Você come exageradamente, tem um rápido cochilo despertando com a sensação de esgotamento e fome. Vai dormir ao final de um dia normal, atravessa uma noite aparentemente sem sonhos e, ao acordar, inicia o novo dia sentindo-se como se estivesse de ressaca. Adentra recintos repletos de pessoas e, afastando-se, sente-se exaurido, sem forças. O cinema partindo de literatura comercialmente consagrada, faturou muito nos últimos anos com uma fórmula bem sucedida: juventude, romance e vampirismo. transpôs em várias versões o celebre sucesso literário DRACULA, do autor irlandes Bram Stoker. O assunto, contudo, vem de muito mais longe, pois, o filosofo e teólogo católico Aurélius Agostinho, conhecido hoje como Santo Agostinho, já emitira seu parecer a respeito das entidades capazes de nos “sugar” energias através de entidades chamadas por ele Íncubus(masculinas) e Súcubus (femininas), associadas à sexualidade reprimida. Abrindo caminho para o conhecimento da realidade da continuidade da vida além da morte do corpo físico, o Espiritismo revela as interações entre os habitantes dos dois Mundos ou das duas Dimensões. Das fontes reconhecidamente confiáveis, o material produzido pelo médico desencarnado oculto no pseudônimo André Luiz, servindo-se do médium Chico Xavier, através do qual transmitiu a série de obras conhecida como NOSSO LAR (feb), perfazendo treze livros, nos quais descreve suas surpresas ante a realidade ignorada pela maioria das criaturas humanas. Reconhece em interessante diálogo com o Instrutor Alexandre em MISSIONÁRIOS DA LUZ(feb), que “a ideia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante”, indagando sobre a proteção das Esferas mais altas e ouvindo que “por não podermos “atirar a primeira pedra” em relação aos que nos são inferiores e que competiria proteger, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”. Aprende ainda que na dinâmica do processo de “roubo” de nossa energia vital, “bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital”; que “vampiro - espiritual – é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”. Em outro momento de sua narrativa, descobre que os que desencarnaram “em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, nele encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. Observa, espantado, “a satisfação das entidades congregadas ali, absorvendo gostosamente as emanações dos pratos fumegantes numa residência visitada à hora das refeições, colhendo a informação do Benfeitor que acompanhava que os que desencarnam viciados nas sensações fisiológicas, encontram nos elementos desintegrados – pelo cozimento -, o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal” Numa operação socorrista em favor de um recém-desencarnado, acompanha uma equipe a um abatedouro bovino, percebendo um quadro estarrecedor: “grande número de desencarnados, atirando-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora (...), sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais”. N’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb), André acompanha equipe que assiste o desencarne de doente terminal acomodado em ala hospitalar, impressionando-se com o que vê: “-A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. Consultando o líder do grupo de trabalho, ouve “ser inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para as suas mazelas orgânicas, só competindo irradiar boa-vontade e praticar o Bem, tanto quanto possível, sem, contudo, violar as posições de cada um”. Inúmeras outras situações sobre o processo de dependência energética dos desencarnados em relação aos encarnados são alinhadas por André Luiz no conjunto de obras que materializou em nosso Plano
Vamos iniciar a participação do ouvinte deste domingo com algumas perguntas que nos foram enviadas pelo Cristiano Ricardo Alves, residente em Vera Cruz. Três dessas perguntas dizem falam de prova e expiação. A primeira é a seguinte: “Segundo o Espiritismo, existe semelhança entre dor-auxílio e dor-prova?”
Interessante suas perguntas, Cristiano! Elas sempre nos ajudam a elucidar pontos importantes da Doutrina. Esta, por exemplo. Em primeiro lugar, nós queremos aproveitar a oportunidade para elucidar um ponto para os ouvintes. Quando Allan Kardec fala em provas e expiações, ele apenas está fazendo uma classificação dos sofrimentos humanos para fins didáticos, ou seja, para que possamos entender melhor a origem do sofrimento. Na prática, não é nada fácil estabelecer uma diferença nítida entre ambas, podendo dizer que, na maioria das vezes, elas se confundem em nossa vida, como afirma o próprio Kardec. Portanto, não tem nada de absoluto essa classificação, como qualquer outra classificação feita após Kardec. Quem fala em dor-auxílio é André Luiz; quem fala em prova ou provação é Allan Kardec. Como podemos nos situar diante desta questão?
Auxílio quer dizer ajuda, colaboração, cooperação. A dor-auxílio, de que fala o Cristiano, seria aquele sofrimento decorrente de um propósito de ajudar alguém. Por exemplo, os pais que se sacrificam pelos filhos, uma mulher que se sacrifica pelo marido, uma pessoa que socorre um ente querido, já no final de sua existência na Terra. Trata-se de uma dor moral, pois, muitas vezes, trabalhar em favor do outro (que necessita) custa mais do que um simples esforço pessoal. A pessoa, que se propõe a ajudar, por vezes, abre mão de seus próprios direitos, deixa de fazer algo por si mesma para atender aquele que precisa e por quem, com certeza, tem respeito, consideração ou afeto e, além de tudo, nem sempre é reconhecida. De onde veio isso? Por que essa dedicação, esse devotamento? Como se explica que alguém deixe de trilhar um caminho suave para se enveredar por um trecho espinhoso?
Essa situação ( que todos conhecemos, pelo menos, um exemplo) pode decorrer de um compromisso que o Espírito assumiu. Com certeza, pelas suas características, é uma missão, pois a missão pressupõe dedicação total e até sacrifício por uma boa causa. Podemos dizer que essa missão parece uma prova? Pode ser. O que caracteriza a prova, segundo o conceito de Kardec, é o fato de o Espírito querer se submeter uma situação difícil para testar a sua capacidade de auto-superação. É possível, portanto, que, em alguns casos, a prova possa se constituir numa situação de socorro a alguém e, nesse caso, ela se transforma numa missão, demonstrando que o Espírito evoluiu mais do que pensava.
Kardec afirma que a expiação - que é o sofrimento não procurado, não desejado, mas imposto pelas circunstâncias - pode, às vezes, se transformar em prova. Isso acontece quando o Espírito, no decorrer da expiação, consegue se superar moralmente e, ao invés de se revoltar contra o sofrimento, ele passa a encarar as adversidades como um desafio, enchendo-se de disposição e coragem. Entretanto, diz Kardec que o contrário não acontece, isto é, a prova não se transforma em expiação, porque, neste caso, o Espírito estaria regredindo. Não, ele não pode regredir, mas pode progredir mais do que imaginava. Logo, se a expiação pode se transformar numa prova, a prova pode se transformar numa missão, o que nos leva a concluir que a dor-prova pode se transformar numa dor-auxílio, Cristiano.
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