faça sua pesquisa

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

MARCADO PARA ACONTECER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Especialmente quando acontecem grandes tragédias, a imprensa costuma expor depoimentos de pessoas que afirmam ter sonhado antecipadamente ou tido “insights” desses eventos tão impactantes na opinião publica. Tal fato não é peculiar de nossa época e a prova disso encontramos na seção Questões e Problemas do número de junho de 1866 da REVISTA ESPÍRITA. Nela, Allan Kardec reproduz a resposta do Espírito Dr Demeure, obtida na reunião de 13 de maio daquele ano, através do médium o Sr. Tail, à pergunta “Quando alguma coisa é pressentida pelas massas, geralmente, se diz que está no ar. Qual a origem desta expressão?”. Explica o Espírito: “- Esse pressentimento geral à aproximação de algum acontecimento grave tem duas causas: a primeira vem das massas inumeráveis de Espíritos que incessantemente percorrem o Espaço e que tem conhecimento das coisas que se preparam. Em consequência de sua desmaterialização, estão mais em condições de seguir seu desenrolar e prever seu desfecho. Estes Espíritos, incessantemente roçam a Humanidade, comunicando-lhe seus pensamentos pelas correntes fluídicas que ligam o Mundo corporal ao Espiritual .Apesar de não verdes, seus pensamentos vos chegam como o aroma das flores ocultas na folhagem e os assimilais inadvertidamente. O ar está literalmente sulcado por essas correntes fluídicas, que, por toda parte, semeia más ideias, de tal sorte que a expressão está no ar não é só uma imagem, mas positivamente verdadeira. Certos Espíritos são mais especialmente encarregados pela Providência de transmitir aos homens o pressentimento das coisas inevitáveis, visando lhes dar um secreto aviso, cumprindo essa missão espalhando-se entre eles. São como vozes íntimas, que retinem no seu íntimo. A segunda causa deste fenômeno, está no desprendimento do Espírito encarnado, durante o repouso do corpo. Nesses momentos de liberdade, se mistura aos Espíritos similares, aqueles com os quais há mais afinidade; impregna-se de seus pensamentos, vê o que não pode ver com os olhos do corpo, relata sua intuição ao despertar, como de uma ideia toda pessoal. Isso explica como a mesma ideia surge ao mesmo tempo em cem pontos diversos e em milhares de cérebros. Como sabeis, certos indivíduos são mais aptos que outros para receber o influxo espiritual, quer pela comunicação direta dos Espíritos estranhos, quer pelo desprendimento mais fácil de seu próprio Espírito. Muitos gozam, em graus diversos, da segunda vista, ou visão espiritual, faculdade muito mais comum que pensais, e que se revela de mil maneiras; outros conservam uma lembrança mais ou menos nítida do que viram em momentos de emancipação da alma. Em consequência desta aptidão, tem noções mais precisas das coisas; não sendo neles um simples pressentimento vago, mas a intuição, e nalguns, o conhecimento da própria coisa, cuja realização preveem e anunciam. Se se lhes pergunta como sabem, o maior numero deles não saberia explicar-se: uns dirão que uma voz interior lhes falou, outros que tiveram uma visão reveladora; outros, enfim, que o sentem sem saber como. Nos tempos da ignorância, e aos olhos das pessoas supersticiosas, passam por adivinhos e feiticeiros, quando são apenas pessoas dotadas de uma mediunidade espontânea e inconsciente, faculdade inerente à natureza e que nada tem de sobrenatural, mas que não podem compreender os que nada admitem fora da matéria. Essa faculdade existiu em todos os tempos, mas é de notar que se desenvolve e multiplica sob o império das circunstâncias, que dão um aumento de atividade ao Espírito, nos momentos de crise e à aproximação dos grandes acontecimentos. As revoluções, as guerras, as perseguições de partidos e seitas, sempre fizeram nascer um grande número de videntes e inspirados, qualificados de iluminados”. Num breve comentário, Kardec pondera: “-As relações do Mundo Corporal e Do Mundo Espiritual nada tem que admire, se se considerar que esses dois mundos são formados dos mesmos elementos, isto é, dos mesmos indivíduos, que passam alternadamente de um ao outro. Tal como é hoje entre os encarnados da Terra, será amanhã entre os desencarnados do Espaço, e, reciprocamente. O Mundo dos Espíritos não é, pois, um mundo à parte. É a Humanidade mesma, despojada de seu invólucro material, e que continua sua existência sob uma nova forma e com mais liberdade. As relações desses dois mundos, de contatos incessantes, fazem parte, pois, de Leis naturais. A ignorância da Lei que os rege foi a pedra de tropeço de todas as filosofias. É por falta de seu conhecimento que tantos problemas ficaram insolúveis. O Espiritismo que é a ciência, dessas relações, dá a única chave que os pode resolver”.

Quando a gente lê sobre psicometria, vemos que o pensamento de uma pessoa fica gravado nos objetos que ela usa; por isso, é possível que, depois de muito tempo, um médium possa captar informações da vida dessa pessoa, tomando contato com esses objetos. A pergunta, que faço, é a seguinte: será que é isso que acontece quando, por exemplo, uma pessoa recebe um presente de alguém e nesse presente ela manda maus pensamentos? (Célia)

A psicometria é uma faculdade anímica ou paranormal que permite ao indivíduo captar sinais psíquicos de um objeto, quando este objeto pertenceu à alguém por muito tempo; e, mais do que isso, quando esse objeto representou algo de especial para seu proprietário, que permaneceu ligado a ele (ainda que inconscientemente) por fortes lembranças do passado. Vemos esse fenômeno no livro “NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.

O caso mais interessante no capítulo, intitulado “Psicometria”, é o de uma moça, que sofreu uma grande desilusão amorosa numa época distante. Ou melhor, ela – que morava no Brasil, na época colonial – ficou esperando o noivo, que foi para a Europa, casou com outra mulher e não mais voltou. Quando a equipe do Espírito Áulus ( da qual André Luiz fazia parte) visitou um museu, percebeu a presença dessa moça (em espírito), junto a um espelho, que tinha sido presenteado por esse rapaz. Naquele momento, André pode ler a história da jovem, que se desenrolou na sua mente como um filme.

No caso, que o ouvinte coloca, no entanto, é um pouco diferente. A pessoa manda uma prenda para alguém. Ela procurou magnetizar essa prenda com seu sentimento de inveja, por exemplo, contra essa pessoa, que a recebe. Supondo que seja um alimento, ela come. Será que ela receberia as emanações negativas do alimento, que lhe causariam futuros problemas. Poderíamos dizer que, em tese, isso ainda é possível, mas que alcançar esse resultado, como se pretende, não é nada fácil.

É o próprio André Luiz que informa na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS que vivemos mergulhados num oceano de energias. Falamos do mundo em que vivemos. E o que são essas energias? Temos energias de todo tipo, inclusive as ondas eletromagnéticas produzidas por diversos tipos de aparelhos eletrônicos, até as ondas emitidas pelo telefone, pelas emissoras de rádio e televisão. Até que ponto tais ondas têm uma ação sobre nosso corpo e sobre nossa mente? A medicina ainda tem poucas informações sobre isso.

Além do mais, existem as ondas do pensamento das pessoas e das coletividades. O pensamento, segundo André Luiz, também se propaga como as energias, e nós somos suscetíveis a tais energias, ou seja, elas influenciam nossa vida. Pessimismo, indignação, revolta, ódio e propósitos de vingança permeiam a atmosfera psíquica do planeta em grande quantidade, mais do que os bons pensamentos. Contudo, existem ondas negativas muitas vezes endereçadas particularmente contra a nossa pessoa. Elas podem estar no ar ou nas coisas, nos objetos que usamos ou na casa que moramos. Elas podem nos atingir.

Isso depende de cada um de nós. O certo, porém, é que se somos influenciáveis por um lado, por outro temos a própria defesa. É a lei da natureza. Não foi por outro motivo que Jesus alertou “vigiai e orai”. Funciona nos mesmos moldes das chamadas doenças infecciosas, como a gripe, por exemplo. Vírus e bactérias nocivas estão por toda parte. Se o nosso organismo não tiver defesa suficiente contra um determinado agente infeccioso, ele acaba adoecendo. Do mesmo modo, as cargas de pensamento destruidor que projetam contra nós. Podemos assimilá-las ou não. Como vai sua defesa?

Neste caso, estamos falando de nossa vida psíquica (espiritual), que depende de nossa conduta (atitudes e comportamento), de nossos valores morais e espirituais, de nossos sentimentos, da qualidade intrínseca de nosso pensamento. Pensamento positivo (como, por exemplo, desejo de ser útil) atrai forças positivas; sentimentos de maldade (como querer prejudicar alguém ou se vingar de uma ofensa recebida) chamam para nós cargas maléficas de igual teor. Desse modo, alguém poderá nos atingir, se encontrar em nós campo para isso; mas, se não encontrar, com certeza, não apenas não conseguirá seu intento, como correrá o risco de ter devolvido o mal, que desejou, para si mesmo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário