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segunda-feira, 10 de março de 2025

UM DIÁLOGO SURPREENDENTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

       A pergunta inesperada surgiu em reunião publica interativa com frequentadores e trabalhadores de Grupo Espírita da Capital paulista:-Existem reencarnações planejadas nos Planos Espirituais Inferiores? A memória no momento resgatou informação reproduzida em livro de importante médium, dizendo que a reencarnação de Hitler se dera por gestões do tipo. Pesquisando as obras do ‘reporter’ Andre Luiz através de Chico Xavier, encontramos interessante esclarecimento na intitulada AÇÃO E REAÇÃO (feb, 1957). O referido livro desdobra-se num anexo sob a jurisdição da Colônia Nosso Lar denominado Mansão da Paz situado nas regiões espirituais sombrias da Terra, dedicado ao resgate de Espíritos que devem ser encaminhados para os processos reencarnatórios previstos para os alunos da escola chamada Terra. Em dialogo com Silas, um assessor do dirigente Druso, o autor espiritual registra:Para que me faça compreendido, convém esclarecer que, se existem reencarnações ligadas aos planos superiores, temos aquelas que se enraízam diretamente nos planos inferiores. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui também os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. – Quer dizer – exclamei – que, em boa lógica terrena, e utilizando-me de uma linguagem de que usaria um homem na experiência física, há reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais... – Sim. Como não? Valem como preciosas oportunidades de libertação dos círculos tenebrosos. E como tais renascimentos na carne não possuem senão característicos de trabalho expiatório,em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados daqui mesmo, por benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor. – E, nesses casos – aduzi –, o Instrutor Druso dispõe da necessária delegação de competência para resolver os problemas dessa espécie? – Nosso dirigente – falou o amigo prestimoso –, como é razoável, não goza de faculdades ilimitadas e esta instituição é suficientemente ampla para absorver-lhe os maiores cuidados. Entretanto, nos processos reencarnatórios, funciona como autoridade intermediária. – De que modo? – Duas vezes por semana reunimo-nos no Cenáculo da Mansão e os mensageiros da luz, por instrumentos adequados, deliberam quanto ao assunto, apreciando os processos que a nossa casa lhes apresenta. – Mensageiros da luz? – Sim, são prepostos das Inteligências angélicas que não perdemde vista as plagas infernais, porque, ainda que os gênios da sombra não o admitam, as forças do Céu velam pelo inferno que, a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. E, sorrindo: – Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiritual, a fim de que nos habilitemos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela convenientemente. . .



Por que existem pessoas, que nascem com deficiência física e que aceitam com naturalidade essa condição, enquanto outras se tornam revoltadas, e querem culpar os outros, como se eles tivessem culpa de seu problema?


- Há várias causas que concorrem para essas duas situações. A causa mais comum, entanto, está na condição espiritual da pessoa. Alguns Espíritos reencarnam com deficiência ( outros acabam deficientes no transcorrer da encarnação) para poderem encarar tais situações e aprenderem a se superar, desenvolvendo virtudes como paciência, resignação e perseverança. São Espíritos, que já alcançaram um determinado nível de desenvolvimento moral e, por isso, assumem esse compromisso consigo mesmos, como quem vai ser submetido a uma prova muito difícil. Nestes casos, esses Espíritos são resignados, aceitam suas limitações físicas como desafios e não como castigo de Deus.


Por outro lado, existem aqueles que não se conformam com suas limitações. Não foram eles que as escolheram – a condição de limitação lhes foi imposta pela lei natural. Nestes casos, geralmente, mostram-se insatisfeitos, revoltados. Tomam o problema como castigo de Deus e, porque não se acham de bem consigo mesmos, eles projetam nos outros seus problemas, percebendo uma grande injustiça pelo fato de terem vindo com tais limitações, enquanto outros gozam de plena saúde.


Aqueles, que não se revoltam, não obstante sua condição, são Espíritos que vêm para nos dar lição de resignação e coragem. Aqueles, que se rebelam, são Espíritos que estão amargando erros do passado. Veja, portanto, que, embora passando pela mesma situação, cada um vai reagir a seu modo, dependendo de onde espiritualmente ele se encontra. Alguns se encontram no céu, outros no inferno, entendendo que céu e inferno são estados de alma.


Quando a gente se depara com a situação assim, deve dar mais atenção àquele que se rebela. Ele tem mais necessidade de esclarecimento que o outro. Para diminuir seu sofrimento, que decorre mais de seu estado intimo, ele vai precisar de esclarecimento sobre o significado da vida. Aqueles, que aceitam a reencarnação como instrumento da evolução, já não têm motivos para se rebelar contra os outros e contra si mesmos.

domingo, 9 de março de 2025

SERÁ A SOLUÇÃO NO FUTURO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Intelectual expressando-se sobre as mudanças pretendidas na legislação brasileira sobre o aborto comentou que pesquisa recente efetuada com jovens indica o crescimento expressivo dos que afirmam não pretender ter filhos. Confirmando-se a tendência, surge a pergunta: o que será da espécie humana no futuro? Considerando, segundo o Espiritismo, a importância do corpo físico no processo evolutivo e que na nossa Dimensão seguimos a direção induzida pela Espiritualidade de onde muitos dos avanços observados ao longo do século 20 nada mais são que a materialização do já existente nas realidades vibratórias adjacentes ao chamado Plano Material. Aí uma nova possibilidade: não será a reprodução assistida um prenúncio do amanhã no que se refere à disponibilização de corpos para a continuidade da vida física? O médium Chico Xavier, deixou-nos algumas pistas. A primeira registrada pelo Advogado e escritor Rafael Ranieri, amigos desde o final dos anos 40, que em 1969, após longo tempo, em visita a Chico em Uberaba, participando de bate-papo na casa do médium, ante a pergunta de alguém sobre pesquisas objetivando a replicação humana em laboratório, ouviu-o dizer: -“ A Ciência vai desenvolver o Ser humano em laboratório. Os cientistas vão fabricar um enorme útero e aí dentro vão gerar o Ser. Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar. Aí libertarão a mulher do parto. E tem outra coisa: nesse útero, os Espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a ciência vai conseguir isso. O avanço da Ciência é obra da Espiritualidade”. No ano seguinte, em entrevista a jornal uberabense, voltaria ao assunto esclarecendo: - O Espirito Emmanuel diz que o nosso respeito à Ciência deve ser inconteste e que o progresso da ciência é infinito, porque a solução do problema do tubo de ensaio, para o descanso do claustro materno é viável. Mas, restará à Ciência um grande problema, o problema do amor com que o Espírito reencarnante é envolvido no lar pelas vibrações de carinho, de esperança, ternura, confiança de pai e mãe, no período também da infância, em que a criança é rodeada de amor, muito mais alimentada de amor do que de recursos nutrientes da terra! Vamos ver como é que a Ciência poderá resolver este problema para que não venhamos a cair em monstruosidades do ponto de vista mental. Dias depois em conversa após o encerramento das atividades publicas com a mediunidade, disse que ‘no futuro, o Ciência libertará a mulher de gerar o filho no claustro materno. Teremos bancos de sêmem com doadores selecionados. O controle será de acordo com os óbitos e os homens de laboratório serão responsáveis pelos tubos de ensaio’. Ante o espanto causado, acrescentou: -‘Como é que nós nascemos? Nascemos como grama. Isso não vai continuar assim. No futuro haverá organização mais controlada. Mas tudo isso só acontecerá quando tivermos governos magnânimos. Quem sabe daqui uns bons tempos... Vamos aguardar. Os aparelhos poderão ser instalados no reduto do lar para receber as vibrações de amor dos pais, haverá mais fecundação espiritual do que material’. Como a história registra, 8 anos depois, em 1978, as experiências desenvolvidas resultaram no sucesso da primeira criança criada como se diz através do tubo de ensaio, naturalmente se servindo de outro corpo humano para promover a gestação após a implantação de óvulos fecundados através do processo conhecido como reprodução assistida. Os avanços não ficaram por aí, resultando na progressiva evolução. Talvez no tempo presumível apontado por Chico décadas atrás, consiga-se consumar-se renascimentos fora dos mecanismos que impõe à mulher tantos sacrificios.




No caso de uma criança nascer com deficiência mental grave e permanecer o tempo todo desse jeito, o Espírito se sente prisioneiro do corpo? Isso para ele é um castigo?


Não devemos ver tais situações como castigo. Essas encarnações ocorrem, em geral, para que o Espírito se recupere de problemas e conflitos que ele criou para si mesmo. O problema está no perispírito que, quase sempre, já sofreu lesões em suas estruturas mais íntimas e que transmite esses desarranjos para o corpo, seja na formação do genoma ou em algum acidente no ventre materno.


Explicamos melhor. Todos nós, quando cometemos graves erros - erros que se voltam contra nós em forma de culpa ou de remorso, que nos perseguem o tempo todo - tendemos a nos punir. Há pessoas que, não suportando o peso da consciência culpada, se suicidam. Esse ato de violência contra si próprio acaba lesionando profundamente as estruturas do perispírito, que é o corpo espiritual.


A reencarnação do Espírito, portador de deficiência, vai lhe propiciar oportunidade de vivenciar algumas experiências que vão ajudá-lo a se reabilitar, enquanto encarnado. A vida, na Terra, tem como principal meta a evolução e não a punição. Caso o Espírito tenha uma boa recepção por parte de sua família, principalmente compreensão e amor ( que é o que mais necessita), e venha ser estimulado através de uma educação adequada, mesmo não se recuperando nesta vida, ele vai chegar no plano espiritual com melhores condições do que aqui chegou. E isso vai ser um passo importante no seu desenvolvimento.


sexta-feira, 7 de março de 2025

POUCOS SABEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Corria o ano de 1962, a densidade demográfica do Planeta aumentava vertiginosamente e na mesma intensidade os problemas existências enfrentados pelos seres humanos. Na cidade de São Paulo, uma das mais atuantes instituições inspiradas pelo Espiritismo, localizada na região central da capital paulista recebia diariamente centenas de criaturas sequiosas de orientação. A mão de obra qualificada para atendê-las consistia num dos desafios aos dirigentes da casa. Voluntários dedicados à tal responsabilidade precisavam deter informações seguras e, por essa razão, dirigiram ao Espírito Emmanuel uma série de perguntas que englobavam a média das necessidades comuns. Este por sua vez, solicitou aos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, à época uma parceria promissora, servissem de veículo para que o Instrutor Espiritual filtrasse para nossa Dimensão suas opiniões sobre os temas. Assim nasceu o opúsculo LEIS DE AMOR (feesp, 1963). Pela atualidade de seu conteúdo, reproduzimos a seguir algumas das respostas para reflexões:O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? - A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiÊncia evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido. Qual a relação existente entre doenças e a Justiça? - No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos. - O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria? - Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos. Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma? - Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual. Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra? - Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial. -Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo? - Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores. Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer? - Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios. Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina? - Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinqüiram. - A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária? - A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.



Uma pessoa, que nunca vi antes, de repente surge à minha frente e eu me encanto por ela. É possível que a gente esteja se reencontrando, que essa lembrança venha de outra encarnação? O Espiritismo acredita no amor à primeira vista? (Anônima)


Possível é. Entretanto, a pretexto de acreditarmos na reencarnação, não devemos nos fiar inteiramente nisso. Tudo em nossa vida deve ser certificado. Certificar-se é procurar se assegurar de que estamos tomando o caminho certo. Em matéria de amor romântico, muitos jovens se deixam levar pelo primeiro impulso, obliteram a razão e acabam se precipitando. Soltar-se inteiramente, abstendo-se do raciocínio, é sempre um risco que todos corremos, quando estamos empolgados por uma idéia, principalmente quando estamos nos sentindo muito carentes de afeto. Por isso, é preciso ver que fase da vida estamos vivendo, buscar conhecer mais a pessoa e ouvir opinião de pessoas confiáveis.


A Doutrina Espírita nos recomenda cautela e, mesmo assim, ninguém está livre do erro, mas, quando somos cuidadosos, a probabilidade de errar é menor. De fato, podemos trazer resquícios de lembranças passadas em relação a pessoas que conhecemos, mas podemos também confundir uma pessoa com outra devido à semelhança de personalidade. Como dissemos, tudo que se relaciona com o nosso futuro, principalmente os compromissos mais sérios que vamos assumir, requer o necessário exame, contrabalançando sentimento e razão, sem o entusiasmo avassalador da paixão, mas, também, sem a frieza incômoda do raciocínio.





quinta-feira, 6 de março de 2025

SERÁ A SOLUÇÃO NO FUTURO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Intelectual expressando-se sobre as mudanças pretendidas na legislação brasileira sobre o aborto comentou que pesquisa recente efetuada com jovens indica o crescimento expressivo dos que afirmam não pretender ter filhos. Confirmando-se a tendência, surge a pergunta: o que será da espécie humana no futuro? Considerando, segundo o Espiritismo, a importância do corpo físico no processo evolutivo e que na nossa Dimensão seguimos a direção induzida pela Espiritualidade de onde muitos dos avanços observados ao longo do século 20 nada mais são que a materialização do já existente nas realidades vibratórias adjacentes ao chamado Plano Material. Aí uma nova possibilidade: não será a reprodução assistida um prenúncio do amanhã no que se refere à disponibilização de corpos para a continuidade da vida física? O médium Chico Xavier, deixou-nos algumas pistas. A primeira registrada pelo Advogado e escritor Rafael Ranieri, amigos desde o final dos anos 40, que em 1969, após longo tempo, em visita a Chico em Uberaba, participando de bate-papo na casa do médium, ante a pergunta de alguém sobre pesquisas objetivando a replicação humana em laboratório, ouviu-o dizer: -“ A Ciência vai desenvolver o Ser humano em laboratório. Os cientistas vão fabricar um enorme útero e aí dentro vão gerar o Ser. Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar. Aí libertarão a mulher do parto. E tem outra coisa: nesse útero, os Espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a ciência vai conseguir isso. O avanço da Ciência é obra da Espiritualidade”. No ano seguinte, em entrevista a jornal uberabense, voltaria ao assunto esclarecendo: - O Espirito Emmanuel diz que o nosso respeito à Ciência deve ser inconteste e que o progresso da ciência é infinito, porque a solução do problema do tubo de ensaio, para o descanso do claustro materno é viável. Mas, restará à Ciência um grande problema, o problema do amor com que o Espírito reencarnante é envolvido no lar pelas vibrações de carinho, de esperança, ternura, confiança de pai e mãe, no período também da infância, em que a criança é rodeada de amor, muito mais alimentada de amor do que de recursos nutrientes da terra! Vamos ver como é que a Ciência poderá resolver este problema para que não venhamos a cair em monstruosidades do ponto de vista mental. Dias depois em conversa após o encerramento das atividades publicas com a mediunidade, disse que ‘no futuro, o Ciência libertará a mulher de gerar o filho no claustro materno. Teremos bancos de sêmem com doadores selecionados. O controle será de acordo com os óbitos e os homens de laboratório serão responsáveis pelos tubos de ensaio’. Ante o espanto causado, acrescentou: -‘Como é que nós nascemos? Nascemos como grama. Isso não vai continuar assim. No futuro haverá organização mais controlada. Mas tudo isso só acontecerá quando tivermos governos magnânimos. Quem sabe daqui uns bons tempos... Vamos aguardar. Os aparelhos poderão ser instalados no reduto do lar para receber as vibrações de amor dos pais, haverá mais fecundação espiritual do que material’. Como a história registra, 8 anos depois, em 1978, as experiências desenvolvidas resultaram no sucesso da primeira criança criada como se diz através do tubo de ensaio, naturalmente se servindo de outro corpo humano para promover a gestação após a implantação de óvulos fecundados através do processo conhecido como reprodução assistida. Os avanços não ficaram por aí, resultando na progressiva evolução. Talvez no tempo presumível apontado por Chico décadas atrás, consiga-se consumar-se renascimentos fora dos mecanismos que impõe à mulher tantos sacrificios.


Lendo a questão 459 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, acho um exagero dizer que os Espíritos dirigem nossa vida. Então, é fácil: não decidimos nada, não temos culpa de nada!...


Nesta questão, Kardec pergunta: “Os Espíritos influem nossos pensamentos e ações? Resposta: Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, muitas vezes, são eles que vos dirigem.”


A questão merece reflexão. Os desencarnados, de fato, têm influência sobre nós, da mesma forma que nós, os encarnados exercemos influência sobre eles. A única diferença entre a ação de um e de outro é que nós não vemos os Espíritos, enquanto que muitos deles podem nos ver e até nos acompanhar sem que percebamos.


Uma coisa é certa: existe influência, e não é difícil entender como isso acontece. Basta olhar para o meio social onde vivemos e vamos perceber, de imediato, que todos nós, os encarnados, estamos submersos num mar de influências, como um peixe na água. A vida coletiva – a vida social - é um emaranhado de ideias e sentimentos de que todos participamos. Se analisarmos friamente esta questão, vamos perceber que, daquilo que fazemos na vida, escolhemos bem pouco: a maior parte de nossas decisões veem da sociedade, vem da comunidade, do meio social onde vivemos, e da própria família.


Pense bem. O alimento que comemos, a roupa que vestimos, a casa onde moramos, os produtos que compramos – tudo vem por imposição da sociedade; pouca coisa é realmente escolha nossa. A televisão praticamente dirige a nossa vida. A moda, a arte, os costumes, as religiões, tudo vem da sociedade. Nenhum de nós se habilitaria a sair na rua vestido com uma roupa do século X, por exemplo. Além disso, tudo que decidimos não só de nós: depende também da esposa, dos filhos, da família, do vizinho, do chefe, etc.


- Não tomamos uma só decisão, pensando somente em nós, mas também nos outros. Somos influenciados a todo momento pelas opiniões, pelas novidades e por tudo que as pessoas e a sociedade oferecem: na maioria das vezes, sem perceber que essa influência está acontecendo. Daí porque dizemos que vivemos num mar de influências. Ora, se recebemos com tanta facilidade tais influências, que decidem muitas coisas por nós, que dirá em relação aos Espíritos que sintonizam conosco? Eles também influenciam em nossa mente de maneira sutil e imperceptível, sugerindo-nos ou dando ordens, dependendo do tipo de relação que têm conosco. Nisso está a influência espiritual.


É claro que cada um é suscetível de maior ou menor influência, dependendo da autonomia que conquistou e da relação que tem com os Espíritos. Mas isso depende de cada um. De um modo geral, respiramos o clima mental que criamos e dos quais participam encarnados e desencarnados ao mesmo tempo, influenciando em nossas decisões – às vezes, influenciando mais, de outras influenciando menos.


- Entretanto, nem por isso podemos imputar aos Espíritos a culpa pelos nossos erros. Da mesma forma que os encarnados influenciam sobre nossas decisões (quer em nível de família, de circulo de amizade ou mesmo de sociedade...), e não podemos sair dizendo que os outros são culpados pelos erros que praticamos, também não podemos dizer que os Espíritos são culpados. Como dissemos, vivemos mergulhados num mar de influências, que vêm de todos os lados, mas a última decisão sempre cabe a nós: daí o mérito ou a culpa de cada um. O fato de não perceber a presença dos Espíritos nos ajuda, mais ainda, a usar do direito de decisão – que é o que conhecemos por “livre-arbítrio”.



quarta-feira, 5 de março de 2025

PENSANDO EM MORRER. VEJA ESTE CASO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O estudo aprofundado do Espiritismo leva progressivamente a conclusão sobre a não existência de padrões que generalizam a aplicação das Leis que orientam o processo evolutivo das criaturas. O caso da desencarnação é um deles. Não existe um caso igual ao outro a partir da extinção das funções vitais do corpo físico utilizado pelo Espírito em sua passagem pela nossa Dimensão. Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA de julho de 1866 escreveu que ‘O LIVRO DOS ESPÍRITOS não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação’. Na edição definitiva desse verdadeiro tratado, obteve dos Espíritos que o auxiliavam na construção da base da Doutrina Espírita que o Espírito se encontra imediatamente com os que conheceu na Terra e que morreram antes dele, conforme à afeição que lhes votava e a que eles lhe consagravam. Muitas vezes aqueles seus conhecidos o vêm receber à entrada do mundo dos Espíritos e o ajudam a desligar-se das faixas da matéria. Encontra-se também com muitos dos que conheceu e perdeu de vista durante a sua vida terrena. Vê os que estão na Erraticidade, como vê os encarnados e os vai visitar”. E a evolução do pensamento humano foi ampliando essa visão. Na obra OBREIROS DA VIDA ETERNA, do Espírito André Luiz, pelo médium Chico Xavier, por exemplo, o autor obtém a infprmação de que “nem todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos socorristas, embora todos os fenômenos do decesso contem com o amparo da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminado. Salienta, no entanto, que a missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço perseverante do bem. A titulo de exemplo, se serve do caso de respeitável senhora, jovem ainda, que pelas disposições sadias que demonstrou no campo da benemerência social, foi ligada a dedicada corrente de serviço. Verificando-se, contudo, pequenas rusgas entre ela e o esposo, e tendo conhecimento da imortalidade da vida, além do sepulcro, desejou a pobre criatura ardentemente morrer. Tolas leviandades do marido bastaram para que maldissesse o mundo e a Humanidade. Não soube quebrar a concha do personalismo inferior e colocar-se a caminho da vida maior. Pela cólera, pela intemperança mental, criou a ideia fixa de libertar-se do corpo de qualquer maneira, embora sem utilizar o suicídio direto. Conhecia os Amigos Espirituais a que se havia unido, mas, longe de assimilar-lhes ajuizadamente os conselhos, repelia-lhes as advertências fraternas para aceitar tão somente as palavras de consolação que lhe eram agradáveis, dentre as admoestações salutares que lhe endereçavam. E tanto pediu a morte, insistindo por ela, entre a mágoa e a irritação persistentes, que veio a desencarnar em manifestação de icterícia complicada com simples surto gripal. Tratava-se de verdadeiro suicídio inconsciente, mas a senhora, no fundo, era extraordinariamente caridosa e ingênua. Não se recebeu qualquer autorização para conceder-lhe descanso e muito menos auxílio especial. Os Benfeitores de nossa Esfera, apesar de eficiente intercessão em beneficio da infeliz, somente puderam afastá-la das vísceras cadavéricas, há dois dias, em condições impressionantes e tristes. Não havendo qualquer determinação de assistência particularizada, por parte das Autoridades Superiores, e porque não seria aconselhável entregá-la ao sabor da própria sorte, em face das virtudes potenciais de que era portadora, o diretor da comissão de serviço, a que se filiara a imprevidente amiga, recolheu-a, por espírito de compaixão, em plena luta, e ela se foi, de roldão, a trabalhar por aí, ativamente, em condições muito mais sérias e complicadas”. Conclui sua ilustração dizendo quenão frutifica a paz legítima sem a semeadura necessária. Alguém, para gozar o descanso, precisa, antes de tudo, merecê-lo. As almas inquietas entregam-se facilmente ao desespero, gerando causas de sofrimento cruel”.



Gostaria de saber se Jesus Cristo comia carne. Será que ele ou a sua religião proibia o consumo de carne? (Anônimo)


- Não temos nenhum registro nos evangelhos que fale que Jesus não comesse carne ou que ele condenava o consumo de carne. Pelo contrário, o povo a que ele pertencia, os hebreus, utilizava o sacrifício de animais como forma de adoração, conforme podemos ler no Levítico, livro que trata dos cultos religiosos. Era um povo dedicado à criação: criava animais, tanto o gado bovino, como cabras e ovelhas, e se alimentava regularmente de carne. Havia, por preceito religioso, algumas proibições em relação ao consumo de determinadas carnes animais – como a do porco, por exemplo.


Se você quiser saber com detalhes que carne era permitida para consumo e que carne era proibida, segundo os preceitos religiosos, basta ler o livro “Deuteronômio”, capítulo 14, a partir do versículo 3. Jesus, porém, não se mostrou preocupado com isso. Parece que, para ele, o consumo de carne não era o problema. Sua preocupação, aliás, não estava nas coisas materiais, mas nos princípios morais, com que pretendia mudar a mentalidade do povo. Jesus queria a pureza de sentimento e a prática das boas ações. O restante para ele, pelo menos naquele momento, era de menos importância.







terça-feira, 4 de março de 2025

TRANSTORNOS MENTAIS PATOLOGICOS E OBSESSIVOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Apontado no seu surgimento como causador da loucura a quem o seguisse, o Espiritismo, na verdade representa um importante auxiliar para a compreensão dos fatores determinantes da mesma quando diz ser a vida física a continuação de um processo objetivando a evolução do Espírito. Enfim, vivíamos antes, viveremos depois experimentando os efeitos de nossas ações. Na sequência destacamos do trabalho TRANSTORNOS MENTAIS PATOLOGICOS E OBSESSIVOS – as respostas que o Espiritismo dá, disponível no YOUTUBE alguns argumentos para termos uma ideia da importância da revolucionária proposta apresentada por Allan Kardec: 1- Na REVISTA ESPÍRITA de dezembro de 1864, Allan Kardec escreve que “sem o pensamento o Espírito não seria Espírito, sendo o atributo característico do Ser Espiritual que, por sua vez, distingue o Espírito da matéria”, acrescentando que Vontadeé o pensamento chegado a um certo grau de energia, é o pensamento transformado em força motriz”. Então o pensamento não é uma reação fisiológica? O pensamento não está no cérebro, como não está na caixa craniana. O cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície sólida que se molda aos movimentos do instrumento. Se o instrumento for danificado, não se dá a manifestação, exatamente como, quando se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE; 7/1860) O pensamento é... a - preexistente e sobrevivente ao organismo. Este ponto é capital. (RE;3/1867) b - força viva, em toda parte; atmosfera criadora que envolve tudo e todos. (NL, 37) c - força criadora de nossa própria alma. d - a continuação de nós mesmos, através da qual, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal. (L; 17) f e - matéria, a matéria mental, compondo maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos”. (MM;4) f- fluxo energético do campo espiritual dos seres criados, se graduando nos mais diferentes tipos de onda, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos. (MM;4) g - vibração e transmite-se por onda, que só excita as vibrações de ondas afins. (GS;145) 2- Onde se forma o pensamento ? - As fontes do pensamento procedem de origens excessivamente complexas. E, nesse sentido, cada criatura humana, nos serviços comuns, reflete o núcleo de vida invisível a que se encontra ligada de mente e coração. Assim, as esferas dos encarnados e desencarnados se interpenetram em toda a parte. (PC) Observa, pois, os próprios impulsos. Desejando, sentes. Sentindo, pensas. Pensando, realizas. Realizando, atrais. Atraindo, refletes. E refletindo, estendes a própria influência, acrescida, dos fatores de indução do grupo com que te afinas. O pensamento, é portanto, nosso cartão de visita. (SM,2) Todo Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a experiência (conjunto de nossos próprios pensamentos); o estímulo (circunstância que nos impele a pensar) e a inspiração (conjunto dos pensamentos alheios que aceitamos e procuramos). (SM,38) 3- Na relação da Individualidade consigo mesma, a partir de certo nível de evolução, o ser pode experimentar graus variados de insanidade. Como distinguir a loucura patológica da loucura obsessiva? A primeira resulta de uma desordem nos órgãos de manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco; ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para manifestar-se, o pensamento, ou, melhor dizendo, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessiva não há lesão orgânica; é o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho, que o domina e subjuga. No primeiro caso, deve-se tentar curar o órgão enfermo; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede importuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito frequentes e muitas vezes tomados como loucura o que não passa de obsessão, para a qual deveriam empregar meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico e, sobretudo, pelo contato com os verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. Abrindo novos horizontes a todas as ciências, o Espiritismo vem, também, elucidar a questão tão obscura das doenças mentais, ao assinalar-lhes uma causa que, até hoje, não havia sido levada em consideração – causa real, evidente, provada pela experiência e cuja verdade mais tarde será reconhecida. (RE, 3/1862)




Se formos seguir à risca as regras do evangelho, não poderemos criticar ninguém. Isso não significa concordar com os erros e deixar que o mal aconteça, inclusive os crimes e a violência. Acho que não devemos tomar isso ao pé da letra, mas verificar o que realmente é necessário. Gostaria de ouvir uma opinião sobre isso.


Você tem razão. Não é se calando diante do mal, que vamos extirpá-lo do mundo. Pelo contrário. Mas as recomendações de Jesus não foram no sentido de encobrir o mal, mas de realçar o bem. Jesus, de fato, usou de imagens fortes para fazer com que as pessoas entendessem a mensagem do amor, até pelos inimigos, mas jamais concordou com o mal. Ele mesmo deu testemunho disso, quando combateu ardorosamente os fariseus e todos aqueles que queriam explorar a boa fé do povo. Não se calou diante da injustiça, apontou erros e manobras escusas; tanto incomodou, que foi injustamente acusado e condenado.


Quando dizia “ Hipócrita, tira primeiro a trave que está no teu olho e, só depois, vai tirar o cisco que está no olho de teu irmão”, ele estava condenando a maledicência e não propriamente a censura. Censurar, todos nós censuramos. Não há ninguém, em sã consciência, que não se sinta no dever de apontar o mal, de prevenir o perigo ou de salvar alguém de uma cilada. Maledicência, no entanto, é divulgar os erros e as fraquezas dos outros, sem nenhuma responsabilidade.


Maledicência é leviandade, não é compromisso. É falar mal pelo prazer de falar, para diminuir, depreciar, prejudicar, denegrir a imagem daquele que errou, ou, até para se promover. Isso, de fato é condenável. Allan Kardec estudou bem essa situação e, por isso, na questão 903 de O Livro dos Espíritos perguntou: É culpada uma pessoa que estuda os defeitos dos outros?” Veja a resposta dos Espíritos:


É muita culpada, se o faz para criticá-los e divulgá-los, pois isso é faltar com a caridade, mas, às vezes pode ser útil, se tirar algum proveito e evitá-los em si mesmo. Não se pode esquecer, entretanto, que a indulgência para com os defeitos alheios é uma virtude que faz parte da caridade. Antes de criticar as imperfeições dos outros, vede se não se pode dizer o mesmo de vós. Enforcai-vos em possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais nos outros, pois este é o meio de vos tornar superiores.”


Se os censurais por serem avarentos – continuam os Espíritos - sede generosos; se for por serem orgulhosos, sede humildes e modestos, se for por serem severos, sede dóceis; se for por agirem com mesquinhez, sede grandes em todas as vossas ações. Em resumo: agi de forma que não possa aplica a vós estas palavras de Jesus: ‘ vêem um cisco no olho de vosso vizinho, mas não vêem um trave no seu próprio olho”. 



segunda-feira, 3 de março de 2025

OS ESPÍRITOS DO SENHOR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 As - certamente angustiantes - horas que antecederam a prisão de Jesus resultante das tramas urdidas por inimigos, encarnados e desencarnados, segundo relatado no capítulo quatorze do Evangelho atribuído ao discípulo João, demonstram a dificuldade dos seguidores mais próximos em entender o real significado do que o líder e Mestre, estava tentando dizer. No versículo 26, porém ele afirma: -“Eu rogarei a Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de Verdade, que o mundo pode receber, porque não o vê nem conhece; mas vos o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós (...). Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. Quase 20 séculos se passaram e, no prefácio de uma das obras básicas do Espiritismo – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO -, Allan Kardec inseriu trecho de uma mensagem assinada pelo Espírito da Verdade – supostamente o próprio Jesus - dizendo: -Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como um imenso exército que se movimenta ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre toda a face da Terra. Semelhantes a estrelas cadentes, vem iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos. Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos”. Observa-se que no texto não fica explícita essa ação seja em nome do Espiritismo, restringindo-a, portanto. Embora o trabalho de observações e pesquisas de Kardec tenham se iniciado somente em 1854, mensagem de um Espírito identificado como Dr. Barry, inserida no capítulo dezoito do livro A GÊNESE revela que as ações dos Espíritos do Senhor, se iniciaram um século antes da Codificação dos princípios espíritas. Vários fatos confirmam que os chamados fenômenos de efeitos físicos, a princípio, e, intelectuais, na continuidade, já atraiam atenções na Europa e América do Norte. O livro JOANA D’ARC POR ELA MESMA, recebida pela médium Ermance Dufaux, quando ela contava apenas 14 anos, foi publicada em 1855, dois anos antes d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Concluída a tarefa de Kardec, teria se interrompido tal processo? A lógica e o bom senso dizem que não. Considerando a condição espiritual de encarnados e desencarnados, problemas culturais, interferências decorrentes do personalismo, após a desencarnação do professor Rivail que se ocultava no pseudônimo Allan Kardec, em todo planeta prosseguiu o trabalho dos Espíritos do Senhor, semeando as verdades ofuscadas pelas ambições humanas ao longo dos quase 20 séculos transcorridos desde a passagem de Jesus por nossa Dimensão. Se nos aprofundarmos no conhecimento sobre o surgimento de muitas obras e descobertas que influenciaram movimentos e inovações no pensamento da coletividade humana, constataremos que a ação da Espiritualidade fica evidenciada. A dinâmica, se deu através de AÇÕES OBJETIVAS (mediunidade ostensiva dos efeitos inteligentes e efeitos físicos) e de AÇÕES SUBJETIVAS (mediunidade oculta – inspiração - na literatura, artes, cultura, cinema, terapias psicológicas, novas propostas filosófico / religiosas). Inúmeras podem ser essas constatações, entendidas a partir de dois comentários presentes n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS. No item 294: “Quando é chegado o tempo de uma descoberta, os Espíritos encarregados de dirigir-lhe a marcha procuram o homem capaz de conduzi-la a bom termo, e lhe inspiram as ideias necessárias, de maneira a deixar-lhe todo o mérito, porque, essas ideias, é preciso que as elabore e as execute. Ocorre o mesmo com todos os grandes trabalhos de inteligência humana”. E, no item 183: -“Artistas, sábios, literatos, são sem dúvida, Espíritos avançados, capazes por si mesmos de compreender e de conceber grandes coisas; ora, é precisamente por que são julgados capazes, que, os Espíritos que querem o cumprimento de certos trabalhos lhes sugerem as ideias necessárias, e é assim que, o mais frequentemente, são médiuns sem o saberem. Tem, no entanto, uma vaga intuição de uma assistência estranha, porque quem apela para a inspiração, não faz outra coisas senão uma evocação”. Apenas para citar alguns na categoria de subjetivas, destacamos três exemplos, por localidade e cronologia: 1- Paris (FR) – 1903 – Investigando o possível fenômeno de exteriorização da consciência em estado de transe, o engenheiro Albert de Rochas, depara-se com a regressão de memória a vidas passadas. 2 - Suécia – 1959 – Friedrich Juergenson capta pela primeira vez vozes de Espíritos desencarnados através de um gravador magnético enquanto tentava registrar o canto de pássaros. 3 - Colorado (EUA) – 1966 – Ian Stevenson, catedrático de Psiquiatria na Universidade da Virgínia, publica VINTE CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO.



O que significa “daí de graça o que de graça recebestes”? Devemos ajudar sempre as pessoas, mesmo que isso custe o sacrifício de nosso salário? (João)


A recomendação de Jesus é muito clara, mas, mesmo assim, devemos refletir sobre ela, João. As coisas óbvias - isto é, aquelas que se mostram mais claras, mais evidentes para todo mundo - geralmente são também as mais difíceis. Jesus, que ensinou o “amor ao próximo”, considerou que, se recebemos o amor de graça, devemos dá-lo de graça também. As pessoas, que nos amam – como nossos pais, por exemplo – não nos cobram esse amor. Amor é um sentimento, que se tem em relação às pessoas, é querer-lhes o bem, é ficarmos felizes com a sua felicidade e nos solidarizarmos com elas, quando passam por situações difíceis.


O amor não nos custa nada: pelo contrário, ele nos dá satisfação e alegria. Quando amamos, na verdade, não amamos porque o outro nos pede ou exige esse sentimento de nós – amamos porque sentimos afeição pela pessoa amada - simplesmente por isso. O amor é um sentimento gostoso. Logo, como não deve custar nada o amor que recebemos daqueles que nos querem bem, também devemos amar incondicionalmente, ou seja, sem exigir nada em troca; caso contrário, não é amor. Na prática, o amor é saber servir, é estar próximo, é estar pronto, é agir sempre em benefício do outro. É a colaboração, é a compreensão, é a desculpa, é o perdão.


Quanto aos médiuns, a Doutrina Espírita nos lembra continuamente que a mediunidade é um dom do Espírito e, portanto, deve ser exercida gratuitamente. O médium não deve cobrar absolutamente nada pelo serviço mediúnico, pois, é através dessa faculdade, que os bons Espíritos nos ajudam e nos socorrem. Como esses bons amigos não nos cobram nada, também não temos o direito de pôr preço pelo que fazemos. Sendo assim, o Espiritismo está sempre nos alertando contra o profissionalismo na mediunidade. Alerta também todos os consulentes em relação aos médiuns que cobram ou que pedem alguma recompensa pelo seu trabalho, principalmente porque muitos fazem da mediunidade m meio de vida ou uma profissão rendosa, sem considerar os que exploram e enganam o povo.


Contudo, quando falamos em profissão, estamos nos referindo ao nosso sustento, ao nosso meio de subsistência, que é a base financeira de nossa vida, necessária e indispensável a todos nós nos dias de hoje. Não devemos confundir uma coisa com outra. Todavia, nada impede que o profissional seja caridoso, mesmo no exercício de sua profissão, quando sabe que está lidando com clientes necessitados. Mas isso é uma atitude pessoal, espontânea, que deve fluir naturalmente em casos especiais.


Alias, o profissional deve valorizar a sua profissão, para valorizar também seus companheiros que atuam na mesma área e que precisam sobreviver com dignidade. Mas isso não quer dizer que deve ser intransigente em todos os casos, porque, em algum momento, deverá pôr o sentimento acima do dever; caso contrário, lhe faltaria o princípio da caridade. Por isso, é recomendável que os profissionais de todas as profissões, quando sentem que devem dar algo de si, o façam num lugar certo e num momento certo: por exemplo: em instituições adequadas. Por outro lado, nenhum de nós tem o direito de se prevalecer desse sentimento para se beneficiar a custa do sacrifício daquele que trabalha para ganhar o seu sustento. Isto seria falta de caridade.