Seguimos com a analise desenvolvida por autoridades apresentadas nas obras ditadas ao médium Chico Xavier a respeito deste momento de transição rumos a NOVA ERA preconizada por várias escolas religiosas. As Religiões tradicionais que teoricamente deveriam trabalhar pelo despertar da consciência espiritual das criaturas parece terem se contaminado em demasia com os interesses sensoriais e materiais em detrimento do Espiritual afastando os Seres Humanos de sua destinação evolutiva. Há uma forma de atenuar ou reverter esse quadro? É preciso oferecer no mundo os instrumentos adequados às retificações espirituais, habilitando os encarnados a um maior entendimento do Espírito do Cristo. Para consegui-lo necessário colaboradores fiéis, que não cogitem de condições, compensações e discussões, mas que se interessem pela sublimidade do sacrifício e de renunciação com o Senhor. Quem não deseje servir, procure outros gêneros de tarefa. A Comunicação não comporta perda de tempo nem experimentação doentia, sem grave prejuízo dos cooperadores incautos. Acima de trabalhadores, precisamos de servidores que atendam de boa vontade,M O Espiritualismo, nos tempos modernos, não pode restringir Deus entre as paredes de um templo da Terra, porque sua missão essencial é a de converter toda a Terra no templo augusto de Deus. Numa população de mais de 20 bilhões de Seres Espirituais em que um terço se renova em experiências materiais constantemente, há colaboradores em numero suficiente para fazer frente a problemas de Dimensões tão gigantescas? A codificação do Plano Mental das criaturas ninguém jamais impõe: é fruto de tempo, de esforço, de evolução; e o edifício da sociedade humana, no atual momento do mundo, vem sendo abalado nos próprios alicerces, compelindo imenso número de pessoas a imprevistas renovações. Em face do surto da inteligência moderna, que embate na paralisia do sentimento, periclita a razão. O progresso material atordoa a alma do homem desatento. Grandes massas, há séculos, permanecem distanciadas da luz espiritual. A Civilização puramente científica é um Saturno devorador e a Humanidade de agora se defronta com implacáveis exigências de acelerado crescer mental. Daí o agravo de obrigações no setor da assistência. As necessidades de preparação do Espírito intensificam-se em ritmo assustador. O acaso não opera prodígios. Qualquer realização há que planejar, atacar, por a termo. Para que o homem físico se converta em homem espiritual, o milagre exige muita colaboração do Plano Invisível.
Eu gostaria de saber o que os pais podem fazer hoje pelos filhos. Não dá mais para educar como antigamente. Até as crianças estão rebeldes e não obedecem. Desse jeito para onde vamos? O que será dessas crianças no futuro? ( Mãe preocupada)
Educar sempre foi e sempre será uma das missões mais difíceis. Cada momento da história tem seus próprios problemas e suas próprias preocupações. Cinco séculos antes de Cristo – ou seja, 2500 anos atrás – lá na Grécia Antiga, um filósofo criticava a juventude do seu tempo, dizendo que daquela nova geração não se poderia esperar nada, justamente por causa da desobediência e da rebeldia. “Com essa juventude – dizia ele – o mundo está perdido”. Ledo engano! A geração a que ele se referia saiu melhor que a dele, e as gerações que se sucederam sempre foram melhores que as anteriores.
Por que dizemos isso? Porque o mundo progrediu sempre, cara ouvinte. Se as gerações novas não fossem melhores que as anteriores, o mundo não teria progredido, o mundo teria marchado para trás, e isso, de fato, não aconteceu. Logo, o que podemos esperar é que esta nova geração, que está aí, seja melhor que a nossa. É claro que os problemas existem e que pais devem ficar muito preocupados com a liberdade excessiva e com os abusos que alguns cometem. Afinal, esse é o papel dos pais: querer o bem dos filhos, educá-los e encaminhá-los na vida. Tudo isso nós – que somos pais – queremos. Contudo, estamos encontrando muita dificuldade, a cada passo. No passado, tínhamos bem menos recursos materiais que hoje; mas sentíamos ter mais autoridade sobre eles. Hoje, com tanto recurso, sentimo-nos para trás, principalmente quando comparamos a família que nos criou com a família que está hoje em nossas mãos. Com certeza, não poderemos repetir o que nossos pais fizeram. O mundo mudou: as necessidades são outras.
Ficamos com medo, é claro. As crianças não querem obedecer os pais – na verdade, nunca quiseram. A ação dos pais e dos professores, da família e da escola, é cada vez menor sobre elas. Agora, temos a televisão tomando quase todo o tempo das crianças, exercendo uma poderosa influência sobre elas. Por isso, se os pais não estiverem atentos, a televisão vai assumir a paternidade de seus filhos. Além da televisão, o videogame, a internet, a vida social intensa que começa cedo. E você nos pergunta o que os pais podem fazer para conter essa situação. Não é fácil responder, porque o problema é social – não é desta ou daquela família, mas de todas as famílias, de todos nós.
O que podemos dizer é que, em cada família, os pais devem valorizar mais o sentimento que tem pelos filhos. E valorizar sentimentos não é apenas e tão somente dizer que os ama. Dizer que ama os filhos é necessário, mas está longe de ser o suficiente para que eles acreditem nisso. O sentimento dos pais para com os filhos deve se traduzir principalmente em atitudes e em comportamento. O primeiro cuidado é a presença, principalmente nos primeiros anos de vida: pais ausentes, filhos distantes. Presença é atenção, cuidados, desvelo. É natural que a criança – hoje mais que antes – vá se distanciando fisicamente dos pais, mas o ideal é que elas nunca se distanciem afetivamente deles.
Ser mãe ou ser pai significa um rumo novo, uma retomada de caminho. Quando os filhos nascem, existe uma alegria natural, que deve servir de estímulo para que esses pais se voltem para eles, não para superprotegê-los, mas para ajudá-los a conhecer a vida e a viver melhor. Antes de ter filhos, temos toda a liberdade para direcionar a nossa vida para onde queremos; mas, a partir da chegada dos filhos, a vida muda – pelo menos, deveria mudar. Filhos requerem tempo, atenção, dedicação, esforço e até sacrifício. Filhos requerem muito diálogo, mas requerem, sobretudo, sinceridade e exemplo.
Por isso, a idade mais propícia à educação está nos seus primeiros anos de vida, quando a criança é completamente dependente e bastante suscetível de estabelecer laços fortes com seus pais. Nesse período a educação se dá exclusivamente pelo afeto. São esses laços que deverão permanecer, mas para isso será preciso dedicação. A criança, que nasce, é um Espírito que Deus nos confia, para que possamos projetá-lo para o futuro. Precisamos aprender a entendê-lo, naquilo que ele mais necessita, principalmente nas suas tendências negativas, porque é na infância que podemos redirecionar essas tendências e ajudar o Espírito a retomar seu caminho.
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