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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

PORQUE NÃO ACREDITAR EM TODOS OS ESPÍRITOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Na atualidade observa-se grande número de pessoas fiando-se quase cegamente na opinião de Espíritos que se ocultam em nomes de personagens conhecidos da História da Humanidade. Fato relevante, foi analisado por Allan Kardec no numero de abril de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Suas considerações servem para formarmos nossa própria opinião. Diz, entre outras coisas: -“Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, comunicando-nos com eles não saíamos fora da Humanidade, circunstância capital a considerar-se. Os homens de gênio, que foram fachos da Humanidade, vieram do Mundo dos Espíritos e para lá voltaram, ao deixarem a Terra. Desde que os Espíritos podem comunicar-se com os homens, esses mesmos gênios podem dar-lhes instruções sob a forma espiritual, como o fizeram sob a forma corpórea. Podem instruir-nos, depois de terem morrido, tal qual faziam quando vivos; apenas, são invisíveis, ao invés de serem visíveis; essa a única diferença. Não devem ser menores do que eram a experiência e o saber que possuem e, se a palavra deles, como homens, tinha autoridade, não na pode ter menos, somente por estarem no Mundo dos Espíritos. Mas, nem só os Espíritos superiores se manifestam; fazem-no igualmente os de todas as categorias, e preciso era que assim acontecesse, para nos iniciarmos no que respeita ao verdadeiro caráter do Mundo Espiritual, apresentando-se-nos este por todas as suas faces. Daí resulta serem mais íntimas as relações entre o Mundo Visível e o Mundo Invisível e mais evidente a conexidade entre os dois. Vemos assim mais claramente donde procedemos e para onde iremos. Esse o objetivo essencial das manifestações. Todos os Espíritos, pois, qualquer que seja o grau de elevação em que se encontrem, alguma coisa nos ensinam; cabe-nos, porém, a nós, visto que eles são mais ou menos esclarecidos, discernir o que há de bom ou de mau no que nos digam e tirar, do ensino que nos deem, o proveito possível. Ora, todos, quaisquer que sejam, nos podem ensinar ou revelar coisas que ignoramos e que sem eles não saberíamos. Os grandes Espíritos encarnados são, sem duvida, individualidades poderosas, mas de ação restrita e lenta propagação. Viesse um só dentre eles, embora fosse Elias ou Moisés, revelar, nos tempos modernos, aos homens, as condições do Mundo Espiritual, quem provaria a veracidade das suas asserções, nesta época de cepticismo? Não o tomariam por sonhador ou utopista? Mesmo que fosse verdade absoluta o que dissesse, séculos se escoariam antes que as massas humanas lhe aceitassem as ideias. Deus, em sua sabedoria, não quis que assim acontecesse; quis que o ensino fosse dado pelos próprios Espíritos, não por encarnados, a fim de que aqueles convencessem da sua existência a estes últimos e quis que isso ocorresse por toda a Terra simultaneamente, quer para que o ensino se propagasse com maior rapidez, quer para que, coincidindo em toda parte, constituísse uma prova da verdade, tendo assim cada um o meio de convencer-se a si próprio. Tais o objetivo e o caráter da revelação moderna. Os Espíritos não se manifestam para libertar do estudo e das pesquisas o homem, nem para lhe transmitir, inteiramente pronta, nenhuma ciência. Com relação ao que o homem pode achar por si mesmo, eles o deixam entregue às suas próprias forças. Isso sabem-no hoje perfeitamente os espíritas. De há muito, a experiência há demonstrado ser errôneo atribuir-se aos Espíritos todo o saber e toda a sabedoria e supor-se que baste a quem quer que seja dirigir-se ao primeiro Espírito que se apresente para conhecer todas as coisas. Saídos da Humanidade, eles constituem uma de suas faces. Assim como na Terra, no Plano Invisível também os há superiores e vulgares; muitos deles, pois, científica e filosoficamente, sabem menos do que certos homens; eles dizem o que sabem, nem mais, nem menos. Do mesmo modo que os homens, os Espíritos mais adiantados podem instruir-nos sobre maior porção de coisas, dar-nos opiniões mais judiciosas, do que os atrasados.



Uma coisa que eu não entendo na Bíblia, é como os primeiros homens viviam tanto tempo. Lá consta que Matusalém viveu 969 anos, que Adão viveu 960 anos e outros, ainda, viveram quase tanto ou até mais. Será que para eles o ano tinha uma duração diferente ou realmente eles viveram tanto tempo?

Não temos dúvida, caro ouvinte, de essas idades foram calculadas segundo um critério desconhecido. No mínimo, seguiram uma fórmula totalmente diferente do nosso calendário. No passado muito distante da humanidade, não havia tanta preocupação com o tempo como hoje, e cada povo podia adotar a própria maneira de medi-lo. Consta que o primeiro calendário surgiu na Suméria, séculos antes de Cristo.

Devemos considerar ainda que, entre os hebreus, havia uma crença de que os anos vividos na Terra eram uma concessão divina, conforme podemos ler nos textos dos primeiros livros da Bíblia. Tanto assim que, entre os mandamentos entregues a Moisés, havia um que dizia: “Honrai vosso pai e vossa mãe para que os vossos dias sejam longos sobre a Terra”. Disso decorria que a pena de morte era o maior castigo e havia no código de conduta daquele povo várias ordenações de morte para os desobedientes, para os rebeldes e para os profanadores.

Um outro aspecto que convém ressaltar na história hebraica é que os primeiros livros da Bíblia não foram escritos na época dos fatos, mas muito séculos depois dos acontecimentos a que eles se referem. Entre os historiadores, prevalece um entendimento que esses textos começaram a ser escritos somente no século 8 A.C.. É claro que, depois de tanto tempo, muitas informações chegavam completamente deturpadas, pois, até então, elas eram passadas oralmente (de boca em boca, de geração em geração) e cada vez mais ganhavam nova roupagem, dependendo das crenças do povo.

Por outro lado, se você observar com atenção, vai verificar que todos os personagens a quem se atribui essas idades extraordinárias – como o próprio Matusalém, Adão, Enoque, Lamek e outros – teriam vivido antes do dilúvio, numa época muito remota. Só para você fazer uma idéia, o povo sumério, que também relata o episódio do dilúvio, possui textos ainda mais antigos que os dos hebreus. Nesses textos aparecem reis sumérios que teriam vivido mais de 240 mil anos. Logo, os estudos nesse sentido podem comprovar que essa forma exagerada de apresentar a idade de personagens de destaque era muito comum no Oriente Médio.

Além do mais, analisando cientificamente a questão, podemos deduzir que, ao pesquisar a História, quanto mais recuamos no tempo, menor é a expectativa de vida das pessoas. No início do século 20, a duração média da vida humana era praticamente a metade do que era no final desse século e, neste século 21, ainda teremos um avanço mais significativo em termos de longevidade humana. Isso significa que, nenhuma época como hoje, o homem está vivendo tanto, devido à qualidade de vida que foi sendo conquistada aos poucos com o desenvolvimento dos conhecimentos científicos, da tecnologia, da própria medicina e do saneamento básico das cidades.

A Ter

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