elástica, projeta raios pela vontade do Espírito, servindo à transmissão do pensamento. 12 - Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos FLUIDOS espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.13 - A alma carreia consigo as faculdades de criar no próprio cosmo orgânico todas as espécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne, faculdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao próximo com que atrai preciosos recursos em seu favor. O Bem é o verdadeiro antídoto do mal. 14 - A maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim.




Recebemos por e-mail a seguinte questão proposta pelo ouvinte Bruno Cípola, da cidade de Marília. “ Eu gostaria de entender como funciona o que o Espiritismo prega referente a não existir limite de tempo e espaço. Quer dizer que poderíamos reencarnar numa próxima vida no ano de 1.200, por exemplo, ou até mesmo no ano 8.000? Sendo assim, também seria possível aplicar um passe em uma pessoa que esteja em lugar distante, até mesmo em outro país?”

Vamos por parte, Bruno. A questão do tempo e do espaço é um tanto complexa, inclusive para a ciência. A partir de Albert Einstein que, no início do século passado, formulou a Teoria da Relatividade, esta questão passou a ser tratada de um ângulo diferente do que se pensava até o final do século XVIII. No entanto, já em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, lançado nos meados daquele século– como especificamente em A GÊNESE ( em 1868), ambos de Allan Kardec, os Espíritos – muito antes da teoria de Einstein, portanto - já abordavam aspectos referentes à dimensão espaço-tempo que a ciência desconhecia.

Desde a constituição da Doutrina Espírita, os Espíritos sempre disseram que eles percebem tanto o tempo como o espaço de forma diferente daquela que nós, os encarnados, percebemos. Na dimensão espiritual o espaço ganha nova conotação: ele não é reduzido e limitado como o nosso. Mas para nós é difícil conceber de outra forma, pois estamos confinados num mundo de três dimensões; não fazemos idéia de como seria perceber um objeto, por exemplo, se estivéssemos numa quarta dimensão, além da matéria. Desse modo, o nosso mundo físico – como o nosso corpo – limitam o espaço do Espírito, enquanto encarnado.

Quando estamos numa dimensão acima, podemos perceber a dimensão inferior – ou seja, se ocupamos uma quarta dimensão podemos perceber a terceira, mas se estamos na terceira não percebemos a quarta. É por isso que não vemos os Espíritos, mas eles nos podem ver. Contudo, embora confinados nesta dimensão mais reduzida, também somos seres espirituais e, como seres espirituais que somos, temos a faculdade de pensar. Nosso pensamento penetra o mundo espiritual, de maneira que, pelo pensamento, nós podemos atingir uma pessoa que se encontra num lugar distante, até num outro país.

Por isso, Bruno, é possível transmitir um passe de um lugar para outro, de um país para outro, quando temos um alvo determinado, que é a pessoa que queremos beneficiar. O passe consiste numa transmissão fluídica – ao mesmo tempo, ondas e partículas – que podem viajar na velocidade do pensamento, abrindo caminho para que Espíritos amigos, que estejam atentos à nossa prece, também dele participem, ajudando quem esteja precisando. Para isso é preciso mentalizar a pessoa que queremos ajudar. O problema, no entanto, não é emitir o passe através da oração (isso é até muito fácil) ; o problema é recebê-lo; e isso vai depender da pessoa que estamos querendo ajudar.

Isso quer dizer o seguinte: na oração, como no passe, temos a participação do emissor (aquele que ora, que mentaliza, que pede pela pessoa necessitada), temos o receptor (aquele que deve receber e que pode estar distante) e temos também os Espíritos amigos que nos ajudam nessa operação, aproveitando os recursos do pensamento do emissor e do receptor. Desse modo, se eu oro daqui por uma pessoa distante, mas naquele momento ela não está mentalmente receptiva (isto é, a qualidade de seu pensamento não ajuda), ela não vai receber. Por essa razão, o passe com a pessoa presente é mais garantido, pois ela está acompanhando a prece e mais pronta para receber.

Quanto à outra dimensão, o tempo, Bruno, nunca soubemos pela literatura espírita, que é possível voltar ao passado. Sabemos, contudo, que é possível nos projetar no futuro, mas de forma relativa – ou seja, percebendo situações que provavelmente venham a acontecer. Mas, mesmo assim, a visão do futuro não é uma coisa absoluta, pois quando divisamos algo que possa acontecer amanhã, no ano que vem ou daqui a muitos anos, trata-se apenas de probabilidades e não de certeza absoluta. Muitas vezes, um “flash” do futuro (ou seja uma visão instantânea) é apenas um aviso ou um alerta para que possamos mudar o rumo dos acontecimentos e evitar o pior.

Vamos usar uma comparação para o ouvinte entender qual o significado da premonição, ou seja, da visão de um fato futuro. É como se alguém chegasse pra você e dissesse: “Cuidado, não vá por este caminho, que lá adiante tem um buraco e você pode cair”. É claro que essa pessoa está requerendo ajudá-lo para evitar que você caia. E se ela está querendo ajudar é porque o fato de você cair no buraco pode ser evitado e, se você quiser seguir aquele conselho, certamente evitará essa queda.

Entretanto, se todos os fatos de nossa vida estivessem rigorosamente determinados, não poderíamos direcionar a nossa vida, não teríamos livre-arbítrio e, portanto, não teríamos nem mérito e nem culpa pelos atos que praticamos, pois tudo já estaria decidido por Deus. Disso concluímos que não é possível voltar ao passado em termos de reencarnação, Bruno, mas é possível ir ao futuro, pois o futuro ainda está por acontecer, e o Espírito, pela Lei de Evolução, sempre caminha para a frente, jamais retroage. 






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