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domingo, 16 de fevereiro de 2025

PROFUNDA BELEZA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Na prodigiosa contribuição do Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier, existem textos que revelam superior inspiração. Um deles, ao que tudo indica, constituiu-se em mensagem dirigida a um grande trabalhador da Doutrina Espírita, desencarnado em acidente automobilístico em 1978, aos 65 anos de idade. Seu nome Rubens Romanelli, cujo histórico de vida revela um Espírito que cumpriu um programa reencarnatorio marcado por extremas dificuldades, mas que certamente cumpriu a maioria dos desafiantes itens previstos. Tendo iniciado sua vida profissional aos onze anos o que impossibilitou continuar os estudos, aos 21 anos, em seis meses fez o chamado curso de madureza, aos 26, ingressou por vocação na Faculdade de Filosofia, ingressando, posteriormente no magistério onde lecionou durante alguns anos, para, posteriormente, dedicar-se a professor na mesma Faculdade em que se formara, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais. A suposição baseia-se no fato de que o texto pode ser encontrado em duas obras. A primeira, em PRIMADO DO ESPÍRITO (2000;Lachâtre), próprio Romanelli, publicada inicialmente pelos fins da década de 50. A segunda, no livro PAZ E LIBERTAÇÃO, (1966; CEU), de Autores Diversos. A suposição prende-se ao início da primeira transcrição onde o autor dirige-se ao destinatário “Meu filho”. Na segunda, o tratamento é omitido. Excetuando-se o título – na primeira QUANDO e na segunda MEDITAÇÃO e, o final da primeira em que se observa um paragrafo a mais, todo o resto é de profunda beleza. O teor da carta é o seguinte: 

- “Quando, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: "eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas”.

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: "eu sou a luz, sob cujos raios te aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!"

Quando se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: "eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobrepôrte às adversidades do mundo!"

Quando inclementemente te açoitarem os vendavais da sorte e se já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: "eu sou o refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!..."

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: "eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis."

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por mim: "eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!"

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: "eu sou a sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à excelsitude de teus ideais!"

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!"

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim: "eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!"

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: "eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!"

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim: "eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!"

Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim: "eu sou a renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!"

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

"Chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito! Eu, sou JESUS!"




AMOR E PECADO (14out2007


A questão do Cristiano é a seguinte: “ Segundo o Espiritismo, a frase de Pedro, “o amor cobre a multidão de pecados” pode se aplicar aos que desistiram de viver nas suas próximas existências? Eles podem escapar das consequências morais de tão radical atitude?”


A afirmação de Pedro revela uma grande sabedoria. Sendo o bem o objetivo da vida – pois a essência do bem é o próprio Deus – tudo que fazemos nessa direção só pode nos levar à felicidade. Como somos imperfeitos, não temos como não errar, mas o bem que fazemos é a forma pela qual nos desvencilhamos dos erros cometidos, no sentido de corrigir em nós as falhas que ainda trazemos. Por isso, no bem está a nossa porta de salvação, o que levou Kardec a dizer “fora da caridade não há salvação”.


A lei de Deus é perfeita, e ela está assentada sobre o princípio dito por Jesus, “a cada um segundo as suas obras”. Em razão disso, ninguém está perdido. Não há perdição eterna, porque o bem existe sempre, enquanto que o mal (decorrente da imperfeição) é passageiro, razão pela qual o mais sublime na caminhada evolutiva do Espírito é o fato de ele poder se levantar e, em lugar do mal, passar a fazer o bem.


O que toma essa atitude contra si mesmo, como qualquer outro, é alguém doente que, por fraqueza moral, fugiu da vida – ou porque se julgou incapaz de viver, ou porque se revoltou, ou porque achou que não havia outra saída, ou ainda porque foi instigado a acabar com a própria vida. Existem inúmeras causas do suicídio: nenhuma delas que se justifique, mas todas perfeitamente compreensíveis por causa das péssimas condições do Espírito humano. É claro que todos vão responder por isso: respondemos por tudo que fazemos. Quando a nossa ação é contra nós mesmos a dor parece maior, porque esse é o nosso maior compromisso e primeira responsabilidade: com a própria vida.


Entretanto, como qualquer outro, terá outra oportunidade sempre. Se não tivesse, Deus não seria bom nem misericordioso. Aquele que se foi desta vida por esse triste caminho é tão digno de amor quanto qualquer outro dos filhos de Deus e, não podemos esquecer, de que todos nós estamos sujeitos sempre a muitos erros e a muitos enganos. Mas, mesmo assim, há salvação, porque há oportunidade. E a melhor oportunidade é aquela que nos coloca, frente à frente, com o serviço que vamos realizar através da nossa própria doação pessoal. Portanto, Cristiano, todos temos novas oportunidades. Mas isso não quer dizer que vamos “escapar” das consequências de nossos erros.


Na verdade, não escapamos ilesos de nenhum erro cometido. O que podemos fazer é atenuar a nossa dor, quando respondemos com atitudes positivas que nos fazem aproximar do próximo e fazer pelos outros aquilo que queremos que os outros façam por nós. Há Espíritos suicidas, de tal forma abalados com o mal que fizeram para si mesmo, que renascem em condições bastante precárias de vida; mas existem outros, que já andaram mais, que já conhecem mais: eles voltam a esta vida com a disposição de repararem o erro cometido através do serviço pelo próximo e pelo bem-comum.

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