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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

DESENCARNADOS OS MISTIFICADORES CONTINUAM ENGANANDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Ao contrário do que muitos imaginam, a passagem pela morte não opera milagres naqueles que se reconhecem sobreviventes numa realidade muito próxima desta em que nos encontramos. Especialmente naqueles que se julgam sábios, iludidos pelo orgulho que os torna presunçosos e pretensiosos. E através de médiuns invigilantes e vaidosos com os quais se afinam pelas suas limitações espirituais, continuam a influenciar, enganando os ignorantes das Verdades propaladas pelo Espiritismo. Na atualidade, engrossam o espaço das prateleiras das livrarias espíritas ou não, livros e mais livros de conteúdo discutível. Perguntam alguns, “por que, permite Deus que os bem-intencionados sejam enganados por aqueles que os deveriam esclarecer?...” No número de agosto de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec opina sobre a questão dizendo: – O mundo corpóreo, retornando ao Mundo Espiritual pela morte, e o Mundo Espíritual, fazendo o caminho inverso pela reencarnação, resulta que a população normal do espaço que circunda a Terra é composta de Espíritos provenientes da Humanidade terrestre. Sendo esta Humanidade uma das mais imperfeitas, não pode dar senão produtos imperfeitos, razão por que à sua volta pululam os Espíritos maus. Pela mesma razão, nos mundos mais adiantados, onde o Bem reina sem limite, só há Espíritos bons. Admitindo isto, compreender-se-á que a intromissão, tão frequente, dos Espíritos maus nas relações mediúnicas é inerente à inferioridade do nosso Globo; aqui se corre o risco de ser vítima dos Espíritos enganadores, como num País de ladrões o de ser roubado. Não se poderia perguntar, também, por que permite Deus que pessoas honestas sejam despojadas por larápios, vítimas da malevolência e alvo de toda sorte de misérias? Perguntai antes por que estais na Terra, e vos será respondido que é porque não merecestes um lugar melhor, salvo os Espíritos que aqui estão em missão. É preciso, pois, sofrer-lhe as consequências e envidar esforços para dela sair o mais cedo possível. Enquanto isto é necessário esforçar-se por se preservar das investidas dos Espíritos maus, o que só se consegue lhes fechando todas as brechas que lhes poderiam dar acesso em nossa alma, a eles se impondo pela superioridade moral, a coragem, a perseverança e uma fé inabalável na proteção de Deus e dos Espíritos bons, no futuro que é tudo, ao passo que o presente nada é. Mas como ninguém é perfeito na Terra, ninguém se pode vangloriar, sem orgulho, de estar ao abrigo de suas malícias de maneira absoluta. Sem dúvida a pureza de intenções é importante; é a rota que conduz à perfeição, mas não é a perfeição e, ainda, pode haver, no fundo da alma, algum velho fermento. Eis por que não há um só médium que não tenha sido mais ou menos enganado. A simples razão nos diz que os Espíritos bons não podem fazer senão o bem, pois, do contrário, não seriam bons, e que o mal só pode vir dos Espíritos imperfeitos. Portanto, as mistificações só podem provir de Espíritos levianos ou mentirosos, que abusam da credulidade e, muitas vezes, exploram o orgulho, a vaidade ou outras paixões. Tais mistificações têm o objetivo de pôr à prova a perseverança, a firmeza na fé e exercitar o julgamento. Se os Espíritos bons as permitem em certas ocasiões, não é por impotência de sua parte, mas para nos deixar o mérito da luta. A experiência que se adquire à sua custa sendo mais proveitosa, se a coragem diminuir, é uma prova de fraqueza que nos deixa à mercê dos Espíritos maus. Os Espíritos bons velam por nós, assistem-nos e nos ajudam, mas sob a condição de nos ajudarmos a nós mesmos. O homem está na Terra para a luta; precisa vencer para dela sair, senão fica nela.




Vejo pessoas doentes, que passaram uma vida atribulada por diversos males orgânicos. Pergunto: todas as enfermidades foram por ele solicitadas antes de reencarnar ou toda doença tem ascendentes espirituais? (Leninha)


Em primeiro lugar, Leninha, devemos considerar que as doenças fazem parte de nossa experiência na Terra. Falando de doenças orgânicas, todos os corpos – seja do ser humano, seja dos animais, seja dos vegetais – adoecem. As disfunções, que causam doenças, no entanto dependem de vários fatores, próximos ou remotos, e um deles é a própria imperfeição do corpo. Por mais perfeito seja um corpo, ele possui imperfeições, que vêm sendo corrigidas ao longo da evolução da espécie. Logo, todo Espírito, ao reencarnar, já vai contar necessariamente com as enfermidades e com a morte.


Uma das causas das enfermidades é, portanto, a necessidade de evolução. Ao reencarnarmos, estando procurando dar um impulso à evolução e, portanto, precisamos experimentar o que André Luiz chama de “dor-evolução”. Mas isto falando de uma maneira geral – o que acontece com todas as pessoas. Nos casos particulares, cada caso é um caso, cada Espírito tem seu próprio roteiro e cada um reage à sua maneira a esses problemas, dependendo dos valores espirituais que traz consigo. Além da questão evolutiva, que todos devem passar, as doenças podem provir de outras diversas causas.


A pessoa pode sofrer por expiação: repercussões dos erros e abusos cometidos em vidas anteriores, que atingiram diretamente o perispírito e que, mais cedo ou mais tarde, se manifestam. Geralmente, os que sofrem por expiação tendem a ser inconformados, revoltados. Mas a doença também ser provação: situações difíceis e sofridas que ele próprio escolheu, com o objetivo de aprender para evoluir espiritualmente. Quando o sofrimento se dá por provação, a pessoa é mais contida, mais conformada. Porém, o sofrimento por vir também por ignorância, negligência ou mesmo abuso: quando a pessoa não se cuida ou não se cuidou como deveria, não deu importância, abusou da saúde, sujeitando-se a situações de risco.


Há casos, entretanto, em que o estado prolongado ou permanente de enfermidade física seja consequência de um comprometimento de ordem emocional, dificuldade de enfrentar problemas. Há muitos casos de enfermos emocionais, pessoas que carecem de autoconfiança, de fé em Deus, que podem perder a auto-estima, recorrendo à doença como fuga ou como forma de autopunição. Há casos em que ela passa a vida inteira doente – ora com uma coisa, ora com outra – como autopiedade, uma forma inconsciente de chamar a atenção dos outros sobre si. Muitas vezes, a doença é a repercussão do quadro emocional de desequilíbrio que traz dentro de si, demonstrando que precisa de ajuda para aprender a se valorizar.

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