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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

ESTAVA ESCRITO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 No ultimo dia 2 de novembro, recebi de um amigo replica de uma carta atribuída a uma médica que trabalha em Munique, na Alemanha, expondo a difícil situação enfrentada pelos alemães com a chegada de mais de um milhão de refugiados, carregados de doenças, fanatismo religioso, agressivos, impondo um clima de grande instabilidade na até bem pouco tempo vida dos moradores da importante nação europeia, fatos e aspectos que a mídia local e internacional não divulga. Aproveitando a presença no Velho Continente de outro amigo que por lá realiza trabalhos jornalísticos encaminhei-lhe o texto, solicitando confirmasse as informações, respondeu: -“Na tive nem terei, acho, contato com os alemães, porém, com franceses e suíços,  isso realmente esta acontecendo. Estão infelizes e horrorizados e - a grande maioria -  revoltados com tudo isso. A informação procede. Estão chegando dessa maneira mesmo e a TV e mídia não estão noticiando. Na França, em Lyon onde estive até hoje, tudo esta um caos”. Revendo o capítulo 18 do livro A GÊNESE, de Allan Kardec, curiosos e atuais comentários podem ser lidos: 1 - A Humanidade tem realizado, até o presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.. Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho. 2 - Não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens, que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. 3 - Uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há, inevitavelmente, luta de ideias. Desse conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabelecido o equilíbrio. É, pois, da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. 4 - A Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e, cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral. 5 - A humanidade é um ser coletivo em quem se operam as mesmas revoluções morais por que passa todo ser individual, com a diferença de que umas se realizam de ano em ano e as outras de século em século. 6 - De duas maneiras se opera, como já o dissemos, a marcha progressiva da humanidade: uma, gradual, lenta, imperceptível, se se considerarem as épocas consecutivas, a traduzir-se por sucessivas melhoras nos costumes, nas leis, nos usos, melhoras que só com a continuação se podem perceber, como as mudanças que as correntes de água ocasionam na superfície do globo; a outra, por movimentos relativamente bruscos, semelhantes aos de uma torrente que, rompendo os diques que a continham, transpõe nalguns anos o espaço que levaria séculos a percorrer. É, então, um cataclismo moral que traga em breves instantes as instituições do passado e ao qual sobrevém uma nova ordem de coisas que pouco a pouco se estabiliza, à medida que se restabelece a calma, e que acaba por se tornar definitiva. 7 - O progresso intelectual realizado até o presente, nas mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus semelhantes e de os destruir. 8- Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade.


Num artigo publicado no jornal AÇÃO ESPÍRITA, de Marília, Orson Peter Carrara escreveu sobre “Consciência Política”, afirmando que cada um de nós – cidadãos conscientes de seus deveres legais e morais para com a sociedade – deve estar atento na escolha daqueles que vão tomar decisões sobre o futuro da sociedade. A ouvinte, Maristela Balbino quer que falemos a respeito.

Na verdade, Maristela, podemos partir da leitura do capítulo “Lei de Sociedade”, que encontramos na terceira parte de O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec. O Espiritismo não é omisso em e nenhuma questão relativa à sociedade humana. No entanto, há pessoas que ainda não compreenderam que nenhum de nós pode viver distante da política. Não estamos falando da política partidária, mas estamos usando o termo “política” no sentido mais amplo da palavra.

Aliás, a palavra “política” , no seu sentido original, quer dizer administração da cidade. No tempo em que essa palavra passou a ser usada, ela se referia às cidades-estados da Grécia Antiga, séculos antes de Cristo Ora, nós sabemos que ninguém vive só; todos os seres humanos vivemos em grupos ou comunidades, que chamamos de sociedade. Sociedade, porque somos todos sócios dessas comunidades e, portanto, todos temos interesse em que elas funcionem bem, atendendo às necessidades da população.

Ser político, portanto, não é apenas ocupar um cargo público ( como prefeito ou governador, vereador, deputado ou senador), mas é ser, acima de tudo, um bom cidadão, uma pessoa de bem, trabalhando não só em função de seus interesses particulares e de sua família, mas também em função dos interesses gerais da sociedade, que tem o dever de nos proteger . Por quê? Porque, se a sociedade somos todos nós. Se ela não estiver bem, seremos atingidos por seus problemas.

É por isso que vivemos em sociedade. Para aprendermos a ser solidários, já que não podemos ser solitários, viver isoladamente. Solidariedade quer dizer “estar ao lado dos outros”, trabalhar pelo interesse comum, pelo bem de todos, a fim de que todos os cidadãos – sejam eles quem forem – possam viver com respeito e dignidade. Nesse capítulo de O LIVROS DOS ESPÍRITOS, lemos exatamente isso.

Quando Jesus nos recomendou a prática do bem ao próximo, foi nesse sentido, pois o próximo são todos aqueles que convivem conosco, na mesma comunidade. Se alguns não conseguem ter uma vida digna, se passam necessidade ou não podem usufruir dos direitos que lhes pertencem – como moradia, educação, saúde, segurança, justiça, etc. – é porque a sociedade não alcançou seu objetivo. Os cidadãos conscientes, sabendo que todos somos iguais perante a Lei de Deus, não poderão se omitir diante dessa injustiça e, ao fazer alguma coisa para ajudar a solucionar o problema, estarão praticando um ato político.

Logo, consciência política é saber conviver dentro de uma sociedade, sabendo sustentar a sua vida e ajudar os que ainda não conseguiram chegar à sua mesma condição. O cidadão, portanto, poderá cumprir com sua obrigação legal e moral, pelo menos, de três maneiras. Primeira: cumprindo com a parte que lhe compete no dia-a-dia de sua vida, junto aos seus familiares. Segunda: fazendo algo pela sociedade em que vive, além de seu próprio dever. E terceira: elegendo seus representantes no governo, além de fiscalizando sua atuação.

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