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quinta-feira, 6 de março de 2025

SERÁ A SOLUÇÃO NO FUTURO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Intelectual expressando-se sobre as mudanças pretendidas na legislação brasileira sobre o aborto comentou que pesquisa recente efetuada com jovens indica o crescimento expressivo dos que afirmam não pretender ter filhos. Confirmando-se a tendência, surge a pergunta: o que será da espécie humana no futuro? Considerando, segundo o Espiritismo, a importância do corpo físico no processo evolutivo e que na nossa Dimensão seguimos a direção induzida pela Espiritualidade de onde muitos dos avanços observados ao longo do século 20 nada mais são que a materialização do já existente nas realidades vibratórias adjacentes ao chamado Plano Material. Aí uma nova possibilidade: não será a reprodução assistida um prenúncio do amanhã no que se refere à disponibilização de corpos para a continuidade da vida física? O médium Chico Xavier, deixou-nos algumas pistas. A primeira registrada pelo Advogado e escritor Rafael Ranieri, amigos desde o final dos anos 40, que em 1969, após longo tempo, em visita a Chico em Uberaba, participando de bate-papo na casa do médium, ante a pergunta de alguém sobre pesquisas objetivando a replicação humana em laboratório, ouviu-o dizer: -“ A Ciência vai desenvolver o Ser humano em laboratório. Os cientistas vão fabricar um enorme útero e aí dentro vão gerar o Ser. Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar. Aí libertarão a mulher do parto. E tem outra coisa: nesse útero, os Espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a ciência vai conseguir isso. O avanço da Ciência é obra da Espiritualidade”. No ano seguinte, em entrevista a jornal uberabense, voltaria ao assunto esclarecendo: - O Espirito Emmanuel diz que o nosso respeito à Ciência deve ser inconteste e que o progresso da ciência é infinito, porque a solução do problema do tubo de ensaio, para o descanso do claustro materno é viável. Mas, restará à Ciência um grande problema, o problema do amor com que o Espírito reencarnante é envolvido no lar pelas vibrações de carinho, de esperança, ternura, confiança de pai e mãe, no período também da infância, em que a criança é rodeada de amor, muito mais alimentada de amor do que de recursos nutrientes da terra! Vamos ver como é que a Ciência poderá resolver este problema para que não venhamos a cair em monstruosidades do ponto de vista mental. Dias depois em conversa após o encerramento das atividades publicas com a mediunidade, disse que ‘no futuro, o Ciência libertará a mulher de gerar o filho no claustro materno. Teremos bancos de sêmem com doadores selecionados. O controle será de acordo com os óbitos e os homens de laboratório serão responsáveis pelos tubos de ensaio’. Ante o espanto causado, acrescentou: -‘Como é que nós nascemos? Nascemos como grama. Isso não vai continuar assim. No futuro haverá organização mais controlada. Mas tudo isso só acontecerá quando tivermos governos magnânimos. Quem sabe daqui uns bons tempos... Vamos aguardar. Os aparelhos poderão ser instalados no reduto do lar para receber as vibrações de amor dos pais, haverá mais fecundação espiritual do que material’. Como a história registra, 8 anos depois, em 1978, as experiências desenvolvidas resultaram no sucesso da primeira criança criada como se diz através do tubo de ensaio, naturalmente se servindo de outro corpo humano para promover a gestação após a implantação de óvulos fecundados através do processo conhecido como reprodução assistida. Os avanços não ficaram por aí, resultando na progressiva evolução. Talvez no tempo presumível apontado por Chico décadas atrás, consiga-se consumar-se renascimentos fora dos mecanismos que impõe à mulher tantos sacrificios.


Lendo a questão 459 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, acho um exagero dizer que os Espíritos dirigem nossa vida. Então, é fácil: não decidimos nada, não temos culpa de nada!...


Nesta questão, Kardec pergunta: “Os Espíritos influem nossos pensamentos e ações? Resposta: Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, muitas vezes, são eles que vos dirigem.”


A questão merece reflexão. Os desencarnados, de fato, têm influência sobre nós, da mesma forma que nós, os encarnados exercemos influência sobre eles. A única diferença entre a ação de um e de outro é que nós não vemos os Espíritos, enquanto que muitos deles podem nos ver e até nos acompanhar sem que percebamos.


Uma coisa é certa: existe influência, e não é difícil entender como isso acontece. Basta olhar para o meio social onde vivemos e vamos perceber, de imediato, que todos nós, os encarnados, estamos submersos num mar de influências, como um peixe na água. A vida coletiva – a vida social - é um emaranhado de ideias e sentimentos de que todos participamos. Se analisarmos friamente esta questão, vamos perceber que, daquilo que fazemos na vida, escolhemos bem pouco: a maior parte de nossas decisões veem da sociedade, vem da comunidade, do meio social onde vivemos, e da própria família.


Pense bem. O alimento que comemos, a roupa que vestimos, a casa onde moramos, os produtos que compramos – tudo vem por imposição da sociedade; pouca coisa é realmente escolha nossa. A televisão praticamente dirige a nossa vida. A moda, a arte, os costumes, as religiões, tudo vem da sociedade. Nenhum de nós se habilitaria a sair na rua vestido com uma roupa do século X, por exemplo. Além disso, tudo que decidimos não só de nós: depende também da esposa, dos filhos, da família, do vizinho, do chefe, etc.


- Não tomamos uma só decisão, pensando somente em nós, mas também nos outros. Somos influenciados a todo momento pelas opiniões, pelas novidades e por tudo que as pessoas e a sociedade oferecem: na maioria das vezes, sem perceber que essa influência está acontecendo. Daí porque dizemos que vivemos num mar de influências. Ora, se recebemos com tanta facilidade tais influências, que decidem muitas coisas por nós, que dirá em relação aos Espíritos que sintonizam conosco? Eles também influenciam em nossa mente de maneira sutil e imperceptível, sugerindo-nos ou dando ordens, dependendo do tipo de relação que têm conosco. Nisso está a influência espiritual.


É claro que cada um é suscetível de maior ou menor influência, dependendo da autonomia que conquistou e da relação que tem com os Espíritos. Mas isso depende de cada um. De um modo geral, respiramos o clima mental que criamos e dos quais participam encarnados e desencarnados ao mesmo tempo, influenciando em nossas decisões – às vezes, influenciando mais, de outras influenciando menos.


- Entretanto, nem por isso podemos imputar aos Espíritos a culpa pelos nossos erros. Da mesma forma que os encarnados influenciam sobre nossas decisões (quer em nível de família, de circulo de amizade ou mesmo de sociedade...), e não podemos sair dizendo que os outros são culpados pelos erros que praticamos, também não podemos dizer que os Espíritos são culpados. Como dissemos, vivemos mergulhados num mar de influências, que vêm de todos os lados, mas a última decisão sempre cabe a nós: daí o mérito ou a culpa de cada um. O fato de não perceber a presença dos Espíritos nos ajuda, mais ainda, a usar do direito de decisão – que é o que conhecemos por “livre-arbítrio”.



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