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domingo, 6 de abril de 2025

TENTANDO ENTENDER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Em famoso programa de televisão dos anos 70, Chico Xavier confirmou a um de seus entrevistadores que, segundo o Orientador Espiritual Emmanuel, “o Mundo Espiritual era dividido em muitos Planos e Sub-Planos. A informação não apenas torna, de certo modo, mais concreta a resposta à questão 35 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS – “o vazio absoluto não existe, nada é vazio, estando ocupado por uma matéria que nos escapa aos sentidos”, bem como, a 85 quando diz que “Mundo Espiritual preexiste e sobrevive a tudo”, hoje, mais de século e meio depois admitida por estudiosos da Física Quântica - a partir da Teoria das Supercordas-, quando afirmam que, “mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. Anos depois da resposta do médium mineiro, ele mesmo haveria de induzir-nos a mais amplas reflexões ao dizer que “as observações humanas, mesmo ampliadas por instrumentação de alta potência, apenas atingem a faixa de matéria em que nos situamos no Plano Terrestre”. A lente humana é o olho humano ampliado. Os que leram o livro OS MENSAGEIROS, devem se lembrar que o Instrutor Espiritual Aniceto em certo diálogo mantido com André Luiz e Vicente, ponderara: “-Há, porém André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma. Já nos anos 60, o Espírito André Luiz, ofereceria outros elementos merecedores de nossa atenção”. 1 - “-Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões”. 2 - As esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento”. 3 - “-Companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem segregação em planos regenerativos”. 4 – “-Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra com frequência, a fim de colaborarem na educação da Humanidade 5 – “Os Espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes. 6 – “-Na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais. 7 – “-Os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, no Plano Espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato sem que isso ofenda os preceitos científicos”. 8 – “-O Umbral, expressando região inferior da Espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos”. Questões importantes da realidade espiritual de que fazemos parte, encontram-se implícitas nesses informes. Menos a resposta sobre os Planos e Sub-Planos Espirituais. Um eloquente exemplo – acreditamos -, de como funciona esse mecanismo deduzido e explicitado neste comentário, destacamos de farto documentário construído através de Chico Xavier, a história resumida de um Espírito identificado apenas como Josefina, constante do livro VOZES DO GRANDE ALÉM (feb). Conta ela: “-Jovem ainda, abandonada grávida pelo homem que lhe traíra a confiança, sem coragem de enfrentar a maternidade, entre o ódio e a desconfiança, soube guardar seu segredo até o nascimento de criança, que asfixiou com as próprias mãos, improvisando lhe o túmulo, vindo a desencarnar em seguida em consequência da inestancável hemorragia de que se viu acometida. Sem noção de quanto tempo se passara, desperta do torpor característico do processo de desencarne, descobrindo-se dentro da urna funerária, percebendo-se disforme, notando o sangue a fluir-lhe do baixo ventre. Reerguendo-se horrorizada, grita, aloucada, pelo socorro de parentes, clama por auxílio, até que uma voz igualmente chorosa lhe respondeu. Era outra mulher, que, aos seus olhos trazia uma criança nos braços ( imagem que, na verdade, era uma forma-pensamento plasmada pelo remorso da também mãe delinquente que a transportava, desolada e infeliz), visão que a fez começar a ouvir os gemidos do bebe assassinado. Gritando estentoricamente, fugiram encontrando uma terceira mulher, não muito longe, clamando por socorro. Mais alguns passos, uma quarta companheira e, pelas ruas a fora, dentro da noite, na cidade dormente, outras mulheres em iguais condições se juntaram a elas. Alucinadas, foram conduzidas por faunos desnudos a uma casa de meretrício, onde permaneceram aprisionadas. Não sabe quanto tempo depois, foi libertada do rebanho sinistro, sendo internada num manicômio, visto que o inferno interior em que se manteve, a levou à alienação mental”. A sintonia dessas entidades pela Lei da Afinidade reunidas pelo quadro mental em que se mantinham aprisionadas pela culpa que carregavam, cremos, compunha um Sub-Plano Espiritual, circunscrito num dos Planos maiores peculiares ao Planeta em que vivemos.



Se a salvação vem somente através de Jesus Cristo, como é que fica a situação das milhões de pessoas que não são cristãs ( como os mulçumanos, os budistas, os hinduístas, os xintoístas e muitos outros) e que não chegaram a conhecer o cristianismo – os que já morreram e os que ainda vão morrer nessa condição, sendo que eles são a maioria da população do mundo? Será que eles não são filhos de Deus ou será que Deus não calculou bem que esse pessoal todo não poderia conhecer Jesus?

Nos evangelhos, há uma importante afirmação de Jesus, quando diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”. Essa frase tem servido de base para certos setores radicais do cristianismo defenderem a tese de que só se salvam os que se declaram expressamente seguidores de Jesus ou que estejam filiados a alguma igreja que leva seu nome, e dessa forma ficariam de fora – como você fala – os bilhões de pessoas em todo o mundo, mais de 4 bilhões de pessoas, que sequer tiveram e nem terão contato com os evangelhos.


Como você vê, é uma idéia absurda. Trata-se de uma visão muito acanhada dos que pensam na exclusividade de sua religião, visão essa que acaba depreciando a grandeza moral e espiritual de Jesus e, portanto, não deve ser tomada ao pé da letra. Quando Jesus fala que é “o caminho, a verdade e a vida”, ele está falando do amor que ensinou e exemplificou. Sua doutrina, como todos sabem, prega o amor, a fraternidade entre os homens, sem separação, sem discriminação. Um dos pontos essenciais de seus ensinamentos é o combate a toda espécie de preconceito, de divisão, principalmente aquele que separa as pessoas por questões religiosas, condenando os que têm outras crenças e outros cultos.


Ninguém vai ao Pai senão por mim” significa que o homem não será feliz se não respeitar e amar o seu semelhante, porque amar o próximo é o que ele chamou de “vontade de Deus”. Este é um princípio universal – o principio do amor, que não foi ensinado somente por Jesus, mas veio sendo ensinado e relembrado por muitos mestres da antiguidade, antes e depois dele. Buda ensinou o amor, Sócrates ensinou o amor, Jesus ensinou o amor. Muitos mestres proclamaram a paz e o amor em todas as épocas. Há uma relação intima entre todas essas doutrinas, que não nasceram num único povo, que não vieram num único momento, mas em diferentes épocas e lugares do mundo.


Segundo a concepção espírita existe um plano evolutivo para toda a humanidade, comandado por Jesus e pelos grandes mestres que aqui estiveram. Jesus foi a mais fulgurante luz espiritual deste lado do mundo, do mundo ocidental; mas outras luzes espirituais também brilharam noutros povos e em outras regiões do nosso planeta, cada uma delas esparzindo claridades de ensinamentos para uma parcela da população, de acordo com as tradições, os usos e os costumes de cada povo e de cada época.


Se formos considerar o atual mapa das religiões no mundo, vamos perceber que existem as mais diferenças tendências religiosas, porque a religião é uma necessidade de todos os indivíduos e de todos os povos. Não importa se ela se chama A, B, C ou D: isso é o de menos. O que vale é se essas religiões estão contribuindo para a paz e o amor no mundo, e de que forma seus diferentes seguidores procuram adotá-las como norma de vida. Jesus, tanto quanto Buda, foi um crítico da religião: só não percebe isso, quem não estudou os evangelhos, porque nos evangelhos vemos ele se defrontando, a todo momento, com a hipocrisia predominante entre os religiosos.


Isso sem considerar toda a humanidade (milhares de milhões de criaturas) que vieram antes de Jesus ( ou de Buda, ou de qualquer outro) e que viviam em outras épocas e nas mais diferentes culturas espalhadas pelos continentes; desde os povos mais primitivos, que adotavam cultos voltados para adoração à natureza, até os que levantavam templos para adorar muitos deuses. No seio de todos esses povos sempre reencarnaram Espíritos de elevado esclarecimento, que procuram ensinar um caminho mais próximo do amor e do respeito humano, e que, direta ou indiretamente, contribuíram para a evolução moral da humanidade.






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