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domingo, 8 de dezembro de 2024

ESPIRITISMO, HOMEOPATIA E INTERESSANTES REVELACÕES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Tão desdenhado pela comunidade científica do século 19 quanto o magnetismo e o Espiritismo, a Homeopatia encontrou entre os adeptos da proposta espírita, campo fértil para sua expansão – embora paulatina -, no século 20, agora, no 21. Na edição de agosto de 1863 da REVISTA ESPÍRITA, no artigo de abertura daquele número, entre outras considerações Kardec afirma: -“Provando o poder de ação da matéria espiritualizada, a Homeopatia se liga ao papel importante que representa o períspirito em certas afecções; ataca o mal em sua própria fonte, que está fora do organismo, cuja alteração é apenas consecutiva. Tal a razão pela qual a Homeopatia triunfa numa porção de casos em que falha a Medicina ordinária: mais que esta, ela leva em conta o elemento espiritual, tão preponderante na economia, o que explica a facilidade com que os médicos homeopatas aceitam o Espiritismo e porque a maioria dos médicos espíritas pertencem à escola de Hahnemann”. Em março de 1867, analisando e discordando da possibilidade dos medicamentos Homeopáticos modificarem disposições morais, escreve: -“Os medicamentos homeopáticos, por sua natureza etérea, tem uma ação de certa forma molecular; sem contradita podem, mais que outros, agir sobre certas partes elementares e fluídicas dos órgãos e lhes modificar a constituição íntima (...). Não se pode agir sobre o Ser espiritual senão por meios espirituais (...). Nos embalaríamos em ilusões se esperássemos de uma medicação qualquer um resultado definitivo e durável”. No mesmo ano, em junho, retornaria ao tema, contestando comentário do médico Charles Grégory, dizendo: -“Os medicamentos homeopáticos podem ter uma ação sobre o moral, agindo sobre os órgãos de sua manifestação, o que pode ter sua utilidade em certos casos, mas não sobre o Espírito; que as qualidades boas ou más e as aptidões são inerentes ao grau de adiantamento ou de inferioridade do Espírito, e que não é com um medicamento qualquer que se pode fazê-lo avançar mais depressa, nem lhe dar as qualidades que não pode adquirir senão sucessivamente e pelo trabalho”. Mais de um século depois, o Espírito Carlos Eduardo Frankenfeld de Mendonça, desencarnado em 22 de novembro de 1980, na cidade de Niterói (RJ) revelaria aspectos interessantes envolvendo a Homeopatia. Carlos, um dos três filhos de um Engenheiro e de uma Médica, foi vitima de um ataque cardíaco durante a madrugada, enquanto dormia. Onze meses depois, confirmaria sua sobrevivência em emocionante carta psicografada por Chico Xavier, em Uberaba (MG). A partir daí, serviu-se do médium mineiro ao longo de toda a década de 80, fornecendo detalhes extremamente curiosos sobre suas atividades no Plano Espiritual. Uma delas motivou sua mãe a se especializar em Homeopatia para atender os necessitados assistidos pelo Grupo Espírita Regeneração ao qual ela e o marido serviam como voluntários desde antes da inesperada morte do filho. Uma delas relacionada à AIDS – Sindrome de Imunodeficiência Adquirida, contida na mensagem de 22 de junho de 1989, informa ter se filiado com o avô materno João Antonio, a uma escola de combate ao vírus psicogênico, estando na esperança de que muito em breve haverá recursos para a preparação da vacina adequada. A certa altura, poderá: -“Não sei se esse agente negativo foi produto do desequilíbrio dos pensamentos”. Noutra, recebida em 30 de novembro de 1989, relata: -“Quando possível, vou ao encontro da Mãezinha Edda, tomar informes sobre os que pedem auxílio na casa da “Regeneração”. Estas primeiras notas do dia seguem comigo para a sede de nossas atividades, que se acham sob a orientação e revisão de assessores do Dr Dias da Cruz, que se encarregam de visitar a moradia e ver as condições do enfermo que precisa ser medicado. Os membros da família são examinados e o ambiente doméstico é rigorosamente observado pelo colega que foi então designado para anotar os elementos de que o doente faz “inalação”. Se há entidades em processo obsessivo no lar visitado, esses Espíritos necessitados de luz espiritual são vistoriados e com esses ingredientes informativos, faz-se a ficha do irmão ou da irmã enferma, a fim de que qualquer irregularidade seja sanada.


Uma pessoa vai viajar de avião. Naquela noite, antes da viagem, ela sonha que o avião vai cair. Essa pessoa pensa assim: “Ora, isso foi apenas um sonho. É que eu estou impressionado com a viagem, mas nada vai acontecer”. No entanto, o avião cai e essa pessoa morre. Não é uma história inventada. Isso aconteceu com um dos Mamonas Assassinas, e todos viram na televisão, quando ele, no aeroporto, antes da viagem, contou este sonho. Ficou claro que se tratou de uma previsão. Então, eu pergunto: como ele poderia saber se o sonho iria acontecer? Como nós podemos saber se um sonho é uma previsão ou se é simplesmente uma fantasia de nossa mente? (Eduardo)

Não é fácil responder esta pergunta, Eduardo. Já vimos casos em que a pessoa se livrou da morte devido a um sonho premonitório; não foi o caso desse integrante dos Mamonas. De fato, se ele resolvesse atender ao sonho, com certeza, não só teria se livrado da morte naquele momento, mas como teria livrado todos os seus companheiros. E aqui entra outro complicador: será que esse tipo de morte não fazia parte de seu plano vida?

Acreditamos que a resposta a esta pergunta deve remontar aos planos de vida de todo o conjunto. Trata-se de um tipo de desencarnação que recebe o nome de várias pessoas ao mesmo tempo, pois eles têm algo em comum a resgatar do passado. Quando estamos para reencarnar, sabemos que, de modo geral, há um preparo no mundo espiritual, conforme lemos nas obras de André Luiz. Certos acontecimentos – aliás os principais estão previstos. É claro que a morte – ou o gênero de morte – se enquadra neles. A previsão dos fatos desagradáveis, como a morte violenta, pode ser o ponto mais significativo do Espírito – ou seja, pode ser que, passando por essa experiência, ele esteja resgatando débitos morais do passado.

Nesse caso, o sonho não teve o papel de aviso ou de alerta, ou seja, não aconteceu para que as pessoas evitassem a viagem, mas deve ter sido apenas uma impressão que aflorou do inconsciente mais profundo daquele jovem, durante seu sono, pois fazia parte de seu plano de vida, do qual ele mesmo participou na elaboração, antes de reencarnar. Desse modo, uma explicação é que esse sonho, por se tratar de uma lembrança, não foi suficiente para deixa-lo tão impressionado, a ponto de levá-lo a desistir da viagem. Mas há outra hipótese, que podemos considerar.

Pode ser também que o desastre em si não fazia parte do plano de vida dos rapazes, a não ser como uma probabilidade. Consta-se que, durante a viagem – e principalmente no trecho final próximo a Guarulhos – um dos integrantes do conjunto assumiu o comando do avião e, assim , a sua imperícia como piloto teria sido a causa da queda. Vendo por este ângulo, poderíamos concluir que o acidente fatal ocorreu por causa da irresponsabilidade de seus passageiros, que não deveriam brincar com a vida durante o voo. Neste caso, Eduardo, o sonho foi um alerta para que evitassem brincar com a vida durante a viagem.

Sendo assim, é fácil deduzir esses rapazes que não estavam levando nada a sério e, com certeza, não levariam também um sonho, mesmo que trouxesse uma mensagem de morte. Acreditamos que as pessoas mais responsáveis são mais acessíveis às orientações espirituais e, por isso, elas sabem tomar decisões mais acertadas em toda e qualquer situação. É claro que, em se tratando de vida humana, não há formula matemática para dizer se um determinado sonho representa ou não um aviso. Desse modo, o certo é não se descuidar, pois mais vale a gente errar por excesso de cuidado do que ser vítima de uma imprevidência.


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