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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

ENTENDENDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Conhecido orador em entrevista a publicação espírita dos anos 90 comentou que a reencarnação de Hitler teria sido planejada pelos Planos Espirituais inferiores do Planeta Terra. A surpreendente e incomoda informação é lembrada diante dos recentes acontecimentos da cidade de Charlottesville, Virgínia (EUA) em que um conflito extremamente violento foi protagonizado por centenas de pessoas autodenominadas nacionalistas, fundamentalistas cristãos, neonazista, etc, e opositores, dos quais resultaram dezenas de feridos e a morte de uma jovem, bem como de Barcelona, Espanha, no dia 17 de agosto. Mundo de Expiação e Provas em processo de avaliação e reforma segundo o Espiritismo, nossa Dimensão recebeu desde a metade do século 20, expressivo numero de Espíritos estacionários nos processos e programas evolutivos adensando a densidade demográfica do Planeta. Mesmo a visão de progresso apresentada pela Doutrina Espírita aprofunda-se e amplia-se na medida em que os conceitos iniciais vão sendo assimilados. Na importante obra AÇÃO E REAÇÃO (1957, feb) do Espiritismo André Luiz/FCXavier; encontramos interessante diálogo que repercute o comentário com que abrimos esse texto. Para reflexões, reproduzimos um trecho: -“Se existem reencarnações ligadas aos Planos Superiores, temos aquelas que se enraízam diretamente nos Planos Inferiores. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui também os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. – Quer dizer que, em boa lógica terrena, e utilizando-me de uma linguagem de que usaria um homem na experiência física, há reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais... – Sim. Como não? Valem como preciosas oportunidades de libertação dos círculos tenebrosos. E como tais renascimentos na carne não possuem senão característicos de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados daqui mesmo, por Benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor. – E, nesses casos, o Instrutor Druso (dirigente da Mansão da Paz) dispõe da necessária delegação de competência para resolver os problemas dessa espécie? – Nosso dirigente como é razoável, não goza de faculdades ilimitadas e esta instituição é suficientemente ampla para absorver-lhe os maiores cuidados. Entretanto, nos processos reencarnatórios, funciona como autoridade intermediária. – De que modo? – Duas vezes por semana reunimo-nos no Cenáculo da Mansão da Paz e os Mensageiros da Luz, por instrumentos adequados, deliberam quanto ao assunto, apreciando os processos que a nossa casa lhes apresenta. – Mensageiros da luz? – Sim, são prepostos das Inteligências angélicas que não perdem de vista as plagas infernais, porque, ainda que os gênios da sombra não o admitam, as forças do Céu velam pelo inferno que, a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiritual, a fim de que nos habilitemos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela convenientemente. A respeito da presença crescente de inteligências interessadas no caos, em outro momento da narrativa surge uma pergunta/resposta importante para pensarmos: Não disporia a Espiritualidade Superior de elementos para encarcerá-los, a distância da carne? – Sim, isso não é impossível. Entretanto, se temos enxovias pungentes para a expiação dos crimes que entenebrecem a mente humana, muitas delas a se expressarem por vales de miséria e de horror, é preciso considerar que os delinquentes aí segregados atraem-se uns aos outros, contagiando-se mutuamente das chagas morais de que são portadores, gerando o inferno em que passam transitoriamente a viver. Por outro lado, contamos com muitas instituições, funcionando à semelhança de estufas, nas quais criaturas desencarnadas dormem pacificamente largos sonos, mergulhadas nos pesadelos que merecem até certo ponto, depois de efetuada a travessia do sepulcro...



Nilva Rodrigues Costa, do Bairro Mariana, Garça(SP) pergunta se esses últimos acidentes com avião em curto intervalo de tempo, tirando muitas vidas ao mesmo tempo, têm a ver com algum plano de desencarnação coletiva da espiritualidade ou é simples coincidência. Ela quer saber, ainda, como explicar o fato de algumas pessoas terem desistido da viagem, salvando-se de morrer nesses desastres.

Evidentemente, nós não temos acesso às informações do plano espiritual, Nilva, mas sabemos, pela lei de causa e efeito, que nada acontece por acaso, sobretudo quando se trata de acidentes de grandes proporções, que fazem dezenas ou até centenas de vítimas. Assim, é provável que essas vítimas tinham algo a resgatar ou algo a aprender. Como a vida não termina com a morte – pois o Espírito continua na jornada evolutiva de cada Espírito – tais acidentes devem ter um significado muito importante.

No livro OBRAS PÓSTUMAS há um estudo a respeito, quando Allan Kardec dedica um dos capítulos para tratar das chamadas “expiações coletivas”. Leia esse capítulo, Nilva. Ali Kardec faz longo comentário sobre uma comunicação mediúnica de Clélia Duplantier. Esse Espírito afirma que, em geral, os acidentes, que fazem muitas vítimas fatais ao mesmo tempo, decorrem de resgate de dívidas morais contraídas solidariamente por esses Espíritos. Trata-se, portanto, de resgates coletivos por meio de mortes solidárias.

O que entendemos por mortes solidárias. É que,, no passado, esses Espíritos, que hoje são vítimas, devem ter se unido para perpetrar crimes. Depois de muitos anos, talvez de séculos, desencarnando e encarnando, esses Espíritos, que causaram tanto mal, não suportando a dor da culpa, que lhes vinham pesando na consciência, pediram uma oportunidade de resgatar essa dívida moral para consigo mesmos. São Espíritos que não encontraram outra solução para libertá-los do sentimento de culpa.

É claro que estamos tratando do assunto de uma maneira superficial, sem entrar em detalhes, pois não conhecemos a história desses personagens. Todavia, aquelas pessoas que, por um motivo ou por outro, não viajaram nesses aviões – alguns desistindo na última hora – também se encaixam na lei de causalidade. Com certeza, não tinham o que resgatar ou não pertenciam aos mesmos grupos de indivíduos que, no passado, estiveram envolvidos em massacres ou assassinatos coletivos.

No livro “ DIÁLOGO DOS VIVOS”, encontramos um soneto do poeta Silva Ramos, soneto recebido pelo médium Chico Xavier, cujo título é CULPAS. O prof. Herculano Pires faz um breve comentário sobre o acontecimento a que o soneto se refere, que foi a queda de um avião na França, causando mais de 300 vítimas fatais, inclusive brasileiros. O poeta paulista Silva Ramos, da Espiritualidade mandou este soneto para dizer que as vítimas do acidente reencarnaram com a finalidade de aliviar suas culpas do passado.

Preste atenção neste soneto. Ele fala de uma legião de piratas que, num passado remoto, invadiam cidades, levavam destruição e morte aos habitantes indefesos e se compraziam com a violência que provocavam. Esses Espíritos, com o passar do tempo, tomaram consciência dos males que haviam causado, desencarnaram e reencarnaram várias vezes, até que, sofrendo inevitáveis transtornos de consciência, para se sentirem libertos da culpa, eles próprios pediram o retorno à vida para sucumbirem de forma semelhante ao sofrimento que impingiram às suas vítimas.

A Natureza aponta a culpa que começa: / Em cidade praiana, a legião pirata / Desembarca, saqueia, humilha, fere, mata… / Por nada se detém, por mais que se lhe peça… / Quantas vidas ao mar sob golpes à pressa!…

Incêndios e orações no horror que se desata… / Depois, vinho e prazer, os butins de ouro e prata/ E as horas avançando ao tempo que não cessa… / Os séculos se vão marchando em luz e treva…

Um dia, em mar aéreo, enorme nave leva / Os piratas de outrora e a Justiça Divina. / Surge a morte no ar… A aflição se renova… / Preces, gemidos e ais de corações em prova… / E a Natureza apaga a culpa que termina.





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