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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

COMO GARANTIR A PAZ DO AMANHÃ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Em programa de debates de um dos canais de notícia da TV paga, um Desembargador e um Promotor de Justiça ligado à área da Infância e Juventude discutiam sobre a necessidade de se reduzir a maioridade penal em face do crescente aumento da violência garantida pela impunidade em nossa sociedade. O Promotor, favorável à mudança da diminuição do limite vigente, defendendo seu ponto de vista, disse ter ouvido jovens afirmarem que “atiram em suas vitimas somente para vê-las cair”, não demonstrando nenhum tipo de constrangimento em relação à vida humana. Sua observação nos fez lembrar a atualidade de questionamento no comentário de Allan Kardec à resposta da pergunta 685 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, quando diz “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”. E, nesse aspecto, o Espiritismo tem importantes considerações a fazer. Aponta a educação da criança como preocupação essencial na formação de indivíduos, durante o período em que a personalidade construída em existências anteriores encontra-se bloqueada pela “anestesia” do esquecimento do passado, resgate que se dá por volta dos quinze anos de idade. Em comunicação espiritual espontânea lida na reunião de 14 de janeiro de 1859, publicada no número de fevereiro da REVISTA ESPÍRITA, recolhemos alguns tópicos importantes. 1- Não conheceis o segredo que, em sua inocência, ocultam as crianças; não sabeis o que são, nem o que foram, nem o que hão de ser. Entretanto vós as amais, vós as prezais como se fossem uma parte de vós mesmos e de tal modo que o amor da mãe pelos filhos é considerado como o maior amor que um Ser possa ter a outro Ser. 2- As crianças são os seres que Deus envia a novas existências; e para que elas não possam queixar-se de sua grande severidade, dá-lhes toda a aparência da inocência; mesmo numa criança naturalmente má, os defeitos são cobertos pela inconsciência de seus atos. Esta inocência não é uma superioridade real sobre aquilo que foram antes. Não: é a imagem do que deveriam ser; e se não o são, a culpa cairá sobre elas unicamente. 3- Mas não foi apenas por elas que Deus lhes deu tal aspecto; foi também – e, sobretudo – por seus pais, cujo amor é necessário à sua fraqueza; e este amor ficaria singularmente enfraquecido à vista de um caráter impertinente e intratável, ao passo que, supondo os filhos bons e meigos, lhes dão toda a sua afeição e os cercam das atenções mais delicadas. 4- Quando, entretanto, as crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência, que lhes foi dada durante quinze ou vinte anos, seu caráter real e individual aparece em toda a sua nudez: permanece bom, se for fundamentalmente bom, mas se irisa sempre de nuanças que estavam ocultas pela primeira infância. 5- A infância tem ainda outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corpórea para o seu aperfeiçoamento, para sua melhora; a fraqueza da infância os torna flexiveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que tem o encargo de seu progresso. É então que seu caráter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual hão de responder”. Diante de tais ponderações, perguntamos: na atualidade, o exercício da paternidade e da maternidade, tem algum tipo de orientação nesse sentido? A questão da espiritualidade é cogitada pelos responsáveis pelo Espírito a ele vinculado pela consanguinidade? O comportamento social do jovem e da criança hoje, aproxima-se da civilidade ou do primitivo? Goethe, poeta e pensador alemão escreveu que “só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a”. Seu caso ou dos exemplos que observa ao redor, incluem no currículo de matérias a serem ministradas na convivência com os filhos o amor?



 “Li na internet que o beatle, Paul McCartney, revelou a uma revista que, quando está compondo suas músicas, conversa com seu ex-parceiro, John Lennon. Ora, todo mundo sabe que John Lennon morreu há mais de 30 anos. Mas Paul diz que a conversa com ele fica mais interessante, quando precisa de uma opinião sobre a música que está compondo; então, ele pergunta ao John o que deveria fazer e o John responde. Será que McCartney conversa mesmo com o Espírito de John Lennon, ou tudo não passa de imaginação”? Esta pergunta foi passada pela ouvinte Elma Suzete de Almeida.

Elma, n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS encontramos uma resposta muito interessante a Kardec, quando ele pergunta se os Espíritos desencarnados influem em nossa vida. A resposta é esta: “Muito mais do que podeis imaginar, pois, de ordinário, eles vos comandam”. Há pessoas, mesmo entre os espíritas, que acham exagerada essa afirmação; mas, na verdade, poucos realmente atinaram para o significado mais profundo dessa resposta.

A influência dos Espíritos em nossa vida é tão comum quanto natural, de modo que estamos habituados a ela e, por causa disso, dificilmente percebemos, a não ser quando temos uma sensibilidade mediúnica muito apurada, que são casos mais raros. Nós, os encarnados, não percebemos os Espíritos, que se acham numa dimensão espacial acima da nossa: podem ver-nos, mas nós não os vemos; podem ouvir-nos, mas nós não os ouvimos.

Contudo, Elma, todos somos médiuns, pois todos estamos sujeitos a influências sutis dos Espíritos. Às vezes, uma ideia que nos ocorre de relance, sem que tenhamos atinado para isso, pode vir de uma entidade Espiritual: é assim que nossos protetores entram em contato conosco e é assim, também, que os obsessores, por vezes, nos perturbam. Mas, devido à vida agitada de hoje, a mente humana está muitíssimo envolvida com muitas preocupações ao mesmo tempo, o que lhe causa sérios transtornos emocionais e dificulta mais ainda qualquer percepção espiritual.

Isso porque, no torvelinho da vida moderna, cada vez mais solicitados a pensar em várias coisas simultaneamente, não achamos espaço para meditar, para nos entregar (ainda que por poucos minutos) a uma viagem interior, onde vamos nos encontrar e onde podemos encontrar também pensamentos que não nossos, idéias que não são nossas e até sentimentos que não nos pertencem.

Desse modo, devido aos laços de simpatia que Lennon e McCartney, desde a adolescência, é possível que eles possam trocar idéias a respeito de músicas que estão sendo compostas, uma vez esta é uma atividade de que Lennon também gosta muito de se ocupar. Se Paul tem consciência disso – como ele diz que tem - e se esforça para estar em contato com o ex-parceiro, com certeza, dele deve receber alguma intuição que o ajudam na elaboração de suas produções, uma vez que oferece condições favoráveis a esse tipo de influência espiritual.

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