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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

OPINIÕES SIGNIFICATIVAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Quando da primeira das duas viagens feitas pelos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira aos Estados Unidos e Europa em 1965 com finalidades de intercâmbio entre o Espiritismo brasileiro e o Espiritualismo de vários países, vários fatos curiosos ocorreram envolvendo os médiuns e os Espíritos que os acompanharam. Um deles, uma interessante entrevista com o pioneiro espírita Gabriel Dellane, efetuada pelo Espírito André Luiz no dia 20 de agosto de 1965, em Paris. Pela atualidade e oportunidade das respostas às 20 questões a ele formuladas, destacamos algumas para reflexão: 1- Considera que isso tenha atrasado a marcha do Espiritismo? - De modo algum. Legiões de companheiros da obra de Allan Kardec reencarnaram, não só na França, mas igualmente em outros países, notadamente no Brasil, para a sustentação do edifício kardequiano. 2- Admite que os princípios espíritas estão caminhando lentamente no mundo? - Não penso assim... As atividades espíritas contam pouco mais de um século e um século é período demasiado curto em assuntos do espírito. 3- Para que aspecto devemos, conduzir a pesquisa científica na Terra? - Devemos estimular os estudos em torno da matéria e da reencarnação, analisar o reino maravilhoso da mente e situar no exercício da mediunidade as obras da fraternidade, da orientação, do consolo e do alívio às múltiplas enfermidades das criaturas terrestres... 4- Que mais? - Velar pelas atividades que possam, na realidade, melhorar a individualidade por dentro... 5- Onde os percalços maiores para a expansão da doutrina Espírita? - Em nossa opinião, os maiores embaraços para o Espiritismo procedem da atuação daqueles que reencarnam, prometendo servi-lo, seja através da mediunidade direta ou da mediunidade indireta, no campo da inspiração e da inteligência, e se transviam nas seduções da esfera física, convertendo-se em médiuns autênticos das regiões inferiores, de vez que não negam as verdades do Espiritismo, mas estão prontos a ridiculariza-las, através de escritos sarcásticos ou da arte histriônica, junto dos quais encontramos as demonstrações fenomênicas improdutivas, as histórias fantásticas, o anedotário deprimente e os filmes de terror. 6- Como vê semelhantes deformações? 54 - Os milhões de Espíritos inferiores que cercam a Humanidade possuem seus médiuns. Impossível negar isso. 7- De que modo vencer no labirinto gigantesco em que opera a influência das sombras? - Educando... 8- Como? - Explicando-se, tanto nos sistemas religiosos do Ocidente, quanto nos do Oriente, que a pessoa humana em qualquer lugar e em qualquer tempo somente possui o que ela fez de si própria. 9-. Exprimindo-se, desse modo, refere-se à necessidade da divulgação da Doutrina Espírita? - Sim. 10- Mas, segundo o seu conceito, a divulgação terá de efetuar-se de pessoa a pessoa. Teremos entendido certo? - Sim, de pessoa a pessoa, de consciência a consciência. A verdade a ninguém atinge através da compulsão. A verdade para a alma é semelhante à alfabetização para o cérebro. Um sábio por mais sábio não consegue aprender a ler por nós. 11- Não considerará, porém, que esse processo é moroso demais para a Humanidade? - Uma obra-prima de arte exige, por vezes, existências para o artista que persegue a condição do gênio. Como acreditar que o esclarecimento ou o aprimoramento do espírito imortal se faça tão só por afirmações labiais de alguns dias?



Por que Deus permite que pessoas boas e honestas sejam enganadas por malandros, aproveitadores e sem caráter, como é o caso do conto do bilhete premiado, que tem feito muitas vítimas? Essas pessoas não têm proteção espiritual? Como se explica isso? (Suellen)


Aí está mais um caso, que não podemos entender, se não for pela lei da reencarnação. Considerar apenas que pessoas boas e honestas possam ser exploradas por espertalhões desonestos que, muitas vezes, driblam a própria lei e a justiça, seria entender que a vida é injusta para uns e muito benevolente para outros. Entretanto, é o que vemos em todas as épocas. Sempre houve exploradores e explorados, dominadores e dominados, espertalhões e ingênuos. Se a vida fosse uma única, tudo não passaria de uma deslavada injustiça.


Acontece que todos passamos pela vida, nas mais variadas situações, para evoluir, aprendendo com novas experiências. Os erros não se justificam por si mesmos, mas eles contribuem para a evolução, porque a Lei de Deus é tão perfeita que do mal faz surgir o bem: nada se perde no universo, nem mesmo os erros – tudo pode ser reciclado, assim como reciclamos o lixo aparentemente imprestável. Acontece que cada um tem seu próprio aprendizado. O bom precisa aprender a não ser tão ingênuo e o espertalhão precisa aprender a respeitar o direito dos outros. Quanto mais depressa vencermos essas etapas do aprendizado, mais depressa conquistaremos uma condição evolutiva melhor


Além disso, no caso específico do bilhete premiado, temos de considerar que os mal intencionados costumam pegar suas vítimas no seu ponto fraco. O dinheiro exerce sobre nós grande fascínio. Por isso é um terreno perigoso, que costuma nos surpreender. Quando uma pessoa é acenada por uma grande quantia de dinheiro, ela pode ficar tão encantada com a proposta que perde a noção de realidade. Começa a funcionar na sua mente uma espécie de fantasia, pelo que o dinheiro lhe representa, de tal forma que, por alguns instantes, ela fica fora da realidade, totalmente envolvida e sem resistência...


Por outro lado, a atuação de nossos protetores, conforme podemos ler em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, depende muito de nossas condições intimas. É como um pai, que aconselha e orienta, mas nem sempre consegue alertar o filho contra os perigos da vida. Na verdade, nunca nos falta proteção; o problema é que nem sempre estamos abertos às intuições que recebemos. As vítimas dos estelionatários, em grande parte, chegaram a hesitar por alguns instantes diante da proposta de suas propostas, mas, em seguida, elas se deixaram fascinar novamente.


Nesse sentido, qualquer um pode ser facilmente enganado, - e que isso lhe sirva de lição para suas futuras experiências. Aqueles, porém, que já superaram essa etapa do fascínio pelas coisas fáceis – principalmente pelas promessas mirabolantes - acham-se imunes a esse tipo de assédio e não se rendem com tanta facilidade. Devemos ser prudentes. Aliás, todos temos a obrigação de saber – e os pais de ensinar aos seus filhos – que, na vida, nada de bom se obtém com facilidade e tudo, que é muito fácil, também é extremamente perigoso.


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