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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O ESPIRITISMO E A INFERTILIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O grande número de casais frustrados diante da dificuldade de gerar filhos do próprio sangue leva-os a buscar respostas não obtidas através dos especialistas no assunto em meio a exaustivos exames físicos. O Espiritismo tem algo a dizer sobre o assunto. O esclarecimento a seguir pertence ao Espírito André Luiz que, como se sabe, exerceu a Medicina em sua ultima existência em nossa Dimensão. Diz ele no livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb, 1958): - Segundo o princípio universal do Direito Cósmico a expressar-se, claro, no ensinamento de Jesus que manda conferir “a cada um de acordo com as próprias obras”, arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça Eterna, os nossos débitos jazem associados. Em face de semelhantes fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as consequências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitoriamente, ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie. (...) A mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de produção a tempo certo. Isso ocorre não somente porque o remorso se lhes entranhe no Ser, à feição de víbora magnética, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino. No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para exculpar-lhes a deserção. Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais graves. O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesamaternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia. Dessarte, ressurgem na vida física, externando gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas, mucíparas e intercalares não dispõem da força precisa na mucosa tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também certas síndromes hemorrágicas de suma importância, decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação baixa ou a placenta prévia hemorragípara que constituem, na parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal em desajuste. Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem, flagelando a vida feminina. (...) Temos ainda a considerar que a mulher sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se lhe evidenciarem na existência próxima.



O que significa “daí de graça o que de graça recebestes”? Devemos ajudar sempre as pessoas, mesmo que isso custe o sacrifício de nosso salário? (João)


A recomendação de Jesus é muito clara, mas, mesmo assim, devemos refletir sobre ela, João. As coisas óbvias - isto é, aquelas que se mostram mais claras, mais evidentes para todo mundo - geralmente são também as mais difíceis. Jesus, que ensinou o “amor ao próximo”, considerou que, se recebemos o amor de graça, devemos dá-lo de graça também. As pessoas, que nos amam – como nossos pais, por exemplo – não nos cobram esse amor. Amor é um sentimento, que se tem em relação às pessoas, é querer-lhes o bem, é ficarmos felizes com a sua felicidade e nos solidarizarmos com elas, quando passam por situações difíceis.


O amor não nos custa nada: pelo contrário, ele nos dá satisfação e alegria. Quando amamos, na verdade, não amamos porque o outro nos pede ou exige esse sentimento de nós – amamos porque sentimos afeição pela pessoa amada - simplesmente por isso. O amor é um sentimento gostoso. Logo, como não deve custar nada o amor que recebemos daqueles que nos querem bem, também devemos amar incondicionalmente, ou seja, sem exigir nada em troca; caso contrário, não é amor. Na prática, o amor é saber servir, é estar próximo, é estar pronto, é agir sempre em benefício do outro. É a colaboração, é a compreensão, é a desculpa, é o perdão.


Quanto aos médiuns, a Doutrina Espírita nos lembra continuamente que a mediunidade é um dom do Espírito e, portanto, deve ser exercida gratuitamente. O médium não deve cobrar absolutamente nada pelo serviço mediúnico, pois, é através dessa faculdade, que os bons Espíritos nos ajudam e nos socorrem. Como esses bons amigos não nos cobram nada, também não temos o direito de pôr preço pelo que fazemos. Sendo assim, o Espiritismo está sempre nos alertando contra o profissionalismo na mediunidade. Alerta também todos os consulentes em relação aos médiuns que cobram ou que pedem alguma recompensa pelo seu trabalho, principalmente porque muitos fazem da mediunidade m meio de vida ou uma profissão rendosa, sem considerar os que exploram e enganam o povo.


Contudo, quando falamos em profissão, estamos nos referindo ao nosso sustento, ao nosso meio de subsistência, que é a base financeira de nossa vida, necessária e indispensável a todos nós nos dias de hoje. Não devemos confundir uma coisa com outra. Todavia, nada impede que o profissional seja caridoso, mesmo no exercício de sua profissão, quando sabe que está lidando com clientes necessitados. Mas isso é uma atitude pessoal, espontânea, que deve fluir naturalmente em casos especiais.


Alias, o profissional deve valorizar a sua profissão, para valorizar também seus companheiros que atuam na mesma área e que precisam sobreviver com dignidade. Mas isso não quer dizer que deve ser intransigente em todos os casos, porque, em algum momento, deverá pôr o sentimento acima do dever; caso contrário, lhe faltaria o princípio da caridade. Por isso, é recomendável que os profissionais de todas as profissões, quando sentem que devem dar algo de si, o façam num lugar certo e num momento certo: por exemplo: em instituições adequadas. Por outro lado, nenhum de nós tem o direito de se prevalecer desse sentimento para se beneficiar a custa do sacrifício daquele que trabalha para ganhar o seu sustento. Isto seria falta de caridade.




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